03 outubro, 2011

Tentativas de regulamentar a internet e o lento processo de democratização da rede. Entrevista especial com Mário Brandão

No Brasil, a população tem acesso aos meios, “ao uso, não”, enfatiza Mário Brandão em entrevista concedida à IHU On-Line, ao mencionar que, dos 180 milhões de habitantes que possuem telefone celular, “2/3 não efetuaram nenhuma ligação nos últimos seis meses”. Essa situação revela que “a população de baixa renda tem celular, mas não pode realizar ligações porque não tem créditos para isso”.
Para Brandão, iniciativas como a do Projeto de Lei 84/99, para tipificar crimes na internet estão associadas “a uma visão deturpada do que é a internet, priorizando seus potenciais riscos e possibilidades de danos”. E reitera: “Falta relativizar e compreender que, proporcionalmente, a internet é um dos lugares onde menos se cometem crimes. A rede precisa ser entendida como um celeiro de oportunidades, como um vetor de democratização e universalização ao bem mais valioso dos séculos XXI, XXII e XXIII, a informação”.
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Brandão comenta temas polêmicos em relação à democratização da rede, como o Marco Civil, que está em votação no Congresso, o Plano Nacional de Banda Larga, proposto pelo governo federal e o processo de transformação e regulamentação das lan houses em Centros de Inclusão Digital – CIDs.
Mário Brandão é formado em Administração, pela Universidade Gama Filho – UGF, e em Webmaster, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
Confira a entrevista.

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