24 fevereiro, 2017

Triste....

Triste...

Uma liderança de minha paróquia, em um CPC de uma de nossas CEBs reagiu diante de uma proposta missionária apresentada para a CEB, dizendo mais ou menos assim:

- Não há necessidade de ficarmos indo até as pessoas, elas sabem que somos lideranças, e quando precisarem com certeza irá bater em nossas portas.

Que eu saiba não é orientação da paróquia.
Que eu saiba não é orientação da Arquidiocese de Maringá

Falou com autoridade, não sei de onde ela incorporou tal autoridade.

Eu acredito, que a  Igreja de Jesus Cristo é aquela que leva as seguidoras e seguidores de Jesus a irem ao encontro das pessoas, a exemplo de Jesus, que andava pelos povoados, nas casas, por onde pudessem fazer-se próximo para acolher e amar.

Papa Francisco insiste em nos ensinar que é triste o pastor que abre a porta da Igreja e fica ali, esperando.

O papa também nos ensina que para seguir Jesus é preciso trocar o sofá por um par de sapatos que ajude a caminhar, para ir ao encontro.


Trieste...

Anistia Internacional: livre direito à manifestação sofre retrocesso com Temer


Durante o segundo mandato de Dilma Rousseff, manifestantes vestidos de verde e amarelo praticamente não saíam das ruas, protestando contra seu governo. Foi só Michel Temer assumir que o livre direito à manifestação sofreu um grave retrocesso, segundo aponta o relatório da Anistia Internacional sobre 2016, divulgado hoje. Sob Temer, segundo a Anistia, houve “excessivo e desnecessário” uso da força em vários estados para dispersar manifestações contra o governo e a proposta de emenda constitucional (PEC 241/55) que restringe os gastos públicos.
“Estudantes ocuparam pacificamente cerca de mil escolas públicas no país para questionar a reforma da educação e os cortes de investimento propostos pelo governo. Em junho, na cidade do Rio de Janeiro, a polícia usou força excessiva e desnecessária para acabar com o protesto de estudantes no prédio da Secretaria de Educação”, diz o relatório, que aponta “políticas de ódio” como causadoras de um “revés histórico” nos direitos humanos em todo o continente americano.
“Estamos enfrentando um dos ataques mais estruturados contra os direitos humanos nas últimas décadas”, disse Erika Guevara-Rosas, diretora para as Américas da Anistia Internacional. “A retórica de ódio e anti-direitos permeou o discurso e as ações da maioria dos líderes políticos da região, colocando a segurança e a vida de milhões de pessoas em perigo. Partindo dos índices alarmantes de violência por parte das forças de segurança, até a crescente onda de ataques contra defensores dos direitos humanos, e a falta de medidas para deter a crise de refugiados, as Américas enfrentam um dos seus piores momentos quando se trata de direitos humanos e justiça.”

Democracia?

Além do ataque ao livre direito de manifestação, o relatório da Anistia Internacional mostra um retrocesso nos Direitos Humanos generalizado após a chegada de Temer ao governo. “O que vimos em 2016 foi o desmantelamento de estruturas institucionais e programas que garantiam a proteção a direitos previamente conquistados, além da omissão do Estado em relação a temas críticos, como a segurança pública”, afirmou a diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck. “Nenhuma crise pode ser usada como justificativa para a perda de direitos.”
Em 2016, ataques, ameaças e assassinatos de defensores de direitos humanos aumentaram em comparação a 2015, quando Dilma Rousseff ocupava a presidência. De acordo com o relatório, pelo menos 47 defensores foram mortos entre janeiro e setembro no Brasil, incluindo pequenos agricultores, camponeses, trabalhadores rurais, indígenas e quilombolas, pescadores e ribeirinhos, em sua luta pelo acesso à terras e recursos naturais.
A Anistia mostrou preocupação de que o retrocesso nos direitos humanos se aprofunde ainda mais, com o anúncio, pelo governo Temer, de diversas medidas e propostas que podem ter impacto sobre os direitos humanos, inclusive a PEC que limita os gastos governamentais durante os próximos vinte anos, e que pode ter efeitos negativos nos investimentos em educação, saúde e outras áreas.
“No Congresso, várias propostas que prejudicariam os direitos das mulheres, povos indígenas, crianças, e lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI) estavam em discussão. Em setembro, uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou mudanças no Estatuto da Família para definir família como a união entre um homem e uma mulher”, criticou o relatório.
Veja a seguir os principais alvos das críticas da Anistia Internacional ao Brasil:

SEGURANÇA PÚBLICA:

As taxas de homicídio e a violência armada continuaram altas no país todo. Segundo as estimativas, o número de vítimas de homicídios em 2015 era de 58 mil. 70% das vítimas morreram atingidas por arma de fogo. A maioria das vítimas é masculina, jovem e negra. As autoridades falharam em propor um plano para abordar a situação. Em setembro, o governo federal autorizou o envio das Forças Armadas para o Rio Grande do Norte para dar apoio à polícia, após vários dias de ataques de grupos criminosos a ônibus e prédios públicos. Pelo menos 85 pessoas foram detidas sob a alegação de terem participado dos ataques. Em 18 de novembro, sete homens foram mortos a tiros em Imperatriz no Maranhão, depois que um policial militar foi alvo de uma tentativa de roubo e agressão quando estava fora de serviço.

