26 novembro, 2013

É uma vergonha a postura do Prefeito e da maioria dos vereadores na cidade de Maringá - Paraná


Nove vereadores aprovaram projeto do prefeito para repassar R$ 1.500.000,00 para iniciativa privada realizar a 17ª edição da “Expo Aero Brasil - EAB-2014", no período de 28 a 31 de agosto 2014. A Prefeitura ainda terá que oferecer espaços e estruturas que, segundo cálculo do vereador Humberto Henrique (PT), poderão custar mais R$ 6 milhões de reais para a população.

Humberto Henrique, Mário Verri, Carlos Mariucci e Dr. Manoel argumentaram em defesa da realização do evento, mas foram os únicos que votaram contra o repasse de dinheiro público. “Só temos a garantia de que este evento vai fazer a festa de muita gente que não precisa da Prefeitura”, criticou Humberto.

O vereador alertou que, pelo projeto, a Prefeitura fica obrigada a disponibilizar por 25 anos o local para os organizadores realizarem o evento, mas não há qualquer garantia ou exigência de que a feira acontecerá em Maringá nos outros anos. “Podemos votar um golpe”, destacou.

Humberto ainda citou vários setores da cidade em que o valor poderia ser mais bem investido, como as cooperativas de materiais recicláveis, os funcionários públicos não contemplados no plano de carreira e a necessidade de mais consultas no sistema de saúde.

“É curioso como o prefeito alega que não tem mais recursos para ajudar as entidades que fazem o papel do Estado, cuidando de crianças, adolescentes e jovens, mas quando a iniciativa privada pede a administração arruma o dinheiro rapidinho”, discursou Humberto.

O projeto recebeu voto favorável dos vereadores, Luciano Brito, Chico Caiana, Carmem Inocente, Márcia Socreppa, Jones Darck, Dr. Sabóia, Adilson Cintra, Luiz Pereira e Tenente Edson Luiz. Na próxima quinta-feira (28) a matéria volta à pauta para segunda discussão.

Fonte: Site do Vereador Humberto Henrique

É uma vergonha projeto proposto pelo prefeito da cidade de Maringá


Serviços, prédios e obras públicas de Maringá poderão ser delegados para a iniciativa privada. É o que prevê um projeto proposto pelo prefeito que cria o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas. O vereador Humberto Henrique (PT) se posicionou contra a proposta. Ele teme que, se for aprovada, a medida permita a privatização em massa dos serviços oferecidos à população.

Pelo projeto, as parcerias com a iniciativa privada não precisarão de aprovação da Câmara. A opinião de um conselho gestor formado em sua maioria por secretários do prefeito é que autorizará ou não a execução da parceria.

Humberto acredita que a proposta tem objetivo de ampliar os poderes do prefeito e implantar medidas sem fazer debate com os vereadores e com a população. “Hoje o prefeito precisa de autorização da Câmara Municipal, mas se este projeto for aprovado ele poderá fazer o que quiser e como quiser com os serviços públicos.”

Colocado em pauta nesta terça-feira (26), o projeto foi retirado por duas sessões.

Fonte: Site do Vereador Humberto Henrique

Papa ataca desigualdade e defende reforma da Igreja

O papa Francisco defendeu a reforma da Igreja Católica e a inclusão de iniciativas que diminuam a riqueza e a hierarquia do Vaticano, em sua primeira exortação apostólica, divulgada nesta terça-feira.


No texto, o pontífice ainda defende a posição contra o aborto e critica a "tirania" do capitalismo.

Chamada de "Evangelii Gaudium" ("A Alegria do Evangelho"), a exortação apostólica divulgada nesta terça é o primeiro documento papal inteiramente escrito por Francisco. O texto usa um estilo próximo à pregação, no que difere da escrita acadêmica de seu antecessor, o papa emérito Bento 16.

Francisco convidou o clero a fazer uma reforma profunda das instituições eclesiásticas, de modo que a Igreja "se torne mais fiel ao sentido que Jesus Cristo quis dar-lhe e às necessidades atuais da evangelização". Ele disse estar aberto a sugestões de reforma para o que chamou de "conversão pastoral".

"Prefiro uma Igreja Católica arranhada, ferida e suja porque veio das ruas que uma instituição doente por estar confinada e agarrada à sua própria segurança", disse, criticando ainda a insistência de sacerdotes em expor as doutrinas e a centralização do Vaticano que, para ele, atrapalha o trabalho missionário.

O pontífice ainda citou o papa João Paulo 2º, morto em 2005, a quem disse ter pedido para ajudar a encontrar uma nova forma de exercício da liderança eclesiástica por considerar que houve pouco avanço nos últimos anos.

Ele também defendeu o uso de formas novas para o ensino do Evangelho, usando "novos caminhos e métodos criativos". "Não devemos encerrar Jesus nos nossos esquemas chatos porque um anúncio renovado oferece aos crentes, aos mornos e aos não praticantes, uma nova alegria na fé e uma fecundidade evangelizadora".

POBREZA
Francisco defendeu as reformas como uma forma de aumentar a ação eclesiástica para diminuir a exclusão social e a desigualdade. Para o pontífice, ambas situações geram violência no mundo e podem provocar uma explosão.

"Até que não se revertam a exclusão e a iniquidade dentro de uma sociedade e entre os distintos povos será impossível erradicar a violência".

Nesse sentido, atacou o sistema capitalista, ao qual chamou de "nova tirania" e pediu aos líderes globais que lutem para diminuir a pobreza, a desigualdade social e as diferenças de desenvolvimento entre os países.

"Enquanto os problemas dos mais pobres não forem radicalmente resolvidos através da rejeição da absoluta autonomia dos mercados e da especulação financeira, atacando as causas estruturais da desigualdade, não encontraremos solução para os problemas do mundo ou para muitos problemas".

ABORTO
Em sua exortação, de 142 páginas, Francisco reitera a posição da Igreja Católica sobre o aborto, afirmando que está "não está aberta à discussão" a interrupção da gravidez. No entanto, defende a maior influência das mulheres na liderança da instituição.

Ele ainda pediu aos países muçulmanos que permitam o cristianismo, assim como recomendou aos católicos que tratem com respeito os islâmicos. O pontífice também defendeu o crescimento do diálogo com judeus, agnósticos e ateus.