28 outubro, 2016

Nota da CNBB sobre a PEC 241

Nota da CNBB sobre a PEC 241


A nota afirma que a PEC 241 é:
Injusta e seletiva. 
Supervaloriza o mercado em detrimento do Estado
Afronta a Constituição Cidadã de 1988.

E diz que:
É possível reverter o caminho de aprovação dessa PEC, que precisa ser debatida de forma ampla e democrática. 


Em nota divulgada na quinta-feira, 27, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), manifesta sua posição a respeito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, de autoria do Poder Executivo que, após ter sido aprovada na Câmara Federal, segue para tramitação no Senado Federal.

Leia o texto na íntegra:

Brasília-DF, 27 de outubro de 2016
P - Nº. 0698/16

NOTA DA CNBB SOBRE A PEC 241

"Não fazer os pobres participar dos próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida.”
(São João Crisóstomo, século IV)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, dos dias 25 a 27 de outubro de 2016, manifesta sua posição a respeito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, de autoria do Poder Executivo que, após ter sido aprovada na Câmara Federal, segue para tramitação no Senado Federal. 

Apresentada como fórmula para alcançar o equilíbrio dos gastos públicos, a PEC 241 limita, a partir de 2017, as despesas primárias do Estado – educação, saúde, infraestrutura, segurança, funcionalismo e outros – criando um teto para essas mesmas despesas, a ser aplicado nos próximos vinte anos. Significa, na prática, que nenhum aumento real de investimento nas áreas primárias poderá ser feito durante duas décadas. No entanto, ela não menciona nenhum teto para despesas financeiras, como, por exemplo, o pagamento dos juros da dívida pública. Por que esse tratamento diferenciado?

A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos, os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos. Além disso, beneficia os detentores do capital financeiro, quando não coloca teto para o pagamento de juros, não taxa grandes fortunas e não propõe auditar a dívida pública.

A PEC 241 supervaloriza o mercado em detrimento do Estado. “O dinheiro deve servir e não governar! ” (Evangelii Gaudium, 58). Diante do risco de uma idolatria do mercado, a Doutrina Social da Igreja ressalta o limite e a incapacidade do mesmo em satisfazer as necessidades humanas que, por sua natureza, não são e não podem ser simples mercadorias (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 349).

A PEC 241 afronta a Constituição Cidadã de 1988. Ao tratar dos artigos 198 e 212, que garantem um limite mínimo de investimento nas áreas de saúde e educação, ela desconsidera a ordem constitucional. A partir de 2018, o montante assegurado para estas áreas terá um novo critério de correção que será a inflação e não mais a receita corrente líquida, como prescreve a Constituição Federal.

É possível reverter o caminho de aprovação dessa PEC, que precisa ser debatida de forma ampla e democrática. A mobilização popular e a sociedade civil organizada são fundamentais para superação da crise econômica e política. Pesa, neste momento, sobre o Senado Federal, a responsabilidade de dialogar amplamente com a sociedade a respeito das consequências da PEC 241.

A CNBB continuará acompanhando esse processo, colocando-se à disposição para a busca de uma solução que garanta o direito de todos e não onere os mais pobres.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, continue intercedendo pelo povo brasileiro. Deus nos abençoe!

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
 

27 outubro, 2016

Para Refletir

"Deus chora pela humanidade que não entende a paz que Ele nos oferece, a paz do amor. Este é o choro do Pai."

“Também hoje diante das calamidades, das guerras que eclodem para ‘adorar ao deus dinheiro’, dos tantos inocentes mortos pelas bombas lançadas pelos adoradores do ídolo dinheiro, também o Pai chora, também hoje diz: ‘Jerusalém, Jerusalém, filhos meus, o que estão fazendo?’ E o diz às pobres vítimas e também aos traficantes de armas e a todos aqueles que vendem a vida das pessoas. Nos fará bem pensar que o nosso Deus Pai se fez homem para poder chorar; e nos fará bem pensar que nosso Deus Pai hoje chora: chora por esta humanidade que não consegue entender a paz que Ele nos oferece, a paz do amor”.


