30 julho, 2021

Com rejeição de 62%, Bolsonaro perderia para Lula, Mandetta, Ciro, Haddad e Doria no segundo turno

Pesquisa da Atlas Político mostra que erros na gestão da pandemia e suspeitas de corrupção na compra da vacina elevaram a reprovação do presidente. Vantagem do petista cresce e governador de São Paulo aparece por primeira vez com chances de vencê-lo.

Leia a reportagem publicada em EL PAÍS


Aprecio minha companhia!

Solidão

Gosto de estar sozinha
gosto deste silêncio
repleto de palavras
de versos e rimas...

Aprecio minha companhia
e transformo a solidão
em doce poesia...

(Karla Leopoldino)

'Os nossos irmãos e irmãs mais pobres e a nossa mãe terra gemem pelos danos e injustiças'

O nosso amado papa Francisco quer que não esqueçamos que "os nossos irmãos e irmãs mais pobres e a nossa mãe terra gemem pelos danos e injustiças que causamos e reclamam outro rumo.

Reclamam de nós uma conversão, uma mudança de rumo: cuidar também da terra, da criação. (Audiência Geral 16 de setembro de 2020).

A isto se segue uma oração que, em certo sentido, amplia uma passagem do Pai Nosso: "Pai, faz com que para nós e para todos, hoje, haja o pão necessário”.

E “pão” significa água, medicamentos, casa, trabalho... Pedir o necessário para viver". (Audiência geral 27 de março de 2019.

Comida para todos, uma chamada moral!

26 julho, 2021

A Igreja que queremos…

Por Irmã Tea Frigério



Maria de Magdala presente! Marta de Betânia presente! O calendário litúrgico da segunda metade do mês de julho nos brinda com estas presenças. Dom que não podemos silenciar, mas ao qual damos voz, pois são as fontes onde bebemos para alimentar a sonho de uma Igreja com rosto Amazônico.

Nos denominamos de “Cirandeiras”, nos tornamos grupo após o Sínodo da Amazônia querendo nos passos da ‘Ciranda’ dar voz, revelar que o sonho, a utopia de uma Igreja com Rosto Amazônico, já é presente na Amazônia pela presença de mulheres que nos asseguram: o sonho, a utopia, pequeno grelo, já é realidade.


E, Marta de Betânia convida Martha Bispo, Secretaria da CNBB Nordeste 5 a narrar a motiva em seu ministério na Igreja do Maranhão.

“Sou Martha Bispo o que guia meu ser igreja é a experiência vivida na Diocese de Balsas, Maranhão. Nossa caminhada bebeu à fonte da Igreja Povo de Deus do Vaticano II, e da Evangelii Nuntiandi de Paulo VI. Havia coerência entre as ideias e a prática: Igreja comunidade de iguais, comprometida, samaritana. Acreditávamos e vivíamos a IGREJA que nasce na CASA e da CASA.

Hoje se fala de Igreja Sinodal, sem lhe dar este nome era nossa prática: a participação do povo, das lideranças nas comunidades. Participação que ousava e ao mesmo tempo desafiava principalmente por causa da presença de padres muito autoritários, clericalistas e machistas. Nasceram os conselhos comunitários, paroquiais, zonal e confluíam no conselho diocesano. Conselhos que não eram só consultivos, eram decisórios. Uma Igreja da Sinodalidade, como dizia Dom Franco Masserdotti: Assembleias Diocesanas com a participação do laicato tendo voz ativa.

Igreja toda ela Ministerial. Os ministérios surgindo a partir da vida da comunidade, da vida do povo: agentes de saúde, da educação, da promoção humana, catequistas, animadores de círculos bíblicos; animadores que eram casais, ministério de cuidar da casa, da comunidade, de colocar água no pote da comunidade … Tudo na igualdade e na participação, todo serviço considerado ministério.

Tínhamos um grande desafio: a formação do laicato e presbiteral.”


Maria de Magdala convida Maria Istélia Coêlho Fôlha, articuladora da Pastoral da CNBB
Regional Norte 3, a tomar a palavra. 


“Os bispos do regional me convidaram a ser articuladora de pastoral, disseram que meu jeito de mulher que dialoga, articula, media, convence, testemunha tudo isso como leiga profissional e mãe de família, era o que o nosso regional precisava …

O que tem iluminado este meu ministério é o intuito de colocar em prática as sinalizações de sonhos do Papa Francisco, a partir da Exortação Apostólica Querida Amazônia, a partir das três imagens de igreja: Amorosa/Madalena – Cuidadosa/Mariana – Esperançosa/Samaritana”.

