31 outubro, 2014

Horários de missa no dia de Finados no Cemitério Municipal de Maringá e no Cemitério Parque

Que o Nosso Deus conceda a todos/as os falecidos o descanso, a luz e a paz
As velas acesas são símbolo da fé e das boas obras que nunca se apagam. Nossa vida não é tirada, mas, transformada. “Não morro, entro na vida” (Sta. Terezinha).

Que frase você gostaria de colocar na sua sepultura?
Como sugestão:
“Passei fazendo o bem”
“Passei amando e respeitanto”
“Passei semeando o amor e a paz”

Horários de missa no dia de Finados

Cemitério Parque
08h e às 16h

Cemitério Municipal de Maringá
09h, 10h, 11h, 12h, 14h, 15h, 16h e 17h


Dia de Finados


Neste dia 2 celebraremos a memória dos nossos falecidos, daquelas e daqueles que estiveram conosco e hoje estão contemplando a face e a ternura de nosso Deus, na graça da vida eterna.

Portanto, não estão mortos, estão vivos, sua vida não foi tirada, mas transformada.
Os pagãos chamavam o local onde colocavam os seus defuntos de necrópole, cidade dos mortos. Os cristãos inventaram outro nome, mais cheio de esperança, “cemitério”, lugar dos que dormem.

Assim nos aconselha São Paulo:
“Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos” (Gl 6, 10). 

Que o Nosso Deus conceda a todos/as os falecidos o descanso, a luz e a paz.

Dia das Bruxas - 31 de outubro


Dia do Saci-Pererê


30 outubro, 2014

As diversidades do povo brasileiro enriquecem a vida de cada um de nós

Vitória de todo o povo que luta pela construção de um Brasil mais justo, mais inclusivo, e que ofereça oportunidades de desenvolvimento em diversos campos, para que as distâncias dos saberes e das condições de vida sejam diminuídas, beneficiando um maior número de cidadãos, afirma Leno F. Silva, diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, em artigo publicado por Envolverde/IPS, 28-10-2014. 
Eis o artigo.
Mesmo antes do resultado que consagrou Dilma Rousseff no processo eleitoral deste ano, as manifestações pelas redes sociais trouxeram à tona os sentimentos submersos dos defensores de uma visão separatista de país: Sul e Sudeste de um lado; e Norte, Nordeste e Centro-Oeste de outro.
Muitas das declarações que no passado eram expostas em pequenas reuniões e sob a proteção de espaços privados, foram escancaradas nessas plataformas digitais que transformaram completamente a dinâmica do embate político.
De “patinho feio” dos protestos de 2013, a política partidária ganhou espaço de destaque nessa que foi uma das mais acirradas disputas desde que os brasileiros reconquistaram o direito de votar.
Nas últimas semanas o pleito ganhou temperatura de final de clássico de futebol, mas o que estava em jogo desde o início do processo eleitoral eram dois projetos de nação. Consagrou-se vencedora a mandatária atual, representante do PT, partido que decidiu, a partir da eleição de Lula, priorizar em suas políticas e investimentos as classes sociais e as regiões menos favorecidas.
Vitória de todo o povo que luta pela construção de um Brasil mais justo, mais inclusivo, e que ofereça oportunidades de desenvolvimento em diversos campos, para que as distâncias dos saberes e das condições de vida sejam diminuídas, beneficiando um maior número de cidadãos.
Passado o calor da decisão, convém refletirmos sobre os aprendizados que podemos extrair desse processo. A presidenta assumirá o segundo mandato mais forte para promover as mudanças já citadas no seu programa de governo, além de agregar outras tantas demandas que vieram à tona nessa caminhada.
Tenho a impressão de que parcela da sociedade está disposta a se articular, agir e a contribuir para que o Brasil avance nas direções certas. No sistema atual, a representatividade por meio dos partidos políticos, é um canal que precisa ser revigorado, estar mais próximo das pessoas, e criar mecanismos democráticos permanentes de diálogos, por meio dos quais os cidadãos participem e sejam, também, agentes das transformações. 
Os desafios são grandes, mas com equilíbrio, respeito, e espirito público; teremos condições de construir uma nação livre de preconceitos, do racismo e digna para todos nós. Viva o povo brasileiro, que com as suas diversidades, sotaques e jeitos distintos de ser, enriquece a vida de cada um de nós. Por aqui, fico. Até a próxima.


29 outubro, 2014

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

O que é rede de cuidado e proteção?

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Vereador Humberto Henrique preside a Comissão de Finanças e Orçamento


A decisão da Justiça que alterou a composição da Câmara Municipal de Maringá também teve reflexo nas comissões permanentes do Legislativo. Desde o dia 7 de outubro o vereador Humberto Henrique (PT) preside a Comissão de Finanças e Orçamento (CFO). Ele assumiu a função no lugar de Adilson Cintra (PSB).

Compete a CFO manifestar-se sobre o mérito dos projetos de lei de ordem financeira, tributária e orçamentária, e outras que, de forma direta ou indireta, repercutam sobre a receita, a despesa ou o patrimônio do Município.

