29 abril, 2022

Bispos divulgam Mensagem ao Povo Brasileiro: Fé, Esperança e Corajoso Compromisso com a Vida e o Brasil

A 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou a tradicional Mensagem ao Povo Brasileiro. O texto apresenta “uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil”. Os bispos lembraram da solidariedade para a superação da pandemia, agradeceram às famílias e agentes educativos pelo cuidado no campo da educação e dedicaram reflexões sobre a realidade do país, cujo quadro atual “é gravíssimo”. Para os bispos, “o Brasil não vai bem!”.

Diante da complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, a CNBB espera que os governantes “promovam grandes e urgentes mudanças, em harmonia com os poderes da República, atendo-se aos princípios e aos valores da Constituição de 1988”.

A mensagem também aborda o processo eleitoral deste ano, envolto “de incertezas e radicalismos, mas, potencialmente carregado de esperança”. Também chama atenção para as ameaças ao pleito, além de reforçar um apelo pela democracia brasileira.

“Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve”

Ao final do texto, os bispos convidam a todos, particularmente a juventude, “a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna”.


Confira o texto na íntegra:




MENSAGEM AO POVO BRASILEIRO

59ª. Assembleia Geral da CNBB


“A esperança não decepciona” (Rm 5,5).

Guiados pelo Espírito Santo e impulsionados pela Ressurreição do Senhor, unidos ao Papa Francisco, nós, bispos católicos, em comunhão e unidade, reunidos para a primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, de modo on-line e com a representação de diversos organismos eclesiais, dirigimos ao povo brasileiro uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil.

Enche o nosso coração de alegria perceber a explosão de solidariedade, que tem marcado todo o País na luta pela superação do flagelo sanitário e social da COVID-19. A partilha de alimentos, bens e espaços, a assistência a pessoas solitárias e a dedicação incansável dos profissionais de saúde são apenas alguns exemplos de incontáveis ações solidárias. Gestores de saúde e agentes públicos, diante de um cenário de medo e insegurança, foram incansáveis e resilientes. O Sistema Único de Saúde-SUS mostrou sua fundamental importância e eficácia para a proteção social dos brasileiros. A consciência lúcida da necessidade dos cuidados sanitários e da vacinação em massa venceu a negação de soluções apresentadas pela ciência. Contudo, não nos esquecemos da morte de mais de 660.000 pessoas e nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, trazendo ambas em nossas preces.

Agradecemos ainda, de modo particular às famílias e outros agentes educativos, que não se descuidaram da educação das crianças, adolescentes, jovens e adultos, apesar de todas as dificuldades. Com certeza, a pandemia teria consequências ainda mais devastadoras, se não fosse a atuação das famílias, educadores e pessoas de boa vontade, espírito solidário e abnegado. A Campanha da Fraternidade 2022 nos interpela a continuar a luta pela educação integral, inclusiva e de qualidade.

A grave crise sanitária encontrou o nosso País envolto numa complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, que já nos desafiava bem antes da pandemia, escancarando a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira. A COVID-19, antes de ser responsável, acentuou todas essas crises, potencializando-as, especialmente na vida dos mais pobres e marginalizados.

O quadro atual é gravíssimo. O Brasil não vai bem! A fome e a insegurança alimentar são um escândalo para o País, segundo maior exportador de alimentos no mundo, já castigado pela alta taxa de desemprego e informalidade. Assistimos estarrecidos, mas não inertes, os criminosos descuidos com a Terra, nossa casa comum. Num sistema voraz de “exploração e degradação” notam-se a dilapidação dos ecossistemas, o desrespeito com os direitos dos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, a perseguição e criminalização de líderes socioambientais, a precarização das ações de combate aos crimes contra o meio ambiente e projetos parlamentares desastrosos contra a casa comum.

Tudo isso desemboca numa violência latente, explícita e crescente em nossa sociedade. A crueldade das guerras, que assistimos pelos meios de comunicação, pode nos deixar anestesiados e desapercebidos do clima de tensão e violência em que vivemos no campo e nas cidades. A liberação e o avanço da mineração em terras indígenas e em outros territórios, a flexibilização da posse e do porte de armas, a legalização do jogo de azar, o feminicídio e a repulsa aos pobres, não contribuem para a civilização do amor e ferem a fraternidade universal.

