05 agosto, 2016

O Beato Romero é proposto para padroeiro da JMJ do Panamá


O Beato Romero é proposto para padroeiro da JMJ do Panamá
Bispos panamenhos que estão em Roma, para uma visita de cortesia ao Papa Francisco para agradecer-lhe a escolha do Panamá para a Jornada Mundial da Juventude 2019, propuseram o Beato Óscar A. Romero como padroeiro do encontro trienal católico. O arcebispo José Domingo Ulloa, do Panamá, declarou aos jornalistas no dia 03 de agosto que o Beato Romero é um modelo para os pastores, um pastor que esteve perto do seu povo e que deu sua vida pelos outros. “Creio que a figura de Romero sempre está presente como um modelo que todos devemos seguir como cristãos, sendo alguém que esteve perto dos outros, capaz de denunciar (a injustiça) e anunciar (o Evangelho)”, disse.
A reportagem é publicada por Super Martyrio, 04-08-2016. A tradução é de André Langer.

O cardeal panamenho José Luis Lacunza disse ao jornal do Vaticano que Romero é uma “referência espiritual” para o evento. “O central, neste momento, é dom Romero, que foi beatificado no ano passado”, disse o cardeal Lacunza. “Ele tinha uma linha pastoral em defesa dos mais necessitados e dos excluídos, assim como o Papa Francisco. Era um homem, um pastor, que na vida defendeu os direitos dos mais pobres e a liberdade de todas as pessoas, apesar da opressão de um governo militar e ditatorial. Creio que isto também dará voz aos problemas sociais que ainda persistem em alguns países da América Central”.
O bispo Manuel Ochogavia Barahona disse ao Catholic News Service que os centro-americanos “têm um grande carinho” pelo arcebispo salvadorenho e que segue sendo um símbolo de esperança para “todos os povos da América Latina”. Ochogavia disse que ele e seus bispos companheiros estavam participando de reuniões iniciais organizativas com o Pontifício Conselho para os Leigos e que os temas e os padroeiros do evento serão decididos pelo Papa Francisco “nos próximos meses”.
Apesar destas disposições, os panamenhos fizeram lobby pelo Beato Romero, apresentando sua proposta de fazer de Romero o padroeiro da JMJ 2019 em vários meios de comunicação. O arcebispo Ulloa disse à Rádio Vaticano que a escolha do Panamá para o evento foi um bálsamo para toda a América Central e a América Latina e que encomendava o sucesso do evento ao Beato Romero e à Santa Maria a Antiga, padroeira do Panamá.
Os bispos panamenhos apoiaram publicamente a causa da canonização de Romero. Em outubro de 2012, o arcebispo Ulloa fez a bênção de um busto de Romero na orla marítima do Panamá, um dos lugares que está sendo cogitado para acolher os eventos da JMJ. O cardeal Lacunza disse palavras convincentes em honra de Romero em San Salvador em março de 2015. O presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, foi um dos presidentes latino-americanos que participou da beatificação no ano passado.
Por outro lado, a campanha por Romero pode fazer parte da estratégia regional para levar a JMJ ao istmo. O Panamá obteve o apoio de todos os bispos da América Central, ajudando-o a superar a Coreia do Sul pela honra de acolher o evento. Os outros governos centro-americanos também apoiaram a campanha do Panamá, com a promessa de que toda a região se beneficiaria da escolha do Panamá para o evento.
A escolha do Panamá foi anunciada pelo Papa Francisco no final da JMJ 2016 em Cracóvia, Polônia, no último final de semana. O Papa tradicionalmente participa do evento.
A Igreja panamenha programou uma entrevista coletiva para esta sexta-feira no aeroporto do Panamá quando os bispos retornam da sua viagem a Roma.
Fonte: IHU

Para Refletir

"Aprendi então, uma grande lição na vida que é, nós vamos descobrir e passar a valorizar as coisas, somente depois quando as perdemos."

Frase do texto "Uma vida em dois tempos", publicada no Jornal Liberdade, no. 17 da Paróquia Nossa Senhora da Liberdade - Arquidiocese de Maringá, onde Pe. Vito Slobojian descreve um pouco de sua vida.