Após disputa judicial, o recálculo do quociente eleitoral resultou na mudança em que Cintra e Carlos Mariucci (PT) foram substituídos por João Batista da Silva, o Da Silva, e Luís Steinle de Araújo, o Luizinho Gari, ambos do PDT. Gari fez 3.428 votos e Da Silva, 1.715 nas eleições em 2012.

Gelinton Batista / Assesoria de Imprensa

A prática evangelizadora de Jesus

Qual foi a prática que Jesus adotou para realizar sua missão evangelizadora? Qual foi o conteúdo? Qual a finalidade? Qual a fonte da Boa Nova do Reino?

1. A prática evangelizadora de Jesus

 Os estudos históricos mostram e os Evangelhos e confirmam: Jesus vivia em uma época profundamente conflitiva, num país irremediavelmente dividido. Havia fome, pobreza e muita doença; havia gente explorada por um sistema injusto (Lc 22,25), com desemprego, empobrecimento e endividamento crescentes (Mt 6,12; 18,24. 28-34; 20,3.6; Lc 16,5); havia classes altas, comprometidas com os romanos na exploração do povo (Jo 11,47-48; Lc 20,47) e poderosos ricos que não se importavam com a pobreza dos irmãos (Lc 15,16; 16,20-21); e havia grupos de oposição aos romanos que se identificavam com as aspirações do povo (At 5,36-37); havia muitos conflitos e tensões sociais (Mc 15,6; Mt 24,23-24) com repressão sangrenta que matava sem piedade (Lc 13,1); havia a religião oficial. Ambígua e opressora, organizada em torno da sinagoga e do templo (Mt 23,4.23-32; Mt 21,13); e havia a piedade confusa e resistente dos pobres com suas devoções, romarias e práticas seculares (Mt 11,25; 21,8-9; Lc 2,41; 21,2). Numa palavra, havia conflitos nos vários níveis da vida da nação: econômico, social, político, ideológico, religioso. O povo estava sem condições de reencontrar a unidade.

Jesus não se manteve neutro. Em Nome de Deus, tomou posição. Assim. Através da sua atitude, a Boa Nova de Deus se fez presente na vida do povo. O anúncio da Boa Nova, é antes de tudo, uma nova prática, fruto da experiência que Jesus tinha do Pai e que o levava a tomar determinadas atitudes. Seria longo demais descrever todos os aspectos da prática evangelizadora de Jesus. Enumeramos apenas os mais importantes e os mis evidentes.

Fonte:
A prática evangelizadora de Jesus revelada nos Evangelhos
Carlos Mesters

27 outubro, 2014

Como pode?


CLNB disponibiliza material de reflexão para o dia das Leigas e dos Leigos

DIA NACIONAL DO CRISTÃO LEIGO E LEIGA
Na “Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo”, celebramos, a cada ano, o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas.
Até a década de sessenta do século passado, nesta solenidade, a Ação Católica promovia a festa dos leigos com confraternizações, encontros, celebrações e, principalmente, renovação das promessas batismais.
O Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB, em sua X Assembleia Geral, em 1991, decidiu celebrar essa data comemorativa em continuidade com que fazia a Ação Católica, na perspectiva da participação dos leigos e leigas na construção do Reino.
Portanto, de 1991 para cá, a Igreja do Brasil vem celebrando esse dia e o CNLB oferece um subsídio para Círculos de Reflexão, celebrações e confraternização nos regionais, dioceses, paróquias, movimentos, associações laicais e novas comunidades.
Neste ano, este subsídio foi elaborado em conjunto pela presidência do CNLB e Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, tendo como referência o documento Estudos da CNBB, 107 – “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo”.
O material está disponível no site do CNLB:
http://www.cnlb.org.br/documentos/dia_do_leigo_FINAL.pdf

Menos ódio por favor!

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Antes mesmo de a apuração ser concluída e dar a vitória à candidata petista Dilma Rousseff, o discurso de ódio classista e regional voltou a se disseminar pelo Facebook. Ficou popular um gráfico em duas cores que mostra onde a presidente reeleita venceu e onde Aécio Neves obteve maioria, comparando com os estados mais assistidos pelo Bolsa Família.
Para fazer frente a esse discurso de ódio, o economista Thomas Conti desenvolveu um gráfico que mostra um Brasil mais uniforme (veja aqui em tamanho real). Ao invés de marcar com cores diferentes os estados onde um ou outro candidato venceu numericamente, Conti fez uma ponderação em relação à proporção de votos. O gráfico foi feito utilizando ferramentas do Excel 2013.
No Facebook, a imagem já conta com mais de 13 mil compartilhamentos.
“Devido ao enxame de declarações preconceituosas e vergonhosas que invadiu o Facebook depois de apurados os votos, acho bom as pessoas terem em mente que não apenas estão propagando um discurso de ódio tacanho e lastimável, como ainda estão com uma visão completamente equivocada da realidade deste país”, acredita. Conti antecipa que irá produzir mais um gráfico, desta vez com 3 escalas de cor, para computar os votos brancos e nulos e abstenções.
Fonte:http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/grafico-mostra-a-escala-real-do-desempenho-dos-candidatos-no-brasil/94259/

