31 dezembro, 2018

Exptessiva celebração

Hoje na Capela São Paulo, Paroquia São Mateus Apóstolo,  na expressiva celebração da Oitava do Natal: Solenidade da Santa Mãe de Deus, enriquecida pela homilia do pe. Genivaldo Ubinge, minha sobrinha e afilhada Paula Barbuzano Bueno participou no momento bonito em uma mensagem de Paz para 2019.


Um 2019 de muita Paz a todas e todos visitantes do blog!


Denúncias de abuso sexual e oposição interna marcam o ano mais difícil do papa Francisco


Papa enfrentou o período mais difícil de seu pontificado, afirmam especialistas.

Defesa do meio ambiente e crítica às armas também fizeram o pontífice ser alvo Foto: EFE



ROMA - Não está sendo nada fácil para Jorge Bergoglio ser o papa Francisco. O argentino que conquistou o mundo com seu carisma e seu jeito pastoral de acolhimento enfrentou, em 2018, o ano mais complicado do pontificado. No centro estão as denúncias de abusos sexuais na Igreja Católica - sobretudo nos casos ocorridos no Chile e nos Estados Unidos - e a forte oposição de setores do cardinalato.

“Essa oposição, que existe em alguns setores, vem crescendo desde a eleição do Santo Padre. Foi aprofundada com a publicação de Amoris Laetitia (exortação apostólica de Francisco, de 2016) e, mais recentemente, com os escândalos de abuso sexual”, comenta o padre jesuíta americano James Martin, consultor do Vaticano. “As mesmas pessoas que estavam contra o papa no começo agora o criticam pela forma como ele lida com a crise dos abusos. Desnecessário dizer que essa crise é um enorme problema, o maior da Igreja, mas alguns desses clérigos estão a usá-la de maneira conveniente para atacá-lo.”

Martin concorda que este foi o ano mais difícil do pontificado de Francisco. “Os abusos sexuais são o maior problema enfrentado pela Igreja e este ano tem sido o pior para a Igreja desde pelo menos 2002. Portanto, a pressão sobre Francisco tem sido extraordinária”, comenta.

A suposta maré conservadora, na verdade, tem favorecido

Francisco, pois muitos setores sociais no mundo inteiro se voltam para ele como uma liderança moral e até política alternativa

Francisco Borba Ribeiro Neto, Professor da PUC-SP

O vaticanista brasileiro Filipe Domingues, pesquisador da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, destaca que há dois grupos claros de oposição a Francisco: o primeiro, mais progressista e liberal nas questões morais, que já era contrário aos papas anteriores; o segundo, mais conservador, “que foi se organizando ao longo dos anos”.

“A reação foi se fortalecendo com algumas mudanças de discursos, por exemplo, quando o papa disse ‘quem sou eu para julgar?’, quando lhe perguntaram sobre a questão homossexual. Ou mesmo essa visão mais pastoral de aceitar, em alguns casos, que divorciados em segunda união possam receber sacramentos”, disse Domingues.

O papa também criou resistências ao assumir uma postura de defesa do meio ambiente e em discursar fortemente contra as armas. “Ele mexe com uma elite conservadora do mundo, com uma direita política conservadora, sobretudo nos Estados Unidos”, afirmou o vaticanista brasileiro.

Um dos momentos críticos deste 2018 foi quando, em agosto, o arcebispo de Ulpiana (Kosovo), Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos EUA, pediu que Francisco renunciasse. Em carta, Viganò afirmou que havia avisado o papa dos problemas de abusos sexuais nos Estados Unidos desde 2013.

Escândalos de abuso sexual.

Para o sociólogo e biólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, professor e coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), dois fatores aumentaram a oposição a Francisco: a reação conservadora à Amoris Laetitia e o impacto de escândalos de abuso sexual de crianças. “Isso gerou reação da oposição laicista na sociedade, que sempre ficou muito incomodada com a liderança mundial de Francisco”, comenta. “Nesses casos de pedofilia, o papa foi envolvido pela situação, no sentido que houve má administração local dos problemas e o Vaticano foi comprometido por ter confiado nas autoridades regionais.”

Outro ponto analisado pelos especialistas é que Francisco, apesar de ser o líder de uma instituição essencialmente conservadora, é uma progressista voz mundial em meio à ascensão de líderes reacionários, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o recém-eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

“Papa Francisco é hoje a única autoridade moral internacional. A única pessoa que é uma referência moral para o mundo inteiro”, define Domingues. “Não sobrou ninguém que seja assim - tinha o Nelson Mandela, a Madre Teresa de Calcutá e outros líderes históricos que eram autoridades morais, que as pessoas paravam para ouvir.”

Afeto, sentido na pele

São quase 18 horas de domingo na Avenida Paulista. Bem no fim da via, fica a Igreja de São Luiz Gonzaga e bastam alguns minutos à porta para ver que boa parte do público que vai assistir à homilia é o mesmo que andava pelo entorno.

“Curto a vida cultural, deixo as crianças gastarem energia e venho abastecer o espírito”, conta o economista Pedro Araújo, de 41 anos, com os filhos de 8 e 11 anos. A missa entrou na programação no último ano. “Nasci, cresci e me casei na Igreja, mas parei de frequentar após o divórcio. Agora voltei porque tenho me sentido acolhido.”

