23 abril, 2012

23ª Romaria do Trabalhador/a da Arquidiocese de Maringá

Com o tema: “Saúde + Trabalho = Vida Plena”, e lema: “Esperança de novos céus e nova terra (2Pd 3,13)”, no dia 1º de maio acontecerá na Paróquia Santa Isabel de Portugal a 23ª Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora. Em comunhão com o Texto-Base da Campanha da Fraternidade, essa Romaria objetiva refletir sobre as condições de saúde às quais estão sujeitos os trabalhadores e as trabalhadoras. É, também, um momento profético, um kairós, na vida da Igreja que ao denunciar as estruturas de injustiça, anuncia a esperança em “novos céus e nova terra” (2Pd 3,13), a onde o conceito de Bem Viver (o bem viver é sinônimo de “vida boa”, o que hoje denominamos de “qualidade de vida”, e que o Evangelho, em Jo 10,10, chama de “Vida em plenitude” – reflexão proposta pela 5ª Semana Social Brasileira), esteja ao alcance de todos, de tal modo que todos possam ter acesso à saúde de qualidade, na prevenção e tratamento das enfermidades.

A reflexão sobre a questão da saúde nos remete também à nossa Constituição Federal de 1988 que estabelece na seção II- Da Saúde: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Infelizmente, em nossa região, a questão da precarização da saúde vem desafiando a nossa consciência cristã. Por exemplo, no Hospital Regional Universitário, em Maringá, se tem concretamente, a face das feridas sociais no desrespeito pela dignidade do (a) cidadão (ã). A falta de infraestrutura, a insuficiência de recursos humanos e financeiros, desencadeia a situação de pessoas nos corredores pela falta de leitos, de salas cirúrgicas. Os(as) trabalhadores(as) da área da saúde sofrem pelas más condições de trabalho, a excessiva carga horária em plantões e escalas de serviço e a baixa remuneração. Os(as) trabalhadores(as) doentes sofrem pelo descaso com a saúde pública.

Os princípios da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde (2009) não são efetivados. Os(as) cidadãos(ãs) não são atendidos(as) com ordem e organização. Não se tem garantido o direito ao atendimento com qualidade e humanizado. Em meio a essa exclusão, a ARAS- Associação de Reflexão e Ação Social vem fortalecer atitudes concretas para a defesa, o cuidado e a promoção do valor da vida. O novo céu e a nova terra que esperamos alcançar exige luta, esforço, organização contra os interesses do capital. Nesse sentido e confiantes Nele que nos faz fortes, continuemos na luta pela saúde para todos (as): “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10).

Venham! Mobilizem-se e organizem as suas caravanas.
1º de maio de 2012 - 13h30
Paróquia Santa Isabel - Maringá

Fonte: ARAS - Associação de Reflexão e Ação Social

Participação de mulheres deve chegar a 45%

A participação das mulheres na força de trabalho do Brasil deve chegar a 45% ao fim desta década, de acordo com os dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) - em 1980, a presença das brasileiras era de 31,3%. "Essa previsão de crescimento já era esperada. Atualmente, mais de 30% das famílias são chefiadas por mulheres", diz Denise Delboni, professora de Relações Trabalhistas da Faculdade de Economia da Faap.
A reportagem é de Luiz Guilherme Gerbelli e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 22-04-2012.
Denise lembra que as mulheres ainda ganham cerca de 20% menos do que os homens que estão no mercado de trabalho. "Elas se candidatam a trabalhos mais rotineiros e que pagam menos", afirma. "Com os salários mais baixos das mulheres, o rendimento das famílias acaba sendo menor", diz Denise.
A entrada das mulheres no mercado de trabalho é, na avaliação dela, outro fator que contribuiu para a redução do aumento da força de trabalho.