24 outubro, 2014

O desespero eleitoral da revista Veja

O desespero eleitoral da revista Veja 
É preciso discernimento
A revista Veja à muito tempo perdeu sua credibilidade.
É lamentável confiar na factoide da Veja.
Mais um dos golpes ofendendo o jornalismo honesto, com finalidade puramente eleitorais.
A grande Mídia brasileira tem uma disposição definida de desestabilizar os governos Lula e Dilma.
É preciso discernimento

Bolsa Família: 11 anos e 11 conquistas

Uma análise livre de preconceitos revela que o programa aumenta a frequência escolar e cria uma população mais saudável e uma sociedade mais igualitária

Fonte: Carta Capital
por Rosana Pinheiro-Machado e Luana Goveia — publicado 24/10/2014 09:51, última modificação 24/10/2014 10:05
No exterior, o reconhecimento do Programa Bolsa Família é notável: políticos do mundo todo e pesquisadores das mais prestigiosas universidades querem conhecer essa política social. Já no Brasil, o cenário é bastante diferente. Passada mais de uma década, uma grande parte da população ainda tem grande dificuldade de aceitar os benefícios alcançados pelo Bolsa Família. Poder-se-ia argumentar que o entusiasmo de fora é fruto do desconhecimento da realidade brasileira. Nós acreditamos que o que ocorre é exatamente o contrário: fora do Brasil, as pessoas olham abertamente para o Programa, desprovidas dos preconceitos que paralisam uma grande parte da população brasileira.
Com base nos relatórios de impacto do Bolsa Família, sintetizamos aqui algumas das conquistas alcançadas nos últimos 11 anos. Nosso objetivo é ajudar a desconstruir alguns mitos que prevalecem no senso comum, como a ideia de que o Bolsa Família está produzindo uma geração de “vagabundos”. Na verdade, devido à condicionalidade na área de educação e saúde, o Programa comprovadamente está produzindo exatamente o oposto: uma geração de estudantes com frequência escolar 10% maior do que a média nacional, uma população mais saudável e, finalmente, trabalhadores mais engajados – e consequentemente mais críticos e exigentes - no mercado de trabalho.
1. O Bolsa Família tem um custo muito baixo aos cofres públicos
Ao contrário do que é dito popularmente, em termos econômicos, o Bolsa Família é um programa barato, representando apenas 0,45% do Produto Interno Público (PIB) brasileiro.
2. Aquecimento da economia
O dinheiro pago ao Bolsa Família volta para os cofres públicos via impostos, já que ele é usado principalmente para a compra de produtos básicos para uso imediato, como comida e remédios, ou a médio prazo, como bens duráveis. Por ser um dinheiro dinâmico de alta circulação, ele também aquece a economia de baixo para cima, dinamizando, consequentemente, o setor de serviços do País. Como resultado, a cada real adicional gasto no Bolsa Família estimula-se um crescimento de 1,78 reais no PIB.
3. Superação da extrema pobreza e redução da desigualdade social
Bolsa Família ajudou a retirar 36 milhões de pessoas da situação de pobreza. A pobreza e a extrema pobreza somadas caíram de 23,9% para 9,6% da população. Houve uma redução inédita da redução da desigualdade de renda no Brasil nos últimos 10 anos, e o Bolsa Família foi responsável por 13% dessa redução.
4. Melhorias na saúde da população de baixa renda
Redução em 51% no déficit de estatura média das crianças beneficiárias. O déficit de estatura é um indicador de desnutrição crônica e está associado ao comprometimento intelectual das crianças. Os meninos beneficiários de cinco anos aumentaram 8 milímetros, em média, em quatro anos.
Entre 2005 e 2009, a cobertura de vacinação entre as famílias beneficiárias passou de 79% para 82%.   As mulheres grávidas beneficiárias têm 1.6 consulta a mais do que as mulheres não beneficiárias na mesma condição.
Houve também redução da mortalidade infantil entre zero e seis anos em 58% por causas relacionadas à desnutrição e diminuição das doenças infecciosas relacionadas à desnutrição e à diarreia, além do aumento da porcentagem de crianças de até seis meses alimentadas exclusivamente pela amamentação.
5. Melhorias na educação da população de baixa renda
Bolsa Família mantém 16 milhões de crianças e adolescentes na escola. Os estudantes beneficiários do programa têm menor taxa de abandono do que os não beneficiários.
No ensino médio, a taxa de abandono dos beneficiários do Bolsa Família é de 7,4% ante a dos não-beneficiários de 11,3%. No ensino fundamental, a taxa de abandono foi de 2,8% para os beneficiários do programa, enquanto a dos não-beneficiários era de 3,2%. Ou seja, o cumprimento da condicionalidade do Bolsa Família faz com que os beneficiários não apenas frequentem a escola, mas também apresentem melhores indicadores que crianças pobres e não beneficiárias do programa.
6. Redução do Trabalho Infantil
