22 julho, 2014

Ibope: Com 38% das intenções de voto, Dilma permanece como favorita

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (22) aponta que a presidenta Dilma Rousseff mantém a preferência do eleitorado brasileiro, com 38% dos votos.

O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, tem 22%, enquanto Eduardo Campos (PSB), registrou 8%.

Em um eventual segundo turno com o tucano, Dilma venceria a disputa com 41% das intenções de voto, contra 33% de Aécio Neves.

Já na simulação de segundo turno com Eduardo Campos, Dilma fica com 41% da preferência e o candidato do PSB com 29%.

O instituto de pesquisa ouviu 2.002 eleitores entre os dias 18 e 21 de julho. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Na festa de Maria Madalena, mulheres católicas pedem acesso ao sacerdócio feminino



O coletivo de Mulheres na Igreja pela Paridade reivindicou hoje, por ocasião da celebração da festividade de Santa Maria de Magdala (Maria Madalena), nesta terça-feira, que a Igreja católica “revise os ministérios e o acesso a estes à luz do Espírito Santo e o sentir das comunidades de crentes”.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 21-07-2014. A tradução é do Cepat.

Em um comunicado, o coletivo questiona as lendas que asseguram que Maria Madalena foi uma prostituta. “De tudo o que lemos, o que para nós fica claro é que foi uma mulher muito próxima de Jesus, a quem era unida por uma profunda amizade. Acompanhou-lhe durante os anos de pregação, inclusive, possivelmente, foi uma das que o assistiam com seus bens”, ressaltou o coletivo.

Nos Evangelhos, Maria de Magdala foi a primeira pessoa a quem Jesus apareceu após ressuscitar, mas “as histórias que nos relataram e comentam sobre ela é a de que foi prostituta, que dela tiraram sete demônios, que foi a mulher que ungiu os pés de Jesus, que era a adúltera a quem Jesus salvou de morrer apedrejada, o que dá a impressão que são frutos de mentes de homens com imaginação fértil no momento de ir desenhando estes perfis em uma sociedade patriarcal”.

Segundo o coletivo, “o que se destaca é que foi uma pessoa corajosa que, mesmo sendo questionada por ser mulher naquela sociedade, entendeu a mensagem de Jesus e a tornou sua”.

O coletivo aproveitou a figura de Santa Maria Madalena para reivindicar que, “neste momento, em que se abre uma nova oportunidade para fazer bem as coisas com os novos ares que o Papa Francisco comunica”, que “se revisem os Ministérios e o acesso a estes à luz do Espírito Santo e o sentir das comunidades de crentes”.

“Ao mesmo tempo – acrescenta o coletivo de mulheres católicas -, seguiremos cada uma de nós em nossas tarefas sem perder de vista a situação das mulheres e meninas do mundo que ainda sofrem discriminação, estupro, apartheid, sequestro, por razão de seu sexo”.

Fonte:IHU

Comunicado - Arquidiocese de Maringá - Região Pastoral São José Operário


Padre João Caruana da Arquidiocese de Maringá lança livro online: A Experiência Missionária de Malta

Está disponível online, em PDF, o livro “A Experiência Missionária de Malta” de autoria do padre João Caruana. Padre João Caruana é da cidade de Mosta, Malta, mas serve à Igreja no Brasil, na Arquidiocese de Maringá, há cerca de trinta anos.

Caruana sempre foi encantado pela vocação missionária e pela maneira como a Igreja local no arquipélago de Malta responde ao apelo do Evangelho.

Em 2010, Dom Mário Grech, bispo de Gozo, visitou o Paraná. Quando Padre João lhe narrava o apostolado que seus companheiros realizaram e ainda realizam em várias dioceses, o bispo exclamou: “Padre João, mas ninguém sabe esses fatos!”

Portanto, os dois concordaram com a ideia de que a Igreja de Malta e Gozo tem o dever para com tantos missionários, religiosos e religiosas, padres diocesanos e leigos, e produzir um apanhado geral dessa experiência valiosa que o Povo de Deus em Malta proporcionou às populações de várias regiões do planeta.

Após um ano, quando padre João terminou seu serviço missionário na diocese de Guajará-Mirim, Rondônia, na Amazônia, ele escreveu a Dom Mario, comunicando-lhe que estava se dedicando à pesquisa e à redação do livro. Dom Mario logo comunicou a iniciativa ao arcebispo de Malta, Dom Paulo Cremona, o qual concordou, e Padre João imediatamente aceitou o desafio.