Papa Francisco

26 outubro, 2016

Para Refletir

"Hoje, mais do que nunca, precisamos que a política e a economia se coloquem a serviço da vida."
Papa Francisco

Uma propostas para as CEBs - Comunidades Eclesiais de Base

Partilhando outra proposta, essa para nossas CEBs

Essa proposta, apresentei as coordenações da Paróquia Nossa Senhora da Liberdade, Arquidiocese de Maringá, para ajudar fazer com que aconteça, se concordarem.

Uma pequena proposta que na verdade é uma grande proposta...rsrsrs

Nossas CEBs tem muitos idosos, que gostam e precisam de carinho, de um conversa, da presença amiga de nossa Igreja.

Precisamos interagir com esses nosso povo.

Vamos identificar em nossas Ruas, pessoas que não trabalham durante o dia, que sabemos que tem condições de ajudar na proposta que segue.

Uma vez por semana, de 15 em 15 dias ou se preciso for uma vez por mês, na parte da tarde, convidar e procurar fazer na casa dos que não conseguem andar uma tarde com eles.

Como seria:

Em um dos momentos, levar uma bolacha, um bolo com um chá para tomar juntos e conversar um pouco, em outro encontro rezar um terço, no outro um texto bíblico e fazer uma partilha.

Enfim, coisa pequena e bem simples, mas que vai ser de uma riqueza muito grande para os nossos idosos.

Doutrina da Fé publica Instrução sobre sepultura e cremação

Ad resurgendum cum Christo’ da Congregação para a Doutrina da Fé a propósito da sepultura dos defuntos e da conservação das cinzas no caso de cremação.

Segundo o documento, “a prática da cremação difundiu-se bastante em muitas Nações e, ao mesmo tempo, difundem-se também novas ideias contrastantes com a fé da Igreja”. 


Código de Direito Canônico

A norma eclesiástica vigente em matéria de cremação de cadáveres é regulada pelo Código de Direito Canônico: “A Igreja recomenda vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar os corpos dos defuntos; mas não proíbe a cremação, a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã.”

“É preciso sublinhar que, não obstante esta norma, a prática da cremação se difundiu muito no âmbito da Igreja Católica. Em relação à prática de conservação das cinzas, não existe uma específica norma canônica. Por isso, algumas Conferências Episcopais se dirigiram à Congregação para a Doutrina da Fé levantando questões acerca da prática de conservar a urna cinerária em casa ou em lugares diferentes do cemitério, e sobretudo de espalhar as cinzas na natureza”, disse o Cardeal Müller na coletiva. 

“Seguindo a antiga tradição cristã, a Igreja recomenda insistentemente que os corpos dos defuntos sejam sepultados no cemitério ou num lugar sagrado.  Ao lembrar a morte, sepultura e ressurreição do Senhor, mistério à luz do qual se manifesta o sentido cristão da morte, a inumação é a forma mais idônea para exprimir a fé e a esperança na ressurreição corporal. A sepultura nos cemitérios ou noutros lugares sagrados responde adequadamente à piedade e ao respeito devido aos corpos dos fiéis defuntos. Enterrando os corpos dos fiéis defuntos, a Igreja confirma a fé na ressurreição da carne e se separa de comportamentos e ritos que envolvem concepções errôneas sobre a morte: seja o aniquilamento definitivo da pessoa; seja o momento da sua fusão com a Mãe natureza ou com o universo; seja como uma etapa no processo da reencarnação; seja ainda, como a libertação definitiva da “prisão” do corpo.”

Conservação as cinzas

“Quaisquer que sejam as motivações legítimas que levaram à escolha da cremação do cadáver, as cinzas do defunto devem ser conservadas, por norma, num lugar sagrado, isto é, no cemitério ou, se for o caso, numa igreja ou num lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica.”