Bolsa Família ajudou a diminuir o número de horas do trabalho doméstico entre crianças e adolescentes de 5 a 17 anos – decréscimo de 4,5 horas no geral e de 5 horas para os meninos.  Houve o adiamento de 10 meses na entrada no mercado de trabalho de crianças e adolescentes do sexo masculino.
7. Empoderamento das Mulheres
O pagamento é feito diretamente à mulher responsável pela família, o que levou a um processo de empoderamento em seus lares. Com um poder sobre os gastos familiares, as beneficiárias decidem mais sobre as compras e têm mais controle sobre sua vida conjugal. Com a segurança monetária proporcionada, as mulheres se sentem menos dependentes dos seus maridos, muitos dos quais agressivos e têm mais poder em uma eventual separação.
As beneficiárias ampliaram o uso de métodos contraceptivos (9,8 pontos percentuais de alta), reforçando a autonomia e o exercício dos direitos reprodutivo entre as mulheres.
Para as mulheres não ocupadas, o Bolsa Família contribui para um aumento  de 5 pontos percentuais procura por trabalho, com destaque para a região Nordeste.
8. Superação de preconceitos contra o Bolsa Família (1): “O Bolsa Família incentiva os pobres a fazer filhos”
Diz-se que as pessoas oportunisticamente terão mais filhos para receberem mais benefícios. Na verdade, a tendência de declínio de fertilidade da população brasileira continua notável em todas as faixas de renda, sendo que a redução recente da taxa de fertilidade tem sido ainda maior entre as mais pobres.
9. Superação de preconceitos contra o Bolsa Família (2): “O dinheiro do Bolsa Família é gasto com roupas de ‘marca’”:
Beneficiárias não fariam uso adequados dos recursos monetários a elas transferidos. Na verdade, verificou-se que famílias pobres em situação de insegurança familiar são mais propícias a gastarem seus recursos em alimentação.
10. Superação de preconceitos (3): “Efeito-preguiça: o Bolsa Família acomoda e sustenta vagabundos”:
Em termos de ocupação, procura de emprego ou jornada de trabalho, os dados são iguais entre beneficiários e não beneficiários do programa. Ademais, a probabilidade de quem recebe o Bolsa Família estar trabalhando é maior – 1,7% a mais para homens, 2,5% para mulheres – do que entre pessoas da mesma faixa de renda que não participam do programa.
Há também estudos que mostram que o Bolsa Família também não incentiva a informalidade. O incentivo à acomodação ou à informalidade é praticamente nulo.
Sobre o número de pessoas que já deixaram o Bolsa Família voluntariamente, calcula-se que foram 1,7 milhão de famílias.
11. Superação de preconceitos (4): “Bolsa Família estimula corrupção local e clientelismo”
O pagamento é feito da Caixa Econômica Federal diretamente às famílias, via cartão bancário, sem passar pela interferência dos agentes do poder local. Agentes locais apenas coletam informações das famílias beneficiárias, informações estas que são enviadas ao MDS para análise da elegibilidade das famílias e finalmente o sorteio das que serão beneficiárias do programa.
Prestígio e Futuro
Por essas e muitas outras razões, como a melhoria nas moradias e no sentimento geral de bem estar das populações mais pobres, o Bolsa Família é um modelo no contexto internacional, sendo considerado o principal instrumento de transferência de renda do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU). O Bolsa Família foi apontado, em 2013, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como uma das principais estratégias adotadas pelo país que resultaram na superação da fome, retirando, assim, o país do mapa da fome mundial. Adicionalmente, a Associação Internacional de Segurança Social (AISS) concedeu ao Brasil um prestigioso prêmio internacional devido ao caráter inovador de redução da pobreza trazido pelo Bolsa Família, considerado o mais importante do mundo dentro dos grupos de programas de transferência condicional de renda. A instituição espera, ainda, que o Bolsa Família sirva de exemplo para que mais países implementam programas similares em benefício de seus cidadãos.
A população brasileira precisa ter consciência de suas próprias conquistas para que possa reivindicar pela manutenção e aperfeiçoamento do Programa. Se, em uma década, o Bolsa Família trouxe resultados tão positivos que sequer eram previstos, é possível acreditar que, daqui a poucos anos, teremos uma geração de cidadãos que, por estar ainda mais nutrida, educada e empoderada, reivindicará por seus direitos fundamentais, exigirá mais respeito e encarará o Brasil de forma mais crítica, inclusive exigindo melhor qualidade – e não apenas o acesso - dos serviços de educação e saúde.
Se não está se formando uma geração de vagabundos, se traz tantos benefícios gastando apenas 0,5% do PIB, por que muitos ainda se opõem tão veemente ao Programa Bolsa Família?