Estamos principiando os passos de uma Igreja Sinodal. Realizamos duas assembleias no regional que deram como resultado um belo plano de pastoral, as ações decididas foram distribuídas nos quatro sonhos para Amazônia de Papa Francisco. Plano de pastoral que neste ano de 2021 está sendo assumido pelas comissões pastorais, organismos e serviços. Plano de pastoral articulado e mobilizado por uma Mulher Cirandeira. As ações acontecem a nível comunitário, paroquial, diocesano e regional, todo o trabalho realizado de forma articulada entre leigos e leigas, presbíteros e apoiados por todos os sete bispos do regional Norte 3.

Estamos movendo os primeiros passos…”

As experiências nos testemunham que o novo rosto de Igreja da Amazônia está sendo gestado. Ecoam em nós as palavras que Marta de Betânia e Maria de Magdala ouviram: “Já não vos chamo de serv@s, porque a serv@ não sabe o que seu senhor faz; mas eu vos chamo amig@s, porque tudo o que ouvi do meu Pai eu vos dei a conhecer.” (João 15,15). Sentimos ecoar as palavras de Jesus na profissão de fé das comunidades da Galácia: “… não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28).

Circularidade e igualdade são os dois vocábulos que o Evangelho d@s discípul@s amad@s e a experiência das primeiras comunidades nos fazem vislumbrar.

Maria de Magdala presente! Marta de Betânia presente!
Martha, Istélia, Sonia, Rose, Fátima, Doris, Raimunda, Maria… Presente!

Dia dos Avós

22 julho, 2021

Dia da Apóstola dos Apóstolos, Maria Madalena



Dia da Apóstola dos Apóstolos
Maria Madalena


Ama e amada por Ele, por isso Ele a chama pelo seu nome.

Jesus perguntou-lhe:
'Mulher, por que choras?
A quem procuras?'
Jesus disse: 'Maria!'
(...) vai dizer aos meus irmãos:
subo para junto do meu Pai e vosso Pai,
meu Deus e vosso Deus'.
Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos:
'Eu vi o Senhor!' ( Jo 20,15-18)



- Como discípula de Jesus (Lc 8,1-3);
- Como testemunha da sua crucifixão (Mc 15,40-41; Mt 27,55-56; Lc 23,49; Jo 19,25);
- Como testemunha do seu sepultamento (Mc 15,47; Mt 27,61);
- Como testemunha da sua ressurreição (Mc 16,1-8; Mt 28,1-10; Lc 24,1-10; Jo 20,1;20,1 1-8);
-Como enviada aos Onze com uma mensagem de Jesus (Mt 28,10; Jo 20,17-18).


Cântico dos Cânticos 3,1-4a

Eis o que diz a noiva:
1Em meu leito, durante a noite,
busquei o amor de minha vida:
procurei-o, e não o encontrei.
2Vou levantar-me e percorrer a cidade,
procurando pelas ruas e praças,
o amor de minha vida:
procurei-o, e não o encontrei.
3Encontraram-me os guardas
que faziam a ronda pela cidade.
"Vistes por ventura o amor de minha vida?"
4aE logo que passei por eles,
encontrei o amor de minha vida.

21 julho, 2021

Prece

"Rezarei por ti todos os dias
Todos os dias rezarás por mim
Um pacto de orações e de energias
Que os nossos corações fazem entre si
Aos santos, aos iogues e orixás
Rogaremos os cuidados e a atenção
As preces que eu farei, que tu farás
Nos trarão luz e paz, nos unirão
Rezaremos na hora marcada
Às seis da tarde, como reza a lei
No encontro entre o dia, a noite e o nada
Salve, rainha amada
Amado Cristo rei
Pelo amanhã que tu não sabes
E eu também não sei."

(Gilberto Gil)

20 julho, 2021

A mamata veste farda? Quem são os militares com mulher e filhos empregados no governo federal

Contratações para cargos de confiança e promoções-relâmpago com aumento salarial são rotina para aliados de Bolsonaro.

Pelo menos sete filhos, filhas, pai, irmãos e parentes em geral de militares com cargos no primeiro escalão do governo federal foram nomeados a cargos públicos de confiança da administração federal desde o início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), em janeiro de 2019.

Leia a reportagem publicado no site Brasil de Fato.


