21 janeiro, 2015

Crescimento da população mundial diminui gravemente de ritmo

Dados do Observatório de Bioética da Universidade Católica de Valência

De dois em dois anos, a ONU publica o relatório World Population Prospect, em que aborda o crescimento da população mundial e em países individualizados, bem como os índices de fertilidade, mortalidade e migrações.

Em julho de 2014, foram publicadas projeções demográficas para países individuais até o ano de 2100, além de uma projeção do crescimento demográfico mundial.

A análise mostra que a população mundial pode aumentar dos 7,2 bilhões atuais para 9,6 bilhões em 2050 e para 10,9 bilhões em 2100, o que indica que o crescimento da população mundial será refreado neste século.

Os dados contradizem com clareza várias projeções demográficas anteriores, já que o crescimento será menor do que as Nações Unidas tinham sugerido em outros relatórios, mesmo com o crescimento demográfico que ainda se projeta para a África.

Uma das principais consequências dessas mudanças demográficas é que o índice de pessoas em idade produtiva e de pessoas idosas sem opção de trabalhar diminuirá substancialmente em todos os países, inclusive naqueles que, hoje, têm elevada porcentagem de população jovem. Este desequilíbrio populacional pode ser avaliado mediante o índice de pessoas de 20 a 64 anos dividido pelo número de pessoas de 65 anos ou mais. No momento atual, o país com índice mais baixo é o Japão, com 2,6. Na Alemanha é de 2,9, mas deverá diminuir para 1,7 em 2035 e para 1,4 no final do século. Nos Estados Unidos, é hoje de 4,6, mas poderá cair para 1,9 em 2100. Na China, é de 7,8 e descerá para 1,8 no final do século. No Brasil é agora de 8,6, mas também diminuirá no ano de 2100 para 1,5. E na Índia, o índice atual de 10,9 diminuirá para 2,3 no fim do século. O único país do mundo que em 2100 terá um índice acima de 3 será provavelmente a Nigéria, mas a sua diminuição também será muito grande, já que o índice atual é de 15,8 (Science 346; 2034-2037, 2014).

As mudanças demográficas aqui comentadas, especialmente no tocante ao envelhecimento da população mundial, implicarão sérios problemas sociológicos, entre os quais a dificuldade de manter o pagamento das aposentadorias em sociedades tão envelhecidas.

Fonte: Zenit.org

KenarikBoujikian: Katia Abreu atua com má-fé


Fonte: CEBI

Não é nenhuma novidade. Kátia Abreu, a nova ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff, é contra o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a reforma agrária e a favor da PEC 215 (transfere do Executivo para o Legislativo a homologação da demarcação das terras indígenas).

Tanto que, no final de novembro de 2014, diante dos rumores de ela iria para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), intelectuais fizeram um manifesto contra a sua possível indicação. Não adiantou.

Mantido o seu nome, esperava-se que, na condição de ministra, ela talvez pudesse ser mais criteriosa. Ficou na esperança. Em entrevista à Folha de S. Paulo nessa segunda-feira 5, ela falou como jagunço do agronegócio.

“Katia Abreu representa o que de mais atrasado se pode ter na política agrária”, afirma a magistrada KenarikBoujikian. “Ela ocupa este ministério para um fim específico: a defesa do latifúndio e do agronegócio, passando por cima dos direitos dos povos indígenas, dos trabalhadores da terra e do povo brasileiro.”

“Kátia Abreu foi inescrupulosa, na medida em que, deliberadamente, pretendeu distorcer a realidade do país”, acusa a magistrada. “Ela demonstrou total desrespeito à nossa história, ao povo brasileiro e à  Constituição Federal.”

“Deve achar que todos nós somos gados e ela pode dizer as bobagens e as mentiras  que quiser e todos, passivamente, acreditarão”, condena. “Não é  possível aceitar que um ministro de Estado atue com tanta má-fé.”

Kátia Abreu é senadora pelo PMDB  do Tocantins e, há cerca de 6 anos, presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ela foi a primeira mulher a assumir a presidência da entidade. Foi ainda a primeira mulher a ser escolhida para presidir a bancada ruralista no noCongresso .

KenarikBoujikian é desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo e cofundadora da Associação Juízes para a Democracia (AJD). É a juíza que condenou o ex-médico Roger Abdelmassih a 286 anos de prisão por estupro de suas pacientes.

Em entrevista ao Viomundo, KenarikBoujikian faz uma análise das declarações de Kátia Abreu à Folha.

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