Fontes: Campello, T.; Neri, M.  (2013) Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania. Brasília: IPEA; International Social Security Association (ISSA); Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
Luana Goveia é mestre em Políticas Sociais pela London School of Economics (LSE) e doutoranda na Universidade de Oxford

Com total liberdade e consciência tornei publico o meu voto a Dilma Rousseff

Recebi alguns e-mails e comentários no Facebook (postado e retirados), criticando diretamente a minha pessoa por ter tornado publico que meu voto será para Dilma Rousseff, sendo eu uma liderança da Igreja e com tom de provocação.

Com relação a critica a minha pessoa digo que, seguindo a orientação da Igreja que esta bem clara no documento 40 da CNBB: “Igreja, Comunhão e Missão na evangelização dos povos, no mundo do trabalho, da política e da cultura” declarei que vou votar na Dilma usando da minha total liberdade sem ofender e desobedecer a minha Igreja.

Segundo o ensinamento da Igreja, para que as leigas e os leigos desempenhem sua tarefa é preciso que recebam uma formação adequada para a participação na política que permita a nós:

— Aprender a fazer análise da realidade.
— Conhecer propostas e práticas dos partidos e candidatos, aprendendo a respeitar a opção partidária dos outros.
— Adquirir consciência crítica frente à realidade política.
— Desenvolver a sua formação na fé e adquirir sólido conhecimento da doutrina social da Igreja para discernir e avaliar com critérios evangélicos a realidade e a ação política.

Tenho procurado seguir essas orientações e com base nelas com total liberdade e consciência tornei publico o meu voto. Para quem acha e estão jogando em minha cara que desrespeitei a Igreja oriento que procure conhecer e aprofundar os documentos da igreja e suas diretrizes.

22 outubro, 2014

Meu voto será para DILMA (13)

Meu voto será para DILMA (13)
Nem sempre optar pela mudança é a melhor escolha
 O governo do PSDB partido de Aécio representa o projeto neoliberal que coloca o capital à frente da trabalhadora e do trabalhador. Um governo marcado pelo alto nível de desemprego, juros altos, vendas de estatais, que foram entregues a preços irrisórios, em processos obscuros e fraudulentos, por exemplo, a Companhia Vale do Rio Doce.
 Votarei em Dilma, não podemos correr o risco de perder direitos conquistados, principalmente no campo social, nas políticas públicas que favorecem os mais pobres.
Enquanto nos países desenvolvidos o desemprego levou milhões de famílias ao desespero, o governo do PT através de um projeto com estratégias ousadas de enfrentamento da crise fortaleceu o mercado interno, ampliando o consumo de todos com centralidade no emprego e no salário.

21 outubro, 2014

Mais de 230 mil fiéis saíram às ruas para celebrar o Círio de Nossa Senhora de Nazaré de Marabá


Motivados pelo tema “Maria, ajudai-nos a enfrentar o tráfico humano”, mais de 230 mil fiéis saíram às ruas para celebrar o Círio de Nossa Senhora de Nazaré de Marabá.
Este ano, a 34ª edição do evento trouxe para reflexão a problemática do tráfico de pessoas na região e no Estado do Pará. O debate reforça as iniciativas da Campanha da Fraternidade 2014, que têm discutido sobre esse crime no país e no mundo.
A programação do Círio de Marabá contou com procissão pelas ruas até o Rio Tocantins, seguida da celebração da missa presidida pelo bispo diocesano, dom Vital Corbellini, e concelebrada por diversos sacerdotes. Na catedral, houve a troca simbólica do manto da imagem de Nossa Senhora de Nazaré.
Expressão de fé
“Foram dias de bênçãos e de graças de Maria sobre todo o povo de Deus, da diocese de Marabá, porque Maria conduz os pedidos humanos a Jesus Cristo, o seu Filho. Ela acompanhe as paróquias, os sacerdotes, as irmãs, os leigos e as leigas, pastorais e movimentos da diocese. Maria disse sim ao plano de salvação da humanidade. Maria é a estrela da nova evangelização, na expressão do bem-aventurado Papa Paulo VI”, disse dom Vital.
Sobre a corda da berlinda com a imagem da santa, o bispo explica que trata-se que é sinal da fé dos fiéis. “A imagem de Maria é quase impossível ser tocada devido à multidão. A corda da berlinda serve para pagar promessas, agradecer graças, pedir perdão e novas graças. O povo, sobretudo os  jovens estavam agarrados à corda, que liga os romeiros e as romeiras até Maria e Maria com Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado”, disse.
Dom Vital acrescentou, ainda, que o Círio de Marabá vem crescendo a cada ano, com maior participação dos fiéis, dos movimentos e pastorais da diocese. A edição deste ano foi realizada dia 18 e 19 de outubro.
Fonte: CNBB com informações e foto da diocese de Marabá.