“Quando surgiu em minha mente a magnitude dessa tarefa, jamais imaginei que se abririam tantos contatos e caminhos ao redor do mundo. Encontrei bispos servindo em países dos mais diversos e em ambientes dos mais exóticos. Encontrei reitores de seminários, vigários gerais, párocos e administradores em nível paroquial e diocesano. Um deles resumiu tudo em poucas palavras: ‘Realmente começamos tudo isso do nada e nossas mãos estão calejadas pelo trabalho’”, recorda padre João.

O livro, em inglês, está disponível em PDF no site da Arquidiocese de Maringá, no menu “multimídia” – http://goo.gl/PH3Sw5

Fonte: site da Arquidiocese de Maringá

Classe média cresce e deve superar pobres no Nordeste



A classe média está ultrapassando o total de pobres e vulneráveis na única região do país em que ela ainda não era maioria. No Nordeste, segundo levantamento da consultoria Plano CDE com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, a classe C conta com 23,9 milhões de pessoas e há outros 23,7 milhões entre a D e E. Apesar de o primeiro grupo ser ligeiramente maior, ambos representam 45% da população.

A reportagem é de Camilla Veras Mota, publicada pelo jornal Valor, 21-07-2014.

Com essa estrutura, a pirâmide de renda da região, semelhante à do Brasil em 2004 - quando tanto a classe C quanto a D e E representavam cerca de 42% do total -, encontra mais espaço para o desenvolvimento social e uma consequente expansão do consumo, pondera Luciana Aguiar, sócia-diretora da consultoria. No Sudeste, por exemplo, 54% estão na classe média e 17% na baixa renda.

O Nordeste assistiu à diminuição significativa de sua população pobre nos últimos dez anos. Entre 2001 e 2012, o ganho de renda das famílias, mais expressivo entre as classes D e E, reduziu a participação da chamada base da pirâmide de 66% para 45% dos nordestinos. A tendência de crescimento real da renda entre os domicílios mais pobres da região indica que esse movimento deve continuar nos próximos anos.

O país passou por uma dinâmica semelhante, mas a "virada" aconteceu antes. Os dados da Pnad de 2012 apontam que pouco mais de 50% dos brasileiros fazem parte da classe média. Há outros 25% na classe baixa e 21% de ricos.

Para Luciana, a tendência de aumento nos rendimentos mais forte entre as famílias de baixa renda deve se sustentar na região nos próximos anos, garantida pela manutenção de políticas de distribuição de renda como o Bolsa Família e pelo forte investimento governamental e privado nos polos industriais - Pecém no Ceará e Suape em Pernambuco, por exemplo. O ritmo, contudo, deve ser influenciado pela desaceleração da atividade no último ano e perder fôlego, ressalva.

Em outra frente, a economia da região pode ser impulsionada pela composição atual da estrutura etária. "O Nordeste ainda vai passar pelo bônus demográfico", ressalta Luciana, referindo-se à participação dos jovens de 15 a 29 anos na população local, de 26%. Esse vetor, porém, está condicionado ao processo de qualificação profissional da classe média e dos pobres e vulneráveis na região. "Sem uma preparação para competir por um bom emprego, eles podem perder a oportunidade", avalia.

Um dos achados mais importantes da pesquisa da Plano CDE trata do empreendedorismo individual no Nordeste. Segundo os números da Pnad, metade da classe média é formada por informais ou trabalhadores por conta própria. Essa característica explica, por exemplo, o sucesso do segmento porta a porta - que também resolve a dificuldade de distribuição e penetração que o varejo tem entre as classes de menor renda - e pode virar oportunidade de negócio para as empresas interessadas em investir na região. "Elas podem ganhar muito se virem o consumidor também como parceiro de negócios", defende.

Além dos exemplos das marcas de cosméticos, Luciana lembra a iniciativa mais recente da Danone, que anunciou expansão da venda porta a porta de iogurte - que vinha sendo testada desde 2011 na Bahia - para outros Estados da região. Em entrevista ao Valor no fim de 2013, a diretora de sustentabilidade, Adriana Matarazzo, afirmou que as 300 mulheres capacitadas em Salvador durante o projeto conseguiam vender, juntas, em média 40 toneladas de iogurte por mês, ou 400 mil unidades.

Renda dos grupos D e E sobe mais de 50% em nove anos



O mercado consumidor formado pelas classes D e E no Brasil tem chamado cada vez mais atenção do setor produtivo. Em 2012, a massa de rendimento das famílias que formam a base da pirâmide no país chegou a R$ 21,1 bilhões, valor 83,4% maior do que em 2004, já descontada a inflação no período. O aumento levou a participação do grupo no total da massa entre as classes de 10,8% naquele ano para 12,4%.

