17 outubro, 2012

A incoerência entre o discurso e a prática

Conheci o Luizinho na greve geral dos servidores em 2006, ocorrida na administração Silvio e Pupin. Certa feita durante uma manifestação em frente ao paço, de microfone em mão, chorando e indignado, Luizinho retirou seu holerite do bolso, jogou no chão e depois mostrou o baixo salário que recebia como coletor de lixo. Seu choro acompanhado de indignação fez com que quem assistiu a cena chorasse. Naquele período estávamos no grupo de 28 servidores que lutavam por melhores salários e foram injustamente demitidos e expostos à sociedade como baderneiros.
Luizinho é um bom sujeito, não tenho nada pessoal contra ele. Mas ser um bom sujeito não é o suficiente para uma trilhar uma carreira política pautada na coerência. Como disse Messias Mendes, lhe falta “consistência ideológica”.
Sua decisão de apoiar a candidatura de Pupin é enorme incoerência. É contraditória com o que ele vivera em 2006. Afinal, decidiu apoiar o mesmo grupo político que o demitiu injustamente. Esse apoio pode custar caro politicamente, afinal vai ser difícil explicar os motivos de seu apoio ao seu eleitorado. Talvez tenha sepultando a possibilidade de uma carreira política que poderia ser empregada à favor da classe que pertence: a classe trabalhadora. Afinal, não se deve alimentar nenhuma ilusão de que os poderosos vão atender as necessidades dos trabalhadores.
A incoerência entre o discurso e a prática. Lamentável.

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