19 julho, 2021

Fadinha do skate, Rayssa Leal atleta brasileira mais nova da história a disputar os jogos olímpicos

 


Rayssa Leal a fadinha do skate, 13 anos e sete meses de idade, a maranhense é a atleta brasileira mais nova da história a disputar os jogos olímpicos.

O skate é a primeira vez que será disputado na Olimpíada. Ainda em fase de teste, a modalidade respeitará os procedimentos olímpicos, contando com o recebimento de medalhas para os respectivos vencedores. o Street e Park estão entre as categorias que serão disputadas.

Também integrarão o rol olímpico de maneira inédita:
beisebol/softbol, karatê, escalada, surfe e skate.

'Só o coração que não se deixa levar pela pressa é capaz de se comover'

"Só o coração que não se deixa levar pela pressa é capaz de se comover, isto é, de não se deixar levar por si mesmo e pelas coisas a serem feitas e de perceber os outros, suas feridas, suas necessidades. A compaixão nasce da contemplação." (Papa Francisco)

“Catequese Permanente” Juventudes, economia e trabalho!

18 julho, 2021

Poema "Diversidade"

Diversidade
Bráulio Bessa


Seja menos preconceito,
seja mais amor no peito Seja amor,
seja muito amor.
E se mesmo assim for difícil ser
Não precisa ser perfeito
Se não der pra ser amor,
seja pelo menos respeito.

Há quem nasceu pra julgar
E há quem nasceu pra amar
E é tão difícil entender em qual lado a gente está
E o lado certo é amar!

Amar para respeitar
Amar para tolerar
Amar para compreender,
Que ninguém tem o dever de ser igual a você!

O amor meu povo,
O amor é a própria cura, remédio pra qualquer mal.
Cura o amado e quem ama
O diferente e o igual
Talvez seja essa a verdade
Que é pela anormalidade que todo amor é normal.

Não é estranho ser negro, estranho é ser racista.
Não é estranho ser pobre, estranho é ser elitista.
O índio não é estranho, estranho é o desmatamento.
Estranho é ser rico em grana, e pobre de sentimento.
Não é estranho ser gay, estranho é ser homofóbico.
Nem meu sotaque é estranho, estranho é ser xenofóbico.

Meu corpo não é estranho, estranha é a escravidão,
que aprisiona seus olhos nas grades de um padrão.

Minha fé não é estranha, estranha é a acusação,
que acusa inclusive quem não tem religião.

O mundo sim, é estranho, com tanta diversidade
Ainda não aprendeu a viver em igualdade.
Entender que nós estamos percorrendo a mesma estrada.
Pretos, brancos, coloridos
Em uma só caminhada
Não carece divisão por raça, religião
Nem por sotaque
Oxente!

Sejam homem ou mulher Você só é o que é
Por também ser diferente.

Por isso minha poesia, que sai aqui do meu peito
Diz aqui que a diferença nunca foi nenhum defeito.
Eu reforço esse clamor:
Se não der pra ser amor, que seja ao menos RESPEITO!

15 julho, 2021

Vejam esse relato. Foi hoje.

“Filha, para ser feliz não precisa muito, não precisa lugares bonitos. Você pode ser feliz tomando um café com uma pessoa, jogando um baralho, tomando uma cerveja que eu sei que você gasta. Existe muita ilusão em torno de felicidade que a televisão, a sociedade apresenta, principalmente para vocês mais jovens.”

Fui a uma cidade levar uma documentação que uma senhora havia solicitado para o escritório onde trabalho.

Uma senhora de 88 anos.

Ao chegar a casa, ela quem veio atender.

Um sorriso e um bom dia bem forte.

Ainda estava na rua, estava para colocar a mascara ela disse: garota bonita quem é você.

Identifiquei e ela mandou entrar.

Fomos conversando, uma casa toda arrumadinha e limpinha, um cafezinho gostoso.

Em nossa conversa a velhinha simpática e alegre contou-me um pouco de sua história, uma lição de vida.

Meu esposo faleceu ha quatro anos, tenho duas filhas e três filhos, duas netas e três netos e dois bisnetos e uma tataraneta. Todos meus filhos mora aqui nessa cidade.

Moro sozinha, meus filhos quase não vejo, o último que mais próximo veio me visitar foi no final de abril, dizem eles que a vida é muito corrida.

Ela perguntou, é solteira ou casada? Respondi solteira.

Ela disse:

Casar, ter filhos não significa que terá casa cheia e gente por perto, veja eu.

