25 novembro, 2016

A Campanha da Fraternidade (CF) 2017


A Campanha da Fraternidade (CF) 2017

A Campanha da Fraternidade (CF) 2017 terá como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da visa” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).

O texto-base da CF 2017 apresenta a proposta principal dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho.

Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.

O texto-base está dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais. Também traz reflexões do tema sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.

A partir do texto-base todas as comunidades, paróquias e dioceses do Brasil organizam formações e ações para o período de realização da CF 2017. 

24 novembro, 2016

CNBB lança a Doutrina Social da Igreja para os Jovens

Com 12 capítulos, o livro apresenta temas que se referem ao amor humano, a família, economia e política

A Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na quarta-feira, 23 de novembro, o Compêndio da Doutrina Social da Igreja para os Jovens – Docat. 

O Docat é uma adaptação atraente e ilustrativa do Compêndio da Doutrina Social da Igreja, um pequeno manual dos Ensinamentos Sociais da Igreja. O livro foi idealizado pelos mesmos criadores do Catecismo Jovem (Youcat) e apresentado durante a Jornada Mundial da Juventude 2016, ocorrida em Cracóvia, na Polônia.

O Docat tem como objetivo principal ensinar numa linguagem dialógica, com perguntas e respostas, como os jovens cristãos podem mudar o mundo através da ação social e política, com base nos ensinamentos do Evangelho.

A elaboração e a ilustração do livro contou com a participação de jovens de diferentes países, inclusive do Brasil.


Para CNBB, é "inadequado e abusivo" que reforma do Ensino Médio seja feita por MP

Conselho Episcopal Pastoral (Consep) aprovou nota sobre a Medida Provisória 746/16 que pretende reformar o Ensino Médio

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), reunido na sede da entidade, em Brasília (DF), nos dias 22 e 23 de novembro, aprovou a nota sobre a chamada "Reforma do Ensino Médio", apresentada pelo Governo Federal ao Congresso Nacional na forma de Medida Provisória. Para os bispos, são louváveis as iniciativas que busquem refletir, debater e aprimorar a realidade do ensino brasileiro, mas "assim como outras propostas recentes, também essa sofre os limites de uma busca apressada de solução". A entidade acredita que "questão tão nobre quanto a Educação não pode se limitar à reforma do Ensino Médio. Antes, requer amplo debate com a sociedade organizada, particularmente com o mundo da educação. É a melhor forma de legitimação para medidas tão fundamentais".
No texto, os bispos ressaltam que a educação deve formar integralmente o ser humano. "O foco das escolas não pode estar apenas em um saber tecnológico e instrumental", afirmam na nota.  
Leia na íntegra:


NOTA DA CNBB SOBRE A “REFORMA DO ENSINO MÉDIO” – MP 746/16

“A fim de que os estudantes tenham esperança!”
(Papa Francisco, 14 de março de 2015)

 

O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 22 e 23 de novembro de 2016, manifesta inquietação face a Medida Provisória 746/16 que trata da reforma do Ensino Médio, em tramitação no Congresso Nacional.
Segundo o poder executivo, a MP 746/16 é uma proposta para a superação das reconhecidas fragilidades do Ensino Médio brasileiro. Sabe-se que o modelo atual, não prepara os estudantes para os desafios da contemporaneidade. Assim, são louváveis iniciativas que busquem refletir, debater e aprimorar essa realidade. 
Contudo, assim como outras propostas recentes, também essa sofre os limites de uma busca apressada de solução. Questão tão nobre quanto a Educação não pode se limitar à reforma do Ensino Médio. Antes, requer amplo debate com a sociedade organizada, particularmente com o mundo da educação. É a melhor forma de legitimação para medidas tão fundamentais. 
Toda a vez que um processo dessa grandeza ignora a sociedade civil como interlocutora, ele se desqualifica. É inadequado e abusivo que esse assunto seja tratado através de uma Medida Provisória.
A educação deve formar integralmente o ser humano. O foco das escolas não pode estar apenas em um saber tecnológico e instrumental. Há que se contemplar igualmente as dimensões ética, estética, religiosa, política e social. A escola é um dos ambientes educativos no qual se cresce e se aprende a viver. Ela não amplia apenas a dimensão intelectual, mas todas as dimensões do ser humano, na busca do sentido da vida. Afinal, que tipo de homem e de mulher essa Medida Provisória vislumbra?
Em um contexto de crise ética como o atual, é um contrassenso propor uma medida que intenta preparar para o mercado e não para a cidadania. Dizer que disciplinas como filosofia, sociologia, educação física, artes e música são opcionais na formação do ser humano é apostar em um modelo formativo tecnicista que favorece a lógica do mercado e não o desenvolvimento integral da pessoa e da sociedade.
Quando a sociedade não é ouvida ela se faz ouvir. No caso da MP 746/16, os estudantes reclamaram seu protagonismo. Os professores, já penalizados por baixos salários, também foram ignorados. Estes são sinais claros da surdez social das instâncias competentes. 
Conclamamos a sociedade, particularmente os estudantes e suas famílias, a não se deixar vencer pelo clima de apatia e resignação. É fundamental a participação popular pacífica na busca de soluções, sempre respeitando a pessoa e o patrimônio público. A falta de criticidade com relação a essa questão trará sérias consequências para a vida democrática da sociedade.
Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda por nós.