Segundo o documento, “a conservação das cinzas em casa não é consentida. Somente em casos de circunstâncias graves e excepcionais, o Ordinário, de acordo com a Conferência Episcopal ou o Sínodo dos Bispos das Igrejas Orientais, poderá autorizar a conservação das cinzas em casa. As cinzas, no entanto, não podem ser divididas entre os vários núcleos familiares e deve ser sempre assegurado o respeito e as adequadas condições de conservação das mesmas.

Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não é permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se, ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objetos.

“Espera-se que esta nova Instrução possa fazer com que os fiéis cristãos tenham mais consciência de sua dignidade de filhos de Deus. Estamos diante de um novo desafio para evangelização da morte”, concluiu o Cardeal Müller. (MJ)

Clique AQUI e leia a íntegra do documento.


24 outubro, 2016

Por que as centrais convocam uma greve geral? Veja dez motivos

Oito centrais sindicais brasileiras preparam uma greve geral para o dia 11 de novembro. A paralisação de diversas categorias é planejada como parte de uma escalada da mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras contra medidas que vem sendo anunciadas e defendidas pelo governo não eleito de Michel Temer (PMDB).
Participaram de reuniões para preparar a mobilização a Central Única dos Trabalhadoras (CUT), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Conlutas, a Força Sindical, a Intersindical, a Nova Central e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). Uma outra paralisação geral está prevista para o dia 25 de novembro.
A reportagem é publicada por Brasil de Fato
As principais pautas levantadas pelas centrais são a crítica da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 e as discussões em torno da reforma trabalhista e da Previdência. O Brasil de Fato explica essas questões e também elenca outras medidas que vem sendo debatidas e que podem interferir na vida da classe trabalhadora. Confira: 
PEC 241
A Proposta congela os investimentos públicos pelos próximos 20 anos, sob a justificativa de normalizar as contas estatais. De outro lado, seus críticos - que chamam o projeto de PEC da Morte - dizem que há alternativas para a questão fiscal no país e projetam que setores como saúde e educação deixarão de receber centenas de bilhões de reais nas próximas décadas. Estudos apontam que se a PEC tivesse sido aprovada há 20 anos atrás, a política de valorização do salário mínimo, por exemplo, não poderia ter ocorrido.
Idade mínima para se aposentar
O principal ponto das discussões que o governo não eleito vem fazendo em torno da reforma da Previdência, se tal medida for implementada, é que o cálculo para aposentadoria não seria apenas determinado pelo tempo de contribuição. Discute-se a idade mínima para se aposentar entre 65 ou 70 anos. As consequências afetariam os mais pobres: como começam a trabalhar mais cedo, teriam que contribuir mais tempo para poder se aposentar.
Equiparação da aposentadoria rural e urbana
Vinculada à questão anterior, o estabelecimento de uma idade mínima teria caráter geral, valendo para trabalhadores rurais e urbanos. Em relação aos primeiros, a equiparação teria um efeito prejudicial: começam a trabalhar mais cedo, realizam atividades mais desgastantes e vivem menos. Caso a idade mínima fosse de 65 anos, em alguns estados, por exemplo, um trabalhador rural viveria, em média, apenas seis meses após passar a receber sua pensão.
MP 739: mais dificuldade na obtenção de benefícios previdenciários
A Medida Provisória 739 já tem validade e sua aprovação definitiva é discutida na Câmara. O principal ponto questionado na MP é a alteração do tempo mínimo de contribuição para que trabalhadores e trabalhadoras possam receber benefícios como auxílio-doença e salário-maternidade após desligamento da Previdência.
Acordado sobre legislado
Um dos eixos do que o governo vem defendendo no campo trabalhista, a ideia significa que acordos coletivos entre empregados e patrões prevaleçam sobre o disposto em lei. Hoje, as negociações, em regra, não podem estar abaixo do patamar legal. Se a proposta for implementada, direitos contidos na legislação poderão ser desrespeitados.
Terceirização irrestrita
Outro elemento defendido pelo governo é o projeto que libera a terceirização irrestrita no Brasil. Atualmente, apenas atividades-meio - ou seja, que não tenham relação direta com o ramo de atividades da empresa – podem ser terceirizadas. Em geral, empregados terceirizados sofrem com alta rotatividade e salários menores quando comparados com os outros.
PL 257: congelamento de salários de servidores
O Projeto de Lei 257 versa sobre o auxílio financeiro que a União pretende prestar a estados e municípios em dificuldades. Entre outras, uma das contrapartidas presentes no PL, entretanto, é que os entes subnacionais congelem os salários de servidores públicos e não realizam novas contratações no funcionalismo.
PL 432: flexibilização do combate ao trabalho escravo
O Projeto de Lei 432 diminui o número de hipóteses que podem ser enquadradas como trabalho análogo à escravidão. A realização de atividades laborais em “condições degradantes” deixa de ser configurado como uma das possibilidades de aplicação da lei contra o trabalho escravo.
Pré-sal
A recente votação que retirou da Petrobras a condição de operadora única de novos campos do pré-sal tem impactos que vão além daqueles sofridos pelos petroleiros. Parte da indústria nacional, como a naval, perderá possibilidades econômicas, o que pode levar ao aumento do desemprego. De outro lado, a quantidade de recursos do petróleo que seriam destinados à saúde e educação também diminuirão.
MP do Ensino Médio
A chamada reforma do ensino médio extingue um currículo universal a todos os estudantes. Além disso, aponta para o fim da obrigatoriedade de algumas disciplinas: educação física, educação artística, filosofia e sociologia. Especialistas em pedagogia criticam a medida, defendendo que esta, além de não ter sido debatida na sociedade, diminui a qualidade da educação pública e intensifica desigualdade de oportunidades.

