02 maio, 2008

Romaria foi marcada pelo desejo da realizacao da PAZ



Aproximadamente éramos quatro mil e quinhentas pessoas, com o tema “Felicidade (Feliz Cidade) é escolher a vida” refletimos à luz das “Bem Aventuranças” a realidade do povo carente, principalmente do bairro Santa Felicidade.

Uns dos momentos marcantes foi o testemunho da Sra. Neide, da Igreja Assembléia de Deus, presidente da Cooperativa dos Coletores de Recicláveis dos bairros João de Bairro e Santa Felicidade que funciona no modelo de economia solidária. Ela pediu ajuda e reivindicou melhores condições de trabalho para os catadores, que desde 2005 não tem local digno de trabalho, o salão onde funciona a cooperativa não tem cobertura e eles trabalham no sol e na chuva. Denunciou dizendo que desde que a atual administração pública assumiu houve um corte drástico na ajuda. A prefeitura deixou de pagar o aluguel além das despesas com água e luz. Segundo ela vinte e duas famílias dependem da cooperativa que precisa de sede própria. E fez um apelo: “Precisamos que nos vejam com olhar diferente. Queremos que nos visitem para ver as condições precárias que trabalhamos. Acreditamos num mundo mais justo e melhor”.

Ao ar livre, sobre um gramado, um vento frio, uma chuva serena e gelada se deu á abertura da romaria com o sinal da cruz, sinal da nossa fé. D. Anuar Battisti arcebispo da Arquidiocese de Maringá acolheu as romeiras e romeiros dizendo que a romaria é uma caminhada de fé, de coragem, de alegria e entusiasmo para celebrar o trabalho. Juntos, renovamos a fé com a oração do creio e renovamos nosso batismo através da aspersão da água. A vida de São José e Santa Felicidade foram resgatadas pelo Pe Sidney Fabril coordenador da romaria.

Saímos em caminhada, á frente uma enorme cruz carregada pelos romeiros e romeiras e a imagem de Nossa Senhora que foi com amor e carinho por nós acolhida com o comentário: “vamos receber uma pessoa especial, uma mulher trabalhadora e simples, que foi escolhida por Deus para trazer o seu filho, que apareceu com a cor negra no tempo da escravidão, que veio para mostrar que para Deus não há discriminação”.

A chuva aumentava o vento mais forte e mais gelado, uns com sombrinha, outros com guarda-chuva, outros com capa e muitos sem nada, mas havia algo em comum, a certeza da presença de Deus caminhando junto, visível em nós, nas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, que com fé, esperança e coragem caminhavam sobre as ruas do Conjunto Santa Felicidade.

Um só povo. O povo de Deus. Caminhávamos juntos, o arcebispo D. Anuar, os padres, religiosas, religiosos, diáconos, lideranças, seminaristas, leigas e leigos.

As paradas trouxeram presente:
- o sofrimento de tantas pessoas na fila por atendimento médico e de remédio não encontrado na rede pública. A preocupação com a dengue e a certeza que queremos atendimento digno de saúde para todos os trabalhadores e trabalhadoras.
- a questão da terra. Roubaram nossa terra, estão maltratando nossa terra, esqueceram que a terra é obra de Deus e que somos filhas e filhos dela.
- a dor de tantas mães que tiveram seus filhos e filhas assassinados ainda na infância e adolescência, principalmente fatos ocorrido no conjunto Santa Felicidade.
- a exclusão social faz sua vitima no mundo inteiro. O conjunto Santa Felicidade é a face dessa realidade desumana.
- a misericórdia é o amor de Deus. Ser misericordioso é colocar o amor no coração. É enxergar o carente que não tem recurso para sair da miséria, estender a mão a ele. A sociedade os discrimina, ele enfrenta diversas dificuldades.
- a criança é pura de coração, precisamos aprender com elas e cuidar delas. Você tem criança em casa? Como você a educa? Você a educa com amor, limite, disciplina, diálogo ou espancando?
Você diz que a ama?
- o testemunho dos mártires, de ontem e de hoje. Pessoas que foram chamadas e deram suas vidas combatendo as estruturas injustas. Uma Igreja autentica, incomodada assume a fé e vida. São tantos os mártires que estão esquecidos e muitos não reconhecidos. Os jovens e adolescentes do conjunto Santa Felicidade.

A Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora da Arquidiocese de Maringá foi marcada pelo desejo da realização da Paz que leva a verdadeira felicidade, para tanto é preciso escolher a vida e combater: a injustiça, a mentira, as falsas promessas e a hipocrisia.

Se em nome do desenvolvimento se fere a paz e a justiça, então vivemos em estado de guerra. Em nossas cidades, em nossos bairros, em nosso país quantas coisas são feitas em nome da paz...mas que paz!!! Que paz é esta que destrói, que exclui, que empobrece... .

A paz é antes de qualquer coisa obra da justiça. Onde existem injustiças, desigualdade entre as pessoas, atenta-se contra a paz.

A paz é fruto do amor. É expressão de uma real fraternidade e amor entre as pessoas. Fraternidade e amor trazidos por Cristo.

