Cada CEB é uma casa comum, ela deve estar a serviço dela, de cuidados com a casa comum. A prioridade da CEB é ela mesma. Evangelizar e cuidar de toda Criação Divina que a ela pertence. Deve fazer acontecer sociedade do bem viver. Uma vivência comunitária sem diferença de poder, coletiva, integra, universal e aberta.
E reconstruir duas alianças:
- A aliança que Deus fez com Noé
- A aliança que Deus fez com Abraão
Reconstruir a aliança que Deus fez com Noé, uma aliança de cuidado ecológico, cuidado para com toda a criação. Para superar o dilúvio, Noé vive a plena comunhão. E reconstruir a aliança de fé que Deus fez com Abraão.
Desde a chegada à Maringá em 1957, Jaime Luiz Coelho, primeiro
bispo e o primeiro arcebispo de Maringá mostrou-se inquieto ao encontrar a
imensa cidade com apenas duas paróquias e os bairros crescendo e se povoando.
Como chegar aos lares, às praças, ruas e vilas.
A partir de 1971
confiou a responsabilidade da assistência a Pastoral dos Bairros ao
recém-ordenado Padre Valério Odorizzi, com ajuda das comunidades religiosas e
de lideranças leigas. O trabalho visava ajudar os párocos a implantar CEBs em
suas paróquias. Através da Pastoral dos Bairros, uma ajuda prática para
implantar as CEBs.
Com a elaboração do 1º Plano de Pastoral Orgânica dos
Bairros da Cidade de Maringá, em 1974, vai se realizando a implantação das
CEBs. “a Igreja de Maringá caminhou desde o início dos anos 70 até 1996, pela
senda das CEBs como forma de viver a fé, incorporando as novas situações que a
realidade ia suscitando”
No ano de 2005, inicio-se um trabalho para retomar a
caminhada das CEBs, ano em que foi realizado o Primeiro Encontrão
Arquidiocesano das CEBs, no mês de outubro.
No ano de 2008 as CEBs são assumidas como primeira
prioridade no 22º Plano de Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Maringá. Hoje
quase que na totalidade, as paróquias se encontram organizada em CEBs.
As Comunidades Eclesiais de Base fazem parte da estrutura
organizacional de uma paróquia, na Arquidiocese de Maringá, tendo como critério
a territorialidade. Comunidade territorialmente definida, nesse bairro, nesse
condomínio, nesse edifício, nessas quadras.
As CEBs realizam formação anual nas regiões pastoral. Na
data em que celebra o martírio de São Oscar Romero as CEBs realizam Celebração
dos Mártires da Caminhada. Em andamento com 36 integrantes da Arquidiocese a
primeira Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs e de dois em dois
anos o Encontrão Arquidiocesano das CEBs.
O subsídio da arquidiocese, Marco Referencial “Caminhos para
uma Igreja em Saída”, concretizando o projeto “Igreja em saída” – Comunidades
em estado permanente de missão, do 24º Plano da Ação Evangelizadora trás como
proposta que a pessoa da/o coordenadora/or de cada CEB’s, ou outra pessoa
indicada por ela e confirmada pelo pároco seja membro efetivo do COMIPA. O
objetivo é que a atividade missionária aconteça a partir das CEB’s como algo
vivo, dinâmico e permanente.
O Trem - Símbolo dos Intereclesiais Nacional das CEBs
Em 1975 acontece o primeiro intereclesial, em vitória, do
Espírito Santo. Vitória e Belo Horizonte tem o maior trem de passageiros do
Brasil, que liga as duas capitais. Essas duas capitais são simbolizadas pelo
trem de passageiros, único meio de transporte barato, simples e popular que o
povo tinha.
A imagem do trem tem a ver também com essa idéia de coisa do
povo, coisa simples, coisa dos pobres, onde todo mundo pode entrar, levando sua
carga, levando sua bagagem, levando seus mantimentos, porque o trem sempre foi
isso, um meio de transporte barato do povo
E a CEBs simbolizam isso, lugar dos pobres que podem entrar
com sua bagagem, sua cultura, sua história, com tudo aquilo que é, quer ser e
precisa ser e pode ser para de fato ser Igreja dos Pobres.
Eu, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)