Ao ser perguntado sobre o motivo do acolhimento, Araújo não titubeia: “O papa prega isso o tempo inteiro. Ele quer que todos sejam incluídos. E aqui, nesta paróquia, é o que sinto. Pode entrar todo mundo: cabeludo, tatuado, divorciado, homossexual”.

A menos de 5 km, no Jardim Paulista, zona oeste, a pedagoga Maria de Lourdes, que frequenta a Paróquia São Gabriel Arcanjo, conta que se surpreendeu outro dia ao ver moradores de rua participando da missa e até comungando. “Ninguém se escandalizou. Pelo contrário: elogiaram.”/Colaborou Ocimara Balmant*

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Edison Veiga*, *Especial para O Estado
31 Dezembro 2018 | 03h00


Os cinco melhores exercícios físicos segundo Harvard (e nenhum deles é correr)


Eis as atividades mais benéficas para a saúde em curto e longo prazos de acordo com I-Min Lee, professora de Medicina de Harvard


Por Mayte Martínez Guerreiro – El País  



Se você acha que correr uma maratona é a maneira mais simples de ficar sempre em forma, está enganado. Pelo menos é o que dizem os estudiosos de Harvard, segundo os quais, para perder peso, aumentar a massa muscular, proteger o coração e o cérebro e fortalecer os ossos, há atividades físicas melhores do que essa. I-Min Lee, professora de Medicina e Epidemiologia da Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), afirma que correr longas distâncias não faz bem para as articulações nem para o sistema digestivo. Sua proposta de atividades esportivas inclui outros cinco exercícios que trazem benefícios que vão desde a perda de peso até o ganho de músculos, proteção do coração e fortalecimento dos ossos.

1. Tai chi
Uma arte marcial chinesa que combina uma série de movimentos delicados e fluidos para criar uma espécie de meditação em movimento. O exercício é praticado lenta e suavemente com um alto grau de concentração e dá especial atenção para a respiração em profundidade. Como são os praticantes que definem o seu próprio ritmo, ele é acessível para uma variedade muito ampla de pessoas, independentemente da idade ou da condição física. “É especialmente bom para os mais velhos, pois o equilíbrio é um componente importante da condição física e algo que perdermos com o avançar da idade”, diz Lee. Para Marta Rosado, com efeito, ele “melhora o equilíbrio, a coordenação e a flexibilidade. Previne o surgimento de dores lombares e problemas na coluna vertebral. A prendemos a respirar e a canalizar nossa energia. Melhora o sono e relaxa física e mentalmente. Qualquer um pode realizá-lo, pois ele não provoca nenhum tipo de impacto. Eu o recomendaria sobretudo a partir dos 50 anos”.

2. Caminhar
Vários estudos sugerem que caminhar durante pelo menos 30 minutos, mesmo sendo em ritmo moderado ou pausado, pode trazer benefícios para a mente e para o corpo. Em pessoas com depressão severa, esse exercício pode contribuir para uma redução clinicamente importante e estatisticamente significativa da mesma. ”É uma atividade que melhora o sistema cardiovascular, pode ajudar a fortalecer a parte inferior do corpo nas pessoas mais velhas e naquelas que têm pouca condição física”, afirma Ángel Merchán. “Diminui os níveis de colesterol, é essencial para diabéticos, reforça o sistema imunológico, melhora a circulação e oxigena o corpo”, diz a personal trainer Marta Rosado, para quem essa atividade não constitui, porém de um “treinamento”.

3. Exercícios de Kegel
Importantes para homens e mulheres, eles ajudam a fortalecer a região pélvica. À medida que envelhecemos, essa região, que inclui o útero, a bexiga, o intestino delgado e o reto, se fragiliza. Manter esse conjunto com resistência traz benefícios como o de evitar vazamentos da bexiga. A forma correta de fazê-los, segundo Harvard, é comprimir os músculos usados para segurar a urina ou os gases durante dois ou três segundos, soltar e repetir 10 vezes –e isso, de quatro a cinco vezes por dia. Marta Rosado alerta, porém, para o fato de que “a realização de uma quantidade excessiva desses exercícios pode levar a um enfraquecimento dos músculos da região pélvica e provocar uma nova redução da capacidade de controlar a bexiga”.

4. Natação
Trata-se do “exercício perfeito”, segundo os autores do boletim de saúde de Harvard Healthbeat. Além de trabalhar quase todos os músculos do corpo, a natação eleva a frequência cardíaca e pode melhorar a saúde do coração e proteger o cérebro da deterioração relacionada à idade. Nadar regularmente entre 30 e 45 minutos é um exercício aeróbico que ajuda a combater a depressão, a elevar o estado de ânimo e a diminuir o estresse, entre outros benefícios. “Nada é bom para pessoas com atrite”, afirma Lee no boletim. Embora o considere bastante completo, Ángel Merchán, diretor da empresa de treinamento pessoal Homewellness, não acredita na existência de um “treinamento perfeito baseado em apenas uma modalidade. É preciso uma abordagem incluindo diversas práticas. Os impactos e as cargas são também necessários, por exemplo, para a prevenção da osteoporose e para o estímulo dos tendões. A natação deve ser combinada com um trabalho de força –com pesos, por exemplo—e de impacto (corrida, por exemplo), adaptados para cada pessoa”.

