15 novembro, 2011

Proclamação da República

A república é uma forma de governo que tem como objetivo principal atender aos interesses dos cidadãos e das cidadãs. Neste regime é o povo que elege seu governante, portanto é um regime mais democrático e é este regime que vigora no Brasil atualmente. Mas... Nem sempre foi assim, pois entre 1822 e 1889 era o regime monárquico que vigorava em nosso país e ao longo desse período teve dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II. Por ser um tipo de regime que não leva em consideração às necessidades do povo, ao longo de todos esses anos o regime monárquico ficou desgastado e a necessidade de mudanças cada vez mais evidente.
Houve várias tentativas de mudança: a primeira delas ocorreu em 1789, em Vila Rica, Minas Gerais, onde vivia Tiradentes e outros revolucionários, tentaram modificar a realidade, principalmente por não concordarem com os altos impostos cobrados pelo rei. Esse movimento ficou conhecido com a Inconfidência Mineira e não acabou nada bem, pois Tiradentes acabou sendo preso e enforcado, acabando temporariamente com as manifestações. Depois, em 1824, outro grupo revolucionário, agora de Pernambuco, tentou ir contra o imperador, constituindo a Confederação do Equador, ação que durou apenas 4 meses e também resultou na prisão e morte de muitos dos envolvidos.
Ainda em 1836, lideres do Rio Grande do Sul entram em guerra contra o Imperador organizando a Revolução Farroupilha, grupo que também foi derrotado e a monarquia continua imperando no país.
Com todas essas derrotas e como a insatisfação estava evidente em todas as classes sociais, houve acontecimentos determinantes para que a proclamação da república realmente acontecesse: os fazendeiros ficaram descontentes com a abolição da escravatura e exigiam que o imperador os indenizasse, produtores de café do interior paulista eram favoráveis às ações liberais e mão de obra livre. Cada vez mais isolado, o imperador recebeu o golpe final porque aos poucos, os militares também foram se revoltando contra o império.
Assim, a Proclamação da República foi um evento que contou com a participação de muitas pessoas, entre elas as que participaram das campanhas abolicionistas, os fazendeiros e o exército. Quem começou de fato a conspirar para a derrubada da monarquia foi Benjamim Constant. Porém, quem proclamou a República e pôs fim ao império foi o Marechal Deodoro da Fonseca, figura de maior prestígio no exército. Convencido por Benjamim Constant, o Marechal Deodoro concordou com tal ato no dia 11 de novembro. Foi difícil convencê-lo, pois o Marechal era amigo de Dom Pedro II.
Na manhã de 15 de novembro de 1889, Deodoro, à frente de um batalhão, marchou para o Ministério da Guerra, e declarou o fim do período imperial, e o início do período republicano. Dom Pedro II, o imperador da época, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio. Ele pensava que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Ministério. No dia seguinte, foi-lhe entregue um comunicado confirmando a proclamação e solicitando sua partida para o exterior. Entre 1889 e 1930 o governo foi uma democracia constitucional e a presidência alternava entre os estados dominantes da época: São Paulo e Minas Gerais.
Como hoje, muito dos políticos eleitos pelo povo, não estão cumprindo com o objetivo da república, que é atender aos interesses dos cidadãos e das cidadãs, muitos sangue continua sendo derramado no campo e na cidade, sangue de mulheres e de homens que com coragem lutam em defesa dos direitos do povo oprimido e hoje, 15 de novembro de 2011,  tantos anos depois o povo marcha contra a maldita corrupção que gera morte de tanta gente.

III Marcha contra a Corrupção

Hoje, 15 de novembro, feriado da Proclamação da República, será mais um dia para ficar na história. Pelo menos 30 cidades confirmaram a realização da III Marcha, que reforçará o pedido pelo fim do voto secreto e pela constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. Além destas reivindicações, algumas cidades elegeram demandas específicas, como a saída de Sarney da presidência do Senado Federal. A primeira marcha, realizada em sete de setembro, Dia da Independência, reuniu, apenas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, Distrito Federal, mais de 35 mil pessoas. Com faixas, cartazes, apitos e narizes de palhaço a população da capital federal chamou atenção para situações vergonhosas na política como a da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), que se livrou da cassação graças à condescendência de outros deputados. Além da absolvição da deputada, os manifestantes pediram o fim do voto secreto dos parlamentares. A marcha contra a corrupção também invadiu os desfiles de sete de setembro em Belém (Pará), São Luís (Maranhão), Recife (Pernambuco), Maceió (Alagoas), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (Espírito Santo), Belo Horizonte (Minas Gerais), Ribeirão Preto e São Carlos (São Paulo), entre outras localidades, somando um total de 35 cidades indignadas com a corrupção. A segunda marcha, realizada no feriado de 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, também movimentou o país com manifestações em pelo menos 25 cidades. Na ocasião, os protestos se voltaram para temas como a validação da Lei da Ficha Limpa para 2012, o fim do voto secreto no Congresso Nacional e a tentativa de enfraquecimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão voltado para a fiscalização dos juízes.