 

Brasília, 23 de novembro de 2016.


Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Presidente em Exercicio da CNBB

Dom Guilherme A. Werlang, MSF
Bispo de Ipamerí
Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade da Justiça e da Paz

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

Papa escolhe os temas para as próximas JMJ, dedicados a Maria!


Para a 32ª Jornada Mundial da Juventude diocesana de 2017 o tema é “O Todo-poderoso realizou grandes coisas em meu favor”.

Para a 33ª Jornada Mundial da Juventude diocesana de 2018 o tema escolhido pelo pontífice é “Não temas, Maria, porque encontraste graça junto de Deus”.

A 34ª Jornada Mundial da Juventude que se realizará no Panamá, em 2019, tem como tema é “Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Segundo a mensagem, “os três temas anunciados tem como objetivo dar uma conotação mariana forte ao itinerário espiritual das próximas JMJ, recordando ao mesmo tempo a imagem de uma juventude a caminho entre passado (2017), presente (2018) e futuro (2019), animada pelas três virtudes teologais: fé, caridade e esperança”.

22 novembro, 2016

Carta Apostólica: Papa conclui Jubileu indicando perdão e caridade



“Misericórdia e mísera” é o título da Carta Apostólica do Papa Francisco publicada ao final do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.


A carta, disponível em português, é dividida em 22 pontos e começa com a explicação do título: misericórdia e mísera são as duas palavras que Santo Agostinho utiliza para descrever o encontro de Jesus com a adúltera.

“Esta página do Evangelho pode ser considerada como ícone de tudo o que celebramos no Ano Santo. (...) No centro, não temos a lei e a justiça legal, mas o amor de Deus. (...) Não se encontram o pecado e o juízo em abstrato, mas uma pecadora e o Salvador. (...) A miséria do pecado foi revestida pela misericórdia do amor”, escreve o Pontífice.

Perdão e caridade: estes são os dois eixos centrais da Carta Apostólica. O Papa recorda que ninguém pode pôr condições à misericórdia; “esta permanece sempre um ato de gratuidade do Pai celeste”. Agora, concluído este Jubileu, é tempo de olhar para frente e compreender como se pode continuar experimentando a riqueza da misericórdia divina.

Celebração eucarística

Em primeiro lugar, Francisco aponta a celebração da misericórdia através da missa. Dirigindo-se aos sacerdotes de modo especial, o Papa recomenda a preparação da homilia e o cuidado na sua proclamação. “Comunicar a certeza de que Deus nos ama não é um exercício de retórica, mas condição de credibilidade do próprio sacerdócio”, adverte o Pontífice. O Papa faz algumas sugestões, como de um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, em prol de sua difusão, conhecimento e aprofundamento.

Perdão

O Pontífice dedica amplo espaço na Carta Apostólica para falar do sacramento da Reconciliação, “que precisa voltar a ter o seu lugar central na vida cristã”. Francisco agradece aos “missionários da misericórdia”, que ele instituiu no início deste Jubileu para aproximar os fiéis da confissão. De fato, determinou que este ministério não termine com o fechamento da Porta Santa, mas permaneça até novas ordens. Aos confessores, o Papa pediu acolhimento, disponibilidade, generosidade e clarividência. “Não há lei nem preceito que possa impedir a Deus de reabraçar o filho. Deter-se apenas na lei equivale a invalidar a fé e a misericórdia divina”, escreve, pedindo que seja reforçada nas dioceses a celebração da iniciativa “24 horas para o Senhor”, nas proximidades do IV domingo para a Quaresma.

Absolvição do aborto

Neste contexto, se encontra a grande novidade da Carta Apostólica. A partir de agora, o Pontífice concede a todos os sacerdotes a faculdade de absolver a todas as pessoas que incorreram no pecado do aborto. “Aquilo que eu concedera de forma limitada ao período jubilar fica agora alargado no tempo, não obstante qualquer disposição em contrário. Quero reiterar com todas as minhas forças que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente; mas, com igual força, posso e devo afirmar que não existe algum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, quando encontra um coração arrependido que pede para se reconciliar com o Pai. Portanto, cada sacerdote faça-se guia, apoio e conforto no acompanhamento dos penitentes neste caminho de especial reconciliação.”

Fraternidade de S. Pio X

Na mesma linha, o Papa estende a absolvição sacramental dos pecados aos fiéis que frequentam as igrejas oficiadas pelos sacerdotes da Fraternidade de São Pio X, instituída no Ano Santo. “Para o bem pastoral destes fiéis e confiando na boa vontade dos seus sacerdotes para que se possa recuperar a plena comunhão na Igreja Católica, estabeleço por minha própria decisão de estender esta faculdade para além do período jubilar, até novas disposições sobre o assunto, a fim de que a ninguém falte jamais o sinal sacramental da reconciliação através do perdão da Igreja.”

