12 dezembro, 2012

Poesia de Pedro Casaldáliga que antecipou sua perseguição

“Eu morrerei de pé como as árvores”, profetiza dom Pedro Casaldáliga.

A poesia Profecia Extrema está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 09-12-2012.

Eis a poesia.

Eu morrerei de pé como as árvores.
Me matarão de pé.
O sol, como testemunha maior, porá seu lacre
sobre meu corpo duplamente ungido.

E os rios e o mar
serão caminho
de todos meus desejos,
enquanto a selva amada sacudirá, de júbilo, suas cúpulas.

Eu direi a minhas palavras:
- Não mentia ao gritar-vos.
Deus dirá a meus amigos:
- Certifico
que viveu com vocês esperando este dia.

De golpe, com a morte,
minha vida se fará verdade.

Por fim terei amado!

Carta da comunidade Xavante de Marãiwatsédé à sociedade brasileira


“Nem fazendeiro, nem posseiro viviam aqui antes de 1960. Era só índio, os anciãos lembram, só tinham duas casas em São Félix do Araguaia”
"A lei federal, a Constituição, as autoridades estão do nosso lado. As autoridades da Força Nacional, Exército, Polícia Federal estão do nosso lado porque a presidente Dilma sabe que a terra é dos Xavante de Marãiwatsédé. Agradecemos as autoridades e todas as entidades que nos apoiam nessa luta da verdade contra a mentira." Escreve o cacique da aldeia Marãiwatséd Damião Paridzane na Carta à sociedade brasileira publicada pelo portal do Cimi. Leia aqui a carta da comunidade Xavante de Marãiwatsédé à sociedade brasileira

Invasores começam a ser retirados de Terra Indígena Marãiwatsédé


Após 20 anos, povo Xavante pode reaver suas terras. Notificações e listas oficiais do governo revelam envolvimento de latifundiários, vereadores, prefeitos e até um desembargador na ocupação ilegal. Leia aqui a reportagem de Andreia Fanzeres e Daniel Santini e publicado pela Agência Reporter Brasil.