31 dezembro, 2022

Feliz Ano Novo

Que o nosso Deus lhe de a sua graça e sua bênção.
O Senhor te abençoe e te guarde!

20 dezembro, 2022

Papa Francisco: ainda há muitos mortos no local de trabalho

Disse Francisco, o sindicato é chamado a ser a voz dos sem-voz. O trabalho permite que a pessoa se realize, viva a fraternidade, cultive a amizade social e melhore o mundo. Não há sindicato (sem trabalhadoras e) sem trabalhadores e não há (trabalhadoras e) trabalhadores livres sem sindicatos. (...) entre as tarefas do sindicato está a de educar ao sentido do trabalho, promovendo a fraternidade entre (as trabalhadoras e) os trabalhadores. Esta preocupação formativa não pode faltar. É o sal de uma economia saudável, capaz de fazer do mundo um lugar melhor.

O Santo Padre recebeu em audiência no Vaticano cerca de 6 mil membros da Confederação Geral Italiana do Trabalho. “O trabalho permite que a pessoa se realize, viva a fraternidade, cultive a amizade social e melhore o mundo”.

Silvonei José – Vatican News

“Não há sindicato sem trabalhadores e não há trabalhadores livres sem sindicatos”: foi o que disse o Papa Francisco recebendo nesta manhã de segunda-feira, na Sala Paulo VI, cerca de 6 mil membros da Confederação Geral Italiana do Trabalho. Foi um encontro com pessoas que fazem parte de organizações sindicais históricas da Itália. No seu discurso o Papa expressou mais uma vez a sua proximidade para com o mundo do trabalho e, em particular, com as pessoas e famílias que mais lutam.

Francisco destacou que vivemos em uma época que, apesar dos avanços tecnológicos - e às vezes precisamente por causa desse sistema perverso chamado tecnocracia – em parte decepcionou as expectativas de justiça no âmbito trabalhista. E isto exige, antes de tudo, reiniciar do valor do trabalho, como um lugar onde a vocação pessoal e a dimensão social se encontram. O trabalho permite que a pessoa se realize, viva a fraternidade, cultive a amizade social e melhore o mundo.

O trabalho constrói a sociedade, reafirmou o Papa. É uma experiência primária de cidadania, na qual uma comunidade de destino toma forma, fruto do compromisso e dos talentos de cada indivíduo. E assim, na rede comum de conexões entre as pessoas e os projetos econômicos e políticos, ganha vida dia a dia o tecido da "democracia".

Caros amigos, se recordo esta visão, é porque entre as tarefas do sindicato está a de educar ao sentido do trabalho, promovendo a fraternidade entre os trabalhadores. Esta preocupação formativa não pode faltar. É o sal de uma economia saudável, capaz de fazer do mundo um lugar melhor.

De fato, acrescentou o Papa "os custos humanos são sempre também custos econômicos e as disfunções econômicas sempre implicam também custos humanos". Desistir de investir nas pessoas para obter um lucro mais imediato é um mau negócio para a sociedade".

Ao lado da formação, é sempre necessário apontar as distorções do trabalho, disse ainda o Papa. A cultura do descarte entrou nas dobras das relações econômicas e também invadiu o mundo do trabalho.

“Vemos isso, por exemplo, onde a dignidade humana é espezinhada pela discriminação de gênero - por que uma mulher deveria ganhar menos do que um homem? -; é visto na precariedade da juventude - por que as pessoas têm que adiar suas escolhas de vida por causa da precariedade crônica? -; ou na cultura da demissão; e por que os empregos mais exigentes ainda são tão mal protegidos? Muitas pessoas sofrem com a falta de trabalho ou por causa de um trabalho indigno: seus rostos merecem escuta e o compromisso sindical”.

O Papa então compartilhou algumas preocupações. Primeiro, a segurança dos trabalhadores. Ainda há muitos mortos, mutilados e feridos no local de trabalho! Cada morte no trabalho é uma derrota para toda a sociedade. Mais do que contá-los no final de cada ano, devemos lembrar de seus nomes, pois são pessoas e não números. Não permitamos que o lucro e a pessoa sejam equiparados! A idolatria do dinheiro tende a pisar em tudo e em todos e não valoriza as diferenças.

Trata-se de nos educarmos para cuidar da vida dos funcionários e nos educarmos para levar a sério as normas de segurança: somente uma sábia aliança pode prevenir aqueles "acidentes" que são tragédias para as famílias e comunidades.