CEBs de Maringá define Tema e Lema do "V Encontrão Arquidiocesano das CEBs"


Nós lideranças das Comunidades Eclesiais de Base as CEBs, da Arquidiocese de Maringá, reunida no dia 18, com a presença do Arcebispo Dom Anuar Battisti e o assessor Pe. Décio Valdevino Marques, definimos o Tema e o Lema para o "V Encontrão Arquidiocesano das CEBs", que será realizado em 2015.
Tema:  "CEBs: O Rosto Humano de Deus" 
Lema: "Então Jesus disse-lhes: vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade" (Mc 16,15)



17 outubro, 2014

Arquidiocese de Maringá - CEBs


Paróquia Nossa Senhora da Liberdade - Maringá - Paraná

Visita Pastoral do Arcebispo Dom Anuar Battisti à Paróquia Nossa Senhora da Liberdade.
Momento de uma das celebrações da Santa Missa realizada na rua de uma das Comunidades Eclesiais de Base as CEBs.



A presença amiga de Dom Anuar Battisti nestes dias em nossa Paróquia Nossa Senhora da Liberdade, encheu-nos de ternura e de cuidado, sua presença  revelou a face materna e paterna do nosso Deus que caminha conosco.

As Missas realizadas nas ruas e praça de nossas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) já mais serão esquecidas. Espírito de unidade e fraternidade, por meio do mistério da Eucaristia, anunciando que o nosso Deus está no meio de nós, caminha conosco e orienta nossa história, nossas comunidades, nossas famílias, nossas responsabilidades sociais e nosso convívio social.

Por onde dom Anuar passou, nos encontros com o povo das Comunidades Eclesiais de Base as CEBs, com a juventude, as crianças, os casais, com as lideranças, a visita aos enfermos, posto de saúde, colégio, comércio e nas celebrações, com o seu jeito bonito de ser, aproximou-se com carinho, orientou, brincou, motivou, deixando-se tocar e tocando descobrimos nele uma bondade e uma ternura do Bom Pastor.

Aprendemos com ele que a ternura brota quando a pessoa se descentra de si mesma, sai na direção do outro, sente o outro como outro, participa da sua existência, deixa-se tocar pela sua história de vida.

Portanto,  a sua presença Dom Anuar nesta semana testemunhou a visita amiga de Jesus, uma visita que encheu os nossos corações de muita alegria,  e que com certeza de hoje em diante nos levará a uma comunhão mais profunda com Jesus e entre nós, comunidade de fé que vive nesta paróquia.

A palavra que o senhor semeou nesta semana nos ajudará a reavivar e gostar de pertencer a esta  Igreja.

Muito obrigada  Dom Anuar pelo carinho e atenção a todos nós e volte sempre, esta é a nossa e sua  Paróquia Nossa Senhora da Liberdade. 

Que por interseção de Nossa Senhora da Liberdade, o nosso Deus te abençoe.

Lucimar Moreira Bueno (Lucia)
Coordenadora Paroquial das CEBs

15 outubro, 2014

“Carta aos Jovens” de Dom Anuar Battisti por ocasião do DNJ 2014

Na Arquidiocese de Maringá, este  ano o DNJ será celebrado em Sarandi. Confira a programação http://goo.gl/Qs1iuT

CARTA AOS JOVENS

“FEITOS PARA SER LIVRES E NÃO ESCRAVOS”

Querida jovem, querido jovem.

Tenho lembrado muito de você em minhas orações. Porém, só rezar não basta. Como faço todos os anos, no mês do outubro, mês missionário, em que celebramos o “Dia Nacional da Juventude”, quero manifestar a minha amizade e meu carinho por você, dirigindo-lhe algumas palavras. Esta mensagem, que alguns jovens me ajudaram a escrever, é o sinal concreto do compromisso que tenho, como pastor do rebanho, de caminhar com você.

Eu sinto que o caminho é desafiador, difícil, mas temos muita vida para celebrar, muitos obstáculos para superar juntos. Ninguém faz nada sozinho. Quero lembrar um aspecto fundamental de nossa existência: somos chamados a ser livres, criados à imagem e semelhança de Deus, para começar a construir aqui, neste mundo, a felicidade. Todos nós queremos ser felizes: para isso não podemos ser escravos de nada nem de ninguém.

Quero lembrar três situações que me preocupam e que, desta forma, podem nos escravizar:   a tecnologia e as redes sociais,  o consumismo e a propaganda enganosa,  o cuidado com o corpo e as drogas.

A primeira situação é o fantástico avanço da internet, dos equipamentos de comunicação, os celulares, as redes sociais nos encantam tanto que acabam roubando a nossa capacidade de encontrar e escutar o outro.

Tiram a nossa disposição de sentar juntos e de conversar em casa; já não temos tempo para criar espaços de encontro pessoal, sentir, abraçar, curtir a presença do outro, mesmo daquele que pensa de modo diferente de nós. Uma amizade verdadeira não pode ser apenas virtual, fria, sem compromisso verdadeiro.

Na carta chamada “A alegria do Evangelho” o Papa Francisco diz: “Nas estruturas ordinárias, os jovens habitualmente não encontram respostas para as suas preocupações, necessidades, problemas e feridas” (EG 105).