Diante deste cenário esperamos que os governantes promovam grandes e urgentes mudanças, em harmonia com os poderes da República, atendo-se aos princípios e aos valores da Constituição de 1988, já tão desfigurada por meio de Projetos de Emendas Constitucionais. Não se permita a perda de direitos dos trabalhadores e dos pobres, grande maioria da população brasileira. A lógica do confronto que ameaça o estado democrático de direito e suas instituições, transforma adversários em inimigos, desmonta conquistas e direitos consolidados, fomenta o ódio nas redes sociais, deteriora o tecido social e desvia o foco dos desafios fundamentais a serem enfrentados.

Nesse contexto, iremos este ano às urnas. O cenário é de incertezas e radicalismos, mas, potencialmente carregado de esperança. Nossas escolhas para o Executivo e o Legislativo determinarão o projeto de nação que desejamos. Urge o exercício da cidadania, com consciente participação política, capaz de promover a “boa política”, como nos diz o Papa Francisco. Necessitamos de uma política salutar, que não se submeta à economia, mas seja capaz de reformar as instituições, coordená-las e dotá-las de bons procedimentos, como as conquistas da Lei da Ficha Limpa, Lei Complementar 135 de 2010, que afasta do pleito eleitoral candidatos condenados em decisões colegiadas, e da Lei 9.840 de 1999, que criminaliza a compra de votos. Não existe alternativa no campo democrático fora da política com a ativa participação no processo eleitoral.

Tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje propagadas abertamente, buscam colocar em xeque a lisura do processo eleitoral e a conquista irrevogável do voto. Tumultuar o processo político, fomentar o caos e estimular ações autoritárias não são, em definitivo, projeto de interesse do povo brasileiro. Reiteramos nosso apoio às Instituições da República, particularmente aos servidores públicos, que se dedicam em garantir a transparência e a integridade das eleições.

Duas ameaças merecem atenção especial. A primeira é a manipulação religiosa, protagonizada tanto por alguns políticos como por alguns religiosos, que coloca em prática um projeto de poder sem afinidade com os valores do Evangelho de Jesus Cristo. A autonomia e independência do poder civil em relação ao religioso são valores adquiridos e reconhecidos pela Igreja e fazem parte do patrimônio da civilização ocidental. A segunda é a disseminação das fake news, que através da mentira e do ódio, falseia a realidade. Carregando em si o perigoso potencial de manipular consciências, elas modificam a vontade popular, afrontam a democracia e viabilizam, fraudulentamente, projetos orquestrados de poder. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e o respeito aos resultados nas eleições. A democracia brasileira, ainda em construção, não pode ser colocada em risco.

Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve. Todos os cristãos somos chamados a preocuparmo-nos com a construção de um mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela justiça e pela paz.

Agradecemos os muitos gestos de solidariedade de nossas comunidades, por ocasião da pandemia e dos desastres ambientais. Encorajamos as organizações e os movimentos sociais a continuarem se unindo em mutirão pela vida, especialmente por terra, teto e trabalho. Convidamos a todos, irmãos e irmãs, particularmente a juventude, a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, obtenha de Deus as bênçãos para todos nós.


Brasília – DF, 29 de abril de 2022.



Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral

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Fonte: CNBB

27 abril, 2022

A importância da “Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs”

 



A importância da “Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs”


Cristo chama a todas e a todos a ser “sal da terra e luz do mundo”, levar a luz de Cristo aos ambientes geradores de sofrimento e morte, de trevas e pecados, injustiça e violência, onde há desespero e desesperança.

O Documento 105 da CNBB – Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade, ressalta as Comunidades Eclesiais de Base como instrumento de consciência da identidade e da missão das cristãs leigas e dos cristãos leigos. “As Comunidades Eclesiais de Base (…), “têm oportunizado espaços de participação e de missão evangelizadora e exercício dos mais diversificados ministérios leigos” (27).

CEBs Igreja Povo de Deus, Igreja pobre, com os pobres, para os pobres, missionária e samaritana a serviço da defesa da vida, Igreja da acolhida, da escuta, do diálogo e da interação fé e vida. Sua espiritualidade é o seguimento de Jesus “pelo seguimento de Jesus, pela vida no Espírito, pela comunhão fraterna e pela inserção no mundo” (Doc. 105, no. 184).

