18 fevereiro, 2016

Ampliada das CEBs do Paraná (Regional sul II)

Nesta sexta-feira e sábado, acontece a Ampliada das CEBs do Paraná (Regional Sul II), na Diocese de Umuarama, no Centro Diocesano, na cidade de Umuarama.
Principal pauta será 7º Intereclesial das CEBs do Paraná
O 7º Intereclesial Regional vai acontecer entre os dias 21 a 24 de abril de 2016 no Campus III da UNIPAR em Umuarama. 
Tem como Tema: “CEBs no Paraná e os desafios no mundo urbano" 
e o Lema: "Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo." (Ex 3,7)



Ampliada Regional da Ceb’s Regional Oeste2

Dias: 19 a 21 de fevereiro de 2016 -
Na Diocese de Barra do Garças - Na Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora
Reunião da Ampliada Regional das CEBs
SEXTAFEIRA 19/02
A partir das 15h: Chegada e acolhida
19h: Jantar na sede da paróquia
20h: 1) os representantes da ampliada regional serão encaminhados para pernoitar nas famílias; 2)
Reunião da coordenação e assessoria regional e depois pernoite nas famílias.
SÁBADO20/02
7h: café na sede da paróquia
7h45: oração/ofício divino das comunidades
8h15: Comunicações, informações e encaminhamentos do Seminário Nacional e da Reunião da Ampliada Nacional das CEBs, Londrina 26 a 31 de janeiro de 2016.
10h: Intervalo e lanche
10h20: continuidade
12h: Almoço na sede da paróquia
13h30: Preparação e organização do 14º Encontro Regional de CEBs, em São Félix do Araguaia (8 a 10/09/2017)
Tema: CEBs e os desafios no mundo urbano e rural.
Lema: “Eu vi e ouvi o clamor do meu povo e desci para libertálo” (Ex 3,7).
Conteúdo e eixos temáticos: 1) História da Prelazia de São Félix do Araguaia 40 anos; 2) Os desafios do mundo urbano e rural de Mato Grosso; 3) Tecnologias de Informação e Comunicação;
4) Como ser Igreja neste contexto de desafios do mundo urbano e rural de Mato Grosso.
Metodologia do encontro: Ver, julgar e Agir. Conforme a prática do curso de verão, com monitores companhando diferentes oficinas.
Assessoria
Subsídios
Divulgação/ Comunicação: cartaz...
Equipes e serviços: Infraestrutura e logística...
16h: Intervalo e lanche
16h20: Continuidade
4º Oestão: Goiânia, 21 a 24 de abril de 2017
19h: Jantar e noite livre para confraternização Retorno para as famílias
DOMINGO21/02
6h30: Café na sede da paróquia
7h30: celebração eucarística na comunidade Santo André
9h: Encontro de formação nas microrregiões (Barra do Garças, Cuiabá, Rondonópolis e Sinop):
21 e 22 de maio de 2016. Tema: A dimensão sociopolítica da fé cristã.
10h: Intervalo e lanche
10h20: Preparação da Assembleia Regional: 21 a 23 de outubro de 2016,  no CENE – Tema:  Laudato Si – Reconciliação: o cuidado com a casa comum e a espiritualidade das CEBs.
12h: Almoço na sede da paróquia e retorno para as dioceses.

