21 maio, 2018

Na alegria de ser sua madrinha lhe dou o livro “Alice no País das Maravilhas

Na foto a minha direita minha sobrinha e afilhada de Batismo Paula
 a esquerda a Karla sobrinha e afilhada da Crisma


Minha querida afilhada Karla Heloisa Costa Bueno

Na alegria de ter sido escolhida por você para ser sua madrinha do Sacramento da Crisma, lhe dei o livro “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll e a crônica “Para Maria das Graças” de Paulo Mendes Campos.

Por que lhe dei o livro “Alice no País das Maravilhas”, para usá-lo como um manual de sobrevivência para esse mundo lindo e maluco que vivemos.

A história é amalucada, mas nosso dia a dia muitas vezes também pode ser louco, não é mesmo?

Karla Heloisa, o segredo do bem viver está em encontrar um sentido para a vida, para não corrermos o risco de ficarmos malucas/os.

Paulo Mendes Campos lembra a Maria da Graça que haverá momentos em que nos sentimos tão pequenos que podemos tomar camundongos por rinocerontes, como fez Alice quando diminuiu de tamanho e ficou pequenina como um inseto.

Sabe minha querida Karla Heloisa, podemos passar por momentos nos sentindo tão diminuídos que exageramos os nossos problemas. Tu já deve ter ouvido “tempestade em copo d’água”. Mas pode acontecer.

Ao ler a crônica, tu verás que para o cronista, os instantes em que nos apequenamos e aumentamos o real tamanho das dificuldades, ocorrem quando nos sentimos tristes e deprimidos. Campos alerta que temos de ficar muito atentos se isso ocorrer. É quando podemos nos afogar em nossas próprias lágrimas – do mesmo modo que quase acontece com Alice, quando ela diminui de tamanho e tem de atravessar a nado o lago de lágrimas que a própria personagem havia chorado enquanto estava gigante.

Más é preciso nos vigiar sempre, tomo a liberdade de avançar na metáfora de Campos, para dizer que precisamos nos atentar aos momentos em que nos sentimos grandes, mais fortes que os outros, mais importantes, autossuficientes – como se tivéssemos comido o mesmo bolo que torna Alice uma gigante, isso não é bom, nada bom.

Lembre sempre como uma lição para sua vida, Alice, após cair na toca do coelho, teve de sorver a bebida que a torna nanica para passar pelo pequeno portão de entrada do País das Maravilhas. Nós, às vezes, também precisamos descer do pedestal que nos coloca acima das pessoas e sermos humildes para poder abrir a porta do mundo de nossos sonhos. Isso é lindo.

O livro “Alice no País das Maravilhas” vem como uma auto-ajuda talvez, aliviando a visão sobre o mundo, e os que nos cerca no entendimento sobre a vida vivida por um personagem.

Karla Heloisa, às vezes é preciso não levar a vida tão a sério. Alice no país das Maravilhas apresenta momentos mágicos, e no mundo real você Karla Heloisa pode encontrar formas também para escapar, ou resolver algo que lhe tire as dúvidas, que lhe mostre um caminho.

Veja só, a lição que nos da o ratinho quando conta sobre sua trajetória, de que todos nós temos problemas, que daria para escrever um livro, com tanta coisa que nos acontece, momentos tristes e alegres.

O texto mexe muito com relação o que apreendemos no dia a dia, coisas inexplicáveis, são sensações de momentos aprendidos, do que a vida é capaz de mostramos em simples gestos.

Parece loucura Karla Heloisa, somos como uma máquina complicada que produz durante a vida toda uma quantidade imensa de camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem-disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nosso domínio disfarçado de camundongo. Sabe qual é o grande desafio, minha afilhada, é nunca perder o bom humor.

Sabe minha afilhada, às vezes podemos nos abandonar de tal forma ao sofrimento, com tal complacência, que podemos ter medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um largo, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas".

A verdade Karla Heloisa, é que somos camundongos pequenos e ao mesmo tempo grandes, conforme enxergamos a vida.

Espero que leia à crônica “Para Maria das Graças” de Paulo Mendes Campos, depois de ter lido a crônica leia o livro “Alice no País das Maravilhas”, que iluminado pelo Espírito Santo, lhe servirá como orientação para sua vida.

E não esqueça, não sou apenas sua tia e madrinha, sou sua amiga, talvez tu nem saiba, mas sua verdadeira amiga.
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A celebração do Sacramento foi no dia 18 de maio de 2018, na Paróquia São Mateus Apóstolo de Maringá.

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