JOGOS OLÍMPICOS 2016:

As autoridades e organizadores dos Jogos Olímpicos 2016 não implantaram as medidas necessárias para evitar violações de direitos humanos pelas forças de segurança antes e durante o evento esportivo. Isso levou à repetição das violações já testemunhadas em outros grandes eventos esportivos realizados na cidade do Rio de Janeiro (os Jogos PanAmericanos em 2007 e a Copa do Mundo em 2014). Dezenas de milhares de militares e agentes de segurança foram deslocados para o Rio de Janeiro. O número de pessoas mortas pela polícia na cidade do Rio de Janeiro imediatamente antes dos Jogos, entre abril e junho, aumentou 103% em relação ao mesmo período de 2015. Os moradores relataram horas de tiroteios intensos e abusos contra os direitos humanos, como buscas domiciliares ilegais, ameaças e agressões físicas. A polícia admitiu ter matado pelo menos 12 pessoas durante os Jogos na cidade do Rio de Janeiro. Durante o trajeto da tocha olímpica por todo o país, protestos pacíficos em Angra dos Reis e Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, foram reprimidos com uso excessivo e desnecessário da força pela polícia. Balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo foram usados indiscriminadamente contra manifestantes pacíficos e pessoas que passavam pelo local, inclusive crianças.

EXECUÇÕES EXTRAJUDICIAIS:

Os homicídios pela polícia continuaram numerosos e, em alguns estados, aumentaram. No estado do Rio de Janeiro, 811 pessoas foram mortas pela polícia entre janeiro e novembro. Houve relatos de diversas operações policiais que resultaram em mortes, a maioria delas em favelas. A maioria dos homicídios cometidos por policiais continuaram impunes.

CONDIÇÕES PRISIONAIS:

As prisões continuaram extremamente superlotadas, com relatos de tortura e outros maus-tratos. De acordo com o Ministério da Justiça, até o fim de 2015 o sistema prisional tinha uma população de mais de 620 mil pessoas, embora a capacidade total seja de aproximadamente 370 mil. Rebeliões de presos ocorreram pelo país. Em outubro, dez homens foram decapitados ou queimados vivos em Roraima, e oito morreram asfixiados numa cela durante um incêndio numa penitenciária em Rondônia. Em 8 de março, o Relator Especial da ONU para tortura relatou, entre outras coisas, as péssimas condições de vida e a ocorrência frequente de tortura e outros maus-tratos de presos por policiais e carcereiros no Brasil. Em setembro, um tribunal anulou o julgamento e as sentenças de 74 policiais pelo massacre no presídio de Carandiru em 1992, quando 111 homens foram mortos por policiais.

LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO:

O ano foi marcado por protestos majoritariamente pacíficos pelo país, sobre assuntos como o processo de impeachment, a reforma educacional, violência contra as mulheres, impactos negativos dos Jogos Olímpicos de 2016 e a redução de gastos públicos com saúde e educação. Com frequência, a resposta da polícia era violenta, com uso excessivo e desnecessário de força.

DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS:

Os processos de demarcação e titulação dos territórios de povos indígenas continuaram a progredir muito lentamente, apesar do prazo para isso ter terminado há 23 anos. Uma emenda constitucional (PEC 215) que permite aos legisladores bloquear as demarcações — vetando, assim, os direitos dos povos indígenas previstos pela Constituição e pelo direito internacional — 86 Anistia Internacional Informe 2016/17 está em discussão no Congresso. Houve tentativas de bloquer a demarcação de terras, em alguns casos, por grandes fazendeiros.

VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E MENINAS:

Em maio, com o afastamento de Dilma, o governo federal interino extinguiu o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e o reduziu a uma secretaria, parte do Ministério da Justiça, o que causou uma redução significativa dos recursos e programas dedicados a salvaguardar os direitos das mulheres e meninas. Uma série de estudos durante o ano mostrou que a violência letal contra mulheres aumentou 24% durante a década anterior e confirmou que o Brasil é um dos piores países da América Latina para se nascer menina.

Fonte: Cynara Menezes, www.socialistamorena.com.br.

“As mulheres são o motor da resistência”, diz diretora da Anistia Internacional Brasil


