01 junho, 2018

Que presidente é esse, preferiu retirar orçamento de várias áreas do que mexer na política da Petrobras.

Fonte da foto: Internet



Que presidente é esse, preferiu retirar orçamento de várias áreas do que mexer na política da Petrobras.

Foi publicado ontem, quinta-feira, 31 de maio, a Medida Provisória (MP) nº 838, que cria o programa de subvenção econômica à comercialização do óleo diesel. O objetivo é reduzir o preço do combustível nas refinarias em 46 centavos por litro. Desse total, o governo vai subsidiar 30 centavos, por meio de recursos na ordem de R$ 9,5 bilhões, que serão repassados diretamente aos produtores e importadores de diesel. 


Abaixo alguns dos cortes:

– Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS): Perdeu R$ 142,62 milhões

– Políticas para as Mulheres – Promoção da Igualdade e Enfrentamento à Violência: Perdeu R$ 661,6 mil

– Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar: Perdeu R$ 5,4 milhões

– Promoção dos Direitos da Juventude: Perdeu R$ 425 mil

– Políticas para as Mulheres – Promoção da Igualdade e Enfrentamento à Violência: Perdeu R$ 661,6 mil

– Promoção da Educação do Campo: Perdeu R$ 1,8 milhão

– Desenvolvimento de Assentamentos Rurais: Perdeu R$ 3,21 milhões

– Apoio ao Desenvolvimento de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono: Perdeu R$ 31,1 mil

– Apoio ao Desenvolvimento e Controle da Agricultura Orgânica: Perdeu R$ 87,5 mil

– Prevenção e Repressão ao Tráfico Ilícito de Drogas e a Crimes Praticados Contra Bens, Serviços e Interesses da União: Perdeu R$ R$ 4,13 milhões

– Demarcação e Fiscalização de Terras Indígenas e Proteção dos Povos Indígenas Isolados: Perdeu R$ 625,3 mil

– Força Nacional de Segurança Pública: Perdeu R$ 1,9 milhão

– Política Pública sobre Drogas: Perdeu R$ 462,3 mil

Redes de Cuidados e Reinserção Social de Pessoas e Famílias que Têm Problemas com Álcool e Outras Drogas: Perdeu R$ 1,13 milhão

– Saneamento Básico: Perdeu R$ 6,2 milhões

– Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde Indígena: Perdeu R$ 15,13 milhões

– Identificação da População por meio da Carteira de Trabalho e Previdência Social: Perdeu R$ 947,9 mil

Combate  à Mudança climática: Perdeu R$ 445 mil

– Controle e Fiscalização Ambiental: Perdeu R$ 1,2 milhão

– Desenvolvimento de Atividades e Apoio a Projetos de Esporte, Educação, Lazer, Inclusão Social e Legado Social: Perdeu R$ 2,41 milhões

– Desenvolvimento Integral na Primeira Infância – Criança Feliz: Perdeu R$ 3,9 milhões

No Brasil, apenas 3,6% dos alunos da rede pública concluem o fundamental com habilidades avançadas de leitura

ONU
Taxa foi identificada pela UNESCO a partir dos resultados da Prova Brasil de 2013. Quando avaliado o desempenho em matemática, esse índice caía para 1,3%. Dados são de pesquisa que alerta também para desigualdades de cor e gênero no acesso ao aprendizado.
Relatório foi tema de seminário que reuniu cerca de 150 professores e especialistas de secretarias estaduais em Brasília , no dia 23 de maio.
Foto: EBC
Em 2013, apenas 3,6% dos alunos do ensino público brasileiro chegaram ao final do fundamental com habilidades avançadas de leitura. Quando avaliado o desempenho em matemática, esse índice caía para 1,3%. Para discutir soluções para as fragilidades da educação oferecida pelo Estado, cerca de 150 professores e especialistas de secretarias estaduais se reuniram em Brasília, no dia 23, em seminário da UNESCO.
A análise investiga o fenômeno da exclusão intraescolar, quando o aluno, mesmo matriculado, não aprende os conteúdos de maneira compatível com a etapa de ensino cursada. Essa questão pode refletir um problema social, sobretudo quando está associado a determinados grupos de estudantes que apresentam certas características sociodemográficas, relacionadas a região onde moram, origem socioeconômica, gênero e cor da pele, por exemplo.
A pesquisa mostra que, em 2013, o percentual de alunos do 9º ano abaixo do nível básico de competências em leitura e matemática era, respectivamente, 23,3% e 35,7%. Nas duas disciplinas, os índices mostram uma piora na comparação com 2011 – 21,3% em leitura e 33,9% em matemática.