Caridade

Francisco fala ainda da importância da consolação, principalmente na família e no momento da morte, mas é à caridade que dedica outra grande parte da Carta Apostólica: “Termina o Jubileu e fecha-se a Porta Santa. Mas a porta da misericórdia do nosso coração permanece sempre aberta. (...) Por sua natureza, a misericórdia se torna visível e palpável numa ação concreta e dinâmica”.

O Papa cita algumas iniciativas deste Ano Jubilar, como as sextas-feiras da misericórdia, para agradecer aos inúmeros voluntários que dedicam seu tempo ao próximo. Mas para incrementar essas iniciativas, o Pontífice pede que se “arregace as mangas”, com imaginação e criatividade. As obras de misericórdia – escreve – têm “valor social” diante de um mundo que continua gerando novas formas de pobreza espiritual e material, que comprometem a dignidade das pessoas.

“O caráter social da misericórdia exige que não permaneçamos inertes mas afugentemos a indiferença e a hipocrisia para que os planos e os projetos não fiquem letra morta.” Para Francisco, com as obras de misericórdia se pode criar uma verdadeira revolução cultural.

Dia Mundial dos Pobres

No final da Carta Apostólica, como mais um sinal concreto deste Ano Santo Extraordinário o Pontífice institui para toda a Igreja o Dia Mundial dos Pobres, a ser celebrado no XXXIII Domingo do Tempo Comum. “Será a mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, que Se identificou com os mais pequenos e os pobres. Será um Dia que vai ajudar as comunidades e cada batizado a refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa. Além disso este Dia constituirá uma forma genuína de nova evangelização.”

Leia a carta na íntegra AQUI

Com informações da Rádio Vaticano

Foto: ANSA/L’Osservatore Romano

21 novembro, 2016

A caminho da cidade de São Jorge do Ivaí!


Nesse momento a caminho da cidade de São Jorge do Ivaí.

Levar aquele povo um pouquinho do que é a capoeira.
Capoeira é uma representação cultural que mistura esporte, luta, dança, cultura popular, música e brincadeiras.
Grupo Muzenza de Capoeira.
Maringá - Paraná.

Garotinho, Sérgio Cabral e os presídios brasileiros

"Os políticos que agora consideram degradante a prisão poderiam ter mudado o cenário penitenciário nacional. Nem que fosse em interesse próprio", escreve Debora Diniz,pesquisadora na Anis - Instituto de Bioética e integrante da Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas, do Ministério da Saúde, em artigo publicado por CartaCapital, 18-11-2016.
Segundo ela, "todos os dias, filhas anônimas choram por seus pais torturados em delegacias, abandonados em presídios, ou sem direito a tratamento médico".
Eis o artigo.
Anthony Garotinho e Sergio Cabral foram presos. Ao anúncio da prisão seguiram-se informações sobre o cardápio do jantar de Cabral e as más-condições da UPA de Bangu para a saúde de Garotinho.
Clarissa Garotinho chegou a descrever a decisão de transferência do pai como “desumana”. De Cabral, soubemos que era servido por um joalheiro particular e que, agora, come pão com manteiga no café da manhã e abundância de carboidrato no almoço e no jantar.
Da família Garotinho, acompanhamos detalhes sobre a falta de condições para cuidar de presos doentes. A cena de sua transferência do Hospital Souza Aguiar para a UPA de Bangu foi filmada, e os gritos desesperados de Clarissa Garotinho anunciavam que o pai poderia morrer pela falta de assistência.
Não é cena fácil despedir-se de um pai adoecido que parte para um presídio. Os gritos de Clarissa Garotinho pareciam sinceros; o desespero pela desumanidade dos presídios era honesto.
É assim que vivem mais de meio milhão de homens e mulheres no Brasil, o país que disputa, a depender dos critérios de classificação, o terceiro ou quarto lugar em maior número de encarceramento no mundo.
Todos os dias, filhas anônimas choram por seus pais torturados em delegacias, abandonados em presídios, ou sem direito a tratamento médico.
presídio de Bangu tem uma UPA, uma novidade para o cenário dos presídios brasileiros, cuja assistência em saúde é feita por um médico que visita a unidade de tempos em tempos. Nas unidades femininas, a médica, quando existe, é especialista sem fronteiras – cuida de alergias a loucuras, pré-natal ou fraturas.
Clarissa Garotinho disse que a justiça deveria ser “proporcional” em suas decisões. É verdade, só não sei se o argumento se aplica à ordem de prisão ou de transferência do pai, Anthony Garotinho, mas proporcionalidade deveria ser o critério do justo para os milhares de presos no país.
Há algo de desproporcional em prender mulheres por um punhado de droga nas cavidades naturais, como dizem os juristas, e, no mesmo recinto, acomodar os que roubaram milhões dos cofres públicos.
Há muita desproporcionalidade em a multidão dos presídios ser de gente pobre e preta, e os recém-chegados brancos e da elite.
Se esses políticos roubaram mesmo, a justiça irá dizer. Mas se roubaram o tanto que dizem, eles deveriam ter sido mais prudentes: o risco da cadeia é concreto para quem rouba, então, por que não cuidaram dos presídios nem que fosse em interesse próprio?
Porque nunca se imaginaram presos seria a resposta óbvia.
Como não mudaram o sistema penitenciário do Rio de Janeiro, nem mesmo por motivações egoístas, agora acompanhamos formas novas de noticiar as condições de vida nos presídios.
Saúde, cabelo ou comida não nos preocupam quando é o povo do morro preso, mas importa muito quando é gente da elite presa. Os presídios ganham suas cores de inferno quando se imagina homens da elite branca ali enclausurados.
Eu não tenho dúvidas de que os presídios brasileiros são espaços de abandono, maus tratos, desumanidade – só que o são antes da chegada de Garotinho ou Cabral, e são para centenas de milhares de anônimos sem acesso à defesa justa.
Homens e mulheres morrem por falta de acesso à saúde nos presídios brasileiros, mulheres são transferidas para o parto em condições degradantes.
Esses mesmos políticos que consideram, agora, degradante e injusta a prisão poderia ter mudado o cenário dos presídios brasileiros. Nem que fosse em interesse próprio.