São principalmente as mães, irmãs e companheiras das vítimas de violência policial que se mobilizam para que os autores de homicídios e outras violações sejam responsabilizados
O protagonismo das mulheres na luta por Justiça em casos de homicídios praticados por policiais é destacado em relatório que a Anistia Internacional Brasil lançou nesta quarta-feira (22/02) no Rio de Janeiro. São principalmente as mães, irmãs e companheiras das vítimas de violência policial que se mobilizam para que os autores de homicídios e outras violações sejam responsabilizados criminalmente — no Brasil e em outras partes do mundo.
“As mulheres têm sido o motor da resistência, as mulheres têm sido o motor da mudança”, afirmou a diretora executiva da organização, Jurema Werneck. “Muitas vezes invisibilizadas, vistas como parte da paisagem, mas somos nós que estamos à frente de toda a resistência. Isso é bom e precisa ser celebrado”, disse.
Aludindo às familiares de vítimas que a ouviam, completou: “Tem dor ali, tem sofrimento ali, mas tem força, tem aquela afirmativa potente de dizer: ‘daqui não passa, estamos aqui para fazer a diferença’. E elas estão aqui para fazer a diferença”.
Ela se referia às mães brasileiras do Movimento Mães de Maio Débora Maria da Silva, Vera Lúcia dos Santos e Rute Fiuza, à norte-americana Marion Gray-Hopkins e à jamaicana Shakelia Jackson — mulheres que compartilham da mesma dor e da mesma luta desde que a violência policial atingiu suas famílias.
Entre elas, um homem: o pedreiro José Luiz Faria da Silva, que já se acostumou a conviver com muito mais mulheres do que homens, justamente por ser um dos poucos pais de vítimas que se tornaram ativistas. Seu filho, Maicon, foi morto em 1996 por um policial militar aos dois anos de idade, quando brincava na porta de casa, na favela de Acari, Zona Norte do Rio. Registrado como “auto de resistência”, o crime prescreveu em 2016 sem que o PM que matou a criança fosse responsabilizado.
Nesses 20 anos, ele perdeu a esposa, não conseguiu mais se relacionar, sofreu enorme desgaste físico, passou por problemas de saúde e sofreu ameaças de PMs. “A mãe do Maicon não quis isso por causa das ameaças que eu sofri. Foram cinco, ao longo dessa história. Ameaças que eu sofri com fuzis na cara pra morrer. Só que, com a permissão de Deus, estou vivo e lutando, e com isso acabou meu casamento, meu lado sentimental não funciona mais. Não consigo estabelecer uma relação. Então o Estado não só matou e marginalizou o Maicon como destruiu a minha saúde e a da mãe dele, destruiu toda a família. Uma bala não mata só uma pessoa, ela destrói a vida da família toda”, lamenta o pai.

Mulheres de luta

As histórias das mulheres são muito semelhantes. As vítimas da violência policial — seus filhos, irmãos ou companheiros — são quase sempre jovens negros, os policiais quase nunca são responsabilizados pelos crimes e a luta pela responsabilização dos policiais que matam é mais do que uma luta contra a impunidade: é também uma luta pela preservação da memória das vítimas, que muitas vezes acabam sendo criminalizados como uma maneira de justificar seu assassinato.
“É uma história que se repete, o modus operandi [dos policiais] é o mesmo, a Justiça é a mesma, quando se trata de um jovem negro e pobre. É uma coisa impressionante”, diz Debora Maria da Silva, que teve o filho, Edson Rogério, executado por PMs nos Crimes de Maio de 2006, em São Paulo. “A força das mulheres é um clamor pra nós. A gente tem o dom de transformar. E só com a união a gente consegue alavancar a luta”, enfatiza.
Para Vera Lúcia dos Santos, a união das mulheres brasileiras com as de outros países em uma mesma causa é fundamental para fortalecer a luta contra a violência policial. “Quando estamos juntas, nos fortalecemos mais. A gente vê que isso não acontece só no Brasil, que acontece em vários pontos do mundo. Nós somos soldados pequenos, mas de mãos dadas a gente vira um exército muito grande”, afirma ela, que teve a filha Ana Paula, grávida, e o genro, também executados por policiais nos Crimes de Maio.
Desde que seu filho, Davi Fiuza, foi torturado por 23 policiais na Bahia e desapareceu em 2014, Rute Fiuza vem lutando pela responsabilização dos agentes, que embora identificados, até hoje não responderam pelo crime. Segundo ela, a união com as outras mães é o que a fortalece. “É o que nos fortalece, ver que você não está sozinha. Porque chega um momento em que ninguém mais quer ouvir sua história. Seus amigos e familiares se afastam, começam a achar chato você falar tanto sobre seu filho. A gente só sente na verdade quando é na nossa pele”, afirma.
A jamaicana Shakelia Jackson contou que, assim como as brasileiras, ela não teve tempo de ter luto quando seu irmão Nackiea Jackson, de 29 anos, foi morto por um policial dentro de seu restaurante, em 2014. “Quando se tem que lidar com a polícia, não se tem tempo de ter luto”, disse ela. “Me sinto como muitas outras famílias. Nós fomos sentenciados. Perdi meu irmão e provavelmente perdi um pedaço de mim”, completou Shakelia, que continua lutando na justiça pela condenação do policial.
Mãe de Gary Hopkins, assassinado aos 19 anos por um policial em Maryland, nos Estados Unidos, a norte-americana Marion Gray-Hopkins falou sobre o racismo no país. “A história de Gary é a história dos Estados Unidos”, disse. O crime ocorreu em 1999 e o policial que matou o jovem negro foi absolvido. Na época, tentaram criminalizar Gary, afirmando que havia drogas e álcool no carro onde ele se encontrava. “O relatório policial torna a vítima um vilão. É aí que entra o papel de vocês [jornalistas]: vocês precisam conhecer de verdade as histórias das vítimas”, encerrou a ativista.

Fonte:  Luiza Sansão, ponte.cartacapital.com.br.

23 fevereiro, 2017

José Serra pediu demissão.


Que bom que acontecesse com muitos outros que lá estão.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, pediu demissão na noite dessa quarta-feira (22) ao presidente Michel Temer alegando problemas de saúde.
Essa é sem dúvida uma ótima notícia, pena que em breve tudo indica que teremos uma péssima notícia, quando for divulgado quem vai assumir seu lugar. Com certeza será substituído por outro sem nenhuma moral.