As CEBs provocam as leigas e os leigos e os motivam a exercerem o seu protagonismo e a atuarem como sujeitos na igreja, na política e na sociedade, numa diversidade de carismas, serviços e ministérios, por meio dos quais “o Espírito Santo capacita a todos na Igreja para o bem comum, a missão evangelizadora e a transformação social, em vista do Reino de Deus” (Doc. 105, no. 152).

“As Comunidades Eclesiais de Base são uma forma de vivência comunitária da fé, de inserção na sociedade, de exercício do profetismo e de compromisso com a transformação da realidade sob a luz do Evangelho. São presença da Igreja junto aos mais simples, descartados, aos excluídos. São instrumento que permitem ao povo conhecer a Palavra, celebrar a fé e contribuem para o crescimento do Reino de Deus na sociedade. (…) Elas têm contribuído de forma clara para que os leigos e leigas atuem como sujeito eclesial na vida da Igreja e para sua missão no mundo” (Doc. 105, no.146).

As CEBs espaço onde com comunhão, alegria, resistência e ousadia as leigas e os leigos exercem o seu múnus profético, sacerdotal e real que emana do Batismo de Cristo. Como é bonito, nos pequenos gestos e de diferentes jeitos nas CEBs crianças, jovens, idosos, mulheres e homens vivenciam a Palavra, a comunhão eclesial sendo Igreja que assume a opção preferencial pelos pobres, o cuidado nas diversas dimensões da vida humana e da natureza.

A Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs existe pela consciência da importância da formação das leigas e dos leigos para atuarem na diversidade e pluralidade de trabalhos na igreja, na política e na sociedade, frente aos desafios que a cada dia vai surgindo e provocando. O objetivo dá escola oferecer um percurso formativo para lideranças de CEBs, capacitando formadores e articuladores quanto à fundamentação bíblico, histórica, teológica, oferecendo caminho para uma pedagogia e didática popular.

A escola teve início em junho do ano de 2018, tem como coordenadores Padre Genivaldo Ubinge e a leiga Lucimar Moreira Bueno (Lúcia).

Maringá é sede da Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs com 56 integrantes, sendo 36 da Arquidiocese de Maringá, um da diocese de Apucarana e os demais das dioceses que fazem parte da Província Eclesiástica de Maringá: Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama.

Já realizada seis etapas, cincos primeiras o assessor foi Celso Pinto Carias, de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro, doutor em Teologia, assessor das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB (Comissão do Laicato, Setor CEBs), participa do grupo de assessoras e assessores da Ampliada Nacional das CEBs. A sexta etapa a assessoria foi de padre Leomar Antônio Montagna, do clero da Arquidiocese de Maringá.

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Por Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
Coordenadora da Escola

As fotos são da 6ª Etapa, realizada nos dias 23 e 24 de abril deste ano de 2022, com conteúdo “Doutrina Social da Igreja” e contou com a assessoria de padre Leomar Antônio Montagna.















19 abril, 2022

Dia dos povos indígenas do Brasil - 19 de abril


Dia dos povos indígenas do Brasil - 19 de abril

Vamos comemorar a vida de cada uma delas e de cada um deles.
Enquanto está a nascer uma e um curumim é para os bons acolher e outros engolir que os Povos Indígenas são raiz de nossa gente, uma história linda, história que continua de coragem, determinação e resistência.

18 abril, 2022

CEBs preparam 6ª etapa da Escola de Formadores e Articuladores


CEBs preparam 6ª etapa da Escola de Formadores e Articuladores

Deixando-nos ir ao coração de Jesus compreendemos que o coração do Evangelho é a preocupação com o ser humano, principalmente os mais pobres, frágeis, marginalizados e afastados. Jesus não fez outra coisa a não ser preocupar-se com os mais simples e mais pobres, zelando pela vida dos camponeses, das mulheres, desempregados, de pessoas doentes.

A Igreja, que se encontra em cada Comunidade Eclesial de Base, dentro da estrutura organizacional da Arquidiocese de Maringá, precisa ver, sentir e comprometer-se com a realidade dura dos pobres e marginalizados, nas angustias e tristezas de crianças, idosos e adultos que moram nas ruas; no dia a dia de marginalização e violência de gênero, raça e sexualidades; no mundo dos encarcerados; no desespero e desesperança dos refugiados e migrantes; no cotidiano de marginalização das mulheres; na casa daqueles que não têm o pão de cada dia pelo desemprego e baixo salário; além de tantas outras realidades de irmãs e irmãos que estão à margem.

