24 agosto, 2013

Ibope: Aprovação ao Governo Dilma sobe de 31% para 38%

A avaliação positiva do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da aprovação perdida após as manifestações populares de junho. Pesquisa Ibope/Estado divulgada nesta sexta-feira (23), mostra que a taxa de ótimo/bom do governo cresceu de 31% para 38% desde 12 de julho. Ao mesmo tempo, as opiniões de que o governo é ruim ou péssimo caíram de 31% para 24%. A avaliação de que o governo é “regular” permaneceu em 37%. Apenas 1% não soube ou não quis responder.
A recuperação ocorreu principalmente no Sul e no Sudeste, onde as taxas de aprovação cresceram 12 e 11 pontos porcentuais, respectivamente. Para a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari, a recuperação de parte da popularidade de Dilma está relacionada ao refluxo das manifestações de rua, principalmente no Sudeste. “Os protestos diminuíram de tamanho e de alvo. A presidente não está mais no foco das manifestações”, afirma Marcia. Ajudou também a melhoria de alguns indicadores econômicos, como a redução da inflação e do desemprego, e o aumento da confiança do consumidor.
Em comparação com os números divulgados pelo Datafolha há duas semanas, a aprovação ao governo foi de 36% para 38%. A pesquisa Ibope-Estado foi feita entre os dias 15 e 19 de agosto. Foram 2.002 entrevistas face a face, feitas na residência dos entrevistados. A pesquisa foi feita em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. Sua margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%.

4º Encontrão Arquidiocesano das CEBs - Arquidiocese de Maringá

Perfil dos primeiros médicos que chegam ao Brasil



Médicos cubanos de 2ª categoria? Olhem a ficha da galera que vem aí…
22 de agosto de 2013 | 19:43

O Conselho Federal de Medicina entrou de novo na Justiça para impedir a contratação dos médicos cubanos.

Vai perder a ação e vai perder a credibilidade.

Aliás, já devia ter recuado, pois está perdendo.

Primeiro, porque alega que estes médicos são “menos qualificados” que os brasileiros, incluídos aí aqueles que batiam ponto com dedinhos de silicone, que estão com seu registro zeradinho, positivo e operante.

Ora, ainda que fossem menos qualificados – e já vamos ver como não são – seriam menos qualificados do que quem? Do que os inexistentes médicos dos municípios para onde vão? Porque não tem médico neles e nem médico brasileiro que queira ir pra lá ganhando R$ 10 mil, casa e passagem.

Mas hoje o Ministério divulgou o perfil dos primeiros 400 médicos, que chegam em dias por aqui.

Não são garotos, recém-formados e inexperiente: 89% tem mais de 35 anos e 65% ficam entre 41 e 50 anos.

84% têm mais de 16 anos de exercício da medicina.

100% têm especialização em Saúde da Família, 20% mestrado nessa especialidade e 28% têm outros cursos de pós graduação.

Todos já cumpriram missões no exterios, quase a metade mais de uma, estão acostumados a conviver com carências sociais e doenças tropicais.

E, como se não bastasse, ainda acham que o paciente é um ser humano!

Por: Fernando Brito 

Médicos cubanos já chegaram ao Brasil!


