13 setembro, 2011

Pacientes abandonados no meio de tratamento

Olá..., resolvi escrever ..., diante da indignação a que me submeti no dia de hoje, 12/09/2011..., meu pai, um senhor de 74 anos vem lutando contra um câncer no pulmão, uma metástase de um câncer de rim que foi nefrectomizado em fevereiro deste ano..., desde então, vem realizando aplicações de um medicamento chamado de “interferon”, uma profilaxia na tentativa de interromper o avanço da doença através desta imunoterapia. Pois bem, sabendo que esta luta é difícil..., ele rigorosamente tem comparecido conforme prescrição médica, 3 vezes por semana para realizar este procedimento em atendimento ambulatorial no serviço de oncologia do Hospital Santa Rita (Associação “Bom Samaritano”) de Maringá-Pr. Desde fevereiro os médicos que o acompanha, Dr Ricardo Yudi Nishimoto e Dr Igor Roskowski, alertaram para a importância de seguir o tratamento..., no entanto, hoje ele compareceu como de costume as 2ª, 4ª e 6ª feiras as 7h. da manhã (geralmente é liberado por volta das 8 ou 8:30h.), mas desta vez, tanto os médicos como a enfermagem, passava de um lado para outro e não chamaram os pacientes que iriam realizar a aplicação..., como já se aproximava de meio dia, já cansados e com fome e ninguém dava explicações, um grupo de pacientes interceptou um dos médicos para saber o que estava acontecendo..., foi aí que começaram a chamar um por um no consultório e vejam só a explicação..., segundo o médico..., Ricardo Yudi Nishimoto, a medicação (interferon), havia acabado e eles haviam tentado contatos com outras clínicas e hospitais, mas sem sucesso, disse ainda que estava tendo problemas com repasses do estado, pois o governo atual do Paraná havia pego o estado “quebrado” e está com dificuldade de manter alguns serviços. Diante da surpresa e insatisfação de minhas irmãs, que acompanhavam meu pai, o médico justificou ainda que este medicamento está sendo difícil de encontrar, mas que em São Paulo tem um similar, mas que teríamos que utilizar um endereço de um parente ou amigo de lá para entrar como se fôssemos moradores lá e, continuar fazendo o tratamento por lá..., e que da parte dele e do ambulatório de oncologia do hospital, nada mais poderia fazer e simplesmente dispensou não só meu pai, como também os outros pacientes em situação parecida com a dele. Agora eu pergunto...,

a) Está correta a conduta por parte dos profissionais deste ambulatório de oncologia?
b) Por falta deste medicamento os pacientes irão ficar sem tratamento e deixar a doença avançar?
c) É certo dispensar desta forma os pacientes, interromper o tratamento sem encaminhar para outro serviço que ofereça a continuidade, já que ali não tem mais?
d) É correto abandonar pacientes no meio de um tratamento? não transferi-los, não garantir o transporte e a vaga, não fazer contato com outros serviços desta especialidade?
e) Já não bastasse o estresse, o psicológico abalado, a depressão, o medo e as incertezas presentes na vida destes pacientes, é justo serem dispensados desta forma, ficando ao Deus dará?

Meus amigos...,, o que fazer? A quem recorrer?
Se alguém puder..., nos ajude..., pois é comovente ver o semblante de tristeza de meu pai..., e dos pacientes que foram abandonados pelo ambulatório de oncologia do hospital Santa Rita, associação “Bom Samaritano” nesta data...,

Obrigado
Att.: Jorge

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