A reportagem é de Camilla Veras Mota, publicada pelo jornal Valor, 21-07-2014.

No recorte por domicílio, a renda entre os 40% mais pobres aumentou 51%, contra 31,3 % da média nacional. O valor bruto da média mensal, que chegou a R$ 841, ainda é considerado baixo se comparado às medidas internacionais de desenvolvimento humano. O volume de recursos disponível para consumo, porém, é cada vez menos desprezível para algumas empresas. Por isso, setores como os de alimentos e serviços, inclusive o financeiro, já desenham políticas específicas para vender para esse público.

"Apesar do avanço dessas ações, os vulneráveis e pobres ainda são bastante ignorados pela iniciativa privada no Brasil e o potencial é grande", afirma Luciana Aguiar, da consultoria Plano CDE. "As principais experiências nesse sentido têm se dado nos segmentos de alimentos e varejo", completa.

Atualmente, ela explica, as multinacionais desses setores têm se dedicado a desenhar estratégias específicas e ganhar mercado entre a baixa renda, estimuladas pelo bom desempenho das marcas locais no Nordeste - região que, junto com o Norte, concentra o maior percentual de famílias das classes D e E. O sabão em pó Invicto, o leite Camponesa, as fraldas Sapeka e outros nomes poucos conhecidos no Sudeste e Sul têm uma penetração importante, afirma Luciana, e são percebidos pelos consumidores como marcas de qualidade, não apenas como alternativas mais baratas.

Nas contas da Plano CDE, a chamada base da pirâmide tem visto sua renda crescer 6,2% ao ano, a maior média entre as classes. Nesse sentido, merece atenção também o mercado do Sudeste, que tem uma representatividade importante em termos absolutos - são 10 milhões de pessoas, contra 23,7 milhões no Nordeste.

A estratégia para chegar nesses consumidores, aconselha a consultora, deve ser bastante diferente daquela usada para vender para a classe C. A dificuldade de distribuição dos produtos costuma ser maior, assim como o acesso da população aos serviços bancários e a produtos considerados supérfluos.

A Procter&Gamble tem focado em novas soluções de distribuição para chegar mais perto das famílias de baixa renda. Através de uma parceria com a Holding Favela, conjunto de empresas criada pela Central Única das Favelas (Cufa), a multi começou há seis meses um projeto-piloto em favelas do Rio de Janeiro e tem vendido seus produtos diretamente a comerciantes locais. Pulando os intermediários que marcam o comércio nessas áreas, a companhia consegue reduzir preço para o consumidor final e elevar a penetração das marcas.

O projeto continua em fase de testes pelos próximos seis meses, afirma Gabriela Onofre, diretora de marketing, e depois deve ser expandido para outras cidades. O esforço, segundo ela, vem do aumento significativo da participação da classe C nas vendas da P&G nos últimos oito anos, de 35% para 50%.

A Unilever também tem estudado como vender mais para a base da pirâmide. A companhia concluiu recentemente um estudo dentro de comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro e no Recife e analisa os primeiros resultados para revertê-los em ações. O levantamento, o primeiro do tipo realizado pela multinacional no mundo, foi feito através de moradores das próprias favelas, capacitados pela empresa.

Um dos aspectos que chamaram a atenção nesses segmentos, de acordo com Maria Luísa Orlando, diretora da área de pesquisas da Unilever para o Brasil, foi o empreendedorismo individual - uma alternativa de muitas famílias para tentar elevar a renda do domicílio. Nesse sentido, a multi relançou a linha Seda Keraforce e a está trabalhando exclusivamente com cabeleireiras das favelas, com direito a concurso cultural e recauchutagem de salão.

Um dos setores que recentemente mais tem olhado para as classes D e E é o financeiro. A modalidade de microsseguros - aqueles com custo baixo, vendidos muitas vezes a menos de R$ 10 - foi autorizado há pouco mais de um ano pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Desde maio já são dez empresas autorizadas a operar nessa modalidade. Segundo Eugênio Velasques, do grupo de trabalho de microsseguros da Susep, o ritmo de vendas neste primeiro período - de R$ 8 milhões no acumulado entre abril e novembro do ano passado - está dentro do esperado.

A expectativa do setor, afirma, é que o mercado de microsseguros no país se torne um dos mais significativos do mundo. "Uma pessoa de baixa renda no Brasil ganha bem mais do que um semelhante na África ou na Ásia", justifica. Por conta disso, a área de microsseguros do banco Bradesco, do qual Velasques é diretor, vai expandir até o fim deste ano a oferta, hoje restrita a algumas favelas no Rio de Janeiro e em São Paulo, a 1,1 mil agências em todo o país.