02 novembro, 2010

Minha resposta às provocações recebidas


Recebi alguns e-mails criticando diretamente a minha pessoa por ter postado em meu blog que votaria na Dilma Rousseff, sendo eu uma liderança da Igreja e com tom de provocação a respeito da foto ao lado, onde o Presidente Lula abraça e beija a presidente eleita Dilma de forma carinhosa.

Como relação a critica a minha pessoa digo que, seguindo a orientação da Igreja que esta bem clara no documento 40 da CNBB: “Igreja, Comunhão e Missão na evangelização dos povos, no mundo do trabalho, da política e da cultura” declarei em meu blog que votaria na Dilma usando da minha total liberdade que tenho sem ofender e desobedecer a minha Igreja.
Segundo o ensinamento da Igreja, para que os leigos e leigas desempenhem sua tarefa é preciso que recebam uma formação adequada para a participação na política que permita a nos leigas e leigos:
— Aprender a fazer análise da realidade.
— Conhecer propostas e práticas dos partidos e candidatos, aprendendo a respeitar a opção partidária dos outros.
— Adquirir consciência crítica frente à realidade política.
— Desenvolver a sua formação na fé e adquirir sólido conhecimento da doutrina social da Igreja para discernir e avaliar com critérios evangélicos a realidade e a ação política.
Tenho procurado seguir essas orientações e com base nelas com total liberdade e consciência tornei publico o meu voto. Para quem acha e estão jogando em minha cara que desrespeitei a Igreja nessa eleição a minha orientação é que procure conhecer e aprofundar os documentos da igreja e suas diretrizes.

Com relação à foto do Presidente Lula onde ele abraça e beija a presidente eleita Dilma de forma carinhosa não sei a onde conseguiram enxergar imoralidade; o obsceno.
Como é triste ver pessoas que parecem ser incapazes de ter relações de afetividade. Incapazes de amar.
Ao olhar a foto e ler as provocações que a mim enviaram, veio na memória o ano de 2004, quando elegemos o vereador Humberto Henrique (PT) na cidade de Maringá. No Ginásio de Esporte Chico Neto, quando do termino da apuração dos votos e a confirmação que tínhamos conseguido fomos envolvidos pelo sentimento que há muito tempo já havia entre nós; sentimento de amizade, de irmandade.
Éramos um grupo grande da paróquia Nossa Senhora da Liberdade na Arquidiocese de Maringá, que após uma caminhada, com estudos da realidade e dos documentos da CNBB acreditamos que poderíamos lançar um leigo cristão como vereador. Sonhamos juntos, levamos outras pessoas a sonharem e ele foi eleito. E nesse dia se tivéssemos um fotógrafo nos fotografando, cena como a de Lula e Dilma seria tanta que daria para montar um álbum.
Tive a graça de Deus de coordenar o projeto político que apresentamos na campanha e até hoje após a reeleição do vereador vem sendo colocado em prática - e naquele dia eu e o vereador eleito nos abraçamos e choramos.
Juntos com nós estavam nossos amigos e amigas, companheiros e companheiras de luta, a esposa do vereador e suas filhas e em nossos gestos que foi idêntico o da foto a lado, onde nos abraçamos e choramos não teve nada de imoralidade. Teve sim, muita afetividade, amor, respeito e companheirismo e a certeza que o sonho tornou-se realidade.

Como é triste saber que existem pessoas que se fecham e não dão a si mesma oportunidade de viver essas experiências e acabam nunca conseguindo descobrir que somos capazes de amar os que estão juntos conosco. Amar de tal forma que em certas ocasiões se faz necessário abraçar e até chorar se preciso for.

Peço que o nosso Deus que é todo amor e afeto os abençoe e conceda a graça de viver nem que seja um pouquinho de experiências com essas.

Arquidiocese denuncia assassinatos de 31 moradores de rua em Alagoas

"Não bastasse a humilhação, a discriminação e o esquecimento, o morador de rua ainda tem de conviver com o medo de não amanhecer vivo". Isso é o que constata padre Rogério Madeiro, coordenador das pastorais sociais da Arquidiocese de Maceió, a respeito da atual situação de homens e mulheres que vivem nas ruas de Alagoas, estado do Nordeste brasileiro. Somente neste ano, 31 moradores de rua foram assassinados em todo o estado. Nesta semana, uma audiência pública na Câmara dos Vereadores discutirá o assunto.
Apesar de a polícia suspeitar que os assassinatos sejam motivados por drogas e brigas entre os próprios moradores, o coordenador das pastorais sociais não descarta a possibilidade de "limpeza social". Segundo ele, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também não deixaram essa hipótese de lado. "Nunca tivemos tanto [assassinato] assim", desconfia. Leia a matéria na íntegra