"Espero que a classe trabalhadora comece a se mexer"

Dez dias depois do ataque a Escola Florestan Fernandes, do MST, quando a polícia civil de São Paulo fez um espetáculo típico de um regime de exceção que procura se consolidar, sem exibir mandado judicial e dando tiros para o alto, João Pedro Stédile concedeu uma entrevista publicada por O Brasil 247, 20-11-2016.
Na  primeira parte da entrevista, Stédile define a invasão como "uma burrada espetacular da direita do governo Richa com a direita do governo Alckmin" e se define como "otimista". "Haverá luta e mobilização. Quando luta, a classe trabalhadora aprende em vinte dias o que deixou de aprender em vinte anos", aposta.
Eis a entrevista.
É claro que a invasão da Escola Florestan Fernandes não foi o primeiro ataque sofrido pelo MST ao longo de sua história. Tampouco foi o mais violento. Mas como podemos interpretar esse ataque, numa conjuntura atual?
O ataque da policia civil a Escola nacional Florestan Fernandes, foi uma burrada espetacular da articulação da direita do governo Richa com a direita do governo Alckmin, e cometeram uma serie de atropelos legais, tentando buscar dois militantes do MST do Paraná, que estariam na escola, sem nenhum mandado judicial. Mais do que o fato real, do abuso de autoridade, da prepotência das armas empregadas revela como as forças conservadoras se sentem livres, agora, para cometerem todo tipo de atropelos ilegais, durante o governo golpista, que também é ilegal.
Vivemos uma conjuntura que pode avançar para a consolidação de um estado de exceção, isto é, uma nova ditadura. Você vê uma saída para evitar isso? Um acordo, uma transição?
De fato já vivemos um estado de exceção por várias circunstâncias, que começam na posse de um governo ilegítimo, que impôs um processo de impeachment sem que houvesse crimes. O acompanhamento do STF e votação do Senado não dão nenhuma legitimidade. Ao contrario eles mesmos não tiveram coragem de tirar os direitos políticos da presidenta. O próprio impostor Michel Temer, revelou aos empresários americanos em Nova York o motivo do golpe, retomar um plano neoliberal para sair da crise econômica. Por outro lado, todos dias assistimos o estado de exceção nos atos do STF,que rasga a constituição ao decretar prisão em segunda instância, e ao julgar direitos trabalhistas. Sem falar nas atitudes dos atores da autodenominada “República de Curitiba”, que se comporta assim, como uma republiqueta, acima da constituição brasileira. E isso é muito grave.
A ideia de que a recuperação das lutas populares passa por uma frente de esquerda é uma dessas propostas que está na boca de todo mundo. Parece reforma política, reforma tributária: todo mundo acha que sabe o que é mas ninguém explica como se faz. Qual sua opinião a respeito?
Como você disse, não é difícil ter propostas, o problema é ter força popular para construi-las. Do ponto de vista político, só recuperaremos um estado democrático, com a realização de uma profunda reforma política, que devolva ao cidadão o poder político pelo voto, que hoje foi sequestrado pela mídia e pela força do dinheiro. Como o atual congresso também foi eleito pela força da mídia e do dinheiro, somente a eleição de uma assembleia constituinte, soberana e exclusiva poderia corrigir. Por outro lado, precisamos ampliar ao máximo o debate na sociedade da necessidade d e um novo programa que consiga enfrentar a crise econômica e social, que resolva os graves problemas da população que viriam, com uma reforma tributaria, controle do pagamento dos juros da divida interna, reforma democrática dos meios de comunicação e a retomada do crescimento com investimentos na indústria nacional e na agricultura familiar. Porém, tudo isso só será possível, se antes houver uma retomada das lutas de massa, e com isso a classe trabalhadora retomar seu papel na luta de classes, realizando grandes mobilização de massas, para mudar os rumos do país, como aconteceu na década de 60, e depois na década de 80.
Numa hora difícil como a atual, é sempre bom recordar que a história nunca termina. Você espera uma retomada dessa luta para breve?
O plano neoliberal do governo golpista, é um plano contra a classe trabalhadora, porque os capitalistas querem sair da crise jogando o peso dela apenas nas costas dos trabalhadores. E para isso estão sendo até didáticos. Precisam aumentar a exploração dos trabalhadores, diminuir salários, aumentar o desemprego, como forma de derrotar politicamente a classe, e tirar direitos trabalhistas históricos, que estão na CLT e na constituição. Por outro lado precisam se apoderar dos recursos públicos que antes iam para educação e saúde. Taí a PEC 241 que virou 55 no senado, justamente para isso. E precisam se apoderar de recursos naturais, para se apropriarem da renda extraordinária que eles geram. Dai a privatização do pre-sal, o código de mineração, a venda de terras para o capital estrangeiro. E o ultimo ponto do programa deles é realinhamento de nossa economia de forma subordinada aos interesses dos capitalistas estadunidenses.
O problema e a contradição deles, e isso nos ajuda é que esse plano é contra o povo, e por tanto vai aumentar os problemas. E não vai tirar a economia da crise. Assim, espero que a classe trabalhadora comece a se mexer logo. Acho que algumas categorias mais organizadas, já começam reagir, como os petroleiros, professores, etc. É outro sinal positivo, é a mobilização da juventude com o movimento de ocupação das escolas. Embora, eles não afetem o capital, e os golpistas diretamente, mas nos ajudam a conscientizar a população. Todos os pais desses jovens estão participando dos debates e precisam autorizar os filhos a ficarem na escolas. A juventude, em todos os processos históricos de mudanças, representam o termômetro da sociedade, o indicativo de que haverá luta, haverá mobilização. Sou um otimista. Sigo o filosofo russo, que dizia, que o povo quando luta, apreende em vinte dias o que deixou de apreender em vinte anos.