Diante das forças que a cada minuto geram desigualdades e exclusões, dores e sofrimento, queremos com a 6ª etapa da Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs lançar um apelo aos integrantes da escola a tomar consciência diante das forças geradoras de desigualadas. A cada dia, torna-se mais urgentes vínculos entre solidariedade e bem comum, solidariedade e destinação universal dos bens, solidariedade e igualdade entre os povos, solidariedade e paz no mundo.

É preciso pensar as CEBs a partir do compromisso com os pobres, marginalizados e afastados, uma Igreja ousada e samaritana presente nas periferias geográficas e periferias existenciais onde há sofrimento, solidão e degrado humano.

A Doutrina Social da Igreja será o conteúdo da 6ª etapa da Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs que contará com a assessoria de padre Leomar Antônio Montagna, nos dias 23 e 24 de abril. Na noite do primeiro dia haverá “roda de viola” com os talentos do povo de nossas CEBs da paróquia São Mateus Apóstolo, e será na Casa de Nazaré, momento fraterno e confraternização entre os integrantes da escola e as internas.

A Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs é coordenada pelo padre Genivaldo Ubinge e por mim, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia).

Maringá é sede da Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs com 56 integrantes, sendo 36 da Arquidiocese de Maringá, um da diocese de Apucarana e os demais das dioceses que fazem parte da Província Eclesiástica de Maringá: Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama.

Por Lucimar Moreira Bueno (Lúcia).

Uma provocação de nosso papa Francisco, para essa semana!

“a falsidade, nas palavras e na vida, polui o anúncio, corrompe por dentro, leva de volta ao túmulo. A falsidade nos leva para trás, nos leva à morte, ao sepulcro. (...) nós nos escandalizamos quando, através da informação, descobrimos mentiras e enganos na vida das pessoas e na sociedade. (...). Mas, vamos também dar um nome às falsidades que existem dentro de nós! E coloquemos essas nossas opacidades diante da luz de Jesus ressuscitado. Ele quer levar à luz as coisas escondidas, para nos tornar testemunhas transparentes e luminosas da alegria do Evangelho, da verdade que nos liberta". (Papa Francisco)

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Fonte: Vatican Neww

14 abril, 2022

Início do Tríduo Pascal

Missa da Ceia do Senhor – Início do Tríduo Pascal
"O cálice por nós abençoado, 
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor"
Celebração da Ceia Pascal, fazemos memória da grande ceia da despedida, que começa com o gesto do lava-pés.
"Amou-nos até o fim"
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Paróquia São Mateus Apóstolo
Capela Sagrada Família






Última Ceia com a presença das discípulas e discípulos

Pintura _ A Última Ceia, de Bohdan Piasecki, 1988, com a presença das discípulas e discípulos


13 abril, 2022

Suicídio – um caminho longo de quem não teve coragem de gritar ou seu grito não foi ouvido?


 Suicídio – um caminho longo de quem não teve coragem de gritar ou seu grito não foi ouvido?

Hoje, 13 de abril de 2022, um homem perdeu a vida ao se jogar do 14º andar do Edifício Transamérica, perto de onde trabalho.

Ao passar no local, um aperto, senti tristeza, viaturas da polícia, viatura do IML, um pouco de aglomeração de pessoas. Parei um pouco longe, ouvi alguns comentários buscando o porquê.

Comentei comigo mesmo, quanta tristeza e incertezas ele tinha e pensei, será que ele não teve coragem de gritar ou o seu grito não foi ouvido. Depois pensei, quando sua mãe, sua família ficar sabendo, como irão sofrer.

Eu vejo que o suicídio é uma decisão pessoal e sofrida, muitas vezes sem a coragem de pedir socorro.

Uma pessoa antes de tirar sua vida percorre um caminho longo e com comportamento que precisa ser enxergado para ser socorrido, prevenido, com programas, planejamento, capacitação de profissionais.

A comunidade também precisa enxergar e ter pessoas capacitadas, porque a comunidade tem que preocupar-se com o todo. Um trabalho em conjunto, profissionais da saúde e voluntários das associações de moradores, de nossas Comunidades Eclesiais de Base, das Igrejas, entre outros.

Suicídio – um caminho longo de quem não teve coragem de gritar ou seu grito não foi ouvido?