5. Treinamento de força
Requer o uso do peso para criar resistência contra a gravidade. Pode ser o próprio corpo, pesos com ou sem alça, tiras elásticas… Para Ángel Merchán, trata-se de um exercício “fundamental em qualquer tipo de treinamento. Melhora a força muscular, previne lesões, ativa o metabolismo. Todo mundo pode e deve fazê-lo, obviamente de forma adaptada caso a caso: na terceira idade, ele ajuda no combate a vários problemas comuns, como dores nas costas e nos joelhos, osteoporose e sobrepeso”. Marta Rosado concorda. “É essencial para manter o peso que se perdeu. Protege ossos e músculos, melhora a mecânica do corpo e nos torna mais conscientes de cada movimento. Aumenta os níveis de energia e melhora o estado de ânimo”.

Sem educação, os homens ‘vão matar-se uns aos outros’, diz neurocientista António Damásio

O neurocientista António Damásio advertiu que é necessário “educar massivamente as pessoas para que aceitem os outros”, porque “se não houver educação massiva, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”.  


Por Revista Prosa Verso e Arte 

O neurocientista português falou no lançamento do seu novo livro A Estranha Ordem das Coisas, na Escola Secundária António Damásio, em Lisboa, onde ele defendeu perante um auditório cheio que é preciso educarmo-nos para contrariar os nossos instintos mais básicos, que nos impelem a pensar primeiro na nossa sobrevivência.

“O que eu quero é proteger-me a mim, aos meus e à minha família. E os outros que se tramem. […] É preciso suplantar uma biologia muito forte”, disse o neurocientista, associando este comportamento a situações como as que têm levado a um discurso anti-imigração e à ascensão de partidos neonazis de nacionalismo xenófobo, como os casos recentes da Alemanha e da Áustria. Para António Damásio, a forma de combater estes fenômenos “é educar maciçamente as pessoas para que aceitem os outros”.

Em ” A Estranha Ordem das Coisas”(editora: Temas e Debates), Damásio volta a falar da importância dos sentimentos, como a dor, o sofrimento ou o prazer antecipado.

“Este livro é uma continuação de O Erro de Descartes, 22 anos mais tarde. Em ‘O Erro de Descartes’ havia uma série de direções que apontavam para este novo livro, mas não tinha dados para o suportar”, explicou António Damásio, referindo-se ao famoso livro que, nos finais da década de 90, veio demonstrar como a ausência de emoções pode prejudicar a racionalidade.

O autor referiu que aquilo que fomos sentindo ao longo de séculos fez de nós o que somos hoje, ou seja, os sentimentos definiram a nossa cultura. António Damásio disse que o que distingue os seres humanos dos restantes animais é a cultura: “Depois da linguagem verbal, há qualquer coisa muito maior que é a grande epopeia cultural que estamos a construir há cem mil anos.”

O neurocientista acredita que o sentimento – que trata como “o elefante que está no meio da sala e de quem ninguém fala” – tem um papel único no aparecimento das culturas. “Os grande motivadores das culturas atuais foram as condições que levaram à dor e ao sofrimento, que levaram as pessoas a ter que fazer alguma coisa que cancelasse a dor e o sofrimento”, acrescentou António Damásio.

“Os sentimentos, aquilo que sentimos, são o resultado de ver uma pessoa que se ama, ou ouvir uma peça musical ou ter um magnífico repasto num restaurante. Todas essas coisas nos provocam emoções e sentimentos. Essa vida emocional e sentimental que temos como pano de fundo da nossa vida são as provocadoras da nossa cultura.”

No livro o autor desce ao nível da célula para explicar que até os microrganismos mais básicos se organizam para sobreviverem. Perante uma plateia com centenas de alunos, o investigador lembrou que as bactérias não têm sistema nervoso nem mente mas “sabem que uma outra bactéria é prima, irmã ou que não faz parte da família”.

Perante uma ameaça, como um antibiótico, “as bactérias têm de trabalhar solidariamente”, explicou, acrescentando que, se a maioria das bactérias trabalha em prol do mesmo fim, também há bactérias que não trabalham. “Quando as bactérias (trabalhadoras) se apercebem que há bactérias vira-casaca, viram-lhes as costas”, concluiu o neurocientista, sublinhando que estas reações são ao nível de algo que possui “uma só célula, não tem mente e não tem uma intenção”, ou seja, “nada disto tem a ver com consciência”.

E é perante esta evidência que o investigador conclui que “há uma coleção de comportamentos – de conflito ou de cooperação – que é a base fundamental e estrutural de vida”.

Durante o lançamento do livro, o investigador usou o exemplo da Catalunha para criticar quem defende que o problema é uma abordagem emocional e não racional: “O problema é ter mais emoções negativas do que positivas, não é ter emoções.”