18 novembro, 2016

Um papo sobre conjuntura política, Papa Francisco e atuação política do cristão

O coordenador do CEBI Sergipe, Narcizo Machado, publicou um vídeo com Pe. Luis Sartorel, Diretor Adjunto do CEBI Nacional, na quarta-feira, 16. No conteúdo, que tem duração de doze minutos, Sartorel fala sobre a sua experiência com assessoria de pastorais sociais, além de temas ligados à atual conjuntura política do país, e também sobre a atuação do Papa Francisco e dos cristãos na atualidade.

O bate papo descontraído, nos apresenta perspectivas de atuação ecumênica, e reflexões sobre o avanço do conservadorismo na sociedade. “É triste, porque temos a clara convicção de que o Brasil está voltando atrás 30 anos na história do avanço dos direitos civis e humanos, porque tem fatos que estão acontecendo, como prisões de estudantes e a violência, que mostram que o golpe foi dado, porque se trata de um golpe institucional”, avalia Pe. Luis.

Narcizo, que além de coordenador o CEBI Sergipe também é profissional de comunicação, radialista e relações públicas, produziu esse e outros vídeos como forma de dar visibilidade aos temas debatidos dentro do CEBI. “Estou buscando dar a minha contribuição, montando caminhos autônomos para divulgar assuntos e temas voltados a educação popular, formação política, e divulgação de notícias. O primeiro passo foi a criação do canal no Youtube, que está estreando com esses três vídeos, com Sartorel, Nancy e Werner”, explica Narcizo. 

Confira o vídeo:

17 novembro, 2016

Dobra o número de pessoas com pressão alta no mundo!

Dobra o número de pessoas com pressão alta no mundo!

Dobrou no mundo o número de pessoas com pressão alta, nos últimos 40 anos e chegou a 1,13 bilhão, de acordo com um novo estudo publicado ontem na revista científica The Lancet. A maior pesquisa do gênero já realizada envolveu uma equipe de centenas de cientistas e utilizou dados de medição de pressão sanguínea de 20 milhões, em praticamente todos os países do mundo, entre 1975 e 2015.

A reportagem é de Fábio de Castro, publicada por O Estado de S.Paulo, 16-11-2016.

Uma das principais conclusões do estudo é de que a proporção de pessoas com pressão alta caiu abruptamente em países de alta renda e aumentou em vários países de baixa renda, especialmente na África e na Ásia. O trabalho foi liderado por cientistas do Imperial College London (Reino Unido) e teve participação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Acesso a remédios. “A pressão alta não está mais ligada à riqueza, como em 1975, agora ela é uma premente questão de saúde ligada à pobreza”, disse o autor principal do estudo, Majid Ezzati, do Imperial College.


Os cientistas dizem ainda não saber a razão exata da redução de problemas com a pressão nos países mais ricos, mas, de acordo com um dos autores, James Bentham, também do Imperial College, é provável que a tendência tenha ligação com melhor acesso a sistemas de saúde, diagnósticos, medicamentos e aumento do consumo de frutas e vegetais. “Também há cada vez mais evidências de que a nutrição insuficiente nos primeiros anos de vida aumente o risco de pressão alta na vida adulta, o que pode explicar por que o problema está aumentando nos países pobres”, disse ao Estado.

Segundo o estudo, na maior parte dos países os homens têm mais pressão alta do que as mulheres: em 2015, eram 597 milhões de homens com o problema, ante 529 milhões de mulheres. Além disso, metade dos adultos com pressão alta no mundo vive na Ásia – 226 milhões na China e 200 milhões na Índia.