Uma segunda preocupação é a exploração das pessoas, como se fossem máquinas de desempenho. Existem formas violentas, como o "caporalato" (recrutamento de mão de obra) e a escravidão dos trabalhadores na agricultura ou em canteiros de obras e outros locais de trabalho, a obrigação de trabalhar em turnos extenuantes, o jogo de contratos sempre menores, o desrespeito à maternidade, o conflito entre trabalho e família. Quantas contradições e quantas guerras entre os pobres acontecem em torno do trabalho! Nos últimos anos, os chamados "trabalhadores pobres" aumentaram: pessoas que, apesar de terem um emprego, não conseguem sustentar suas famílias e dar esperança para o futuro.

O sindicato – disse ainda Francisco - é chamado a ser a voz dos sem-voz. Em particular, o Papa pediu que cuidem dos jovens, que muitas vezes são obrigados a contratos precários, inadequados e escravizadores.

O Santo Padre recordou ainda que nestes anos pandêmicos, o número daqueles que se demitem de seus empregos tem aumentado. Tanto jovens quanto idosos estão insatisfeitos com sua profissão, o ambiente de trabalho, as formas contratuais, e preferem se demitir. Eles buscam outras oportunidades. Este fenômeno não diz desengajamento, mas a necessidade de humanizar o trabalho.

O Papa concluiu o seu discurso convidando os presentes a serem 'sentinelas' do mundo do trabalho, gerando alianças e não oposições estéreis. As pessoas estão sedentas de paz, especialmente neste momento histórico, e a contribuição de todos é fundamental. Educar para a paz mesmo no local de trabalho, muitas vezes marcado por conflitos, pode se tornar um sinal de esperança para todos. Também para as gerações futuras.


Fonte: Vatican News

18 dezembro, 2022

Argentina é campeã da Copa do Mundo de 2022

Nossos Hermanos mereceram, em especial Messi.


16 dezembro, 2022

Paula Festival de dança do Espaço Nelson Verri

A noite de ontem, 15 de dezembro de 2022, acompanhar e encantar com minha sobrinha/afilhada Paula e a amiguinha Yasmin dançando no emocionante Festival de dança do Espaço Nelson Verri com o tema Encanto.

 

13 dezembro, 2022

Os refugiados e o inverno mais difícil de todos os tempos

Os refugiados e o inverno mais difícil de todos os tempos. “Enquanto as necessidades humanitárias crescem exponencialmente, os recursos disponíveis se reduzem drasticamente”

Perfila-se um inverno cada vez mais difícil para milhões de refugiados e deslocados em diferentes partes do mundo. O risco para essas pessoas desesperadas, indicam as organizações humanitárias internacionais, é ter que escolher entre comer ou se aquecer. São refugiados e deslocados que, forçados a fugir de conflitos e perseguições e a deixar todos os seus bens e as redes de apoio, nestes meses frios do ano correm o risco de se depararem com a dramática impossibilidade de aquecer os seus abrigos de emergência, conseguir roupas e cobertores para se abrigar do frio e preparar refeições quentes.

A reportagem é de Francesco Citterich, publicada por L'Osservatore Romano, 12-12-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Uma das situações mais dramáticas está na Ucrânia: desde o início da invasão militar russa em 24 de fevereiro, quase um terço dos habitantes foi forçado a deixar suas casas. Mais de 7,8 milhões de pessoas foram registradas como refugiados em toda a Europa, enquanto outras 6,5 milhões são deslocadas internamente. No país, a situação continua a se deteriorar. Milhões de pessoas vivem em casas danificadas ou em edifícios inadequados para protegê-las do frio, com cortes de energia, de aquecimento e de abastecimento de água.

Para as pessoas que fogem de violências e perseguições, este é, sem dúvida, o inverno mais difícil de todos os tempos. O frio e as temperaturas extremas atingem idosos, crianças, mulheres e homens em fuga, já provados por gravíssimas crises globais: aos efeitos decorrentes da pandemia de covid-19, de fato se somam os efeitos dos combates, em particular o aumento exorbitante do custo de produtos essenciais, como alimentos, combustível e energia.

Esses aumentos de preços forçarão muitas famílias de refugiados e deslocados a uma luta pela sobrevivência para cobrir os custos de água e refeições quentes, roupas de inverno, aquecimento e remédios. Já em 2021, quase 193 milhões de pessoas estavam em condições de insegurança alimentar aguda, um aumento de quase 40 milhões em relação a 2020. A guerra na Ucrânia, um dos maiores fornecedores mundiais de grãos, fez disparar o custo de produtos básicos como trigo e óleo vegetal. O Programa Alimentar Mundial previu que, se o conflito continuar a impactar a produção de trigo e milho, em 2023 mais 47 milhões de pessoas serão empurrados para a insegurança alimentar aguda.

