21 janeiro, 2014

Água de Maringá. Quem é culpado, os pesqueiros ou a Sanepar?

Com relação ao gosto de barro e o cheiro ruim da água fornecida pela Sanepar em Maringá, nos últimos dias, os integrantes da força-tarefa criada para fiscalizar, mapear e analisar a água do rio Pirapó, procurou identificar a origem das microalgas Oscillatoriales, presentes no rio Pirapó, principal manancial de abastecimento público de Maringá. A Sanepar diz que as microalgas não representam riscos à saúde humana, apesar de provocarem odor e sabor na água tratada. 

Na coletiva realizada hoje, 21, na Sanepar, confirmou que a origem da água com gosto e cheiro ruins foi uma propriedade rural que possui vários tanques às margens do rio Pirapó, em Sabáudia, com a possibilidade das algas terem vindo também de outras propriedades ribeirinhas.

Quem é culpado, os pesqueiros ou a Sanepar?

Talvez, seria viável alguém lembrar a Sanepar que “carvão ativado” tem um excelente poder de clarificação, desodorização e purificação de líquidos e que ela pode usar a quantidade suficiente para resolver o problema da água em Maringá, sem risco nenhum para a humanidade e todos os seres vivos.

Descaso pelos menos favorecidos na cidade de Maringá


 

A situação das famílias que ocuparam o Conjunto Atenas II e foram levadas dias atrás para a desativada Escola Municipal Delfim Moreira, na zona rural de Maringá, é de calamidade. As fotos acima foram tiradas pelo Observatório das Metrópoles, que realizou visita técnica ao local. Os relatos são impressionantes. São 17 famílias morando em 13 salas, dentre elas, cozinha, secretaria e despensa. Por não haver espaço, duas famílias estão dormindo no corredor. Ainda sobre o espaço restrito, os móveis ficam no corredor ao relento e a mercê da chuva. Alguns estão preocupados em perder o pouco que têm. Muitos estão com problemas de saúde, que atribuem à contaminação na água, que afetam principalmente as crianças. Há moradores com crise de vômito e diarreia. Existem apenas dois banheiros coletivos e há presença de ratos e baratas no local. Há riscos para as 40 crianças no local como portões soltos, janelas quebradas que não cumprem sua função de vedação e proteção contra o frio. Além disso, ainda se encontram sem acesso ao transporte público.

Do: Site do Rigon