22 fevereiro, 2017

Brasil é 10º país que mais mata jovens no mundo


Os dados são do ‘Mapa da Violência’, lançado na semana passada (15/2) na Câmara dos Deputados, em cerimônia que contou com a participação do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Relatório aborda letalidade das armas de fogo no Brasil e ranqueia país em uma lista de cem nações. Documento alerta para a vulnerabilidade da população negra brasileira: atualmente, morrem 2,6 vezes mais afrodescendentes do que brancos por homicídios cometidos com armas de fogo.
No Brasil, 25.255 jovens de 15 a 29 anos foram mortos por armas de fogo em 2014, um aumento de quase 700% em relação aos dados de 1980, quando o número de vítimas nessa faixa etária era de cerca de 3,1 mil. Com isso, o Brasil ocupa a 10ª posição em número de homicídios de jovens num ranking que analisou cem países.

Mapa da Violência

As informações são do “Mapa da Violência 2016”, lançado na quarta-feira (15) em Brasília, na Câmara dos Deputados. O documento alerta também para a vulnerabilidade da população negra à violência. Atualmente, morrem por arma de fogo 2,6 vezes mais afrodescendentes do que brancos.
O representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Jaime Nadal, participou da mesa de apresentação do documento e afirmou que é preciso mudar a forma como a juventude é vista no Brasil. “Apesar de serem apontados como os principais responsáveis pelas alarmantes estatísticas no Brasil, adolescentes são mais vítimas do que autores de atos violentos”, disse.
O dirigente da agência da ONU no Brasil lembrou que a violência afeta principalmente os jovens negros e pobres, assim como as mulheres afrodescendentes.
Sem distinção por faixa etária, o “Mapa da Violência” aponta que, de 2003 a 2014, os homicídios por arma de fogo registraram queda de 27,1% entre a população branca — passando de 14,5 mortes por 100 mil habitantes para 10,6. No mesmo período, o índice aumentou entre os negros. Em 2003, foram 24,9 mortes por 100 mil afrodescendentes. Onze anos mais tarde, a taxa subiu para 27,4 — um aumento de 9,9%.
Em números absolutos, o “Mapa da Violência” identifica um crescimento de 46% no número de negros vítimas de homicídio por arma de fogo — de 20.291, em 2003, para 29.813, em 2014. Em 2003, morriam 71,7% mais negros do que brancos por esse tipo de crime. A proporção chegou a 158,9% em 2014. Ou seja, morrem por arma de fogo 2,6 vezes mais negros do que brancos no Brasil.

A juventude criminalizada

“O UNFPA e outras agências da ONU no Brasil têm atuado em várias frentes, apoiando ações afirmativas que buscam promover a participação de pessoas jovens e diminuir as desigualdades étnico-raciais”, acrescentou Nadal.
Tendo como tema central a letalidade das armas de fogo no país, o “Mapa da Violência” recupera registros desde 1980 e revela que aproximadamente 1 milhão de pessoas já foram vítimas de disparos. De 1980 para 2014, o número de homicídios por armas de fogo subiu de 6.104 para 42.291 por ano — um crescimento de 592,8%. Do total de assassinatos, cerca de 25 mil vitimaram jovens.
No Brasil, o número de armas de fogo não registradas é maior que o de registradas — 8,5 milhões contra 6,8 milhões. O relatório aponta que 3,8 milhões estão em mãos criminosas.
Entre as unidades federativas, Alagoas é o estado com a maior taxa de homicídios por armas de fogo: 56,1 vítimas por 100 mil habitantes em 2014. Ceará e Sergipe vêm em seguida. Os estados com os menores índices são Santa Catarina (7,5) e São Paulo (8,2). A média brasileira em 2014 foi de 21,2 vítimas por 100 mil habitantes.
Com dados verificados até 2012, o Brasil ocupa, a nível internacional, a 10ª posição em um ranking de cem países. Quem encabeça a lista é Honduras, com taxa de 66,6 homicídios por 100 mil habitantes, seguido por El Salvador (45,5). A nação sul-americana com a maior taxa de homicídios por arma de fogo é a Venezuela (39).
Sobre os dados, o assessor especial da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Social (SEPPIR), Juvenal Araújo, comentou que é inadmissível que, a cada três jovens assassinados no Brasil, dois sejam negros. Araújo disse que faltam políticas efetivas para acabar com o genocídio da população jovem brasileira.
Parceira no lançamento do “Mapa”, a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) foi representada pelo secretário Assis Filho. “A violência tem cor, faixa etária e moradia”, disse o chefe do organismo, referindo-se aos números da violência contra a população negra, jovem e periférica.
Assis Filho informou ainda que a SNJ e seus parceiros estão trabalhando no relançamento do Plano Juventude Viva, projeto que visa reduzir a vulnerabilidade de jovens negros a situações de violência física e simbólica.

Grupo Assessor sobre Juventude

O UNFPA coordena, em conjunto com a Secretaria Nacional de Juventude, o Grupo Assessor Interagencial sobre Juventude da ONU no Brasil. Formado por 10 agências das Nações Unidas e pelo Conselho Nacional de Juventude, o organismo é responsável por promover diálogos entre a sociedade civil, governos e a Organização internacional.

Conheça o ‘Mapa da Violência’

O “Mapa da Violência 2016” tem autoria do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da área de Estudos sobre a Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO). A primeira edição do “Mapa” foi publicada em 1998 e, a cada ano, foca em um tema diferente, como homicídio de mulheres ou violência contra adolescentes.
As informações completas podem ser encontradas na versão online do relatório.
Acesse o documento clicando aqui.


Fonte: ONU Brasil, 20/02/2017. Retirado do site www.ihu.unisinos.br.