Disparidades de gênero e raça

Estudantes negros e pardos estão sobre-representados entre os alunos que concluem o fundamental com habilidades de leitura abaixo do básico – 29,1% e 23%, respectivamente. Entre os brancos, o índice cai para 18,5%, abaixo da média geral (21,3%).
Já entre os que tinham desempenho avançado, os afrodescendentes estavam sub-representados – apenas 2,2% dos negros e 3,1% dos pardos chegavam a esse nível de aprendizado em 2013. Com os brancos, a taxa alcançava os 5,4%.
Em matemática, 42,1% dos alunos negros e 36,3% dos alunos pardos estavam entre os jovens do 9º ano com competências inferiores ao nível básico. A taxa para os brancos era de 28,6%.
Quando comparados os índices de homens e mulheres, a UNESCO identificou que as meninas têm um melhor rendimento em leitura do que os meninos no 9º ano.
Do total de alunas avaliadas pela Prova Brasil de 2013, 17,4% tinham habilidades inferiores ao básico, enquanto que, entre os meninos, o percentual chegava a 29,3%. Quase 30% delas tinham desempenho acima do básico. Já entre os rapazes, o índice era 19,5%.
Mas quando avaliado o desempenho em matemática, as meninas ficaram atrás dos meninos – 36,9% delas tinham competências abaixo do básico. Com os meninos, o índice baixava para 34,4%.

Nova pesquisa em setembro

O encontro em Brasília também discutiu os dados preliminares do estudo Qualidade da infraestrutura escolar das escolas públicas da educação básica – ensino fundamental, produzido por meio de uma cooperação entre a UNESCO e a Universidade Federal de Minas Geral (UFMG). Ainda em fase de construção, a pesquisa tem previsão de lançamento para setembro deste ano.
Da ONU Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 31/05/2018

CNBB divulga nota sobre o momento nacional

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se solidariza com os caminhoneiros, trabalhadores e trabalhadoras, em manifestação em todo território nacional, em nota divulgada nesta quarta-feira, 30 de maio. Preocupada com as duras consequências que sempre recaem sobre os mais pobres, no texto a entidade conclama toda a sociedade para o diálogo e para a não violência. “Reconhecemos a importância da profissão e da atividade dos caminhoneiros”, pontua.



Confira, abaixo, a nota na íntegra:

NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO NACIONAL
“Jesus entrou e pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco”(Jo 20,19)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, solidária com os caminhoneiros, trabalhadores e trabalhadoras, em manifestações em todo território nacional, e preocupada com as duras consequências que sempre recaem sobre os mais pobres, conclama toda a sociedade para o diálogo e para a não violência. Reconhecemos a importância da profissão e da atividade dos caminhoneiros.

A crise é grave e pede soluções justas. Contudo, “qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se desvia do caminho da justiça” (CNBB, 10/03/2016). Nenhuma solução que se utilize da violência ou prejudique a democracia pode ser admitida como saída para a crise.

Não é justo submeter o Estado ao mercado. Quando é o mercado que governa, o Estado torna-se fraco e acaba submetido a uma perversa lógica financista. “O dinheiro é para servir e não para governar” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 58). 

É necessário cultivar o diálogo que exige humilde escuta recíproca e decidido respeito ao Estado democrático de direito, para o atendimento, na justa medida, das reivindicações.

As eleições se aproximam. É preciso assegurar que sejam realizadas de acordo com os princípios democráticos e éticos, para restabelecer nossa confiança e nossa esperança. Propostas que desrespeitam a liberdade e o estado de direito não conduzem ao bem comum, mas à violência.

Celebramos a Solenidade do Corpus Christi, fonte de unidade e de paz. Quem participa da Eucaristia não pode deixar de ser artífice da unidade e da paz. O Pão da unidade nos cure da ambição de prevalecer sobre os outros, da ganância de entesourar para nós mesmos, de fomentar discórdias e disseminar críticas; que desperte a alegria de nos amarmos sem rivalidades, nem invejas, nem murmurações maldizentes (cf. Papa Francisco, Festa do Corpus Christi, 2017). O Pão da Vida nos motive a cultivar o perdão, a desenvolver a capacidade de diálogo e nos anime a imitar Jesus Cristo, que veio para servir, não para ser servido.

Conclamamos, por fim, todos à oração e ao compromisso na busca de um Brasil solidário, pacífico, justo e fraterno. A paz é um dom de Deus, mas é também fruto de nosso trabalho.

Nossa Senhora Aparecida interceda por todos!

Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília (DF)
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador (BA)
Vice-Presidente da CNBB  

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário-Geral da CNBB