21 outubro, 2016

Para refletir

“O espírito do mal semeia guerras, sempre. Ciúmes, invejas, lutas, fofocas ... são coisas que destroem a paz e, portanto, não pode haver unidade. E como é o comportamento de um cristão para a unidade, para encontrar esta unidade? Paulo diz claramente: "Comportem-se de maneira digna, com toda a humildade, ternura e generosidade”. Essas três atitudes. Humildade: você não pode dar a paz sem humildade. Onde há orgulho, há sempre a guerra, sempre o desejo de vencer sobre o outro, de crer ser superior. Sem humildade não existe paz e sem paz não há unidade. "

Papa Francisco

Conselho Nacional de Saúde desmente Temer: 'PEC 241 vai tirar dinheiro do SUS'

Ignorado pelo governo e Congresso, CNS projeta perdas para a saúde pública e propõe fim da renúncia fiscal e a taxação de grande fortunas para equilíbrio das contas do governo.

A reportagem é de Cida de Oliveira e publicada por Rede Brasil Atual - RBA

O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Santos, apresentou hoje (20) argumentos que desmentem a propaganda do governo de Michel Temer (PMDB) em defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela investimentos federais por 20 anos e desobriga a União de repassar a estados e municípios percentuais estabelecidos pela Constituição para o financiamento de ações na área de saúde e educação, colocando em risco o Sistema Único de Saúde (SUS).
“Como até aqui não fomos ouvidos pelo governo e nem pelo deputado Darcisio Perondi (PMDB-RS), relator da PEC 241, que outrora foi defensor do SUS e do fortalecimento do seu financiamento, vamos alertar o governo e a sociedade que haverá perdas sim”, disse Santos.
Regulamentado pelo Decreto 99.438, de 7 de julho de 1990, o CNS é um órgão com funções normativas, consultivas, deliberativas para assessorar o Ministério da Saúde. É composto por 30 membros, entre representantes dos usuários, trabalhadores da saúde, gestores (governo) e prestadores de serviço no setor.
Em reunião ordinária do CNS na semana retrasada, o ministro Ricardo Barros foi questionado sobre prejuízos à saúde pública e também ao total desprezo da pasta pelo colegiado. "Ele se limita a repetir a versão oficial, o discurso do governo, segundo a qual não há teto específico para a despesa com saúde” e que “nada impede que o Poder Executivo proponha um valor acima do piso” a partir de 2018. No entanto, há omissão de dados e o governo demonstra mais uma vez que vivemos num Estado de exceção, em que a legalidade é secundária", diz.