Ibiapina segue seu caminho


No próximo dia 19 deste mês, comemoram-se 133 (anos do falecimento de Padre José Antonio de Maria Ibiapina (1806-1883).
Viveu 77 anos enfrentando dificuldades pessoais, familiares, sociais, políticas, religiosas, vencendo os desafios como um predestinado remando contra a corrente.
Com a morte prematura da mãe, a condenação e morte do pai e do irmão mais velho, envolvidos na Confederação do Equador, o jovem Ibiapina teve que assumir a família. Entrou e saiu do Seminário onde pretendia estudar para padre. Com a criação do curso Jurídico em Olinda, seguiu o Direito e formou-se em 1832.
Logo foi nomeado professor e, em seguida, eleito deputado geral, acumulando os cargos de juiz de direito e chefe de polícia. Tendo subido com sucesso e tão rapidamente na vida, Ibiapina vai descer na mesma rapidez por decisão de caráter.
Ele não se encaixava na engrenagem da política, nem da magistratura, percebendo as mentiras, as falcatruas, ladroagens, prepotências, a força do dinheiro, as articulações promíscuas do poder constituído. Abandonou essas estruturas e foi viver como advogado independente. Em 1838 atuava na cidade de Brejo de Areia, onde começou a ganhar fama e crédito. Quem defendia o pobre, o que não tinha ninguém por ele? Era o Doutor Ibiapina!
Quem outro? Em 1840 abriu sua banca de advocacia no Recife, seguindo o traçado do direito, da verdade, da justiça. Em 1850 deixou também a advocacia. Não lhe interessou o dinheiro, os bens materiais e a fama de excelente profissional do Direito.Para o julgamento do mundo, fez a loucura de deixar tudo e buscar a solidão. 
Foi ordenado padre aos 3 de julho de 1853, com 47 anos incompletos. De imediato, apresentou-se lhe nova oportunidade de subir na vida pela carreira eclesiástica: nomeado professor do Seminário, vigário geral da diocese de Pernambuco e bispo mais adiante, quase certamente. Preferiu a vida dura de missionário pelos caminhos do Nordeste. Na segunda metade do século XIX, com a epidemia do cólera e as grandes secas matando gente à vontade, ele decidiu-se pela missão itinerante. De 1853 até 1883, foram 30 anos de dedicação ao pobre, ao indigente, à orfandade, aos doentes e desvalidos, aos que não tinham mais esperança. Ao longo do tempo sofreu ataques da maçonaria, incompreensões do bispo do Ceará e sete anos de paralisia antes de morrer. As 22 Casas de Caridade por ele fundadas foram também desaparecendo. A de Santa Fé resistiu a duras penas até a década de 1940, quando Celso Mariz escrevia “Ibiapina, um apóstolo do Nordeste”.
À parte o grande historiador, Ibiapina foi sendo quase que completamente esquecido depois de sua morte, em 1883. Dom Marcelo Carvalheira o resgatou, deu entrada ao processo para sua canonização, em 1992, iniciando 
também a transformação de Santa Fé em Centro Pastoral. Hoje “Santuário Padre Ibiapina”.
O tempo de esquecimento, num primeiro momento, talvez se possa atribuir ao “fenômeno” Padre Cícero (1844-1934) que a partir de 1889, pelo “milagre” da hóstia ensanguentada, foi acusado de embusteiro, a beata Maria de Araújo de doente e o povo de fanático. As censuras e condenações foram implacáveis contra o “santo” do Juazeiro e a hierarquia católica passou a evitar qualquer fato ou pessoa que pudesse despertar fanatismo. O nordestino simples e pobre, porém, ignorou as proibições da Igreja, continuou suas romarias e multiplicou 
por toda parte a imagem do “Padim”.
Correndo o tempo, veio Frei Damião (1898-1997) com suas missões populares, entrando na vida do povo com as ameaças de inferno e mandando acabar com protestante, na contramão do Concílio Vaticano II. Mais esquecido foi ficando Ibiapina! Por mais de sessenta anos, de cidade em cidade de nossa região, Frei Damião reuniu multidões, muitas vezes levado por políticos e “igrejeiros” com estranhos interesses. O frei faleceu em 1997 e já tem sua imagem-monumento desde 2004, com 34 metros de altura sobre a Serra da Jurema, em 
Guarabira. Tudo muito rápido e grandioso, o monumento logo se tornou um ponto certo de turismo e devoção.
Padre Cícero, pela insistência da diocese do Crato e do seu bispo nos últimos anos, conseguiu recentemente a desejada reconciliação com o Vaticano. Frei Damião, com o respaldo e interesse de sua Ordem religiosa, está com seu processo de canonização em pleno andamento. Muito provavelmente, os dois chegarão à glória dos altares bem antes do nosso Padre Ibiapina, que se arrasta com dificuldades para atender as exigências de Roma. Mesmo assim, no próximo dia 19 deste mês de fevereiro, milhares de devotos chegarão ao Santuário de Santa Fé, na Arara, para visitar o túmulo do missionário, participar da santa Missa, agradecer as graças alcançadas e pedir mais outras. “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo” foi seu lema, sua expressão cotidiana.
Sigamos com ele o CAMINHO que é Jesus!



Por: Ernando Teixe