20 agosto, 2018

Acomodação. Não se tem "sabedoria" e sim informação "verdadeira ou não"!


Acomodação. Não se tem "sabedoria" e sim informação "verdadeira ou não"!

Que bom se as publicações e os comentários em publicações não fossem feitas baseada em achismo, más com sabedoria baseada em estudo e experiências verdadeiras, principalmente quando relacionada a política um bom aprofundamento de como funciona a sociedade, lutas de classes, economia e a política, o social e o ideológico é preciso. 

Há excesso de informação e um excesso na busca de informação e pelo saber, más não se tem “sabedoria” e sim informação “verdadeira ou não” o que distorce ou dificulta a possibilidade de se enxergar a realidade com clareza, diante de tantas informações. Isso é preocupante. É muito triste.

Hoje deparamos com pessoas com pouca experiência comunitária, pouca experiência em movimentos sociais e em outros organismos popular e até incapazes de experiência, mas cheios de informação e de opinião. A informação pode ser muitas coisas, mas não é experiência e não deixa espaço para a experiência.

Os discursos dos grupos dominantes ocupam os principais veículos de comunicação, definindo aquilo que deve ou não ser dito, pensado e realizado. Não restando meios para que discursos diferentes ocupem o mesmo espaço. 

Penso que uns do mal da atualidade é a acomodação. Muitos não estão preocupados em ler, pesquisar ou aprofundar o conhecimento. Para muitos, ler é uma perda de tempo.  

Aí vem a desculpa da correria do dia-a-dia. É mais rápido e mais cômodo acolher o que recebemos em nosso celular e aí fazer o "CTRL C" + "CTRL V" de uma página da internet e/ou sentar confortavelmente em uma poltrona em frente a uma televisão e o pior acreditar, agora estou bem informado.

Temos uma mídia enganadora e mentirosa para atingir o objetivo de que manter o povo desinformado é preciso. A Globo é hoje o principal partido ideológico da burguesia brasileira. Ela que exerce o papel de orientador político e de formação ideológica das massas, com as ideias da burguesia.  

Papa Francisco na Missa do Domingo de Ramos, 25 de março de 2018, liturgia que resgata as alegrias e sofrimentos de Jesus, aclamado pelo povo como rei, e mais tarde crucificado pelo mesmo povo falou sobre as contradições ainda presentes em mulheres e homens da atualidade -  “Capazes de amar muito… mas também de odiar (e muito!)”.

O grito “Crucifica-o” é atribuído pelo Papa a todas as mulheres e a todos os homens que, para defenderem sua posição, desacreditam especialmente quem não pode se defender. Grito produzido por intrigas da autossuficiencia, do orgulho e da soberba e assim silenciar-se a festa, a esperança, os sonhos, a alegria, o coração e a caridade do povo.

Na homilia da missa celebrada na quinta-feira, 17 de maio de 2018, o Papa Francisco comentou as condições obscuras com que se consegue perseguir e condenar certas pessoas, tal como aconteceu com Jesus Cristo e os apóstolos Paulo e Estevão, falando inclusive nos Golpes de Estado.

Disse o papa “Criam-se condições obscuras” para condenar a pessoa,  e depois a unidade se desfaz. Um método com o qual perseguiram Jesus, Paulo, Estevão e todos os mártires e muito usado ainda hoje. 

E como exemplo Francisco citou “a vida civil, a vida política, quando se quer fazer um golpe de Estado”: “a mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas”. Depois chega a justiça, “as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”. 

Francisco ainda comentou a instrumentalização do povo citando o caso de Jesus que no Domingo de Ramos foi recebido com festa em Jerusalém e poucos dias depois, a mesma multidão gritava pedindo a crucificação.

“Esta instrumentalização do povo é também um desprezo pelo povo, porque o transforma em massa. É um elemento que se repete com frequência, desde os primeiros tempos até hoje. Pensemos nisso. O Domingo de Ramos é: todos ali aclamam “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Na sexta-feira sucessiva, as mesmas pessoas gritam: “Crucifiquem-no”. O que aconteceu? Fizeram uma lavagem cerebral e mudaram as coisas. E transformaram o povo em massa, que destrói.”

Eu, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)