22 junho, 2017

Peregrinação do Ícones do 14° Intereclesial das CEBs Nacional - Região Pastoral Paranacity

Na terça-feira, dia 20 foi à vez da Região Pastoral Paranacity acolher os ícones do 14° Intereclesial das CEBs Nacional.

Como foram nas outras regiões pastorais, momento lindo.

“Eu vi..., eu ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7) é assim que constrói a fé do povo de Israel.

A fé nos ensina que Deus vive na cidade, em meio a suas alegrias, desejos e esperanças, como também em meio a suas dores e sofrimentos, Doc. Aparecida, 514.


A história dos 71 imigrantes asfixiados em caminhão na Hungria!

Caminhão onde os imigrantes foram encontrados: morte foi, segundo autópsia, agonizante



'Se morrerem, largue-os na floresta': a história dos 71 imigrantes asfixiados em caminhão na Hungria

"Continue a dirigir. E, se eles morrerem, largue-os na floresta." Essa foi a ordem recebida pelo motorista do caminhão frigorífico onde 71 imigrantes morreram asfixiados enquanto eram transportados ilegalmente - e sem ventilação - por uma rodovia entre a Hungria e a Áustria.

A reportagem é publicada por BBC Brasil, 21-06-2017.

Os mortos eram 59 homens, oito mulheres e quatro crianças vindos de Iraque, Síria e Afeganistão. Haviam embarcado no caminhão na fronteira entre Sérvia e Hungria. Pouco depois de partirem, rumo à Alemanha, começaram a gritar que estavam ficando sem ar.

O motorista então ligou para seu chefe, o traficante humano identificado como Samsoor L., que o orientou a seguir dirigindo, não abrir a porta do caminhão sob nenhuma circunstância e - o que causou mais comoção - a abandonar eventuais mortos em uma área florestal alemã.

Transcrições dessas conversas telefônicas foram reveladas pela imprensa alemã no momento em que o afegão Samsoor L. e outras 11 pessoas de nacionalidades búlgara e libanesa começaram a ser julgados, nesta quarta-feira, acusados de homicídio, tráfico humano e tortura.

Se condenados, podem pegar a prisão perpétua.

Os 71 imigrantes já estavam mortos quando o caminhão frigorífico foi encontrado abandonado à beira da estrada na Áustria, em 27 de agosto de 2015.

Autópsias determinaram que as pessoas lá dentro morreram "asfixiadas em condições horríveis".

Tráfico humano

A quadrilha de traficantes humanos é acusada de ter transportado mais de 1,1 mil pessoas pelo Leste Europeu durante o pico da crise migratória, dois anos atrás.

Acredita-se que Samsoor L., de 30 anos, cobrasse até 1,5 mil euros (R$ 5,5 mil) de cada migrante desesperado para entrar na Europa, fugindo de países em guerra.

Segundo os documentos apresentados pelos promotores do caso na Justiça húngara obtidos pela agência de notícias AFP, sua rede muitas vezes carregava os migrantes em caminhões "escuros, fechados e não ventilados" que, apesar de suas "condições torturantes", despertavam menos atenção das autoridades.

A Promotoria também compilou 59 mil páginas de evidências em que detalha o descobrimento do caminhão abandonado na rodovia austríaca A4, perto da fronteira com a Hungria.

Policiais notaram que um líquido vazava de dentro do veículo - eram fluidos dos corpos, que já estavam em decomposição.

Lá dentro, as autoridades encontraram dezenas de pessoas amontoadas - inclusive um bebê de menos de um ano - em um espaço de 14 metros quadrados.

Acredita-se que já estavam mortas havia dois dias, quando o caminhão ainda estava em território húngaro (motivo pelo qual os acusados estão sendo julgados ali).

Com exceção de uma pessoa, os 71 imigrantes asfixiados foram identificados. A maioria dos corpos foi repatriada a seus países de origem; uma dezena deles acabou sendo enterrada em um cemitério muçulmano em Viena.

