24 maio, 2018

NÃO ao aumento do combustível e NÃO a privatização da Petrobras!


NÃO ao aumento do combustível e NÃO a  privatização da Petrobras!

O Governo precisa sim diminuir os preços dos combustíveis e atender as reivindicações dos trabalhadores caminhoneiros.

É preciso reagir,  o preço do combustível está cada vez mais caro e pesado para as/os consumidores.

Não podemos nos calar diante de uma orientação política do setor petrolífero. 

Vamos dizer NÃO,  não somente contra o reajuste dos combustíveis, mas NÃO contra a privatização da Petrobras.

Direito à Greve

A Doutrina Social da Igreja Católica reconhece a legitimidade da greve quando se apresenta como “recurso inevitável, senão mesmo necessário”, tendo em vista um “benefício proporcionado”, como se pode ler no Catecismo da Igreja.

Precisamos apoiar este movimento dos caminhoneiros. Somar força.

Congresso do Povo Seminário Municipal - Maringá-PR

Todas e todos podem participar do Congresso do Povo.

É um importante momento de formação popular que tem o objetivo de contribuir na formação do povo brasileiro, para que a população compreenda que sem mobilização e organização da sociedade não será possível conquistar, manter e ampliar os direitos e que quanto mais desmobilizada a sociedade estiver, mais fácil será retroceder as conquistas.

 O Seminário Municipal de Maringá, preparativo ao Congresso do Povo será realizado neste sábado (26), a partir das 8 horas, no Centro Comunitário Alvorada. 

Os participantes do seminário trabalharão em quatro grupos de estudos: 
Assistência Social, Saúde e Segurança Pública; 
Educação, Cultura, Esporte e Lazer;
Direitos Humanos e Cidadania; 
Meio Ambiente e Moradia.

Da etapa municipal são decididas as diretrizes da etapa regional do Congresso do Povo, que também acontece em Maringá, no dia 2 de junho, na Casa da Cultura do Jardim Alvorada. 

Privatização e preço do combustível: o que entender da greve dos caminhoneiros

"O problema do aumento do preço do combustível reside na atual lógica privatista"


Fonte da Foto Internete

O artigo é de  Juliane Furno, publicado por Brasil de Fato, 23/05/2018 

Um grande protesto de caminheiros rompeu nas principais rodovias do país no dia 21 desse mês e está mobilizando discussões Brasil afora. O motivo do protesto são as sistemáticas altas no preço do combustível nos postos de gasolina, principalmente o Diesel, que, no acúmulo de 12 meses, teve um aumento de 12% ao consumidor.

O movimento dos caminheiros autônomos reivindica que alíquota do PIS/Pasep e o Cofins seja zerada e que haja a isenção do imposto que incide sobre combustíveis, o CIDE. 

A categoria reivindica que tais mudanças ocorram sobre o Diesel, o principal combustível utilizado nos fretes e demais transporte de mercadorias. 

Ocorre que o preço do combustível está cada vez mais caro e pesado no bolso do consumidor por uma orientação política do setor petrolífero, e pouco tem a ver com a quantidade incidente de impostos. 

Essa política de isenção de impostos para o Diesel, em última instância, significa transferir recursos públicos para subsidiar o preço final do combustível. 

Isso tudo tem um custo fiscal para o Estado e para a sociedade brasileira. Aliás, esses impostos (PIS/Pasep e Cofins) fazem parte de conjunto de impostos que são necessários às políticas sociais utilizadas amplamente pela população.

O verdadeiro problema do aumento do preço do combustível reside, na verdade, na atual lógica privatista e entreguista que tem sido levada adiante pela gestão de Pedro Parente na presidência da Petrobras.

Em 2016 a direção da estatal instituiu uma nova política de preços do combustível, que passou a ser ditado pela variação da cotação do petróleo no mercado internacional, o que ocorre em dólar. Antes disso, a política interna de preço se relacionava com os custos das operações até a chegada do combustível ao posto, ou com a política econômica mais geral do governo, que poderia congelar o preço da gasolina (como fez Dilma Rousseff entre 2013 e 2014) para não impactar a inflação e garantir a continuidade do crescimento.

Ou seja, com o alinhamento do preço dos combustíveis aos parâmetros internacionais, o Estado perde a possibilidade de executar uma política que se relacione com nossas necessidades de desenvolvimento nacional.

Essa nova política de preços se relaciona com outra medida, sistematizada no documento do PMDB “Uma Ponte para o Futuro”.  Lá está previsto, entre outras coisas, a venda do controle de parte das refinarias brasileiras. 

Assim, mais uma vez perdemos a possibilidade de ditar o preço doméstico do combustível. Isso porque – com a venda do refino – a Petrobras vai deixando de ser uma empresa integrada, com um alinha de produção que vai desde o poço petrolífero até o posto de distribuição. 

Em resumo, a problemática atual do descontrole do preço do diesel está muito mais ligada à política de privatização do refino, e da nova política de preços, do que ao excesso de “impostos”. 