"O teto de gastos corrigido pelo IPCA vai deteriorar as condições de vida e saúde da população em 20 anos. Para que saúde e educação tenham recursos acima do mínimo constitucional, seria necessário tirar de outras áreas", afirma. "O aumento de receita nos próximos 20 anos será acompanhado de mais recursos para o pagamento de juros e amortização da dívida em prejuízo da população. Ou nossos governantes vão instituir PEC definindo que não pode nascer mais gente do que morrer nos próximos 20 anos?”, provoca.
Para o presidente do CNS, a intransigência do governo Temer e suas propostas "retrógradas" só poderão ser enfrentadas com a ocupação dos espaços públicos pela sociedade organizada, a exemplo da mobilização de estudantes, movimentos sociais e sindicais.
"O nosso grande desafio é sensibilizar a sociedade desorganizada e desinformada, sem noção dos riscos aos direitos que estão em curso, para tomar parte na mobilização em defesa dos direitos."

20 outubro, 2016

Alterações locais de votação cidade de Maringá - Paraná

A Justiça Eleitoral de Maringá, informou que, devido à ocupação de escolas estaduais na cidade, 31 locais de votação serão alterados para o segundo turno das Eleições 2016, marcado para o dia 30 de outubro.

Conforme informações divulgada nesta quinta-feira pelo movimento Ocupa Paraná, 12 escolas estaduais estão ocupadas em Maringá.

Segundo a Justiça Eleitoral, dos 261.717 eleitores de Maringá, mais de 102 mil votarão em local diferente no segundo turno.

Confira abaixo os locais de votação alterados:
66ª Zona Eleitoral

1 – Escola ocupada: Instituto de Educação Estadual de Maringá
Novo local de votação: Colégio Regina Mundi - Rua Estácio de Sá, 595

2- Escola ocupada: Colégio Estadual Brasilio Itibere
Novo local de votação: Centro Municipal de Educação Infantil Maria L. S. Meneguetti - Rua Marechal Deodoro, 853, zona 07

3 – Escola ocupada: Colégio Estadual Theobaldo Miranda Santos
Novo local de votação: Centro Municipal de Educação Infantil Benedito de Souza - Avenida Paissandu, 395, Vila Operária

4 – Escola ocupada: Colégio Estadual Doutor Gastão Vidigal
Novo Local de votação: PUC - Avenida Duque de Caxias, 1020, Zona 07

5 – Escola ocupada: Colégio Estadual Vital Brasil
Novo local de votação: Centro Municipal de Educação Infantil Maria L. S.  Meneguetti - Rua Marechal Deodoro, 853, zona 07

6 – Escola ocupada: Escola Estadual Ipiranga
Novo local de votação: Colégio Graham Bell - Rua Evaristo da Veiga, 93, Zona 07

137ª Zona Eleitoral

7- Escola ocupada: Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes
Novo local de votação: CRAS MORANGUEIRA - Rua Haiti, 808

8 – Escola ocupada: Escola Estadual João de Faria Pioli
Novo local de votação: Escola Municipal Pioneiro Geraldo Meneghetti - Rua Guatemala, 797, Vila Morangueira

9 – Escola ocupada: Colégio Estadual Duque de Caxias
Novo local de votação: Associação Comunitária do Jardim Alvorada - Rua Avenida Sophia Rasgulaeff, 693