Alguns compromissos apresentado:
- aos pastores da Igreja, bispos e padres, cumpre educar as consciências, inspirar, estimular e ajudar a orientar todas as iniciativas que contribuam para a formação da pessoa humana. Cumpre também denunciar todos aqueles que, ao irem contra a justiça, destroem a paz;
- a todo o povo de Deus, cumpre defender segundo o mandato evangélico o direito dos pobres e oprimidos, urgindo nossos governos e dirigentes que eliminem tudo quanto destroem a paz social;
- convidar as diversas confissões e comunidades cristãs e não-cristãs num grande mutirão pela paz a colaborar nesta fundamental tarefa de nossos tempos.
- encorajar e favorecer todos os esforços do povo para criar e desenvolver suas próprias organizações de base, para reivindicação e consolidação de seus direitos na busca de uma verdadeira justiça.
- alentar e aplaudir as iniciativas e trabalhos de todos aqueles que nos diversos setores da ação contribui para a criação de uma nova ordem que assegure a paz no seio de nossa cidade.

Com relação à situação do conjunto Santa Felicidade (PAC) que aconteça para o bem das famílias e que fique claro para o povo, que haja diálogo com democracia.

Dom Anuar Battisti colocou que a Arquidiocese de Maringá assume a campanha de apoio ao abaixo assinado para a redução da carga horária de trabalho de 44 para 40 horas - informações no http://www.40horas.com.br/ e também o apoio à campanha de assinatura de uma nova lei de iniciativa popular onde os candidatos políticos que estão respondendo a processo judicial não podem ser candidatos (saiba mais aqui).

Logo no inicio conversando com Dom Anuar Battisti, Arcebispo da Arquidiocese de Maringá ele disse:

A Romaria significa estar a caminho, em busca de algo novo porque não aceita a
situação atual. Trilhar novos caminhos. Reavivar a vida, a auto estima, pedir e
agradecer a Deus.

Como e bom ver a nossa Arquidiocese fazendo acontecer.

Uma Igreja Samaritana a serviço da vida.
“Viu, sentiu compaixão, aproximou-se e curou as feridas...(Lc 10, 33-34)

Que a nossa fé em Cristo nos fortaleça nestes propósitos, e que Santa Felicidade e a Senhora da Glória intercedam por nós.

Lucimar Moreira Bueno (Lucia)

Aborto é tema de pesquisa no Brasil

Quatro milhões de mulheres fizeram aborto, no Brasil, nos últimos vinte anos.
Um relatório feito pelas universidades de Brasília e do estado do Rio de Janeiro concluiu que mais da metade delas é católica.
O relatório é fruto da analise de todos os estudos científicos publicados sobre o assunto, no país, nos últimos vinte anos. De acordo com os pesquisadores, o perfil das brasileiras que fizeram aborto surpreendeu. Leia Aqui

Na romaria pré-candidatos oportunistas se fizeram presentes







A 19º. Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora da Arquidiocese de Maringá vai ficar na história. Aproximadamente quatro mil e quinhentos participantes. Mesmo com todo empenho da administração pública em atrapalhar a divulgação. Que pena que eles não sabem respeitar as diferenças.

Infelizmente presenciei atitudes oportunistas de alguns pré-candidatos. Com sorriso e esperteza teve quem ficou próximo à entrada do local da romaria, encenando que estava saindo para fazer alguma coisa, só para ficar dando tapinha na costa de quem iam chegando. Outros, não perderam tempo, ficaram próximos do carro do som (palco), com sorriso cumprimentando os padres e as romeiras e romeiros. Procuraram ficar em local de destaque. Vejam só teve pré-candidato que deixou bem claro que foi na romaria só para aparecer, tanto que ao começar a caminhada teve quem caminhou mais ou menos uma quadra, parou num ponto estratégico aonde todos que iam passando o percebesse e após todos passarem, ele começou a caminhar para outra direção, a do seu carro, e foi embora, com certeza bater ponto em um outro local, quem sabe no show. Nenhuma consciência, companheirismo e compromisso para com a romaria.

Assim que chequei em casa, liguei a televisão na rede globo e assistindo o jornal local vi a manchete: romaria do trabalhador em Maringá reuniu três mil pessoas. Que pena que a apresentadora cometeu um erro, em vez de falar aproximadamente quatro mil e quinhentas pessoas ela disse três mil pessoas. Pastoralmente falando ela esta perdoada, mas, profissionalmente um erro imperdoável.

Logo no inicio conversando com Dom Anuar Battisti, Arcebispo da Arquidiocese de Maringá ele disse:



A Romaria significa estar a caminho, em busca de algo novo porque não aceita a
situação atual. Trilhar novos caminhos. Reavivar a vida, a auto estima, pedir e
agradecer a Deus.

Ao ar livre, um vento frio, uma chuva serena e gelada. Uns com sobrinha, outros com guarda- chuva, outros com capa e muitos sem nada. Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Dom Anuar, padres, religiosas, religiosos. Assim se deu a caminhada. Em breve estarei disponibilizando o vídeo/fotos da romaria e um comentário da riqueza que foi esse evento organizado pela Igreja católica.

Salve, salve a caminhada! Salve, salve a romaria! Em busca da nova aurora de um novo dia. (Zé Vicente)

Lucimar Moreira Bueno (Lucia)