03 agosto, 2011

Tentando entender Maringá

Da professora Ana Lúcia Rodrigues, do Observatório das Metrópoles

Estou tentando entender essa cidade. Aqui tem 4 das 1000 maiores empresas do Brasil mas, a maior fatia de imposto é produzida pelo IPVA e não pelo ICMS; aqui é o lugar onde existe a sociedade civil dita mais atuante e a democracia mais avançada (como o prefeito divulgou no Fórum Social Mundial) mas essa mesma louvada sociedade democrática faz campanha para que o seu Legislativo não tenha peso representativo, como se não fosse um importante pólo regional; a Dallas brasileira é aqui mas 33% dos chefes de família não conseguem comprar a casa própria e moram de aluguel; aqui tem sempre um braço de todas as operações da Polícia Federal; o preço não é critério de concorrência em licitação; aqui Estado e Igreja ainda não se separaram; aqui empreendedor supermercadista vira banqueiro e deputado vira loteador; não há favela aqui mas a cidade ganha R$ 25 milhões para projeto de desfavelização. Aqui o trânsito não flui, mas mata; o contorno não contorna, o Horto não se abre, o teatro não se freqüenta, o público não se permite e o governo não governa para todos. Aqui é um lugar em que as pessoas só acreditam porque não sabem que os que dominam, como dizia La Boétie “…só tem dois olhos, só tem duas mãos, só tem um corpo, e não tem outra coisa que o que tem o menor homem do grande e infinito número de vossas cidades, senão a vantagem que lhe dais para destruir-vos. De onde tirou tantos olhos com os quais vos espia, se não os colocais a serviço dele? Como tem tantas mãos para golpear-vos, se não as toma de vós? Os pés com que espezinha vossas cidades, de onde lhe vêm senão dos vossos? (…). Decidi não mais servir e sereis livres.”

Lei Maria da Penha completa 5 anos

A Lei 11.340, conhecida como Maria da Penha foi sancionada em agosto de 2006 e tornou mais rigorosa a pena contra quem agride mulheres. Para lembrar a data, o Ministério da Justiça realiza hoje (3) e amanhã (4) o seminário Lei Maria da Penha – 5 anos. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, avaliou que a legislação tem alcançado “bons resultados”, mas que é preciso combater o preconceito – inclusive entre autoridades.
“Acredito que é necessário que as pessoas percam o preconceito que ainda existe em relação a atos dessa natureza. Às vezes, vemos autoridades e pessoas em geral que tratam a violência contra a mulher como um ato banal e não é um ato banal. É um ato que merece reprovação e, inclusive, uma reação social muito forte sempre que se consuma”, disse.
A legislação triplicou a pena para agressões domésticas contra a mulher, aumentou os mecanismos de proteção das vítimas e alterou o Código Penal, permitindo que agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. O texto também acabou com as penas pecuniárias, em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Mais informações

Reuninão de planejamento de execução dos projetos relativos à prioridade "Juventude"

A diocese de Campo Mourão convoca reunião neste sábado, dia 6, às 14h no Centro Catequético de Campo Mourão. O objetivo da reunião é planejar a execução dos projetos relativos à prioridade "Juventude" do 19º Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. Devem participar a coordenação e assessoria das pastorais e movimentos do Setor Juventude, ou seja, Pastoral da Juventude, Cursilho, Juventude de Ação Mariana, Ministério Jovem da RCC, Juventude de Shöenstatt, Juventude Marial Vicentina, Jovens Focolares, novas comunidades etc. Também estarão presentes representantes das prioridades "Família" e "Catequese", além dos integrantes da CDAE. Leia aqui a carta de convocação escrita por Dom Javier.