24 novembro, 2013

Na celebração de hoje - dor, alegria e a certeza da presença amiga de Deus

Hoje estive na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Maringá, celebrando junto com aquele povo amigo, a festa de Cristo Rei, o Dia da Consciência Negra e o grito por PAZ de tantas pessoas marcadas pela dor da perda de entes-querido, que no decorrer dos últimos dias perderam suas vidas pela violência, que com certeza causada pelo maldito vício das drogas. Jovens assassinados na rua, um homem, trabalhador assassinado dentro de seu estabelecimento de trabalho.

Foi uma celebração expressiva, a dor presente em tantos corações, visível no rosto de tantas pessoas inclusive nas lagrimas de nosso querido e amigo Pe. Adácilio.

Más, como não poderia ser diferente, a ternura de Deus, fez com que, mesmo diante da dor, uma celebração festiva e alegre. Na ornamentação, nas roupas, no ritmo dos cantos e apresentações a riqueza da cultura negra e a certeza da presença amiga de Cristo Rei.

Diante da morte desses jovens e do trabalhador, não podemos ficar indiferente. A Igreja, nós que somos a Igreja não podemos ficar indiferente. Não dá para ficar indiferente diante de tanta violência.

Se a “Igreja instituição”, nós cristãos, estamos ficando indiferente diante da violência que vem matando mulheres e homens de todas as idades, é preciso parar e repensar a caminhada. Se tudo isso acontece e ao passar alguns dias tudo continua como nada estivesse acontecido, é preciso parar e repensar a caminhada.

É preciso alertar a sociedade, é preciso fazer algo, se ainda não conhecemos é preciso conhecer a realidade. É preciso fazer com que a proposta de Jesus seja conhecida por todas e todos, não só dentro da igreja, más também toda a sociedade. É preciso cobrar dos políticos políticas públicas que promovam a dignidade da pessoa humana, como bem disse o nosso querido Papa Francisco, “temos que nos meter na política”, e se for para defender a vida, para promover a vida, para defender “as ovelhas”, não necessariamente com cargos políticos, mas todas e todos, inclusive, bispo, padres, religiosas, todos os fiéis tem sim, que se meter na política, dar à cara a “tapa”. É preciso defender a vida.