16 fevereiro, 2017

A gramática neoliberal, o bandido bom e o bandido morto


Não é exagerado afirmar que a expressão carrega certos marcadores sociais, e por trás dela se escondem dois problemas estruturais do Brasil: a desigualdade e o racismo
No último mês o País assistiu à explosão de uma vultuosa crise carcerária, não faltaram cenas dantescas de violência e barbárie, de crueldade e terror, promovidas tanto pelo Estado quanto pelas facções criminosas dentro dos presídios. Nesse cenário, uma vez mais veio à tona uma velha frase que dá o que pensar.
A expressão “bandido bom é bandido morto” tornou-se uma espécie de síntese do pensamento autoritário brasileiro, criando no imaginário social algo como uma demarcação política entre aqueles que a enunciam e por isso se opõem aos direitos de cidadania e aqueles que a rechaçam e, portanto, se credenciam como defensores dos direitos humanos.
Para além dos meios militantes e acadêmicos, entretanto, convém observar com mais cuidado tal dicotomia, pois nem sempre aquilo que se fala é o que se quer dizer. Por trás da suposta cisão entre o conservadorismo dos que apoiam a frase e do progressismo dos que a recusam, há uma série de matizes que precisam ser tratados com mais atenção. Afinal, é nas dicotomias e simplificações que se escondem as maiores armadilhas.
Quando se trata de observar a cultura política brasileira, uma certa concepção genérica insinua que a maioria da população do País sofre de uma espécie de conservadorismo atávico e permanente. Disso se deduz automaticamente que somos um povo que adere majoritariamente ao justiçamento, ao encarceramento em massa, à pena de morte e a toda sorte de arbítrios.
Se, por um lado, é inegável que a violência é parte constitutiva da nossa sociabilidade, por vezes assumindo a forma de sadismo, de cinismo e de naturalização da tortura e da intolerância, por outro lado, essa mesma violência é observada com ressalvas quando perpetrada pelo Estado, sobretudo entre os grupos mais pobres e as camadas mais vulneráveis das grandes cidades.
Caminhando na contramão daquele senso comum previamente estabelecido, algumas pesquisas mais recentes sobre cultura política têm demonstrado como, principalmente, nas periferias não há uma maioria nem tampouco uma adesão inconteste a tal ideia de que “bandido bom é bandido morto”.
Aliás, o que ocorre é exatamente o contrário. Afrontada pela violência institucional sistemática, pela política de segurança ostensiva e pela polícia militarizada repressiva, essa parcela da população sabe que, via de regra, quando o Estado brasileiro diz “bandido” ele endereça sua ação, principalmente, contra jovens, pobres e negros das periferias, daí a ampla recusa contra a velha expressão autoritária aqui em tela.
Portanto, a negação da expressão se dá menos pela adesão abstrata a valores progressistas e mais pela necessidade concreta de autopreservação da própria vida.
Em suma, a ideia de que “bandido bom é bandido morto” não é um bom termômetro nem para medir o conservadorismo nem para mensurar o progressismo da população. O que se passa por trás dela, entretanto, pode ser algo ainda mais interessante e revelador.
Para parte dos moradores da periferia, ao contrário das interpretações tradicionais, negar que “bandido bom é bandido morto” não é um sinal de progressismo, pois, se o bandido é “bom” ele não morre, ele se safa das perseguições do Estado para continuar em plena atividade, ainda que ela seja ilícita.
De forma análoga, afirmar que “bandido bom é bandido morto” não pode ser tratado imediatamente como um indício de conservadorismo, pois, dessa vez, se o bandido é muito “bondoso” ele deve morrer, mas não por exercer uma atividade ilícita e sim por não dominar as “expertises” da sua função, dentre elas a dureza, a maldade e a capacidade de fuga.
O equívoco das análises convencionais está em pressupor que todos compartilham de um mesmo esquema valorativo em que a ideia de bandido sempre estará associada àquilo que é mau ou ruim. Ora, tal ideia é muito mais um fruto da escala valorativa das classes médias tradicionais e das elites do que propriamente uma ideia universal assimilada pelas classes populares.
Afinal, aqueles a quem o Estado tem tratado sistematicamente, e indevidamente, como bandidos sabem por sua própria experiência que o nome, bandido, nem sempre pode ser associado à coisa, um crime ou um ilícito.
Não é exagerado afirmar que a expressão carrega consigo certos marcadores sociais, e por trás dela se escondem dois problemas estruturais do Brasil: a desigualdade e o racismo. Por definição, bandido é aquele que age fora da lei. Entretanto, quando políticos e empresários cometem crimes, como os de corrupção, o habitual é que se demande a prisão e não a morte.
Para recorrer a um exemplo próximo, muito se ouviu recentemente a palavra de ordem “Cunha na cadeia”, mas soaria estranho se o mote fosse “Cunha morto”. Mesmo se tratando de um notório corrupto, a frase soa agressiva. Essa estranheza e essa agressividade decorrem do fato de que a frase “bandido bom é bandido morto” não traduz uma vontade de justiça, mas sim um desejo de segregação e extermínio que se direciona a certo grupo social de bandidos: aquele composto por pobres, negros e negras.
Enquanto os teóricos atentam para o sujeito da frase, as pessoas comuns observam os adjetivos a ele atribuído: bom e morto. Mais ainda, ao observarem atentamente tais qualificações – de bondade e mortandade –, o que se explicita é uma escala de valores marcada não pelas noções políticas de conservadorismo e de progressismo, mas sim pelas noções econômicas de mérito e eficiência.
O bandido bom é aquele que sobrevive porque, em certa medida, foi capaz de vencer uma competição e teve sucesso em sua atuação; o bandido mau é aquele que sucumbe porque, de certo modo, foi derrotado pela concorrência e não foi capaz de lograr êxito em sua função.
Estamos, portanto, diante de outra gramática social, em que o “ser bom” não é compreendido como princípio ético-moral, mas sim como princípio econômico-mercantil; aqui, o bom não é sinônimo de um ser bondoso, afável e cortês, mas sim de eficiência, eficácia e efetividade.
Uma sociedade que, nos últimos anos, ampliou os mercados de trabalho e consumo sem disputar os sentidos e significados da inclusão e da ascensão social acabou produzindo como efeito colateral um léxico em que a própria palavra valor tem perdido seu efeito civilizatório de valor moral para se reduzir à concepção bárbara de valor mercantil.
Sendo assim, no momento em que essa sociedade experimenta o encolhimento do mercado por conta da crise econômica, é entendível, ainda que não seja aceitável, que ela desnude também todo seu ímpeto de utilitarismo e de darwinismo social.
Pela lógica estritamente liberal, a propósito, a ilegalidade do bandido pouco importa. Afinal, nessa perspectiva, o que é o mercado senão o reino da autorregulação, da mão invisível, da ausência da lei? O dramático, entretanto, é perceber como a conversão da ideologia de mercado em gramática de socialização pode criar uma sociedade perversa, onde, por exemplo, o encarceramento em massa é tratado como problema individual e o assassinato de presos é visto como seleção natural.
É fundamental que se compreenda essa nova gramática social, pois, escondida por trás das tensões entre conservadorismo e progressismo, a lógica da sociabilidade neoliberal avança e se enraíza de forma cada vez mais assustadora, fazendo com que nos pareçamos menos com uma sociedade civil e mais com a barbárie do estado de natureza hobessiano onde o homem é o lobo do homem.
*Willian Nozaki é cientista político, economista e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Fonte: Brasileiros, brasileiros.com.br, 14/02/2017