“O centro do livro está nos afetos. A inteira realidade dos sentimentos e a ciência dos sentimentos e do que está por baixo dos sentimentos. O sentimento é a personagem central. É também central uma coisa que me preocupa muito, o presente estado da cultura humana. Que é terrível. Temos o sentimento de que não está apenas a desmoronar-se, como está a desmoronar-se outra vez e de que devemos perder as esperanças visto que da última vez que tivemos tragédias globais nada aprendemos. O mínimo que podemos concluir é que fomos demasiado complacentes, e acreditamos, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, que haveria um caminho certo, uma tendência para o desenvolvimento humano a par da prosperidade. Durante um tempo, acreditamos que assim era e havia sinais disso”

* Leia a instigante entrevista de António Damásio “Quando me perguntam qual é o maior cientista de sempre, respondo: na minha área, é Shakespeare”. acessando AQUI.

28 dezembro, 2018

Sagrada Família


5 dicas para uma alimentação saudável e equilibrada em 2019


Seja qual for a sua resolução de ano novo, uma dieta saudável e equilibrada vai trazer muitos benefícios em 2019 e nos próximos anos.

O que comemos e bebemos pode afetar a capacidade do nosso corpo de combater infecções, bem como a probabilidade de desenvolver problemas de saúde mais tarde — entre eles, a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de câncer.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) reuniu cinco orientações para começar o Ano Novo com uma alimentação saudável.

Seja qual for a sua resolução de ano novo, uma dieta saudável e equilibrada vai trazer muitos benefícios em 2019 e nos próximos anos. O que comemos e bebemos pode afetar a capacidade do nosso corpo de combater infecções, bem como a probabilidade de desenvolver problemas de saúde mais tarde — entre eles, a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de câncer.

Os ingredientes exatos de uma dieta saudável dependem de diferentes fatores, como a idade da pessoa e seu nível de atividade. Uma alimentação adequada também depende dos tipos de alimentos que estão disponíveis nas comunidades onde se vive. Mas em todas as culturas, existem algumas dicas comuns de alimentos que podem ajudar a ter uma vida mais longa e saudável.


A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) reuniu cinco orientações para começar 2019 com uma alimentação saudável:

1. Coma alimentos variados

Nossos corpos são incrivelmente complexos e — com a exceção do leite materno para bebês — nenhum alimento contém todos os nutrientes de que precisamos para que nosso organismo funcione da melhor maneira. Para manter o corpo forte e saudável, as dietas devem, portanto, conter uma grande variedade de alimentos frescos e nutritivos. Algumas dicas para garantir uma dieta equilibrada:

- Em sua dieta diária, procure comer uma mistura de alimentos básicos, como trigo, milho, arroz e batatas, com leguminosas, como lentilhas e feijões, além de muitas frutas e vegetais frescos e alimentos de origem animal (no caso desses últimos, apenas para quem não é vegetariano e ou vegano);


- Escolha alimentos integrais, como milho não processado, aveia, trigo e arroz, quando puder. Eles são ricos em fibras valiosas e podem te ajudar a se sentir saciado por mais tempo;


- Caso consuma carne, escolha as peças mais “magras” sempre que possível ou remova a gordura “visível”;

- Tente cozinhar ou ferver os alimentos em vez de fritá-los;

- Para lanches, escolha vegetais crus, nozes sem sal e frutas frescas em vez de alimentos com alto teor de açúcares, gorduras ou sal.

2. Reduza a quantidade de sal

Em grandes quantidades, o sal pode elevar a pressão arterial (hipertensão), o que é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Em todo o mundo, a maioria das pessoas consome muito sal: em média, usamos o dobro do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – 5 g, o equivalente a uma colher de chá por dia.

Mesmo não adicionando sal “extra” em nossa comida, devemos estar cientes de que ele é comumente colocado em alimentos processados ou bebidas e, muitas vezes, em quantidades elevadas.

Algumas dicas para reduzir a ingestão de sal:

- Ao cozinhar e preparar alimentos, use sal com moderação e reduza o uso de molhos e condimentos salgados (como molho de soja, caldo de carne ou molho de peixe);


- Evite lanches ricos em sal e tente escolher alimentos saudáveis e frescos em vez de alimentos processados;

- Ao usar vegetais enlatados ou secos, nozes e frutas, escolha variedades sem adição de sal e açúcares;

- Remova condimentos salgados da mesa e evite adicioná-los por simples hábito. Nosso paladar pode se ajustar rapidamente e, quando isso acontece, é provável que você aprecie alimentos com menos sal e mais sabor;

- Verifique os rótulos dos alimentos e procure produtos com menor teor de sódio.

3. Reduza o uso de certas gorduras e óleos


Todos nós precisamos de um pouco de gordura em nossa dieta, mas comer demais – especialmente os tipos errados de gordura – aumenta os riscos de obesidade e doenças cardiovasculares.

As gorduras trans produzidas industrialmente são as mais perigosas para a saúde. Descobriu-se que uma dieta rica nesse tipo de gordura aumenta o risco de doença cardíaca em quase 30%.