11 abril, 2022

A Semana Santa é uma grande história de amor!



A Semana Santa é uma grande história de amor!

Essa semana, Semana Santa, nos dá a oportunidade de reviver o Mistério Pascal, o grande Mistério da Fé.

Mais que os demais dias, os dias dessa semana, deixemo-nos tocar por Cristo, solidarizarmos com Cristo que sofre, que é crucificado e agoniza. O nosso Deus, decidiu conversar com a mulher e o homem com o amor, que vence a morte.

O nosso Deus nos ama tanto, que lhe deu o seu Filho único (Jo 3,6). Deu-o à paixão e à morte.

Nunca seremos abandonados nas provações da vida, a Semana Santa fala-nos de misericórdia e até onde o amor de Deus por suas filhas e seus filhos pode chegar. A Semana Santa é uma grande história de amor. O Papa Francisco nos ensina que “Deus se oferece verdadeiramente todo por cada um de nós”.

Na Quinta-feira Santa, Jesus institui a Eucaristia, Jesus lava os pés dos que com Ele caminham levando a compreenderem o amor que anima e não faz perder-se no caminho. Com o gesto do lava pés Cristo mostra que a Eucaristia é amor que se faz serviço, Francisco diz que "É a presença sublime de Cristo que deseja alimentar cada um de nós".

Na Sexta-feira Santa, a morte de Jesus na cruz oferece a salvação a todas e a todos, Francisco diz que é o "momento culminante do amor".

No Sábado Santo, somos convidadas e convidados a contemplar o silêncio de nosso Deus. Francisco explica que "fala sobre o amor e a solidariedade com os abandonados". Neste dia, o amor, se transforma em espera pela vida que vem no domingo da ressurreição, nos ensina o Papa.

09 abril, 2022

Coleta da Solidariedade 2022 - Domingo de Ramos


*Domingo de Ramos é dia da Coleta da Solidariedade*

Gesto concreto da Campanha da Fraternidade (CF), a Coleta Nacional da Solidariedade é realizada em âmbito nacional, todos os anos, no Domingo de Ramos. Em 2022, acontecerá nesse Domingo de Ramos, 10 de abril de forma mais intensificada.

Os recursos arrecadados integram os Fundos Diocesanos e Nacional de Solidariedade que têm contribuído para a promoção da dignidade humana, o compromisso com os pobres e a vida plena.

Do total arrecadado na Coleta para a Solidariedade, 60% fica na Arquidiocese de Maringá e é gerido pelo Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS) com o objetivo de apoiar iniciativas e projetos locais. Os outros 40% compõem o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), que é administrado pelo Departamento Social da CNBB, sob a orientação do Conselho Gestor da CNBB.

Na Arquidiocese de Maringá, além das coletas nas missas, fiéis que desejarem podem fazer doação pelo PIX 44988325102 (celular).

Veja a mensagem do padre Emerson Cícero de Carvalho e do Arcebispo Dom Frei Severino Clasen.

https://youtu.be/YP_dsA3XEak

08 abril, 2022

"Manter a Esperança" de Ademar Bogo.

Já negaram tudo que bem pouco resta
nova teoria já dizem que tem
Tentam iludir os que tudo fazem pra que se
acomodem e parem também.

Qualquer discurso já é uma ameaça
e se for na praça correndo já vem
Não andamos muito mas sabemos agora
Já disse o poeta "quem sabe faz a hora"
e não se espera por quem já não vem.

Refrão
Já disse o homem que depois
morreu e ficou na memória.
Que existe uma coisa na roda da história
que uma camada pra trás quer rodar.
Mas estes não servem
pra pôr suas mãos nesta manivela
ficarão à margem olhando da janela
a luta do povo esta roda girar.

0 que os outros fizeram já não vale nada.
Já não sabem mais o que mesmo dizer.
Querem construir a nova sociedade
buscando no voto o sonhado poder
A luta de classes já não existe
Mas quem faz resiste e procura vencer.
Por mais que se queira transformar em nada,
saibam que a história é como a madrugada,
quem acorda cedo faz o amanhecer.


06 abril, 2022

Francisco: em Bucha crueldade cada vez mais horrível, acabem com a guerra

 "70 corpos de civis espalhados pelas ruas, de mãos atadas atrás das costas, em Bucha, uma cidade ucraniana a poucos quilômetros de Kiev". Um "massacre" diante do qual sobe um grito aos céus: "Acabem com esta guerra, calem-se as armas, parem de semear morte e a destruição".