A reação do Papa ao ser interrompido por um coral infantil

15 fevereiro, 2017

Nas paróquias poderia ser diferente!

Obs.: desconsidere os erros gramaticais, não preocupei com eles neste texto.


Nas paróquias poderia ser diferente!

Partilho uma opinião, um pensamento,..., enfim, o que tenho dificuldade de aceitar.

Diante do que o papa nos ensina e vejo acontecer na sociedade, fica difícil perceber que dentro da igreja, em nossas paróquias muitas dessas coisas que somos contra ao analisar a sociedade e a política pode acontecer ou acontecem.

Escrevo com base em experiências vivida e relatos de pessoas por onde eu ando, em minha arquidiocese e nas arqui/dioceses do Paraná.

Com relação ao Conselho Pastoral Paroquial (CPP).

Em “minha” paróquia e também em outras conforme relatos, a diretoria do CPP não é eleita pelos membros do CPP.

Não vejo como certo.

A diretoria de um conselho tem que ser eleita em uma reunião/assembléia do conselho, entre os membros do conselho, escolhido pelos membros do conselho. Mas na prática não é isso que acontece em muitas das paróquias.

Importante observar que quem já faz parte da diretoria de um conselho não deve assumir a diretoria de outro conselho, principalmente como primeiro e segundo vice-coordenador do CPP.

Conheço paróquia que a pessoa que coordena o Conselho Missionário Paroquial (comipa) é a mesma pessoa que é o primeiro vice-coordenador do CPP.

Uma mesma pessoa à frente de dois conselhos.

Se isso ocorrer na sociedade ou quando acontece chamamos de politicagem.

Nas Arqui/Dioceses que tem atuação profética acompanhando a sociedade e atuando, se o prefeito da cidade, indicar uma mesma pessoa para estar á frente de dois conselhos, o bispo encaminhará as paróquias abaixo assinado pelo FIM DESSA POLITICAGEM.

Entende?

Outro ponto que precisa ser diferente em muitas das paróquias é o papel da diretoria do CPP.

Meu entendimento, a diretoria está ligada à reunião do CPP, ajudar o padre a pensar e montar uma pauta.

A diretoria e o padre não decidem as coisas, quem decide é o CPP.

Por isso importante ao convocar CPP comunicar a pauta. Não tem como ter conhecimento da pauta na hora e já decidir, sendo que, é o CPP quem partilha e decide, assim acredito que deva ser.

Ocorreu experiência da solicitação da pauta do CPP com antecedência e foi rejeitada e criticada pela diretoria do CPP, como se a pauta precisa ser segredo, só pode saber na hora da reunião.

Importante também, CONFORME O ASSUNTO após a partilha no CPP não aprovar nesse dia, levar para a base, ouvir a base para depois reunir o CPP, levando o pensar da base e ai sim, decidir e aprovar.

Conforme o assunto discutido no CPP, se precisar de encaminhamentos, por exemplo, um estudo, um contato com outros órgãos para os procedimentos, formar comissão para o assunto, não centralizar na diretoria e sim formar comissão.

Vejo como importante,

O Padre precisa confiar e dialogar com a pessoa da/o coordenadora/or de cada CEBs (comunidades, setores, capelas) e também das pastorais e movimentos.