Os países com as proporções mais baixas da população com pressão alta são Coreia do Sul, Estados Unidos, Canadá, Peru e Cingapura. Os que têm as proporções mais altas entre os homens estão todos na Europa central e oriental: Croácia, Letônia, Lituânia, Hungria e Eslovênia. As proporções mais altas entre mulheres estão na África: Níger, Chade, Mali, Burkina Faso e Somália.

Melhora no Brasil. O Brasil teve uma queda considerável na proporção da população com pressão alta nos últimos 40 anos, segundo outro dos autores do estudo. “Em alguns locais de renda média, temos padrões similares aos de países de alta renda, onde a proporção de pessoas com pressão alta está caindo. No Brasil, por exemplo, entre 1975 e 2015, a proporção caiu de 35,5% para 26,7% entre os homens e de 33,7% para 19,9% entre as mulheres”, disse Bentham ao Estado.

Segundo ele, porém, o estudo mostra claramente que a situação econômica está ligada à queda da pressão sanguínea. O pesquisador afirma que os esforços no combate à epidemia de pressão alta devem ser concentrados nos países de baixa e média renda. “Esse é um dos mais urgentes desafios globais na área de saúde. Os países precisam de meios e regulação adequados para melhorar o acesso à comida de alta qualidade, especialmente frutas e vegetais, além de reduzir o sal na comida.

É preciso também fortalecer os sistemas de saúde para identificar as pessoas com pressão alta precocemente, além de melhorar o acesso ao tratamento e à medicação.”

16 novembro, 2016

Saudade [João Adão Nunc-nfoônro de Almeida]

O poema abaixo é a fala de um indígena relembrando aspectos da cultura, da gente e da natureza. 
 
Saudade do índio, sentado no chão,
Em volta do fogo, comendo pinhão.
Saudade do cântico, que o kujá cantava,
E de todo povo, que alegre dançava.

Saudade da mata, por onde andavam,
Saudade da caça, que a todos tratavam.
Saudade do mõg, que o índio bebia,
Saudade das festas, tudo era alegria.

Saudade do fogo, que o índio acendia,
Saudade das danças, grande era a alegria.
Saudade do rio, onde as crianças nadavam,
Saudade dos peixes que os índios alimentavam.

Saudade das festas, e dos casamentos,
Sempre em luas cheias, era um grande evento.
Saudade de tudo, que o índio usava,
E a tradição sempre continuava.

Saudade da terra, que foi invadida,
Saudade da mata, que foi destruída.
Saudade da relva, que o fogo queimou,
Saudade de tudo que o tempo apagou.

Saudade do ouro e do pau brasil,
Saudade de tudo, que daqui sumiu.
Saudade do índio que o branco matou,
Com esta Saudade para o tumulo vou.
 
 
O material foi retirado do caderno produzido para a Semana dos Povos indígenas 2016. A publicação, Laklãnõ/Xokleng: O povo que caminha em direção ao sol, é uma realização do COMIN em parceria com a Secretaria de Formação da IECLB.

15 novembro, 2016

Mais um companheiro das CEBs que foi ao encontro de nosso Deus, com Ele esta!


Mais um companheiro das CEBs que foi ao encontro de nosso Deus, com Ele esta.

José Escudeiro de Assis, da Diocese de Umuarama, cidade de São Tomé.

Colega, como foi boa sua presença nos seminários, nos intereclesiais, na caminhada de nossas Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs.

Triste pela saudade, feliz na certeza que esta nos braços de nosso Deus.

Proclamação da República!

Proclamação da República!  

Hoje 15 de novembro celebramos a Proclamação da República.

É triste celebrar esse dia diante de tantos projetos de leis contrários aos valores cristãos.

Os meios de comunicação sendo usados por grupos internacionais e nacionais nos fazendo engolir uma mentalidade que vai contra o projeto de Deus em suas opiniões e conceitos.

Violências, pessoas passando fome, morrendo nas filas dos hospitais públicos, desempregados, salários absurdos para exercer cargos no executivo, no legislativo, no judiciário, corrupção, mentiras, falta de políticas publicas.

Rezemos pelo Brasil. Rezemos por todas as nações.

Proclamação da República!  

A Proclamação da República Brasileira foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista do governo no Brasil, pondo fim a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil, fim da soberania do imperador D. Pedro II e proclamada a República do Brasil.

Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. 

14 novembro, 2016

40% das mulheres que sofrem violência doméstica são evangélicas, diz pesquisa recente

"muitas das vítimas dizem sentirem-se coagidas por seus líderes religiosos a não denunciarem seus maridos."




A violência doméstica é uma triste realidade no Brasil e uma pesquisa descobriu uma informação ainda mais alarmante: 40% das mulheres que se declaram vítimas de agressões físicas e verbais de seus maridos são evangélicas.

A descoberta é resultado de uma pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie a partir de relatos colhidos por organizações não-governamentais (ONGs) que trabalham no apoio às vítimas desse tipo de violência.

“Não esperávamos encontrar, no nosso campo de pesquisa, quase 40% das atendidas declarando-se evangélicas”, diz um trecho do relatório divulgado, de acordo com informações da Rede Super.