A segunda situação é o consumismo exagerado, e a propaganda da falsa felicidade. Impossível acompanhar a evolução da técnica. A cada dia, tentam nos convencer de que é preciso acompanhar a moda, comprar um equipamento mais moderno: nem bem se usou um, já é preciso comprar outro. E, quando não se consegue, pode-se chegar ao cúmulo de matar por um par de tênis.  A propaganda tecnicamente perfeita vende um “ideal” de felicidade que nunca chega; ideal que, aliás, cria “necessidades” desnecessárias. Tudo para satisfação pessoal, porque se perdeu o sentido da pobreza, humildade  e da simplicidade. Não são grifes nem marcas de equipamentos que vão preencher o vazio do seu coração.

A terceira situação é o culto e o cuidado demasiado ao corpo e o alto consumo de drogas por nossa juventude. Jovem, ao compreender que o nosso corpo é templo do Espírito Santo (cf 1 Cor 6,19), modelado por graça e dom de Deus, é sentir a necessidade de cuidar de nós mesmos. Porém, quando isso se torna uma obsessão, principalmente nos dias atuais, vemos muitos de nossos  jovens lotando academias em busca do corpo “perfeito”.

E isso se agrava quando  isso se soma ao consumo de anabolizantes e outras drogas no desejo incessante de se ter um corpo que, ao invés de expressar a beleza da criação de Deus e amor próprio, expressa a necessidade de ser visto e desejado, fazendo do próprio corpo, um objeto de prazer sexual.

Lembrai-vos das palavras de São Paulo: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação;… que cada um saiba usar o próprio corpo com santidade e respeito, e não se deixe levar pelas paixões, como fazem os que não conhecem a Deus. .. pois Deus vos chamou para a santidade” (1Ts 4,3-5.7). Assim, o vosso corpo é sinal visível da ação invisível de Deus que vos criou. A beleza do corpo não está na sua definição física, mas na compreensão de ser ele uma obra modelada pelo próprio Criador para ser fonte de pureza e santificação.

Querido (a) jovem termino a minha carta com as palavras do Papa Francisco a um grupo de jovens, que foram visitá-lo em Roma: “Jovens, vocês são artesãos do futuro, porque dentro de vocês existem três desejos: o desejo da beleza, da bondade e da verdade. Coragem, avante! Façam barulho, hein? Onde estão os jovens deve haver barulho. Na vida existem pessoas que lhes farão propostas para coibir, para bloquear seu caminho.

Por favor, caminhem contra a corrente. Sejam corajosos, destemidos. Quando lhes disserem ‘Tome um pouco de álcool, um pouco de droga’, digam não. Caminhem contra essa civilização que está fazendo tanto mal. Isso significa fazer barulho.

Vão em frente com os valores da beleza, bondade e verdade”. Jovem não seja escravo nem de você mesmo. Aceite Jesus em sua vida.  Dobre os joelhos e escute no silêncio do seu coração, ao menos por dez minutos diários, o que Jesus lhe fala, leia a sua Palavra. Ele quer ser seu melhor amigo. Tire o fone do seu ouvido e escute com o coração. Ele o ama e o libertou para sempre. Eu rezo todos os dias por você.
Por favor, reze por mim também.

Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá

14 outubro, 2014

Reforma Política: - Para acontecer depende de você!

Envolvimento na política “é uma obrigação para um cristão” (Papa Francisco)

Reforma Política: Para acontecer depende de você!

Ajudem a coletar assinaturas
O formulário está disponível nas secretarias das paróquias e também disponível no site da coalizção democrática:


Depois de preenchidos, os formulários deverão ser encaminhados a Secretaria Paroquial ou na Cúria Metropolitana de Maringá, que vai repassar à CNBB.

A Arquidiocese de Maringá estabeleceu uma meta de, no mínimo, 50 mil assinaturas para contribuir com o Projeto de Lei de iniciativa popular da reforma política, encabeçado pela CNBB, OAB e dezenas de outras entidades.

10 outubro, 2014

As eleições à luz da história antipovo

Os que sobem o tom dizendo que tudo no país está errado, posicionam-se contra as políticas do PT que combatem privilégios.

Nada melhor do que ler as atuais eleições à luz da história brasileira na tensão entre as elites e o povo. Valho-me duma contribuição de um sério historiador com formação em Roma, em Lovaina e na USP de São Paulo o Pe. José Oscar Beozzo, uma das inteligências mais brilhantes de nosso clero.

Diz Beozzo: “a questão de fundo em nossa sociedade é a do direito dos pequenos à vida sempre ameaçada pela abissal desigualdade de acesso aos meios de vida e pelas exíguas oportunidades abertas às grandes maiorias do andar debaixo”.