Brasil sedia encontro da Marcha Mundial das Mulheres pela primeira vez

Fonte: Brasil de Fato

O Brasil sediará, pela primeira vez, o Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Com o mote “Feminismo em marcha para mudar o mundo”, a nona edição do evento ocorrerá entre 25 e 31 de agosto em São Paulo, no Memorial da América Latina. 
Cerca de 1,6 mil ativistas de 40 países e 18 estados brasileiros participarão do encontro, que terá como pautas o combate ao machismo, a autonomia sobre o corpo, a auto-organização das mulheres e a questão dos territórios, dentre outros temas. 
Além de debates, oficinas e atividades culturais, as mulheres promoverão uma mobilização pelas ruas da capital paulista em 31 de agosto, que deverá contar com 10 mil feministas. 
Fortalecer
O 9º Encontro Internacional da MMM terá diferentes momentos e objetivos. Um deles é a escolha do novo secretariado da Marcha, que está no Brasil desde 2006 e passará para outro país. 
O evento também será um espaço de intercâmbio entre as experiências da luta feminista em vários países. A ideia central, segundo a integrante da coordenação nacional da Marcha, Conceição Dantas, é consolidar o movimento feminista, dando continuidade à agenda das mulheres que está em curso no Brasil e em outros países. 
“Vamos fortalecer, com esse encontro, a lógica de que só mudaremos a vida das mulheres se a gente transformar o mundo e só mudaremos o mundo se transformarmos a vida das mulheres”, diz. 
O evento também será o pontapé inicial da quarta grande ação internacional do movimento, que será realizada em 2015. 
Origem
A inspiração para a criação da Marcha Mundial das Mulheres partiu de uma manifestação realizada em 1995, em Quebec, Canadá, quando 850 mulheres marcharam 200 quilômetros, pedindo, simbolicamente, Pão e Rosas. A ação marcou a retomada das mobilizações das mulheres nas ruas e significou também uma crítica ao sistema capitalista. 
Cinco anos depois, surgia a Marcha Mundial das Mulheres, que realizou em 2000 sua primeira grande ação internacional, reunindo mulheres de 159 países em uma campanha contra a pobreza e a violência. As ações foram iniciadas em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e terminaram em 17 de outubro, organizadas a partir do chamado “2000 razões para marchar contra a pobreza e a violência sexista”. 
Um dos méritos da MMM, para Conceição Dantas, foi recuperar a ideia de mobilização no movimento feminista. Durante a década de 1990, lembra ela, os debates sobre as questões das mulheres ocorriam a portas fechadas, ficando restritas às reuniões da Organização das Nações Unidas e a conferências internacionais. 
Para as militantes da Marcha, no entanto, é essencial ir além e levar a discussão para as ruas. 
“Queremos, cada vez mais, fortalecer uma agenda em que o feminismo seja um movimento verdadeiramente de massas, que consiga mobilizar multidões para transformar o mundo e a vida das mulheres”, afirma. 
A realização dos Fóruns Sociais Mundiais contribuiu para a internacionalização do movimento, que hoje está presente em quase 70 países de todos os continentes. 
Além da ação em 2000, duas outras grandes ações ocorreram em 2005 e 2010. Esta última, no Brasil, foi marcada por uma caminhada entre as cidades de Campinas e São Paulo entre 8 e 18 de março, com presença de cerca de 3 mil participantes. 
Outro modelo
Dentre os princípios da Marcha, estão a organização das mulheres urbanas e rurais a partir da base para a superação do sistema capitalista patriarcal. O entendimento é de que as desigualdades de gênero só serão efetivamente superadas com a adoção de outro modelo de desenvolvimento. Por isso, explica a integrante da Marcha Mundial das Mulheres Tica Moreno, é preciso conduzir a militância feminina para além da reivindicação de políticas públicas em nível institucional. 
“Para conseguir igualdade, autonomia e liberdade para todas as mulheres não basta conquistar algumas leis. Tem que ter capacidade para alterar a correlação de forças e transformar as relações sociais de opressão entre os homens e as mulheres e as relações anticapitalistas”, garante. 
Neste sentido, pontua Tica, está a importância da aliança com movimentos sociais mistos, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores e diversas outras organizações. Além de pensar em estratégias comuns de mobilização, as articulações possibilitam incentivar o feminismo dentro de cada movimento. 
“Não é só apresentar uma agenda geral e depois lembrar das mulheres”, esclarece Tica. “O conjunto dos movimentos sociais que estão em luta para transformar a sociedade precisam incorporar a igualdade entre homens e mulheres como um princípio”, completa. 
Violência
Dentre os avanços do movimento feminista no mundo, para Conceição Dantas, está a auto-organização permanente das mulheres e a conquista de melhorias em alguns setores, como no trabalho e na educação. Entretanto, ela lembra que os avanços não se estenderam a todas, ficando de fora justamente as mulheres mais pobres. 
“Tem muitas mulheres que ainda sofrem violência e que ainda não conseguem ter uma relação de igualdade. Uma pequena parte das mulheres conseguiu ter avanços”, diz. 
A violência é um dos aspectos que mais preocupa. De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um terço de todas as mulheres do mundo é vítima de violência física ou sexual. Os índices, para a entidade, representam um problema de saúde global com proporções epidêmicas. 
No caso do Brasil, a aprovação da Lei Maria da Penha, há sete anos, é considerada uma conquista importante do movimento feminista na luta contra a violência doméstica. Entretanto, segundo Tica Moreno, as agressões sexuais cometidas em locais públicos são outra realidade a ser enfrentada. 
Segundo dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, estima-se que, a cada 12 segundos, uma mulher é estuprada no Brasil. Outra estatística, esta do Ministério da Saúde, indica que de 2009 a 2012, os estupros notificados cresceram 157%. 
Os estupros coletivos também são uma preocupação. No Piauí, só em 2013 foram registrados quatro casos de estupros coletivos – uma das vítimas é portadora de deficiência física e mental. Também este ano, no Rio de Janeiro, uma turista estadunidense foi violentada sexualmente oito vezes durante o assalto a uma van. Os mesmos homens foram acusados por dois outros casos semelhantes. 
Outro episódio que ganhou repercussão ocorreu em 2012, com o estupro de cinco mulheres durante uma festa de aniversário em Queimadas, no agreste paraibano. Os estupros, que resultaram em duas mortes, seriam um “presente” para o aniversariante. 
Além do fim da violência contra as mulheres, Conceição elenca como desafios a serem superados o fim da mercantilização do corpo e da imposição da beleza para as mulheres, problemas que afetam diretamente as brasileiras. 
Outra luta importante, de acordo com ela, é a descriminalização e legalização do aborto, caminho que guarda muitos obstáculos. 
“Temos uma sociedade conservadora, que utiliza o argumento religioso para fortalecer os seus argumentos tradicionais, conservadores e de direita”, ressalta.