Algumas dicas para reduzir o consumo de gorduras:

- Troque manteiga, banha e “ghee” por óleos mais saudáveis, como soja, canola, milho, cártamo e girassol;


- Caso consuma alimentos de origem animal, escolha carnes brancas, como frango e peixe, que geralmente têm menor teor de gorduras, e limite o consumo de carnes processadas;

- Verifique os rótulos e sempre evite alimentos processados, “rápidos” e fritos, que contenham gordura trans produzida industrialmente. Ela é frequentemente encontrada em margarina e “ghee”, bem como em lanches pré-embalados, fast food, assados e fritos.

4. Limite a ingestão de açúcar

O excesso de açúcar não é ruim apenas para os dentes, mas aumenta o risco de ganho de peso e obesidade, que podem levar a sérios problemas crônicos de saúde.

Tal como acontece com o sal, é importante ter em mente a quantidade de açúcares “ocultos” que podem ser encontrados em alimentos e bebidas processados. Uma única lata de refrigerante, por exemplo, pode conter até dez colheres de chá extras de açúcar.

Algumas dicas para reduzir a ingestão de açúcar:

- Limite a ingestão de doces e bebidas açucaradas, como refrigerantes, sucos de frutas, concentrados líquidos e em pó, água aromatizada, bebidas energéticas e esportivas, chá e café prontos para consumo e bebidas lácteas com diferentes sabores;


- Escolha lanches frescos e saudáveis em vez de alimentos processados;

- Evite dar alimentos açucarados para crianças. Sal e açúcares não devem ser adicionados aos alimentos complementares oferecidos a meninos e meninas com menos de dois anos de idade e devem ser limitados após essa idade.

5. Evite o uso nocivo de álcool

O álcool não faz parte de uma dieta saudável, mas em muitas culturas, as celebrações de Ano Novo estão associadas ao seu consumo nocivo. Em geral, beber demais ou com muita frequência aumenta o risco imediato de lesões, além de causar efeitos de longo prazo, como danos ao fígado, câncer, doenças cardiovasculares e transtornos mentais.

A OMS informa que não há nível seguro de consumo de álcool. Para muitas pessoas, mesmo os níveis baixos de consumo ainda podem estar associados a riscos significativos à saúde. Confira algumas dicas da OPAS:

- Lembre-se: consumir menos álcool é sempre melhor para a saúde e é perfeitamente aceitável não beber;

- Você não deve beber álcool se: estiver grávida ou amamentando; dirigir, operar máquinas ou empreender outras atividades que envolvam riscos relacionados; tem problemas de saúde que podem ser agravados pelo álcool; está tomando medicamentos que interagem diretamente com o álcool; ou tem dificuldades em controlar seu consumo;

- Se você ou alguém que você ama tem problemas com álcool ou outras substâncias psicoativas, não tenha medo de pedir ajuda a um profissional de saúde ou serviço especializado em drogas e álcool. 

Fonte: Da ONU Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 26/12/2018  

27 dezembro, 2018

Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria Natal


Paraíba já possui 44 usinas de dessalinização de água que Bolsonaro quer ‘importar’ de Israel

Em artigo publicado no G1, o professor de jornalismo ambiental André Trigueiro revela que a tecnologia para implantar usinas de dessalinização de água que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) quer ‘importar ‘de Israel já existe no Brasil desde 2004.

No texto, o professor ressalta que na Paraíba, por exemplo, já existem 44 sistemas implantados através Programa Água Doce (PAD), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Governo do Estado.

A ideia de ‘importar’ a tecnologia israelense foi anunciada pelo presidente eleito no dia de Natal, através de sua conta pessoal no Twitter





Confira abaixo o artigo do professor André Trigueiro:

Bolsonaro e a dessalinização da água

A primeira missão dada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para seu ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, foi buscar em Israel soluções para a seca do Nordeste, como por exemplo, usinas de dessalinização que pudessem tratar a água salobra da região. Busca-se fora do país uma solução que, na verdade, já vem sendo aplicada desde 2004 – com tecnologia nacional chancelada pela Embrapa – e que já resultou na instalação de 244 sistemas de dessalinização no Ceará, 44 na Paraíba, 29 no Sergipe, 10 no Piauí, 68 no Rio Grande do Norte, 45 em Alagoas, e 145 na Bahia.

O Programa Água Doce (PAD), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, vai na direção das soluções eficientes e de baixo custo, como vinha sendo também a instalação de cisternas para a coleta de água de chuva nas comunidades que mais se ressentem dos efeitos da estiagem. Resta ainda a finalização das obras de transposição das águas do rio São Francisco e, principalmente, a definição de quem pagará pela manutenção do sistema. Os custos de instalação foram totalmente assumidos pelo governo federal, e os governadores dos Estados beneficiados pela obra deveriam arcar com as demais despesas, mas nada indica que isso vá acontecer. Quem está pagando a conta é a “viúva”, ou seja, todos nós. Caberá ao presidente eleito resolver esse embroglio político que sangra os cofres da União.

Usinas de dessalinização – especialmente as de grande porte como as desenvolvidas em Israel – demandam um consumo elevadíssimo de energia elétrica e um plano de manejo adequado para as toneladas de impurezas removidas no processo. Israel já é parceiro estratégico do Brasil há décadas no compartilhamento de tecnologias inteligentes na área da irrigação, principalmente o gotejamento, que reduziu drasticamente o consumo de água na fruticultura de exportação.