10 – Escola ocupada: Escola Estadual Unidade Polo
Novo local de votação: Salão Paroquial São Francisco de Assis - Praça Vicente Simino, s/n

11 – Escola ocupada: Colégio Estadual Adaille Maria Leite
Novo local de votação: Escola Municipal Professor José Marchesini - Rua Dr. José Crisóstomo Capinan, 378

12 – Escola ocupada: Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves
Novo local de votação: Centro Municipal de Educação Infantil Maria Doná Ferraz - Rua Rio Capibaribe, 634

13 -  Escola: Escola Municipal Pioneiro Geraldo Meneghetti
Novo local de votação: Centro Municipal de Educação Infantil Etelvina Matos Silva - Rua La Paz, 397

14 – Escola ocupada: Escola Estadual Tânia Varella Ferreira
Novo local de votação: Escola Municipal Angela Vergínia Borin - Rua Maria Paulina Palma, 1107

154ª Zona Eleitoral

15 – Escola ocupada: Colégio Estadual João XXIII
Novo local de votação: Colégio Objetivo - Avenida Guedner, 1610, Jardim Aclimação

16 – Escola ocupada: Escola Estadual Marco Antônio Pimenta
Novo local de votação: Escola Municipal Campos Salles - Avenida Doutor Gastão Vidigal, 25, Parque Residencial Aeroporto.

17 – Escola ocupada: Escola Estadual Vinícius de Morais
Novo local de votação: Escola Municipal Dom Jaime Luiz Coelho - Rua Pioneiro João Perin, 1321, Tarumã

192ª Zona Eleitoral

18 – Escola ocupada: Escola Estadual Doutor Rodrigues Alves
Novo local de votação: Associação Recreativa COPEL - Rua Caxambu, 388, Jardim Alvorada

19 – Escola ocupada: Escola Estadual Presidente Kennedy
Novo local de votação: Centro Esportivo Municipal Mandacaru - Jardim Canadá - Rua Lázaro Benedito Carnielli, s/nº, Mandacaru

20 – Escola ocupada: Escola Estadual Alfredo Moises Maluf (Escola Municipal Professora Piveni Piassi Moraes)
Novo local de votação: Centro Educacional e Cultural Maringaense - Colégio Mater Dei - Rua das Cerejeiras, 478, Parque das Palmeiras

21 – Escola ocupada: Centro Estadual de Educação Básica Para Jovens e Adultos
Novo local de votação: Universidade Estadual de Maringá – UEM - Bloco 33 - Avenida Colombo, 5790, Zona 07

 22 – Escola ocupada :  Escola Estadual Silvio Magalhães Barros
 Novo local de votação:  Centro Municipal de Educação Infantil Nilza de Oliveira Pipino -Rua Bem-te-vi, 2576, Conjunto Ney Braga

 193ª Zona Eleitoral 

 23 –Escola ocupada:  Colégio Estadual Alberto Jackson Byington Junior
  Novo local:  Colégio Evangélico de Maringá - Avenida Doutor Luiz Teixeira Mendes, 810 - Zona 05

24 – Escola ocupada : Escola Estadual Elvira Balani dos Santos
Novo local de votação: SENAI – Centro de Educação Profissional de Maringá - Rua Vereador Nelson Abraão, 80, Centro

25 – Escola ocupada: Escola Estadual José Gerardo Braga
Novo local de votação: Centro Municipal de Educação Infantil José Gerardo Braga - Rua Santa Joaquina de Vedruna, 261

26 – Escola ocupada: Escola Estadual Dirce de Aguiar Maia
Novo local de votação: Centro Municipal de Educação Infantil Nice Braga - Rua Ubirajara, 550 Jardim Lucianópolis

 27 – Escola:  Escola Municipal Paulo Freire
 Novo local de votação  : Centro Municipal de Educação Infantil France Luz - Rua Piratuhi, 1335 Iguatemi

