28 fevereiro, 2014

Uma pequena síntese da formação para leigas e leigos da Arquidiocese de Maringá

Uma pequena síntese da formação para leigas e leigos da Arquidiocese de Maringá, que teve como tema o Estudo do Documento 104 da CNBB “Comunidades de Comunidades: uma nova paróquia”, realizada ontem (27/02/2014) e teve Pe. Manoel José de Godoy como assessor.

Diante de uma sociedade “líquida”, onde tudo flui, não tem consistência, onde o chão oferecido pela sociedade não da mais segurança os/as cristãos tem que apresentar Jesus Cristo e sua proposta para que as pessoas tenham sentido na vida.

Para isso, é preciso conhecer Jesus e sua proposta. É preciso fazer lindas experiência com Ele, apaixonar-se por Ele. 

Hoje, somos convidados a responder: Quem é Jesus Cristo para mim?

O Documento de Aparecida fala muito da importância de termos um encontro pessoal com Jesus Cristo.

O primeiro passo, passa pelo seu conhecimento e o conhecimento de sua proposta. 

O segundo passo, uma vez apaixonado por Jesus Cristo e sua proposta, se essa experiência é autentica, necessariamente somos empurrados a encontrar pessoas que também fizeram essa experiência.

A experiência com Jesus Cristo, se for autentica, leva para a vida comunitária. A vida comunitária nasce com a experiência autentica com Jesus Cristo. 

Viver em comunidade é um desafio, porque somos diferentes, temos expressões de fé diferentes e tantas outras diferenças, diante disso, padre Godoy nos fez recordar que o Apóstolo Paulo viveu muita dessas experiências de comunidades divididas e para resolver tantos problemas comunitários propôs que acima de tudo o amor. É na vivência comunitária que provamos nossa autenticidade da experiência de fé. 

A verdadeira cristã e o verdadeiro cristão não fica prezo na secretaria da igreja, o/a cristãos tem que estar envolvidos na comunidade. Tem que ser alegres e animar a comunidade, animar uns ao outro, animar o padre.

Conforme o assessor, os padres precisam se ajudar mais, sentar e pensar a cidade como um todo, pelo tamanho da Arquidiocese de Maringá é preciso ter mais paróquias.

O terceiro passo é a formação e o compromisso missionário. Os desafios encontrados na missão são muitos e não tem explicações, mas as comunidades tem que ser missionárias.

Ser uma comunidade missionária em uma paróquia em redes de comunidades é se colocar a serviço também da outra comunidade. Uma comunidade tem de sobra (dinheiro) até para ficar trocando coisas e outras não tem nem para começar, a missão também passa pela partilha neste sentido.

Conforme nos apresentou Pe. Godoy, o Cardeal Martini de Milão elaborou o plano de pastoral em cima dos quatro Evangelhos.

- O primeiro ano, o Evangelho de Marcos que traz a pergunta: Quem é Jesus.
- O segundo ano, o Evangelho de Mateus que vincula as experiências de Jesus e as experiências comunitárias. Um reforço para a vida comunitária. Comunidade é um critério para Mateus – quem é Igreja – para que serve a Igreja.
- O terceiro ano, Evangelho de Lucas juntamente com Atos dos Apóstolos. Forma um bloco só. A missão. No evangelho a missão de Jesus em Atos a missão da comunidade.
- O quarto ano, Evangelho de João, comunidade do discípulo amado. Jesus é amor.

Nos evangelhos o mesmo personagem “Jesus”, visto por ângulo diferente, interesse diferente.

Diante da realidade atual em que vivemos, para que as paróquias sejam redes de comunidades autênticas é preciso dizer:

Não ao desânimo egoísta
Não ao pessimismo estéril
Não ao comodismo espiritual
Não à guerra entre nós
Sim ao desafio de uma espiritualidade missionária
Sim às relações novas geradas por Jesus Cristo