Continuando disse, tenho uma irmã que quando casou tinha dezoito anos e o seu esposo vinte anos. Eles tinham quatro meses de casados, sofreram um acidente e seu esposo morreu.

Eu quatro anos perdi meu esposo.

Eu disse a ela, é uma senhora alegre.

Ela respondeu sim sou.

Sou alegre, não tenho solidão, depressão nada disso.

Quando mais nova sempre sai nas festas, bailes e outros divertimentos que havia. Sempre fiz caminhada, hoje caminho na rua da minha casa. Até hoje gosto de uma cerveja.

Sou católica, a igreja fica uma seis quadras as missas da igreja vou com minha vizinha, mas aqui na comunidade que moro, uma vez por mês tem missa e sempre vem alguém e me convida, pede se quer que me busque más vou sozinha. Toda semana tem terço, tem grupo. A comunidade faz de vez em quando festinha na rua. Tudo que têm eles convida, pede se quer que venha me buscar.

Tudo que tem eu vou.

O padre vem sempre aqui em casa, conversamos tomamos um café. Tem umas pessoas aqui da comunidade que trabalham com o padre, direto estão aí na porta, pergunta se estou bem, preciso de algo, conversa um pouco, às vezes entra outras vezes fica só no portão.

Dois anos atrás, não fiquei muito bem de saúde, umas mulheres e homens também da pastoral vinha todo dia, até duas noites pousaram aqui em casa. Limparam minha casa e lavaram minha roupa.

Sempre gostei de jogar baralho e ainda gosto, tem um grupo aqui na rua que jogam toda semana, até o padre vem jogar, sempre vou jogar com eles.

Gostaria muito que meus filhos e meus netos estivessem sempre aqui, mas não é assim.

Mas tenho uma família que não deixa ser só, são as pessoas da igreja, os daqui da comunidade, meus amigos. Saiu aí na rua, converso com as vizinhas.

Eu acho conversamos quase uma hora, mas o que mais marcou foi quando ela disse mais ou menos assim:

“Filha, para ser feliz não precisa muito, não precisa lugares bonitos. Você pode ser feliz tomando um café com uma pessoa, jogando um baralho, tomando uma cerveja que eu sei que você gasta. Existe muita ilusão em torno de felicidade que a televisão, a sociedade apresenta, principalmente para vocês mais jovens.”

Sai para levar esse documento com “raiva” e voltei serena....

12 julho, 2021

Profetizas, Profetas, Mártires e Defensores da Vida - são aceitos desde que não fale a nós!

Segue um pequeno texto que escrevi:



Profetizas, Profetas, Mártires e Defensores da Vida - são aceitos desde que não fale a nós!

São elas e eles que proclamam uma mensagem de denúncia e libertação do pecado em suas várias formas. Testemunhas da esperança e da paz. Enviadas e enviados de Deus que quer um mundo justo, fraterno e igualitário. Que quer a vida. Que quer que não tomemos rumos errados em nossas escolhas e desejos.

Desde o princípio o nosso Deus teve como eixo a comunicação, assim que Ele se revela as mulheres e aos homens ao longo do tempo.

No passado e no presente Deus falou e fala as mulheres e aos homens através de Profetizas, Profetas, Mártires e Defensores da Vida. Com essas mulheres e esses homens, Jesus continuam a falar.

Mas muitas são as ruptura com o Deus que quer continuar comunicando. Os seres humanos continuam colocando obstáculos.

O excesso de autoconfiança é perigoso, faz com que o indivíduo não escute um conselho; uma sugestão; um mostrar um cominho tomado perigoso; uma escolha que precisa ser revista. A autoconfiança pode levar o ser humano a ser enganado por sua própria autoconfiança, por seu próprio pecado.

Se existem quem, acaba ser perdendo na caminhada; fechando em seus desejos e anseios pessoais, e se existem os que exploram e roubam gerando dores e sofrimentos; destruição da vida humana e da natureza, e se existem os que escravizam e matam é porque não ouviram e não ouvem o Deus que continua a falar através de mulheres e homens enviados para apontar aquilo que o pecado e o mal causam na nossa vida e no mundo.

Profetas, Mártires e Defensores da Vida são perseguidos e rejeitados, no passado e nos dias de hoje. São aceitos desde que não fale a nós.