Está em jogo nessa política não somente prejuízos ao bolso dos trabalhadores e impactos na inflação, mas, principalmente, está em jogo a perda da nossa soberania nacional envolvida na nossa capacidade interna de controlar as variáveis do nosso desenvolvimento nacional. 

Edição: Simone Freire

Papa: explorar o trabalhador é pecado mortal

Dedicando a missa na Casa Santa Marta ao “nobre povo chinês”, que hoje festeja Nossa Senhora de Sheshan, Francisco exorta a tomar distância das riquezas que seduzem e escravizam.


Tomar distância das riquezas, porque estas nos foram oferecidas por Deus para doá-las aos outros. A este tema o Papa Francisco dedicou a missa celebrada na manhã de quinta-feira (24/04) na Casa Santa Marta.

Na memória de Nossa Senhora Auxiliadora, o Pontífice celebrou a missa na intenção do “nobre povo chinês”, que festeja a Virgem de Sheshan em Xangai.

Riqueza apodrecida

O Papa se inspirou Leitura de São Tiago apóstolo, que fala do salário não pago aos trabalhadores e o seu clamor que chega aos ouvidos do Senhor. Francisco destaca que Tiago usa expressões contundentes para falar aos ricos, sem meias palavras, condenando a “riqueza apodrecida”, como fez Jesus:

“Ai de vós ricos!”, é o primeiro ataque depois das Bem-aventuranças na versão de Lucas. “Ai de vós ricos!”. Se alguém fizer uma pregação assim, no dia seguinte nos jornais aparece: “Aquele padre é comunista!”. Mas a pobreza está no centro do Evangelho. A pregação sobre a pobreza está no centro da pregação de Jesus: “Bem-aventurados os pobres” é a primeira das Bem-aventuranças. E a carteira de identidade com a qual Jesus se apresenta quando volta ao seu vilarejo, a Nazaré, na sinagoga, é: “O Espírito está sobre mim, fui enviado para anunciar o Evangelho, a Boa Nova aos pobres, o alegre anúncio aos pobres”. Mas na história sempre tivemos esta fraqueza de tentar tirar esta pregação sobre a pobreza, acreditando se tratar de algo social, político. Não! É Evangelho puro, é Evangelho puro.

Dois senhores

Francisco convidou a refletir sobre o porquê de uma pregação assim “tão dura”. A razão está no fato de que “as riquezas são uma idolatria”, são capazes de “seduzir”. O próprio Jesus, explicou o Papa, disse que “não se pode servir a dois senhores: ou você serve a Deus ou às riquezas”: dá, portanto, uma “categoria de ‘senhor’ às riquezas, isto é, a riqueza “o pega e não o larga e vai contra o primeiro mandamento”, amar a Deus com todo o coração.

As riquezas vão também contra o segundo mandamento, porque destroem a relação harmoniosa “entre nós homens”, “estragamos a vida”, “estragamos a alma”. O Papa recordou a Parábola do rico - que pensava na “boa vida”, nas festas, nas roupas luxuosas – e do mendicante Lázaro, “que não tinha nada”.

Tiago sindicalista

As riquezas, reiterou, “nos levam embora a harmonia com os irmãos, o amor ao próximo, nos fazem egoístas”. Tiago reivindica o salário dos trabalhadores que cultivaram a terra dos ricos e não foram pagos: “alguém poderia confundir o apóstolo Tiago com um sindicalista”, afirmou Francisco. E na verdade, acrescentou, o apóstolo “fala sob a inspiração do Espírito Santo”. Parece uma coisa dos nossos dias, disse o Papa:

Também aqui, na Itália, para salvar os grandes capitais deixam as pessoas sem trabalho. Vai contra o segundo mandamento e quem faz isto: “Ai de vós!”. Não eu, Jesus. Ai de vocês que exploram as pessoas, que exploram o trabalho, que pagam de maneira informal, que não pagam a contribuição para a aposentadoria, que não dão férias. Ai de vós! Fazer “economias”, fraudar o que se deve pagar, o salário, é pecado, é pecado. “Não, padre, eu vou à missa todos os domingos e participo daquela associação católica e sou muito católico e faço a novena disso…”. Mas você não paga? Essa injustiça é pecado mortal. Você não está nas graças de Deus. Não sou eu que estou dizendo, é Jesus, é o apóstolo Tiago. Por isso as riquezas nos afastam do segundo mandamento, do amor ao próximo.

Rezar pelos ricos

As riquezas, portanto, têm uma capacidade que nos tornar “escravos”: por isso Francisco exorta a “fazer um pouco mais de oração e um pouco mais de penitência” não pelos pobres, mas pelos ricos.

Você não é livre diante das riquezas. Você para ser livre diante das riquezas deve tomar distância e rezar para o Senhor. Se o Senhor lhe deu riquezas é para distribui-las aos outros, para fazer em seu nome tantas coisas boas para os outros. Mas as riquezas têm esta capacidade de nos seduzir e nesta sedução nós caímos, somos escravos das riquezas.

Giada Aquilino – Cidade do Vaticano


Fonte: Vatican News