Francisco: em Bucha crueldade cada vez mais horrível, acabem com a guerra

No final da audiência geral desta quarta-feira (06/04), o Papa condenou o "massacre" na cidade ucraniana, a poucos quilômetros de Kiev, de onde foram divulgadas fotografias e informações sobre os corpos de civis nas ruas. O Pontífice reiterou seu apelo para "calar as armas", depois mostrou uma bandeira vinda diretamente de Bucha e acolheu um grupo de crianças vindas da Ucrânia ao palco da Sala Paulo VI: "É difícil ser desenraizado da própria terra por causa da guerra".


Salvatore Cernuzio – Vatican News

Um "massacre" diante do qual sobe um grito aos céus: "Acabem com esta guerra, calem-se as armas, parem de semear morte e a destruição". Francisco falou em tom sério na Sala Paulo VI. Diante de seus olhos estão as imagens de mais de 70 corpos de civis espalhados pelas ruas, de mãos atadas atrás das costas, em Bucha, uma cidade ucraniana a poucos quilômetros de Kiev, cujas fotos foram divulgadas pelas autoridades locais juntamente com relatos de valas comuns. O mundo ficou indignado com estas terríveis fotografias, que estão sendo investigadas como "crimes de guerra".

Um "massacre" é como Francisco definiu no final da audiência geral. "As recentes notícias sobre a guerra na Ucrânia, ao invés de trazer alívio e esperança, atestam novas atrocidades, como o massacre de Bucha", afirma o Pontífice.

Crueldades cada vez mais horrendas, perpetradas também contra civis, mulheres e crianças indefesas. São vítimas cujo sangue inocente clama ao céu e implora: "Acabem com esta guerra! Silenciem as armas! Parem de semear a morte e a destruição".

O Papa pede aos fiéis que rezem por isso e, de cabeça baixa, fica em silêncio por alguns momentos. Depois levanta-se e mostra a todos uma bandeira em dois tons de verde, com uma cruz desenhada e escritas em ucraniano ao redor: "Ontem, direto de Bucha, me trouxeram esta bandeira. Esta bandeira vem da guerra, da cidade martirizada de Bucha", disse.

Algumas crianças ucranianas sobem ao palco, acompanhadas por seus pais. A mais nova está no colo de sua mãe, e o maior leva um desenho. "Saudemo-los e rezemos junto com eles", exorta o Papa Francisco. E comenta:

"Estas crianças tiveram que fugir e chegar a uma terra estranha: este é um dos frutos da guerra. Não os esqueçamos, e não esqueçamos o povo ucraniano".

Francisco dobra a bandeira, a beija e abençoa. Em seguida, entrega alguns ovos de Páscoa às crianças. Carícias, mãos na cabeça, uma bicada na bochecha da menor: gestos de ternura para os que ainda estão sentindo o choque do barulho das bombas e da fuga de suas próprias casas.

"É difícil ser desenraizado da própria terra por causa de uma guerra".

Um comentário que o Pontífice pronunciou de improviso ao sentar-se. Já na coletiva de imprensa no voo de retorno de Malta, o Papa Francisco tinha comentado o massacre em Bucha, notícia da qual um repórter o havia informado. "A guerra é sempre uma crueldade, uma coisa desumana e vai contra o espírito humano – não digo espírito cristão – contra o espírito humano. É o espírito de Caim”, disse o Papa. “É o espírito de Caim, o espírito 'Caimista’”.

Com seu olhar sempre voltado para a Ucrânia, Francisco agradeceu aos fiéis poloneses - os presentes no Salão Paulo VI e os ligados através da mídia - pelo espírito de acolhida demonstrado aos refugiados ucranianos. Quase três milhões, de acordo com as últimas estimativas. "Vocês demonstraram uma extraordinária e exemplar generosidade para com nossos irmãos e irmãs ucranianos, para os quais abriram seus corações e as portas de suas casas", disse o Papa. "Muito obrigado, muito obrigado pelo que vocês fazem aos ucranianos", acrescentou ele. Por fim, uma bênção: "Que o Senhor abençoe sua pátria por sua solidariedade e lhes mostre o Seu Rosto".

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Fonte:
https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-04/uerra-francisco-ucrania-audiencia-bucha-bandeira.html