Política europeia

A comoção gerada pelo caso repercutiu na política europeia: em agosto de 2015, as fronteiras entre países do Leste Europeu foram abertas para permitir a passagem das dezenas de milhares de imigrantes que tentavam ir da Hungria para a Alemanha, fugindo da guerra e da pobreza em países do Oriente Médio e norte da África.

Mas essa rota acabou sendo fechada pelas autoridades europeias no ano seguinte, à medida que a causa perdeu apoio de parte da opinião pública.

Atualmente, muitos migrantes continuam a correr riscos nas mãos de traficantes na Europa Oriental ou nas perigosas travessias pelo mar Mediterrâneo.

No dia seguinte à descoberta dos 71 corpos no caminhão, acredita-se que a mesma quadrilha de Samsoor L. tivesse lotado outro veículo refrigerado com mais 67 imigrantes, também em rodovias austríacas.

O desfecho só foi diferente porque os passageiros conseguiram abrir a porta do caminhão à força, evitando a morte por asfixia.




UNESCO adverte para o risco de aumento dos refugiados ambientais devido às mudanças climáticas e à desertificação.



Em mensagem para o Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca, lembrado em 17 de junho, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, lembrou que é cada vez mais claro o papel da mudança climática na migração e no deslocamento de populações em todo o mundo.

A reportagem é publicada por ONU Brasil, 21-06-2017.

“Na atualidade, quantidades enormes de ‘refugiados ambientais’ são normalmente apresentadas como uma das mais dramáticas consequências possíveis da mudança climática e da desertificação”, disse. “E isso só deve aumentar”, completou.

O Secretariado da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação adverte que, até 2030, 135 milhões de pessoas estarão em risco de deslocamento por causa da desertificação, com a perspectiva de que 60 milhões migrem da África Subsaariana para o Norte da África e para a Europa.

As previsões mostram que as regiões áridas e semiáridas seriam as mais afetadas pela desertificação e pelos movimentos populacionais. Populações rurais, que dependem de meios de subsistência pastoris, da agricultura e de recursos naturais, estarão altamente expostas devido às vulnerabilidades existentes, incluindo pobreza, baixos níveis de educação, falta de investimentos, longas distâncias e isolamento.

“Devemos enfrentar essas tendências, o que significa atuar em dois âmbitos”, disse Bokova. “Em primeiro lugar, devemos administrar a terra corretamente, porque isso é essencial para prevenir sua desertificação e para manter sua produtividade”, disse.

A Reserva da Biosfera da UNESCO de Las Bardenas Reales, na Espanha, mostra que uma gestão consciente de terras áridas, com base na alternância de seu uso entre pastagens, lavouras, permite não apenas a interrupção da desertificação, mas também a possibilidade de se reverter o processo e restaurar terras anteriormente degradadas, lembrou a diretora-geral da UNESCO.

Ela citou o Programa Hidrológico Internacional (PHI) da UNESCO, comprometido com o desenvolvimento de habilidades e com o oferecimento de orientação e ferramentas políticas para combater desafios relacionados às secas e à desertificação, em particular os relativos à gestão dos recursos hídricos, por meio da Rede Mundial de Informação sobre os Recursos Hídricos e o Desenvolvimento nas Zonas Áridas (G-WADI).

“Em segundo lugar, devemos reforçar a resiliência das populações vulneráveis, apoiando meios de subsistência alternativos, para quebrar o círculo vicioso da desertificação e suas consequências socioeconômicas, as quais frequentemente ocasionam a migração”, declarou.

Ao procurar fomentar a educação e o desenvolvimento de habilidades nas áreas de ciência, tecnologia e engenharia, tanto para meninas como para meninos que vivem em países vulneráveis, o Programa Internacional de Ciências Fundamentais (PICF) da UNESCO trabalha para criar novas oportunidades de emprego para os jovens, para reduzir a dependência em fontes de renda condicionadas pelo clima e para oferecer às pessoas um futuro resiliente em seus próprios lares.

“Neste dia, nós devemos reconhecer que a desertificação é um fenômeno mundial e uma ameaça para todas as pessoas. Da mesma forma, devemos começar a agir globalmente para construir um futuro sustentável e estável para todos”, concluiu.

Fonte: IHU