11 maio, 2012

No aniversário de Maringá, uma reflexão sobre a tolerância

Por Dom Anuar Battisti
Quando eu era criança, ocasionalmente minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me recordo especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas queimadas em frente do meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas lembro-me de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.
Quando eu saí da mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse: “Adorei a torrada queimada...”.
Mais tarde, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:...continue lendo...

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