Mas há muitas outras zonas em risco. Após mais de 40 anos de conflito, o Afeganistão continua sendo uma das situações humanitárias mais complexas do mundo, com 3,5 milhões de afegãos deslocados por causa dos conflitos e cerca de 1,5 milhão por eventos climáticos extremos. Em algumas áreas do país, as temperaturas invernais podem cair facilmente para 25 graus negativos, deixando milhares de famílias expostas às intempéries. O inverno atinge um país já provado não só por quatro décadas de guerra, mas também por uma grave crise econômica e pelo terremoto que em junho passado, nas províncias do sudeste de Paktika e Khost, significou para milhares de pessoas perdas devastadoras.

O cenário não é melhor na Síria: refugiados e deslocados terão que enfrentar novamente o frio extremo e tempestades de neve. Este será o décimo segundo inverno consecutivo em fuga para muitos deles.

Existem mais de 10 milhões de refugiados sírios e iraquianos e deslocados internos na Síria, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) estima que 3,4 milhões deles estejam numa condição de extrema necessidade. “Vivemos uma fase em que os conflitos e as violências se sobrepõem a outras crises de natureza econômica, geopolítica e climática", declara o ACNUR. “E, infelizmente, enquanto as necessidades humanitárias crescem exponencialmente, os recursos disponíveis se reduzem drasticamente”.


Fonte: IHU

09 dezembro, 2022

Rezemos juntos,

"Virgem Imaculada, hoje gostaria de lhe trazer o agradecimento do povo ucraniano pela paz que há muito tempo pedimos ao Senhor.
Ao invés, ainda devo lhe apresentar a súplica das crianças, dos idosos dos pais e das mães, dos jovens daquela terra martirizada.
Mas na realidade todos nós sabemos que estás com eles e com todos os que sofrem, assim como estiveste ao lado da cruz do teu Filho.

Obrigado, nossa Mãe!
Olhando para ti, que és sem pecado podemos continuar a acreditar e esperar que o amor vença o ódio que a verdade vença a falsidade, que o perdão vença a ofensa, e que a paz prevaleça sobre a guerra. Assim seja!".

(Papa Francisco)

02 dezembro, 2022

A Igreja Católica está dividida. Unamo-nos

Por Celso Pinto Carias

Fala-se de uma “polarização” construída artificialmente em vista de um jogo de poder que esconde muita coisa. Em nome da sã doutrina se legitima uma série de ações que não se coadunam com o Caminho de Jesus Cristo.



No dia 11/11/2022, o mestre e amigo Pedro Ribeiro publicou um artigo falando do “racha” na Igreja Católica. Em conversa no encontro que participamos juntos, falamos sobre isso. Artigo que merece toda atenção da instituição católica (Veja o artigo aqui).

Quando terminou o segundo turno, a ideia desta coluna apareceu, antes do artigo de Pedro. Mas aqui se trata de uma pequena narrativa na qual um modesto teólogo tenta apenas levantar o tapete e ver a poeira que está embaixo. Trata-se da afirmação de que o conceito de comunhão, tão rico para Igreja, está sendo afirmado como um “verniz superficial”, expressão de São Paulo VI no número 20 da Evangelii Nuntiandi. Ora, até quando a hierarquia católica vai se esconder debaixo de um conceito de comunhão um tanto quanto distorcido?

Fala-se de uma “polarização” construída artificialmente em vista de um jogo de poder que esconde muita coisa. Em nome da sã doutrina se legitima uma série de ações que não se coadunam com o Caminho de Jesus Cristo.

Não se trata de defender um lado de forma maniqueísta, mas à luz do Evangelho e da Tradição da Igreja, verificar os absurdos que tem deixado marcas profundas na realidade brasileira. E aí, inegavelmente, um setor integrista, por que não dizer, fascista, forjou discursos de ódio onde nem o Papa escapa.

Quando os progressistas estiveram à frente do governo federal não havia perfeição. Contudo, havia um ambiente onde predominava o respeito ao estado democrático de direito. Mas quando um determinado presidente que diz “jogar sempre nas quatro linhas da constituição” chegou, os diversos mecanismos de perversão da estrutura simbólica, baseado nitidamente na mentira, tornou-se um recurso fundamental para incutir medo, chegando a produzir ações violentas, como nunca antes se viu desde a redemocratização do país.