É negativo, desmotiva e não correto quando o padre se fecha só com diretoria de conselhos. Só com esse grupo que discute e partilha como "só eles" são confiáveis.
Isso gera centralização e dominação.

Para pensar as CEBs (comunidades, setores, capelas), é preciso o padre sentar e conversar com a coordenação das CEBs que é formada pela pessoa da/o coord. e vices de cada CEBs e a pessoa da/o coordenadora/or e vice das CEBs paroquial.

Para pensar as pastorais e movimentos é preciso o padre sentar e conversar com as coordenações.

Nessas conversas saíra pauta para o CPP que o padre poderá estar levando quando sentar com a diretoria do CPP para montar a pauta do CPP.

O Padre é membro do CPC da CEB, sua presença nos CPCs é bem vinda, não podendo participar, confiar à pessoa da/do coordenadora/or de cada CEBs e depois para interagir com a caminhada pode ser via conversa com a coordenadora/or da CEB que realizou o CPC. 

Não delegar a diretoria do CPP para ser o intermediador, isso gera dominação e centralização na diretoria e desvaloriza e impede o crescimento da/o coord. das CEBs, pastorais e movimentos e gera uma dependência.

As CEBs precisam de liberdade, autonomia para evangelizar, partilhar e dinamizar a caminhada.

Lembrando, que a pessoa de cada coordenadora/or de cada CEBs é membro do CPP.

Não é aceitável a justificativa que o padre precisa confiar em alguém, então centraliza na diretoria do CPP por que confia nela.
Isso gera dominação e centralização.
É errado.
Isso é o que acontece na sociedade e tanto o papa critica e infelizmente como isso acontece dentro da igreja.

O padre precisa confiar nas lideranças, ouvir, partilhar e não centralizar e dar poder que não deve existir somente a diretoria.

Assim penso.


Esclarecimento:

No decorrer do texto, o CPP foi apresentado como aquele que aprova.


Conforme o Código de Direito Canônico o CPP tem apenas voto consultivo.

Na prática nas paróquias não é bem assim, graças ao nosso Deus.

 É preciso discutir e avaliar a interpretação de "consultivo", apresentado pelo Código. Natureza teológica, habilitação dos fiéis em razão dos sacramentos do batismo e da confirmação.

A Palavra de Deus tem que ser levada com coragem, humildade e oração!

“A Palavra de Deus não pode ser levada como uma proposta – “bom, se você gostar...” – ou como uma ideia filosófica ou moral, boa – “você pode viver assim …” … Não. É outra coisa. Precisa ser proposta com esta franqueza, com aquela força, para que a Palavra penetre, como diz o próprio Paulo, até os ossos. A Palavra de Deus deve ser anunciada com esta franqueza, com esta força … com coragem. A pessoa que não tem coragem – coragem espiritual, coragem no coração, que não está apaixonada por Jesus, e dali vem a coragem! – não, dirá, sim, algo de interessante, algo moral, algo que fará bem, um bem filantrópico, mas não tem a Palavra de Deus. E esta palavra é incapaz de formar o povo de Deus. Somente a Palavra de Deus proclamada com esta franqueza, com esta coragem, é capaz de formar o povo de Deus”.

“A Palavra de Deus deve ser proclamada com oração também, sempre. Sem oração, se pode fazer uma bela conferência, uma bela palestra: boa, boa; mas não é a Palavra de Deus. Somente de um coração em oração pode sair a Palavra de Deus. A oração, para que o Senhor acompanhe este ‘semear’ a Palavra, para que o Senhor regue a semente e ela brote, a Palavra. A Palavra de Deus deve ser proclamada com oração: a oração daquilo que anuncia a palavra de Deus”.

“O verdadeiro pregador é o que sabe ser fraco, sabe que não se pode defender sozinho. ‘Tu vais como cordeiro em meio aos lobos’. ‘Mas, Senhor, para que eles me comam?’. ‘Tu, vais, é este o caminho’. E creio que o Crisóstomo faz uma reflexão muito profunda quando diz: “Se tu não for como cordeiro, mas como lobo entre os lobos, o Senhor não te protegerá: defende-te sozinho”. Quando o pregador se acha muito inteligente ou quando quem tem responsabilidade de levar adiante a Palavra de Deus e quer dar uma de esperto... ‘Ah, eu sei me sair com esta gente!’, ele termina mal. Negociará com a Palavra de Deus: aos poderosos, aos soberbos...”.

“Esta é a missionariedade da Igreja; e os grandes arautos, “que semearam e ajudaram a crescer as Igrejas no mundo, foram homens corajosos, de oração e humildes”.


Papa Francisco

As CEBs tem respostas para o mundo urbanizado!

 As CEBs tem respostas para o mundo urbanizado!

As CEBs é o caminho certo, tem resposta para o mundo urbanizado. Para uma evangelização no mundo urbanizado.

Qual é a reposta?

Sei que as CEBs é o caminho certo e tem  a resposta, o que precisa é descobrir a resposta.

Um dos desafios para obter a resposta esta na pergunta:

Queremos acolher a resposta que as CEBs tem para o mundo urbanizado?

Caminhos as CEBs já nos fez e faz conhecer.

Um dos caminhos é fazer-se próximo.

Fazer-se próximo para inserir na realidade da outra e do outro, para acolher, abrir os olhos, ouvir, envolver, achar caminhos e respostas, amar, anunciando Jesus e assim fazer caminhos proféticos para uma igreja em missão, para chegar até às estruturas que precisam ser transformadas e/ou derrubadas.

