13 dezembro, 2012

Seis capitais concentram um quarto da riqueza brasileira

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro está concentrado em poucas cidades. Seis capitais são responsáveis por 24,9% de tudo o que o país produz em riquezas. São Paulo detém 11,8% do PIB nacional, seguido por: Rio de Janeiro(5%), Brasília (4%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%).

A reportagem é de Vladimir Platonow e publicada pela Agência Brasil, 12-12-2012.

Os dados fazem parte da pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (12). Somadas, as riquezas dessas seis cidades, que abrigam 13,7% da população, correspondem a um quarto da geração de renda nacional.

Em todo o Brasil, com 5.565 municípios, metade de toda a renda nacional é produzida por apenas 54 municípios. A outra metade do PIB é dividido entre os demais 5.511 município. De forma geral, as capitais concentram especialmente atividades do setor de serviços, como bancos, financeiras, comércio e administração pública, exceto o caso de Manaus, onde existe uma participação maior do setor industrial, por causa da Zona Franca.

Fora as capitais, 11 municípios se destacam na participação do PIB, todos com equilíbrio entre serviços e indústria, agregando 8,6% da renda do país: Guarulhos (SP), com 1%; Campinas, 1%; Osasco, 1%; São Bernardo do Campo (SP), 0,9%; Betim (MG), 0,8%; Barueri (SP), 0,7%; Santos (SP), 0,7%; Duque de Caxias (RJ), 0,7%; Campos dos Goytacazes (RJ), 0,7%; São José dos Campos (SP), 0,6%; e Jundiaí (SP), 0,5%.

A concentração de renda é um fenômeno presente em todo o país, com maior ou menor grau. Na Região Norte, com 449 municípios, 50% da renda é produzida por apenas seis municípios. No Nordeste, o fenômeno da concentração também é evidente, com 21 dos 1.794 municípios responsáveis por agregar metade da renda regional.

No Sudeste, 50% da renda é produzida por apenas 15 dos 1.668 municípios. No Sul, com 1.188 municípios, 27 deles respondem por 50% da renda. No Centro-Oeste, com 466 municípios, somente Brasília responde por 42,8% do PIB.

Campanha defende 12 de dezembro como dia dos direitos de empregados domésticos

Uma campanha da Confederação Internacional Caritas, entidade ligada à Igreja Católica com representações em vários países do mundo, criada este ano está propondo a adoção de uma data mundial em favor aos direitos trabalhistas de empregados domésticos. A iniciativa "12-12-12” tem como objetivo estimular a adesão de países ao Convênio 189 (C189) da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – que garante novos direitos laborais para trabalhadores do lar. A meta é que ao menos 12 países aprovem o Convênio até o fim deste ano.
Desde 2011, ano em que a OIT adotou o Convênio 189 e a Recomendação 201, que a complementa, como medidas de proteção aos trabalhadores e trabalhadoras domésticas, a Confederação Caritas vem promovendo o C189 e lutando por sua promulgação no maior número possível de países.O Brasil ainda não é signatário do acordo.
Segundo a OIT, a Convenção 189 se faz necessária pois aproximadamente 52,6 milhões de mulheres e homens maiores de 15 anos exercem, como atividade principal, a profissão de trabalhador (a) doméstico(a) - o que corresponde a cerca de 3,6% do emprego assalariado global. Esta grande parcela da população é geralmente excluída da proteção social e da legislação laboral., estando mais vulnerável à violações de seus direitos.
A grande maioria das pessoas que atuam nesta área é de mulheres - 43,6 milhões, ou seja, cerca de 83% do total-, muitas em situação de vulnerabilidade quanto a preconceitos, maus tratos e diversas outras situações de desrespeito. A Convenção pretende promover uma proteção mínima para as trabalhadoras domésticas que seja de fácil implementação.

A notícia é da Repórter Brasil, por Anali Dupré