25 janeiro, 2012

Dom Anuar Battisti - Caminhar contra a corrente

Ir contra a corrente significa ser sinal de contradição, ser luz em meio às trevas, ser capaz de dizer não à corrupção, ao desmando, às artimanhas do submundo das negociações de vantagens.  Como ir contra a corrente nestes meses que antecedem a campanha política, a escolha dos candidatos, as articulações partidárias visando o poder, sem calcular os reais envolvidos e muito menos a sua origem? Como ser autêntico e fiel neste fogo cruzado da busca de poder em nome do bem comum? Que pena não ter memória histórica! Certamente resta sempre uma esperança. Ainda há gente honesta e transparente. Há gente que dá a própria vida na defesa dos verdadeiros valores. O Céu começa aqui. Depois é só curtir os frutos de uma vida de fidelidade, remando contra a corrente. Leia na íntegra

Reunião do Fórum Lixo e Cidadania Maringá, Sarandi e Paiçandu

O Fórum Intermunicipal lixo e cidadania de Maringá, Sarandi e Paiçandu realizará hoje às 19 horas, no bloco 118, Departamento de Psicologia da UEM, reunião de organização da participação na Audiência Pública da Proposta de Plano Municipal do Saneamento . A “nova audiência pública” foi convocada pela prefeitura de Maringá com a pretensão de aprovar R$ 330,1 milhões para queima de lixo com a data marcada para acontecer no dia 30 de janeiro, às 08 horas, Auditório Hélio Moreira. O Fórum Intermunicipal lixo e cidadania de Maringá, Sarandi e Paiçandu, pretende na reunião aprofundar os esclarecimentos sobre as alternativas que consideram adequadas para que o município tome uma decisão correta sobre a destinação dos seus resíduos e organizar participação, em forma de ato de protesto, na Audiência Pública.

Moradia Direito Fundamental Social

Pode haver uma janela alta de onde eu veja o céu e o mar,
 mas deve haver um canto bem sossegado em que eu possa
 ficar sozinho, quieto, pensando minhas coisas, 
um canto sossegado onde um dia eu possa morrer. (Rubem Braga)

O direito à moradia exaltado na crônica de Rubem Braga traduz necessidade primária da mulher e do homem, condição indispensável para uma vida digna, eis que a casa é o asilo inviolável do cidadão, a base de sua individualidade, é acima de tudo como apregoou Edwark Coke, no século XVI: “a casa de um homem é o seu castelo.”

Mensagem de Dom Moacir Silva sobre o "Pinheirinho"

Desde antes da reintegração de posse do terreno denominado “Pinheirinho”, em São José dos Campos-SP, venho afirmando que “a vida e a dignidade humana estão acima de qualquer outro valor, e por isso necessitam ser respeitadas e promovidas. Tudo o que atenta contra a vida e a dignidade humana precisa ser rejeitado”.
Neste tempo de negociações e ações efetivas dos Poderes judiciário e municipal, a Diocese de São José dos Campos sempre esteve atenta a cada passo e a cada decisão, sempre tendo o cuidado de lembrar a todos os envolvidos que a vida está acima de tudo, que cada ser humano é um filho amado do Deus.
Por meio da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e seu pároco, Padre Ronildo Aparecido da Rosa, toda a comunidade é acompanhada bem de perto. Junto à comunidade sempre foi desenvolvido um trabalho evangelizador e pastoral.
Num primeiro momento, famílias ainda confusas com a rápida saída de suas casas, procuraram abrigo na paróquia, que mesmo sem a estrutura necessária, esteve de portas abertas para cada irmão e irmã que buscou ali um repouso e uma resposta sobre seu futuro.
Esperamos agora que as famílias continuem a receber a assistência necessária para restabelecerem suas vidas e sejam alojadas dignamente.
Neste momento de sofrimento, manifesto minha solidariedade e minha proximidade espiritual às pessoas da comunidade do Pinheirinho. Estou acompanhando bem de perto a atual situação e asseguro minha oração por todos.

São José dos Campos, 24 de janeiro de 2012
Dom Moacir Silva
Bispo Diocesano de São José dos Campos

ONU vai denunciar violação de direitos humanos no Pinheirinho

A Organização das Nações Unidas (ONU) vai denunciar hoje a violação de direitos humanos no Pinheirinho e lançar um "apelo urgente" para que as autoridades interrompam a atuação em São José dos Campos. A relatoria da entidade pedirá explicações sobre as ocorrências na região e alertará para violação de direitos humanos ao se usar polícia e confronto na reintegração. A iniciativa é da relatora para o Direito à Moradia, a brasileira Raquel Rolnik. Entre os instrumentos a seu dispor, a relatora pode lançar um apelo público a um governo, uma forma de chamar a atenção internacional para o caso.
A ação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, iniciada no domingo (22), na Ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos, é o retrato da irresponsabilidade, truculência e covardia do prefeito da cidade e do governo do Estado de São Paulo.
Ontem em diversas cidades do Brasil ocorreram manifestações em apoio aos moradores da ocupação Pinheirinho. Em Maríngá  o ato público aconteceu no Terminal Urbano de Maringá participaram: CSP-Conlutas, PSTU, PSOL, Anel, Intersindical, DCE, Movimento por Moradia, Sesduem e MST.