28 – Escola ocupada : Escola Estadual Rui Barbosa
 Novo local de votaç ão: Escola Municipal  Paulo Freire - Rua Amélio Barbosa, 1334, Iguatemi

29 – Escola ocupada: Colégio Estadual Juscelino Kubtschek de Oliveira
Novo local de votação: Escola Notre Dame - Rua das Camélias, 394 - Zona 05

30 – Escola ocupada: Escola Estadual Tomaz Edison de Andrade
Novo local de votação: Escola Municipal Odilon Tulio Vargas - Rua Diogo Martins Esteves, 1221, Jardim Verônica

31 – Escola ocupada: Colégio Estadual do Parque Itaipu
Novo local de votação: Escola Municipal Oscar Pereira dos Santos - Rua Petúnia, 239, Jardim Industrial


Em nota Comissão da CNBB manifesta preocupação com cenário de retrocessos dos direitos sociais

“Em sintonia com a Doutrina Social da Igreja Católica, não se pode equilibrar as contas cortando os investimentos nos serviços públicos que atendem aos mais pobres de nossa nação. Não é justo que os pobres paguem essa conta, enquanto outros setores continuam lucrando com a crise”

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota ao final de um encontro realizado em Brasília (DF), nos dias 18, e 19. No texto, os membros da Comissão e os bispos referenciais das Pastorais Sociais manifestam preocupação com o cenário de retrocessos dos direitos sociais em curso no Brasil.
A nota refere-se às sugestões de reforma trabalhista e terceirização; reforma do Ensino Médio; reforma da Previdência Social e à Proposta de Emenda Constitucional 241/2016, que estabelece teto nos recursos públicos para as políticas sociais, por 20 anos. As proposições estão em pleno andamento na pauta política e social do Brasil com o novo governo, que tem apoio amplo no Congresso Nacional. Segundo o texto, tais medidas “colocam em risco os direitos sociais do povo brasileiro, sobretudo dos empobrecidos”.
“Em sintonia com a Doutrina Social da Igreja Católica, não se pode equilibrar as contas cortando os investimentos nos serviços públicos que atendem aos mais pobres de nossa nação. Não é justo que os pobres paguem essa conta, enquanto outros setores continuam lucrando com a crise”, afirmam os bispos.
Ainda no texto, assinado pelo bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, dom Guilherme Antônio Werlang, há a afirmação de solidariedade com os movimentos sociais e o encorajamento para que as Pastorais Sociais manifestem-se “na defesa das conquistas sociais garantidas na Constituição Federal de 1988, na qual a CNBB tanto se empenhou no final da década de 1980”.
Leia a nota na íntegra

Nota da Comissão Episcopal Pastoral Para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz


“Nenhuma família sem casa,
Nenhum camponês sem terra, 
Nenhum trabalhador sem direitos,
Nenhuma pessoa sem dignidade”. 
Papa Francisco.

Nós, Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, e bispos referenciais das Pastorais Sociais, da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil, reunidos em Brasília, nos dias 18 e 19 de outubro de 2016, manifestamos nossa preocupação com o cenário de retrocessos dos direitos sociais em curso no Brasil.
Entendemos que as propostas de reforma trabalhista e terceirização, reforma do Ensino Médio, reforma da Previdência Social e, sobretudo, a Proposta de Emenda Constitucional, PEC 241/2016, que estabelece teto nos recursos públicos para as políticas sociais, por 20 anos, colocam em risco os direitos sociais do povo brasileiro, sobretudo dos empobrecidos. 
Em sintonia com a Doutrina Social da Igreja Católica, não se pode equilibrar as contas cortando os investimentos nos serviços públicos que atendem aos mais pobres de nossa nação. Não é justo que os pobres paguem essa conta, enquanto outros setores continuam lucrando com a crise. 
Afirmamos nossa solidariedade com os Movimentos Sociais, principalmente de trabalhadores e trabalhadoras, e com a juventude, que manifestam seu descontentamento com as propostas do governo, bem como todas as organizações que lutam na defesa dos direitos da população.
Encorajamos as Pastorais Sociais a participarem, com os demais movimentos e organizações populares, na defesa das conquistas sociais garantidas na Constituição Federal de 1988, na qual a CNBB tanto se empenhou no final da década de 1980. Não desanimemos diante das dificuldades. Somos povo da esperança!
Com compromisso profético, denunciamos, como fez o Profeta Amós: “Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente, por um par de sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível” (Am 2,6-7). 
O Espírito do Senhor nos anima no serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. Com Maria cantamos a grandeza de Deus que “derruba os poderosos de seus tronos e exalta os humildes; enche de bens os famintos e manda embora os ricos de mãos vazias” (Lc 1, 51s). 
Brasília, 19 de Outubro de 2016. 