A surpresa não é maior do que a preocupação que existe sobre o contexto das agressões: muitas das vítimas dizem sentirem-se coagidas por seus líderes religiosos a não denunciarem seus maridos.

“A violência do agressor é combatida pelo ‘poder’ da oração. As ‘fraquezas’ de seus maridos são entendidas como ‘investidas do demônio’, então a denúncia de seus companheiros agressores as leva a sentir culpa por, no seu modo de entender, estarem traindo seu pastor, sua igreja e o próprio Deus”, denuncia o documento.

Os responsáveis pelo estudo ressaltam, no relatório, que as comunidades de fé onde essas mulheres que sofrem violência congregam precisam agir de maneira diferente: “O que era um dever, o da denúncia, para fazer uso de seu direito de não sofrer violência, passa a ser entendido como uma fraqueza, ou falta de fé na provisão e promessa divina de conversão-transformação de seu cônjuge”, constatam.

No programa De Tudo Um Pouco, da Rede Super, o pastor Renato Vieira Matildes e o advogado Antônio Cintra Schmidt analisaram os dados dessa pesquisa.

De acordo com Matildes, a omissão dos pastores é parte importante nos casos de violência doméstica: “A gente percebe a omissão pela falta de orientação e pela omissão mesmo de não querer informar. Porque é mais fácil virar e dizer: ‘Olha, vá embora que nós vamos orar e Deus vai fazer a obra’”, disse.

O pastor ponderou que a ação espiritual é válida, mas é necessário tomar medidas que garantam a segurança dessas mulheres: “Deus realmente continua fazendo a sua obra. Porém é mais difícil a gente instruir essas pessoas. É difícil você sentar com um casal e sentar com eles uma noite, um dia. Essas são questões difíceis de lidar e as pessoas não querem fazer isso e caminham para o lado mais fácil […] Isso não pode ser assim e não deve ser assim”, acrescentou.

Para o advogado Schmidt, a igreja pode ter condições de ajudar a mulher que se encontra nesta situação de forma mais efetiva: “Seria muito interessante se as igrejas tivessem esse acompanhamento e esse grupo para ajudar na conscientização da mulher”, comentou. “A mulher tem um receio tremendo por todos esses fatos, de fazer uma denúncia, de expor a convivência familiar dela e em qualquer nível. Acontece que às vezes não é ela quem expõe. O vizinho, por exemplo, vê uma agressão e pode fazer a denúncia. E feita a denúncia, a Polícia vem e dali para frente não tem mais como parar o processo”, explicou.

Fonte: https://noticias.gospelmais.com.br

Para refletir

“É um sintoma de esclerose espiritual, quando o interesse se concentra nas coisas a produzir, em vez de ser nas pessoas a amar. Assim nasce a dramática contradição dos nossos tempos: quanto mais crescem o progresso e as possibilidades – e isto é bom – tanto maior é o número daqueles que não lhes podem chegar. É uma grande injustiça que nos deve preocupar muito mais do que saber quando e como será o fim do mundo. Com efeito, não se pode estar tranquilo em casa, enquanto Lázaro jazer à porta; não há paz em casa de quem está bem, quando falta justiça na casa de todos”.


Papa Francisco

"Formando Discípulas/os Missionárias/os para as CEBs em um mundo urbanizado"


A manhã de sábado, foi com as amigas e amigos das CEBs da Província Eclesiástica de Maringá.
Foi um momento de encontro e olha só o que acabamos assumindo:

- Seminário Provincial das CEBs com o tema "Formando Discípulas/os Missionárias/os para as CEBs em um mundo urbanizado" e terá como assessor Celso Pinto Carias, na data de 09 a 11 de junho na cidade de Maringá.

- Assumimos uma escola de formadores na Província Eclesiástica de Maringá com o objetivo de formar formadores para que as paróquias tenham condições de terem uma escola para lideranças da base, de nossas Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs.

O encontro encerrou com almoço oferecido pelo Pe. Genivaldo Ubinge.

11 novembro, 2016

Para refletir

"Há certas coisas que cabem melhor dentro do silêncio; outras cabem muito mais ainda nas mãos de Deus."
Pe. Zezinho

10 novembro, 2016

Trump é o muro, Francisco é a ponte [Roberto Malvezzi (Gogó)]

Movimentos sociais do mundo inteiro, nações indígenas, lutadores da paz e da justiça são a esperança.


Francisco já repetiu várias vezes que estamos numa 3ª Guerra Mundial. Sua opinião não é fantasiosa ou irresponsável. Ele é a única liderança mundial que tem uma leitura do momento atual da humanidade.

Francisco fala a partir da guerra na Síria, no Afeganistão, em outras partes do mundo e, sobretudo, a partir das vítimas das guerras, dos imigrantes e “desplazados” pelas catástrofes socioambientais. Fala a partir dos sem-teto, sem-terra e sem trabalho. Lembra ainda dos idosos, dos doentes, das crianças, dos descartados da sociedade contemporânea.

Fala a partir das indiferenças, dos egoísmos, dos isolacionismos, dos fascismos de toda ordem. De uma sociedade baseada no consumismo, de um “producionismo” que faz da Terra uma lixeira.