Investir em usinas de dessalinização de grande porte por aqui poderia até ser uma opção se o Brasil esgotasse primeiro outras alternativas, principalmente, a exploração da água de reuso. Transformar a água tratada de esgoto em insumo agrícola, industrial ou até mesmo em água potável é uma alternativa mais barata e absolutamente viável. Hoje o esgoto coletado e tratado é lançado nos corpos hídricos sem qualquer utilidade ou serventia. Dentre as raras exceções, destaca-se o Projeto Aquapolo – maior empreendimento para produção de água de reuso industrial na América do Sul – que transforma esgoto doméstico de São Paulo em água usada por 12 grandes indústrias. O projeto desenvolvido pela Sabesp em parceria com a BRK Ambiental fornece 650 litros de água de reuso por segundo – o suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes – a um preço até 50% mais baixo que o da água potável. Bom para as indústrias, melhor ainda para a Grande São Paulo, que reforça seu estoque de água nos mananciais que abastecem a população.

A Embrapa também desenvolve experiências bem sucedidas de aproveitamento da água de reuso na irrigação de lavouras no Nordeste. O projeto prioriza as culturas que não absorvem os elementos patogênicos presentes no esgoto humano após o tratamento primário, quando se dá apenas a remoção dos sólidos. As plantas que se beneficiam dos nutrientes do esgoto (nitrogênio, fósforo, potássio, etc.) podem ser ingeridas sem riscos para a saúde, e o agricultor ainda economiza na compra de fertilizantes, uma vez que o esgoto cumpre a função de adubar o solo. Apesar do conhecimento construído em torno dessa tecnologia – já empregada em outros países – ela não teria ainda deslanchado por aqui por pressão do setor químico, que comercializa fertilizantes.

Importante dizer que a água de reuso também poderia ser potabilizada e servida sem riscos para a população. Se isso não aconteceu ainda no Brasil – como se vê em Cingapura, Namíbia e nos estados do Texas e da Califórnia, nos Estados Unidos – não é por falta de tecnologia, mas preconceito. Considerando a péssima qualidade dos mananciais que abastecem algumas das principais regiões metropolitanas do Brasil, pode-se dizer que, tecnicamente, já bebemos água de reuso. Mas ainda não há regulamentação que permita a potabilização da água de reuso para consumo humano.

Esta seria uma excelente contribuição do presidente eleito para a gestão dos recursos hídricos no Brasil. Abrir caminho para a água de reuso, manter os programas que levam cisternas e mini usinas de dessalinização no Nordeste, concluir as obras de transposição do São Francisco (definindo as regras que garantirão a resiliência econômica do sistema), e estimular o consumo consciente de água.

Faltou dizer que o maior consumidor de água (no Brasil e no mundo) é a agricultura. É também o setor que mais desperdiça esse precioso recurso. Mas abordaremos isso em uma outra oportunidade.

Mais de 3 mil cristãos mortos em 2018!



S. Estêvão, o Primeiro Mártir:  mais de 3 mil cristãos mortos em 2018  

Ao ler nos Atos dos Apóstolos a história do martírio de Santo Estêvão festejado hoje, 26 de dezembro, como o Primeiro Mártir, o que impressiona não é apenas a brutalidade da lapidação, mas o contraste com a sua mansidão. As suas últimas palavras são um pedido de perdão para seus assassinos: “Senhor, não os considere culpados deste pecado”. Palavras que ressoam nos séculos, marcando o coração de muitos cristãos mártires mortos pela fé. Hoje há mais mártires do que nos primeiros séculos, disse Papa Francisco várias vezes ao recordar também recentemente, em uma Missa na Casa Santa Marta, os coptas degolados na praia da Líbia, que morreram dizendo “Jesus, Jesus!”, com o consolo no coração.

“Ajuda à Igreja que Sofre”: as mulheres são mais perseguidas

Cerca de um mês atrás, a Fundação de Direito Pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre” publicou seu Relatório anual. No mundo, há 300 milhões de cristãos perseguidos e 38 países nos quais são discriminados. Muitos destes cristãos perdem a vida por razão da sua fé. A porta-voz da Fundação Marta Petrosillo comenta o relatório ao Vatican News.

R. – O ano de 2018 confirma esta dramática tendência. É muito difícil fazer estimativas exatas, mas podemos citar muitos episódios e também muitas perdas. Recordo por exemplo dos cinco sacerdotes mortos na República Centro-Africana em quatro ataques diversos, ou nos sete sacerdotes mortos no México. Na Nigéria houve um atentado dentro de uma igreja no mês de abril, na ocasião morreram outros dois sacerdotes. Só na Nigéria, nos primeiros cinco meses de 2018 quase 500 cristãos foram mortos em ataques por parte dos islamitas Fulani. Podemos recordar também o recente atentado no Egito de 2 de novembro no qual morreram 11 cristãos que estavam indo ao santuário próximo de Minya. Portanto, todas estas mortes confirmam que o drama da perseguição contra os cristãos continua.

Geralmente onde são perseguidas as minorias cristãs e não só estas, as mulheres e as meninas são as que mais sofrem. Como foi este ano?