Dom Guilherme Werlang
Bispo de Ipameri - GO
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para
o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz

Lucas 12,4-53 - Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!

No Evangelho de hoje, Lucas 12,4-53,  Jesus diz Não vim trazer a paz mas a divisão. Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!

Fez lembrar o relato de Lucas, no livro dos Atos dos Apóstolos, Pentecostes, línguas de fogo descem sobre todos os presentes...
Esse fogo do pentecostes provocou tanto que tornou-os capazes de sair a público e falar uma linguagem que todos podiam compreender. E qual a linguagem que compreendida em todas as línguas? A linguagem do Amor.

Com certeza a linguagem do amor no mundo com tanta mentalidade, atitudes, com tantas diferenças de valores que contradizem os princípios do Evangelho causa muitas divisões e muito fogo, por isso, entendo quando Jesus fala que como gostaria que o fogo já estivesse aceso.

19 outubro, 2016

Francisco: realidade deve ser aceita e enfrentada como é


Francisco: realidade deve ser aceita e enfrentada como é 

Antes de refletir acerca de duas obras de misericórdia, o Pontífice falou sobre o egoísmo presente nos modelos da assim chamada “cultura do bem-estar” que “leva as pessoas a se fecharem em si mesmas, tornando-as insensíveis às exigências dos outros”.

“Faz-se de tudo para iludir ao apresentar modelos de vida efêmeros, que desaparecem depois de alguns anos, como se a nossa vida fosse uma moda a ser seguida ou mudada a cada nova estação”, observou o Papa.

Realidade é o que é
“Não é assim. A realidade deve ser aceita e enfrentada por aquilo que é, e com frequência faz com que nos deparemos com situações de necessidade urgentes. É por isso que, entre as obras de misericórdia, lembra-se da fome e da sede: dar de comer a quem tem fome – existem tantos hoje, eh? – e de beber a quem tem sede”, recordou Francisco.
Neste ponto, Francisco recordou que as doações para campanhas humanitárias são importantes, “porém não nos envolvem diretamente”. 

Pobreza abstrata
“A pobreza abstrata não nos interpela. Nos faz pensar, lamentar. Mas quando vês a pobreza na carne de um homem, de uma mulher, de uma criança, isso sim nos interpela. E por isso, aquele hábito que temos de fugir – de fugir – dos necessitados, de não se aproximar. Ou maquiar um pouco a realidade dos necessitados com hábitos da moda e, assim nos afastamos desta realidade”.
Francisco então questiona: quando me deparo com uma pessoa necessitada, “qual é a minha reação? Desvio o olhar e passo? Ou paro para conversar e me interesso da sua história?”
“E se fizeres isso, não faltará alguém para dizer: este está maluco, fala com um pobre”, advertiu o Papa. 

Pão quotidiano 
Francisco concluiu sua reflexão dizendo que essas duas obras de misericórdia são um compromisso de todos.
“A experiência da fome é dura. Quem viveu períodos de guerra e carestia sabe. E mesmo assim essa experiência se repete todos os dias e convive ao lado da abundância e do desperdício”. 

Fonte: Rádio Vaticano