10 julho, 2021

Hoje uma nova experiência – coordenar um encontro remoto

Hoje uma nova experiência – coordenar um encontro remoto

Eu e o Pe. Genivaldo Ubinge coordenamos o terceiro dia do 8º Intereclesial das CEBs do Paraná.
Foi Bonito
Os assessores Celso Pinto Carias e Maria Teodo linda Frigerio (Tea)



09 julho, 2021

Nota da CNBB diante do atual momento brasileiro

Nota da CNBB: “A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da covid-19”

Confira abaixo.


Nota da CNBB diante do atual momento brasileiro
Brasília-DF, 9 de julho de 2021

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB levanta sua voz neste momento, mais uma vez, para defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade. A sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos.

A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19. “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque.” ( CNBB, Mensagem da 56ª. Assembleia Geral ao Povo Brasileiro, 19 de abril de 2018).

Apoiamos e conclamamos às instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos.


Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB


Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB


Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB


Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Lázaro: “um vagabundo a menos” ou “Jesus chorou” - Por Celso Pinto Carias

"Jesus também choraria a morte do Lázaro brasileiro. Choraria não por que aprovaria seus atos horríveis, não porque ele estaria do lado dos “vagabundos”, mas por ver quantos lázaros estão a caminho se não somos capazes de frear a lógica da vingança, que impede a repetição de mecanismos que nunca colaboraram para construir paz."

Leia o texto do meu amigo irmão Celso Pinto Carias



Lázaro: “um vagabundo a menos” ou “Jesus chorou” 

Os/as leitores/as desta coluna que me conhecem vão estranhar o título, e com razão. E os que não me conhecem poderiam pelo menos ler até o final. Leitura tem se tornado algo incomum hoje em dia. Acho que não vão mudar de ideia, mas poderiam dar um intervalo na reação e pensar um pouco.

“Jesus chorou” é o menor versículo da Bíblia (João 11,35). E por quem Jesus chorou? Pela morte do amigo LÁZARO. Marta, irmã de Lázaro, encontra o Nazareno no caminho e diz: “se estive aqui meu irmão não morreria”.

Alguém já pode ter pensado: “Não vai me dizer que você vai comparar o Lázaro do Evangelho de João com o criminoso morto em ‘uma troca de tiros’ com a polícia depois de ter cometido um montão de crimes bárbaros, entre os quais estupro e assassinato?” Não, não vou comparar. O objetivo aqui é só mostrar o quanto Jesus nos convida a ter um olhar mais profundo sobre a vida. E este olhar muda o mundo para melhor.

No final da segunda grande guerra, o mundo parecia ter aprendido uma lição. Aqueles horrores deveriam ser evitados com persistência. A ONU, recém-formada, sintetizou uma reflexão que já vinha desde o século dezoito, quando um pensador chamado Emanuel Kant formulou uma filosofia que falava da dignidade fundamental de toda pessoa humana: nenhuma pessoa tem valor de troca, cada pessoa vale por si mesma. Trata-se do que viria a ser chamado de Direitos Humanos. Costumo dizer para meus alunos que o verdadeiro criador desta ideia foi Jesus de Nazaré.

No entanto, a crise civilizatória na qual estamos metidos tem “ressuscitado” um instinto de defesa que, historicamente, só tem levado a humanidade à autodestruição. Para que a vida seja protegida, segundo esta visão, seria fundamental identificar inimigos, demonizá-los e, se não houver jeito, matá-los. Criam-se afirmações que respondem a todo mal existente no mundo, sem perceber a complexidade dos interesses que o mal representa. Uma delas é a expressão vagabundo, muito utilizada pelas polícias brasileiras. Aqui na Baixada, muita “gente boa” justifica a necessidade de eliminar uma pessoa assim: “Ah, menos um vagabundo”; “Se foi morto é porque estava devendo”.

Assim sendo, Lázaro é um vagabundo a menos. No Jacarezinho foram vinte e oito a menos. E quem parte deste princípio não aceita nenhuma observação mais reflexiva em torno do fato. Logo identifica quem problematiza como “defensor de vagabundo”: “leva para casa”; “queria ver se fosse com sua família”; e por aí vai.

Chorar faz parte da vida. Quem chora sente algo que o machuca. E o choro pode revelar, entre outras coisas, uma grande sensibilidade pelo outro, pela outra. E quando perdemos a sensibilidade podemos criar respostas que se confundem com proteção, mas que nos afundam ainda mais no caos. Há sinais indicando grande perda de sensibilidade promovida pelo poder dominador e que chega até aos mais pobres, conduz muitos a se tornarem assassinos de si mesmo.

