06 março, 2019

Importância do Carnaval para uma sociedade doente


A Importância do Carnaval para uma sociedade doente.
O samba da Estação Primeira de Mangueira não é só uma grande aula de história, é um ato político de resistência, para reexistir diante de uma sociedade que comemora morte de crianças, que menospreza a dor do outro e não tem o mínimo de compaixão com o próximo.

Trazer pra Sapucaí o sangue indígena, diante do governo que quer acabar com a Funai, que não esconde a vontade monstruosa de tirar terras indígenas, é trazer o grito da mãe terra para a avenida.
Ter que trazer o óbvio, que a ditadura é assassina, para uma um país em que as cadelas no cio da ditadura estão no poder exaltando torturador e ditador pedofilo, é saudar todos os que lutaram para que hoje sejamos uma democracia.
Fazer memória dos barracões da resistência, que esse país foi construído as custas do sangue negros, para uma sociedade racista, que acha que cota é privilégio, que racismo não existe, foi mais que tirar a "poesia dos porões", foi dar voz a favela, dando memória aos herói dos barracões, heróis da resistência, heróis que a história insistiu em negar.
A imagem de Marielle pra uma sociedade doente, que comemorou seu assassinato, é legitimar a luta, das mulheres desse país em que o presidente, acha que ter filha é dar uma "fraquejada". Pois bem, ainda ei de ver, que as mulheres vão derruba-lo para a lata de lixo da história, Marielle não é só memória, é sinônimo de luta.

Quarta-feira de Cinzas da Quaresma


"O gesto das cinzas, com que nos colocamos a caminho, lembra-nos a nossa condição original: fomos tirados da terra, somos feitos de pó. Sim, mas pó nas mãos amorosas de Deus, que soprou o seu espírito de vida sobre cada um de nós e quer continuar a fazê-lo; quer continuar a dar-nos aquele sopro de vida que nos salva de outros tipos de sopro: a asfixia sufocante causada pelos nossos egoísmos, asfixia sufocante gerada por ambições mesquinhas e silenciosas indiferenças; asfixia que sufoca o espírito, estreita o horizonte e anestesia o palpitar do coração. O sopro da vida de Deus salva-nos desta asfixia que apaga a nossa fé, resfria a nossa caridade e cancela a nossa esperança. Viver a Quaresma é ansiar por este sopro de vida que o nosso Pai não cessa de nos oferecer na lama da nossa história." (Papa Francisco)

Campanha da Fraternidade 2019



Campanha da Fraternidade 2019

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente nesta quarta-feira de Cinzas, (06/03), a Campanha da Fraternidade (CF). 


Neste ano de 2019 o tema é “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27).

Nesta Campanha, a Igreja Católica busca chamar a atenção das cristãs e dos cristãos para o tema das políticas públicas, ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis.

Mensagem do Papa Francisco por ocasião da abertura da Campanha da FraternidadeQueridos irmãos e irmãs do Brasil!



Mensagem do Papa Francisco por ocasião da abertura da Campanha da FraternidadeQueridos irmãos e irmãs do Brasil!

Com o início da Quaresma, somos convidados a preparar-nos, através das práticas penitenciais do jejum, da esmola e da oração, para a celebração da vitória do Senhor Jesus sobre o pecado e a morte. Para inspirar, iluminar e integrar tais práticas como componentes de um caminho pessoal e comunitário em direção à Páscoa de Cristo, a Campanha da Fraternidade propõe aos cristãos brasileiros o horizonte das “políticas públicas”.

Muito embora aquilo que se entende por política pública seja primordialmente uma responsabilidade do Estado cuja finalidade é garantir o bem comum dos cidadãos, todas as pessoas e instituições devem se sentir protagonistas das iniciativas e ações que promovam «o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição» (Gaudium et spes, 74).

Cientes disso, os cristãos - inspirados pelo lema desta Campanha da Fraternidade «Serás libertado pelo direito e pela justiça» (Is 1,28) e seguindo o exemplo do divino Mestre que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28) - devem buscar uma participação mais ativa na sociedade como forma concreta de amor ao próximo, que permita a construção de uma cultura fraterna baseada no direito e na justiça. De fato, como lembra o Documento de Aparecida, «são os leigos de nosso continente, conscientes de sua chamada à santidade em virtude de sua vocação batismal, os que têm de atuar à maneira de um fermento na massa para construir uma cidade temporal que esteja de acordo com o projeto de Deus» (n. 505).

De modo especial, àqueles que se dedicam formalmente à política - à que os Pontífices, a partir de Pio XII, se referiram como uma «nobre forma de caridade» (cf. Papa Francisco, Mensagem ao Congresso organizado pela CAL-CELAM, 1/XII/2017) – requer-se que vivam «com paixão o seu serviço aos povos, vibrando com as fibras íntimas do seu etos e da sua cultura, solidários com os seus sofrimentos e esperanças; políticos que anteponham o bem comum aos seus interesses privados, que não se deixem intimidar pelos grandes poderes financeiros e mediáticos, sendo competentes e pacientes face a problemas complexos, sendo abertos a ouvir e a aprender no diálogo democrático, conjugando a busca da justiça com a misericórdia e a reconciliação» (ibid.).

Refletindo e rezando as políticas públicas com a graça do Espírito Santo, faço votos, queridos irmãos e irmãs, que o caminho quaresmal deste ano, à luz das propostas da Campanha da Fraternidade, ajude todos os cristãos a terem os olhos e o coração abertos para que possam ver nos irmãos mais necessitados a “carne de Cristo” que espera «ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Bula Misericórdia vultus, 15). Assim a força renovadora e transformadora da Ressurreição poderá alcançar a todos fazendo do Brasil uma nação mais fraterna e justa. E para lhes confirmar nesses propósitos, confiados na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, de coração envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.

Vaticano, 11 de fevereiro de 2019.

[Franciscus PP.]