Como nos ensina Caio Prado Júnior, nossa formação social desigual repousa sobre quatro pilares difíceis de serem movidos: a) a grande propriedade da terra concentrada nas mãos de poucos, de tal modo que não haja terra “livre” e “disponível” para quem trabalha ou para os que eram seus donos originários, os povos indígenas; b) o predomínio da monocultura; c) a produção voltada para o mercado externo (açúcar, tabaco, algodão, café, cacau e hoje soja); d) o regime de trabalho escravo.

A independência de Portugal não alterou nenhum desses pilares. Os que naquela época sonharam com um Brasil diferente, propunham a troca da grande pela pequena propriedade nas mãos de quem trabalhava; da monocultura para a policultura; da produção para o mercado internacional por outra voltada para o autoconsumo e para o abastecimento do mercado interno; do trabalho escravo pelo trabalho familiar livre. Isso pôde acontecer em pequenas regiões periféricas às monoculturas tropicais, na serra gaúcha e catarinense, com colonos alemães, italianos, poloneses, numa propriedade mais democratizada.

Houve geral oposição dos grandes proprietários escravistas a qualquer dessas medidas e foram dizimados a ferro e fogo levantes populares que apontavam para qualquer medida democratizante na economia, na política e sobretudo nas relações de trabalho. Basta rememorar algumas dessas revoltas: a insurreição dos escravos Malês na Bahia, a Balaiada no Maranhão, a Cabanagem na Amazônia, a revolução Praieira em Pernambuco, a Farroupilha no Sul.

A revolução de 30, com seu viés nacionalista, mesmo que parcialmente, deslocou o eixo do país do mercado externo para o interno; do modelo agrário exportador para o de substituição de importações; do domínio das elites exportadoras do café do pacto Minas/São Paulo, para novas lideranças das zonas de produção para o mercado interno, como as do arroz e charque do Rio Grande do Sul; do voto censitário, para o voto “UNIVERSAL” (menos para os analfabetos, naquela época ainda maioria entre os adultos), do voto exclusivamente masculino para o voto feminino; das relações de trabalho ditadas apenas pelo poder dos patrões para a sua regulação, pelo menos na esfera industrial, com a criação do Ministério do Trabalho e das leis trabalhistas voltadas para a classe operária. Não se conseguiu tocar o domínio incontornável dos proprietários de terra na regulação do trabalho dentro de suas propriedades, o que vai acontecer só depois de 1964, com o Estatuto do Trabalhador Rural.

Getúlio implantou uma política corporativista de apaziguamento entre as classes e de “cooperação” entre capital e trabalho, entre operários e os capitães da indústria em torno de um projeto de industrialização e defesa dos interesses nacionais.

Nesta campanha eleitoral certos meios de comunicação criaram o motto: “Fora PT”. Busca-se acabar com a “ditadura” do PT para instaurar a “ditadura do mercado financeiro”. O que realmente incomoda? A corrupção e o mensalão?

A meu ver, o que incomoda, em que pesem todos seus limites, são as medidas democratizantes como o Pro-Uni, as cotas nas universidades para os estudantes vindos da escola pública e não dos colégios particulares; as cotas para aqueles cujos avós vieram dos porões da escravidão; a reforma agrária, ainda que muito aquém de tudo o que seria necessário; a demarcação e homologação em área contínua da terra Yanomami contra meia dúzia de arrozeiros apoiados pelo coro unânime dos latifundiários e do agronegócio, assim como todos os programas sociais do Bolsa Família, ao Luz para Todos, ao Minha Casa, minha Vida, ao Mais Médicos e daí para frente.

Nunca incomodou a estes críticos que o Estado pagasse o estudo de jovens estudantes de famílias ricas que deram a seus filhos boa educação em escolas particulares, o que lhes franqueou o acesso ao ensino gratuito nas universidades públicas aprofundando a desigualdade de oportunidades. Esse estudo custa mensalmente ao Estado nos cursos de Medicina de seis a sete mil reais. Nunca protestaram essas famílias contra essa “bolsa-esmola” dada aos ricos, e que é vista como “direito” devido a seus méritos e não como puro e escandaloso privilégio. São os mesmos que se recusam a ser médicos nos interiores e nas periferias que não dispõem de um médico sequer.

Os que sobem o tom dizendo que tudo no país está errado, em que pese a melhoria do salário mínimo, a criação de milhões de EMPREGOS, a ampliação das políticas sociais em direção aos mais pobres, a criação do Mais-Médicos, posicionam-se contra as políticas do PT que visam a assegurar direitos cidadãos, ampliar a democratização da sociedade, combater privilégios e sobretudo colocar um pouco de freio (insuficiente a meu ver) à ganância e à ditadura do capital financeiro e do “mercado”.

É esta a razão do meu voto para outro projeto de país, que atende às demandas sempre negadas às grandes maiorias. É por isso, que votei Dilma no primeiro turno e o farei no segundo, respeitando outras escolhas. Associo-me a esta interpretação, também no voto à Dilma Rousseff.

Leonardo Boff é um teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente daTeologia da Libertação no Brasil.

Fonte: Carta Maior, em 07 de outubro de 2014