02 junho, 2010

Prêmio Nobel da Paz 2011 para as Mulheres Africanas

A África caminha com os pés das mulheres. No desafio da sobrevivência, todos os dias centenas de milhares de mulheres africanas percorrem as estradas do continente à procura de uma paz duradoura e de uma vida digna. Num continente massacrado há séculos, marcado pela pobreza e sucessivas crises econômicas, o papel desenvolvido pelas mulheres é notório.
Além de terem destaque cada vez mais crescente na área de geração de emprego e renda, as mulheres, com seu natural instinto materno e protetor, lutam pela defesa da saúde, principalmente, contra o HIV e a malária. São elas, as mulheres africanas, que promovem a educação sanitária nas aldeias. E, além de tudo, lutam para combater uma prática tão tradicional e cruel na região: a mutilação genital. São milhares as organizações de mulheres comprometidas na política, nas problemáticas sociais, na construção da paz.
"As mulheres africanas tecem a vida", escreve a poetisa Elisa Kidané da Eritréia. Sem o hoje das mulheres, não haveria nenhum amanhã para a África.
A campanha já percorre o mundo para incentivar a entrega do Prêmio Nobel da Paz de 2011 para as mulheres africanas. Mais informações

Centrais Sindicais defendem o governo Lula

As cinco centrais sindicais que organizaram a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora aprovaram, no início da tarde de terça-feira (1º), no estádio do Pacaembu, as reivindicações que serão levadas aos pré-candidatos à Presidência da República. São 249 propostas, divididas em seis eixos.
Os 22 mil participantes da Conferência – segundo os organizadores – também defenderam o governo Lula e lembraram do passado, década de 1990, com o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) e o modelo neoliberal implantado no período.
"O atual governo foi positivo ao dar espaço aos movimento sociais", elogiou o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues. "Não há como comparar os dois governos. O anterior foi o da repressão, foi o que há de pior na politica neoliberal", acusou.
Para o presidente da CUT, Artur Henrique, a união das centrais é histórica. "Agora os trabalhadores participam e são ouvidos pelo governo e por isso conquistamos itens como a valorização do salário mínimo e redução na tabela do imposto de renda. O governo anterior e o de São Paulo têm visões preconceituosas do movimento sindical. Éramos recebidos com a polícia e a tropa de choque", critica.
A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) ressaltou o bom momento dos trabalhadores, que agora podem influenciar nas decisões políticas. Ela considera que é o momento de refletir sobre a continuidade do atual modelo ou a volta do modelo anterior. "A história do PSDB em São Paulo e no Brasil nunca ajudou os setores populares. Hoje estamos exatamente contra essas forças conservadoras, alinhadas com o capital", destacou.
O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felicio, comparou a mudança de postura internacional em relação aos sindicatos brasileiros. "Antes éramos chamados a outros países para falar sobre o neoliberalismo. Agora, falamos das conquistas dos trabalhadores e da nossa participação na vida política."
O documento a ser apresentado aos pré-candidatos tem, em linhas gerais, as mesmas bases defendidas nos discursos feitos no Pacaembu: de que houve conquistas, mas é preciso seguir avançando. Embora as centrais tenham definido apoio à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, todos os concorrentes das eleições presidenciais de outubro receberão as propostas. "Esse documento não é partidário, mas uma reivindicação dos trabalhadores. Qualquer um que saia vencedor vai ter que avaliar", afirmou Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical. Leia na íntegra