R.- Infelizmente este ano confirma os anteriores. Podemos dizer que a situação é a mesma. As mulheres cristãs em muitos contextos são duplamente agredidas. Temos sequestros, estupros e casamentos forçados em vários países. Um caso emblemático é o do Paquistão, onde todos os anos muitas jovens – são sequestradas, violentadas e obrigadas a se casarem com seus estupradores. Um dos últimos casos ocorreu alguns meses atrás a uma criança de apenas doze anos. Uma situação semelhante foi registrada também no Egito, onde há casos de mulheres sequestradas, convertidas e obrigadas a se casarem com os agressores. Enfim ser mulher e ser cristã em muitos países do mundo significa vulnerabilidade dupla. Isso vale também, obviamente, para as crianças.

Vocês recebem testemunhos de cristãos de todo o mundo. Durante este ano houve situações em que os agressores ficaram impressionados pelo testemunho dos cristãos ou histórias emblemáticas de perdão?

R. Certamente em muitos países, onde há situações dramáticas, a ação da Igreja foi fundamental para promover uma aproximação dos que não confiavam nas comunidades cristãs. Uma irmã que trabalha na Líbia com refugiados cristãos provenientes da Síria nos contou que um senhor muçulmano, que era muito hostil para com as comunidades cristãs, começou até mesmo a ajudá-la. Os que são perseguidos contam muitas histórias de perdão. Em fevereiro deste ano, durante um evento da nossa Fundação no Coliseu recebemos Rebecca Bitrus, que foi sequestrada e violentada por homens do grupo Boko Haram na Nigéria. Ela teve um filho de um dos seus agressores e nos disse várias vezes que no seu coração não há ódio e que perdoou os homens que a tinham agredido.


Por VaticanNews

24 dezembro, 2018

Feliz Natal a todas e a todos os visitantes do blog!


Natal do Senhor - Missa da noite do Natal

Hoje, nasceu para vós um Salvador.



+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,1-14

1Aconteceu que naqueles dias,
César Augusto publicou um decreto,
ordenando o recenseamento de toda a terra.
2Este primeiro recenseamento foi feito
quando Quirino era governador da Síria.
3Todos iam registrar-se cada um na sua cidade natal.
4Por ser da família e descendência de Davi,
José subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia,
até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia,
5para registrar-se com Maria, sua esposa,
que estava grávida.
6Enquanto estavam em Belém,
completaram-se os dias para o parto,
7e Maria deu à luz o seu filho primogênito.
Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura,
pois não havia lugar para eles na hospedaria.
8Naquela região havia pastores
que passavam a noite nos campos,
tomando conta do seu rebanho.
9Um anjo do Senhor apareceu aos pastores,
a glória do Senhor os envolveu em luz,
e eles ficaram com muito medo.
10O anjo, porém, disse aos pastores:
'Não tenhais medo!
Eu vos anuncio uma grande alegria,
que o será para todo o povo:
11Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador,
que é o Cristo Senhor.
12Isto vos servirá de sinal:
Encontrareis um recém-nascido
envolvido em faixas e deitado numa manjedoura.'
13E, de repente, juntou-se ao anjo
uma multidão da corte celeste.
Cantavam louvores a Deus, dizendo:
14'Glória a Deus no mais alto dos céus,
e paz na terra aos homens por ele amados.'
Palavra da Salvação.

21 dezembro, 2018

Transformamos pobres em consumidores e não em cidadãos, diz Mujica


Transformamos pobres em consumidores e não em cidadãos, diz Mujica

Em entrevista à BBC News Brasil, o ex-presidente do Uruguai José Mujica reforça uma admissão de culpa sobre o que considera ter sido uma falha dos governos de esquerda na América Latina.

"Conseguimos, até certo ponto, ajudar essa gente (pobres) a se tornar bons consumidores. Mas não conseguimos transformá-los em cidadãos", diz ele em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Mujica estava na cidade por causa de dois filmes que retratam momentos de sua vida: o longa de ficção A Noite de 12 Anos, do uruguaio Álvaro Brechner, e o documentário El Pepe,Una Vida Suprema, do sérvio Emir Kusturica.

O primeiro, pré-selecionado pelo Uruguai na disputa por uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro, acompanha a militância do ex-presidente e de companheiros nos anos 1970 na guerrilha urbana Tupamaros. O segundo foca em sua vida pessoal e em suas ideias. As filmagens de Emir Kusturica começaram em 2014, durante os últimos dias de sua presidência.

Questionado sobre sua opinião em relação ao novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, Mujica diz acreditar que "talvez as promessas sejam piores do que a realidade" e aventa dificuldades no governo do capitão reformado.


Confira aqui.


Paróquia São Mateus Apóstolo de Maringá


Papa: Igreja sairá das tempestades mais bela e purificada

“Por favor, ajudemos a Santa Mãe Igreja na sua tarefa difícil que é reconhecer os casos verdadeiros distinguindo-os dos falsos, as acusações das calúnias, os rancores das insinuações, os boatos das difamações.”


Papa: Igreja sairá das tempestades mais bela e purificada

As aflições e as alegrias na Igreja marcaram o discurso do Papa Francisco aos membros da Cúria Romana, por ocasião do Natal.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira os seus colaboradores da Cúria Romana, para as felicitações de Natal – uma das audiências mais tradicionais e aguardadas do ano.