Mesmo assim não se desespera. Diz que movimentos sociais do mundo inteiro, nações indígenas, lutadores da paz e da justiça são a esperança. Ele se reúne com eles, os convida a lutarem para superar a ditadura do dinheiro. Propõe a solidariedade, a partilha, a fraternidade, o acolhimento do diferente e o cuidado com a Terra como caminho para a paz.

Se Hillary tem ligação com a indústria das armas, se ajudou montar o golpe no Brasil, agora pouco interessa. Com a eleição de Trump a humanidade revela sua face mais alucinante. Quem detém a fabulosa riqueza já produzida se mostra desesperado em salvaguardar sua “qualidade de vida”. O modo é a guerra, as discriminações, os xenofobismos, os muros, a eliminação do outro, do diferente, daqueles que são os bodes expiatórios, para serem demonizados e responsabilizados pelas insanidades de quem tem o comando. Porém, nenhuma nação sozinha hoje comanda a humanidade.

Trump é o muro, Francisco é a ponte. 

Preocuante

Preocupante
Donald Trump 
Megaempresário eleito como presidente dos EUA.


Para refletir

Para o papa Francisco, visitar um doente é um ótimo remédio.

Para o papa, o Senhor nos convida a um gesto de grande humanidade: a compartilha. Na doença, a pessoa pode experimentar a solidão mais profunda e uma visita pode ser um ótimo remédio: um sorriso, uma carícia, um aperto de mão são gestos simples, mas muito importantes para quem se sente abandonado. “Não deixemos sozinhas as pessoas doentes”, exortou Papa. Para ele, os hospitais são hoje verdadeiras “catedrais da dor”, onde porém se torna evidente também a força da caridade.

09 novembro, 2016

Para Refletir

Papa Francisco diz que para servir bem o Senhor, não podemos ser desleais e nem buscar o poder. O desejo de poder nos impede de servir o Senhor.

“Quantas vezes vimos, até em nossas casas: ‘aqui sou eu que comando!’. E quantas vezes, sem dizê-lo, fizemos ouvir aos outros ‘que aqui eu comando’, não? Mostrar isso... A sede de poder... E Jesus nos ensinou que aquele que comanda se torna como aquele que serve. Ou se alguém quiser ser o primeiro, seja servidor de todos. Jesus reverte os valores da mundanidade, do mundo. E este desejo de poder não é o caminho para se tornar um servo do Senhor, ao contrário: é um obstáculo, um destes obstáculos que rezamos ao Senhor para que afaste de nós”.

"Quanta gente vive somente para ser vitrina, para aparecer, para que digam: 'Ah, como ele é bom...', tudo pela fama. Fama mundana”. E assim, - é a sua advertência -, “não se pode servir o Senhor”. Por isso, - acrescenta -, “pedimos ao Senhor para remover os obstáculos para que com serenidade, seja do corpo, seja do espírito”, possamos “dedicar-nos livremente ao seu serviço”.

07 novembro, 2016

Lançamento do Livro: “Pensadores da Caminhada - 30 Anos Vividos nas CEBs” de Pe. João Caruana





Lançamento do Livro:


“Pensadores da Caminhada - 30 Anos Vividos nas CEBs”  de Pe. João Caruana


Senhoras e senhores.

Quero informar que estou concluindo o livro intitulado: 
                 “PENSADORES DA CAMINHADA - 30 ANOS VIVIDOS NAS CEBs”.
                                     
O livro de aproximadamente 250 paginas, na primeira parte consiste em algumas de minhas reflexões e na segunda parte inclui umas 30 entrevistas com os melhores pensadores da mística das CEBs no Brasil e na América Latina.

Estas entrevistas foram tiradas do IHU -Unisinos de Rio Grande de Sul, durante as décadas passadas. Estas entrevistas vão introduzir aos leitores mais jovens estes pensadores e matar as saudades dos demais. 

Entre os pensadores as leitoras e leitores vão encontrar: Gutierrez, Helder, Lorscheider, Casaldaliga, Kautler, Zezinho, Zilda, Jon Sobrinho, Comblin e outros mais. 

O lançamento ficou para sábado dia 3 de dezembro no salão paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Graças no centro de Sarandi ás 20h30m. 

O lançamento vai ser celebrado com: 

MÚSICA, PIZZA e VINHO

Haverá um custo de:
Individual R$25 reais e leva um livro
Casal R$35 reais e leva um livro

Obs. O livro avulso custará R$25,00, no lançamento terá 20% de desconto.

Os convites podem ser encontrados nas quatro paróquias de Sarandi, na Paróquia São Silvestre e no CEPA.

Aqueles que moram um pouco longe podem informar pelo E-mail o Número de convites desejados e receberão confirmação do pedido. A contribuição poderá ser feita na noite da festa. 


Vai ser bom! Vai ser uma festa das CEBs. Se sinta livre para repassar este convite aos seus colegas.

Padre Joao Caruana 

PS: Para ajudar na organização, por gentileza, adquire o seu convite até segunda-feira, dia 28 de Novembro.