20 novembro, 2015

20 de novembro dia da Consciência Negra


Segundo Ruth Ignácio, socióloga da PUCRS, a Sociologia, ter um saber sociológico é ser capaz de entender o mundo sendo crítico. "Ser crítico é ter critérios, "Ser revoltado: de re-voltar, voltar novamente para entender o que aconteceu e ser radical: voltar à raiz". É um pensar sociológico, que independe de uma formação universitária ou acadêmica, é da vida, é do fazer, é da experiência das pessoas.

Portanto, não se pode refletir sobre a Consciência Negra se, não uma aproximação profunda com a raiz da história das negras e dos negros no Brasil.

Quando se criam os movimentos negros, as associações negras ou quando se incentivam a vivência nas comunidades quilombolas, se resgata a vida e a história negra no Brasil.

É voltar no tempo, às raízes, ao começo. Isso tem uma importância incalculável, porque é um rompimento com aquilo que conhecemos dos negros a partir da ótica branca, é ser realista com a história verdadeira e por isso é lembrada como caminho de libertação.

Para Hugo Fragoso, frade franciscano, OFM, nossa história, de maneira quase exclusiva, foi escrita não pelos índios e negros, mas pelos seus conquistadores. Isso explica o porque que a história é uma matéria obrigatória na escola. Não tem como entender quem somos se não for conhecendo a história.

Foram 400 anos de humilhação e negação da identidade e da cultura negra. A escravidão no Brasil ainda precisa ser muito estudada.