Como nos anos precedentes, o Pontífice fez um longo discurso, franco, falando das mazelas e das alegrias que afligem o trabalho de quem se dedica à Igreja.

Tempestadres e furacões

“No mundo turbulento, a barca da Igreja viveu este ano e vive momentos difíceis, sendo acometida por tempestades e furacões”, analisou o Papa.

“Entretanto, a Esposa de Cristo prossegue a sua peregrinação entre alegrias e aflições, entre sucessos e dificuldades, externas e internas. Com certeza, as dificuldades internas continuam sempre a ser as mais dolorosas e destrutivas.”

Aflições

Para o Pontífice, muitas são as aflições, citando os migrantes que encontram a morte ou aqueles que, ao sobreviverem, acham as portas fechadas. “Quanto medo e preconceito!”, lamentou Francisco.

“Quantas pessoas e quantas crianças morrem diariamente por falta de água, comida e remédios! Quanta pobreza e miséria! Quanta violência contra os frágeis e contra as mulheres! Quantos cenários de guerras declaradas e não declaradas! Quantas pessoas são sistematicamente torturadas.”

Francisco falou também que se vive hoje uma “nova era de «mártires»”. “A cruel e atroz perseguição do Império Romano parece não conhecer fim”, constatou.
Outro motivo de aflição apontado pelo Papa é o contratestemunho e os escândalos de alguns filhos e ministros da Igreja através do flagelo dos abusos e da infidelidade.

Abusos

“Desde há vários anos que a Igreja está seriamente empenhada em erradicar o mal dos abusos”, garantiu o Pontífce.

Hoje, afirmou o Papa, também existem homens consagrados que “cometem abomínios e continuam a exercer o seu ministério como se nada tivesse acontecido; não temem a Deus nem o seu juízo, mas apenas ser descobertos e desmascarados”.

Francisco então foi contundente:

“ Fique claro que a Igreja, perante estes abomínios, não poupará esforços fazendo tudo o que for necessário para entregar à justiça toda a pessoa que tenha cometido tais delitos. (...) Esta é a opção e a decisão de toda a Igreja. ”

A propósito, o Pontífice citou o encontro de fevereiro próximo, no Vaticano, com todos os presidentes das Conferências Episcopais, para reiterar a vontade da Igreja de prosseguir pelo “caminho da purificação”.

Ainda sobre o tema dos abusos, Francisco agradeceu o trabalho dos jornalistas “que foram honestos e objetivos e que procuraram desmascarar estes lobos e dar voz às vítimas”.

“Por favor, ajudemos a Santa Mãe Igreja na sua tarefa difícil que é reconhecer os casos verdadeiros distinguindo-os dos falsos, as acusações das calúnias, os rancores das insinuações, os boatos das difamações.”

Aos abusadores, o Papa pediu que se convertem e se entreguem à justiça humana e se preparem para aquela divina.

Infidelidades

Outra aflição apontada por Francisco é a da infidelidade, citando o famoso provérbio: «De boas intenções, o inferno está cheio».

São as pessoas que “traem a sua vocação, o seu juramento, a sua missão, a sua consagração a Deus e à Igreja; aqueles que se escondem, por detrás de boas intenções, para apunhalar os seus irmãos e semear joio, divisão e perplexidade; pessoas que sempre encontram justificações, até lógicas e espirituais, para continuar a percorrer, imperturbáveis, o caminho da perdição”.

Para fazer resplandecer a luz de Cristo, portanto, o Papa recorda que todos temos o dever de combater a “corrupção espiritual”.

Alegrias

Francisco deixou para o final do seu discurso os motivos de alegrias:

“O bom êxito do Sínodo dedicado aos jovens. Os passos realizados até agora na reforma da Cúria: os trabalhos de clarificação e transparência na economia” são alguns deles.

Também são motivos de alegrias os novos Beatos e Santos, de modo especial os recentes dezanove mártires da Argélia.

Acrescentam-se o aumento do número de fiéis, as famílias e os pais que vivem seriamente a fé e a transmitem diariamente aos próprios filhos e o testemunho de muitos jovens que escolhem “corajosamente” a vida consagrada e o sacerdócio.

“Um verdadeiro motivo de alegria é também o grande número de consagrados e consagradas, bispos e sacerdotes, que vivem diariamente a sua vocação com fidelidade, em silêncio, na santidade e abnegação. São pessoas que iluminam a escuridão da humanidade, com o seu testemunho de fé, esperança e caridade.”

Transformar as trevas em luz

O Santo Padre recordou que a força de toda e qualquer instituição não reside em ser composta por homens perfeitos, mas na sua vontade de se purificar continuamente:

“ Por isso, é necessário abrir o nosso coração à verdadeira luz: Jesus Cristo. Ele é a luz que pode iluminar a vida e transformar as nossas trevas em luz. ”

O Papa concluiu seu discurso com uma mensagem de esperança, recordando que o Natal dá a certeza de que “a Igreja sairá destas tribulações ainda mais bela, purificada e esplêndida”.

Fonte: Vatican News