Jesus também choraria a morte do Lázaro brasileiro. Choraria não por que aprovaria seus atos horríveis, não porque ele estaria do lado dos “vagabundos”, mas por ver quantos lázaros estão a caminho se não somos capazes de frear a lógica da vingança, que impede a repetição de mecanismos que nunca colaboraram para construir paz. Choraria, por ver com profundidade o que está escondido por trás de quem mata humanos como um troféu e não procura impedir, verdadeiramente, a perpetuação do mal.

Choraria por ver que tanto quem está em um garimpo matando índios ou em uma favela matando traficantes, são instrumentos de um poder muito maior que suas armas de fogo.

E quantos se colocarem no caminho de quem domina a sociedade poderão ser então rotulados de vagabundos para justificar seu extermínio: desde um criminoso até um professor, um trabalhador da área da saúde, ou um bancário que faz greve em busca de melhores dias. E quem vai apertar o gatilho? Não serão os acionistas das grandes corporações, não serão os latifundiários que querem mais terras, ou ainda autoridades políticas a serviço do “deus mercado”, mas capatazes com armas nas mãos se achando tão poderosos quantos aqueles que lhes fornecem as armas.

Subindo então no alto do Corcovado, onde está o monumento do Cristo Redentor, Jesus de Nazraé choraria como chorou sobre Jerusalém: “E, como estivesse perto, viu a cidade, e chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz! Agora, porém, isso está escondido a teus olhos.” (Lc 19,41).



07 julho, 2021

Mais uma pessoa querida que a Covid-19 tira a vida.


Dona Terezinha. Ela tinha por mim um carinho de Mãe.
Sempre a me ver dizia:
“E menina”
Presente e ativa na CEBs São Francisco de Assis.
Morávamos na mesma rua.
Que o nosso Deus o recebe em seus braços e conceda a graça da ressurreição.

03 julho, 2021

VER - 2º Dia - 8º Intereclesial das CEBs do Paraná - 03/07/2021


 

VER - 2º Dia - 8º Intereclesial das CEBs do Paraná - 03/07/2021

VER - 2º Dia - 8º Intereclesial das CEBs do Paraná - 03/07/2021

Mãe Ester olha a realidade e ouve os "GRITOS DAS JUVENTUDES"

Reflexão e momento de escuta da realidade em que vivemos e os gritos das Juventudes, com a contribuição de:

Padre Manoel Godoy: padre na periferia de BH e professor na Faculdade Jesuíta, vasta experiências com as CEBs no Brasil e América Latina.

Professora Vanessa Correia, coordenadora de projetos no Colégio São Luís e coordenadora acadêmica da Pós graduação Lato Sensu em Juventude no mundo Contemporâneo, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia e Rede Brasileira de Centros de Juventude. Doutoranda em Sociologia pela USP e mestre em Estudos Culturais pela mesma Universidade. Organizadora do livro Projeto de Vida para Jovens: um itinerário metodológico de esperança; de Juventude Contemporânea: temas e debates e de Reflexões e subsídios para o trabalho com jovens.

Pela Plataforma YouTube para as e os inscritos no Intereclesial.

- Parte da tarde trabalhos em pequenos grupos.

Pela plataforma Zoom. Para as e os inscritos no Intereclesial.

01 julho, 2021

‘Fugir da inimizade social, que só destrói’



"uma parte da política, a sociedade e a mídia se empenham em criar inimigos "

A Bíblia diz que quem encontra um amigo encontra um tesouro

Eu gostaria de propor a todos ir além dos grupos de amigos e construir a amizade social tão necessária para a boa convivência

Reencontrar especialmente com os mais pobres e vulneráveis, são as periferias longe dos populismos, que exploram a angústia do povo sem dar soluções propondo uma mística que não resolve nada.

Fugir da inimizade social, que só destrói, e sair da polarização, reconhecendo que isso nem sempre é fácil, especialmente hoje, quando uma parte da política, a sociedade e a mídia se empenham em criar inimigos para derrotá-los em um jogo de poder.
O diálogo é o caminho para ver a realidade de uma maneira nova, para viver com paixão os desafios da construção do bem comum.

Rezemos para que, em situações sociais, econômicas e políticas conflitantes sejamos arquitetos de diálogo, arquitetos de amizade, valentes e apaixonados, homens e mulheres que sempre estendem a mão e que não haja espaços de inimizade e de guerra.

(Texto do vídeo do Papa Francisco para mês de julho)

A Amizade Social - O Vídeo do Papa 7 - julho de 2021