Obstáculos:
Existem muitos.
Mas todos os obstáculos podem ser superados.

Um dos grandes obstáculos é que nossas paróquias dizem estarem descentralizadas porque geograficamente organizaram-se em CEBs (setores, comunidades, capelas), mas na verdade não é bem assim.

Muitas das CEBs em nossas paróquias “vivem em função” de manter (trabalhar) para a manutenção da paróquia.

Penso que deveria ser o inverso, a paróquia “viver em função de suas CEBs”, aí sim acontecerá descentralização.

Para entender:

O mundo em que vivemos é uma casa comum, mas vamos pensar cada CEB da paróquia como uma casa comum.

A responsabilidade da paróquia é cuidar da casa comum, sendo as CEBs a casa comum a paróquia que precisa “viver em função” das CEBs.

Porque que a CEBs são a casa comum, porque é nelas que encontram toda a Criação Divina.

Como a CEB “A” é uma casa comum, ela deve estar a serviço dela, de cuidados com a casa comum.

A prioridade da CEB “A” é ela mesma. Evangelizar e cuidar de toda Criação Divina que a ela pertence.

Essa CEB “A” deve fazer acontecer sociedade do “bem viver. Uma vivência comunitária sem diferença de poder, coletiva, integra, universal e aberta.

E reconstruir duas alianças:
- A aliança que Deus fez com Noé
- A aliança que Deus fez com Abraão

Reconstruir a aliança que Deus fez com Noé, uma aliança de cuidado ecológico, cuidado para com toda a criação. Para superar o dilúvio, Noé vive a plena comunhão. E reconstruir a aliança de fé que Deus fez com Abraão.

As CEBs é o caminho certo, tem resposta para o mundo urbanizado. Para uma evangelização no mundo urbanizado.


ENCONTRO DE COORDENAÇÃO DE CEBs - REGIONAL NORDESTE I - CE

ENCONTRO DE COORDENAÇÃO DE CEBs
REGIONAL NORDESTE I - CE

FEVEREIRO 2017 PAUTA E HORÁRIO

Pauta sugestiva que antecede o encontro – sujeito a alteração

DIA 17 – SEXTA FEIRA:

Durante dia chegada – Carro aguardando às 16H na rodoviária grande (Eng. João Thomé) Resp. Bete.
Na rodoviária de Messejana – custo de táxi: +- 10,00R$ - no endereço apresentado.
18:00h. Jantar
19:00h. Acolhida, celebração de abertura – Arq. Fortaleza
19:30h. Apresentação dos participantes, apresentação da Pauta, divisão das tarefas e leitura da Carta de Princípios das CEBs Regional – Batista de Crato
·         Indicação secretaria do encontro
·         Indicação para composição da carta do encontro
·         Fotos e comunicação
·         Mensagem do bispo referencial Dom Gilberto Pastana


21:30h. Encerramento da noite

DIA18 – SÁBADO

07:00h.  Oração / quem?
07:30h.  Café da manhã;
08:00h. REPASSE DA AMPLIADA NACIONAL DE CEBs – LONDRINA / JANEIRO 2017
Material e fichas
(cartaz, oração, jornais, cartilha? Dia “D” 14 de cada mês, ficha, outros).

08:40. JUVENTUDES – (ouvindo)
09:10. Thiago Valentim – (assessoria sobre sustentabilidade)
10:00h. Lanche
10:20h. Ouvindo as dioceses (missão e sustentabilidade) – ver tempo por diocese e continuidade na parte da tarde.
12:00h. Almoço
13:30h. Animação

14:00h. Encontro por blocos. Nos blocos pautar e encaminhar os seguintes assuntos:
1.      Como estão os encaminhados para os seminários em bloco?
2.      Juventude (sugestão para o encontro)
3.      Assembleia de setembro (como melhor prepara-la / eleição da coordenação e assessores.
4.      Semana das Comunidades – CF 2017 e outros...

15:30h. Lanche
15:45h. PLENÁRIA
17:00h. Prestação de Contas Regional – Batista
17:30h. Intervalo – banho
18:00h. Jantar
19:30h. Noite cultural
22:30h. Repouso

DIA 19 – DOMINGO

06:30h. Missa? Oração? Quem?
07:30h. Café
8:00h. DEFINIÇÃO DOS ENCAMINHAMENTOS DO ENCONTRO PARA 2017
Organizar a viagem para Londrina em 2018 – definição e datas estabelecidas.
09:00h.- Comunicações
              - Avaliação do encontro
             - Celebração de encerramento
12:00h. Almoço e despedida

1.      Encontro de assessores Iser.
2.      Encontro de comunicadores das CEBs – Nordestão.
3.      Encontro da Juventude?
4.      Semana das comunidades?
5.      ENCAMINHAMENTO PARA O INTERECLESIAL – PASSAGENS

6.      Ficha de inscrição – já disponível

14 fevereiro, 2017

Para refletir!

"Que o senhor nos ajude a repetir esta sua palavra: ‘Onde está o teu irmão?’, nos ajude a pensar naqueles que “destruímos com a língua” e “a todos os que no mundo são tratados como coisas e não como irmãos, porque é mais importante um pedaço de terra do que o elo da fraternidade”.

Papa Francisco

"Texto Base CF/2017 em fotos"