E uma das vítimas deste processo é a Igreja Católica. Vítima porque em seu interior, apesar de existirem pessoas de caráter duvidoso, existem muitas pessoas boas. E aí, assistimos diversas agressões. Agressões feitas em nome de uma heresia: “Deus acima de todos e Brasil acima de tudo”. O Brasil se tornou maior do que Deus, pois tudo é mais do que todos.

Padres, ministros e ministras, sendo achincalhados durante missas. Até ameaças da integridade física, como aconteceu com Dom Vicente, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Discriminação e intolerância a quem fazia outra opção. Um padre disse que não daria a eucaristia a quem votasse no “vermelho”, outro pediu para os “vermelhos” se retirarem da igreja. Desde a juventude que acompanho política, posso dizer que vi muitos erros da chamada “esquerda”, mas nunca vi tamanho desrespeito. Na região que moro, se tinha medo de colocar adesivos no corpo ou plásticos nos carros. Setores consideráveis das polícias inviabilizando a liberdade de votar. Apoiados, inclusive, por milicianos.

Vamos colocar tudo isso debaixo de um conceito de comunhão que não reconhece a unidade na pluralidade? Que não é capaz de dialogar com as diferenças, na perspectiva poliédrica apontada pelo Papa Francisco? Que parece abafar conflitos e tensões que precisam ser tratados e não escondidos? Vamos permitir que a Igreja sangre cada vez mais, em nome de uma comunhão que enfraquece a força renovadora do Caminho de Jesus Cristo no meio do mundo?

É lamentável se verificar que, para muitos, a diminuição dos fiéis católicos não seja um problema se uma “elite” econômica a mantiver. Elite entre aspas, pois a maioria são pessoas que simplesmente não querem perder privilégios. Os setores integralistas perceberam que não é vantagem ficar fora da grande instituição, então forçam os progressistas a saírem sem cisma.

Não é possível que o episcopado brasileiro se mantenha calado diante de grupos, como o Instituto Dom Bosco, que mente, mente descaradamente, sob o brasão da Igreja Católica. Sabe-se que pouco se pode fazer canonicamente. Talvez se possa fazer algo civilmente. Mas um posicionamento afirmando que este grupo não é a voz oficial da Igreja Católica é perfeitamente possível.

A unidade é uma qualidade necessária justamente por respeitar a diferença. A unidade não é uma uniformização. A unidade não procura desqualificar, mas assumir o que existe de bom em todos e todas. Em tempos de Sínodo, precisamos reaprender a caminhar juntos. Unamo-nos.

Como disse Martin Luther King: “Ou aprendemos a viver como irmãos, ou vamos morrer juntos como idiotas”.




Pelas organizações de voluntariado - O Vídeo do Papa 12 - dezembro 2022




Pelas organizações de voluntariado - O Vídeo do Papa 12 - dezembro 2022

Voluntariado. Compromisso. Coordenação. Estas são as três palavras-chave do Vídeo do Papa de dezembro, preparado pela Rede Mundial de Oração do Papa. Como diz Francisco, "O mundo precisa de voluntários e de organizações que queiram comprometer-se com o bem comum". Voluntários que dão sua ajuda em diferentes organizações "Trabalhando em conjunto, apesar dos poucos recursos que possam ter, dão o seu melhor e tornam possível o milagre da multiplicação da esperança".

“O mundo precisa de voluntários e de organizações que queiram comprometer-se com o bem comum.

Sim, essa é a palavra que muitos hoje em dia querem apagar: "compromisso".

E o mundo precisa de voluntários comprometidos com o bem comum.

Ser um voluntário solidário é uma escolha que nos torna livres; torna-nos abertos às necessidades dos outros, às exigências da justiça, à defesa dos pobres, ao cuidado da criação.

É ser artesãos de misericórdia: com as mãos, com os olhos, com o ouvido atento, com a proximidade.

E ser voluntário é trabalhar com as pessoas a quem se serve. Não só para o povo, mas também com o povo. Trabalhar com pessoas.

O trabalho das organizações voluntárias é muito mais eficaz quando elas colaboram entre si e também com os Estados.

Trabalhando em conjunto, apesar dos poucos recursos que possam ter, dão o seu melhor e fazem do milagre da multiplicação da esperança uma realidade.

Precisamos tanto multiplicar a esperança!

Rezemos para que as organizações de voluntariado e de promoção humana encontrem pessoas dispostas a comprometer-se com o bem comum e a buscar novas formas de colaboração a nível internacional”.