30 janeiro, 2020

A triste ideia de que podemos ser felizes sozinhos


"A felicidade não pode ser alcançada individualmente". É o que afirma o psicólogo e mestre em educação, Vinicius Branquinho de São Paulo, com um artigo ao Vatican News sobre a necessidade de relacionar-se para ser feliz.

Há uma ideia difundida aos quatro ventos de que a felicidade é possível para todos de forma indiscriminada e de que ela é alcançável individualmente. A propagação desta forma de pensar tem uma boa intenção por detrás, de que todos podem ser felizes, que não importa muito o que os outros fazem a você ou como anda suas relações, a felicidade é um caminho individual que com algum esforço e sem ajuda nenhuma você chega lá, só que isso acaba se tornando uma armadilha.


A triste ideia de que podemos ser felizes sozinhos

Este ideal se revela no modo de viver de muitas pessoas, e aparenta ser um reflexo e uma defesa das relações desastrosas e inconstantes que todos lidam atualmente, uma justificativa que encarna a falta de comprometimento que as relações encerram. Os jargões mais utilizados são aqueles que dizem: “eu não preciso do outro para ser feliz” ou ainda “eu me basto sozinho (a)”.

As relações humanas

É compreensível o sentimento que perpassa este pensamento, as relações humanas beiram ao descartável, uma relação de objeto com objeto e não de pessoa para com pessoa, premissa que o Papa Francisco defende desde o início de seu magistério. A palavra pessoa em sua etimologia, ou seja, na sua origem, significa “ser para”, pessoa é aquele que é para o outro e não somente para si mesmo. O amor próprio se tornou a grande meta de cada indivíduo, como se fosse sinônimo de alegria constante, o que esqueceram de contar que o amor com o qual me amo é produto e condição do amor com o qual me sinto e me senti amado.

“Longe de se referir apenas as relações amorosas, precisamos do outro para ser feliz.”

Realmente, não há a necessidade de se casar, ou de namorar, mas é preciso que na vida se encontre sentido, que em última instância só a relação humana genuína proporciona. No contato com amigos, família, no trabalho, na escola ou universidade, o indivíduo precisa de encontros constantes para o bem viver. O homem e a mulher são seres relacionais, que se constituem socialmente e que precisam de contato para uma alegria verdadeira.

Inclusive os monges que escolhem viver uma vida mais silenciosa o fazem em comunidades. As relações humanas dão sentido à existência e a maneira de me relacionar comigo mesmo tem relação intrínseca de como se configuram os relacionamentos interpessoais que estou envolto, a premissa dita há muito tempo “amar para ser amado” atribuída a São Francisco de Assis é validada psicologicamente e tem uma defesa científica por detrás.

Um "nós"

Isso porque na própria subjetividade existe um “nós”, e a individualidade que é perpassada pelo outro, se constitui em relação, desde que nascemos até ao morrer nos tornamos seres humanos pelo contato, não existe vida humana fora do aspecto social e o afeto é o laço que constitui e amarra positivamente cada sujeito ao outro. Ser sozinho, portanto, é uma contradição sem fim, porque o verbo ser exige que o outro também seja em mim. E todas as relações humanas estarão orientadas por valores positivos se a relação fundamental do homem, a sua relação com o amor, estiver ordenada.

“Buscar ser feliz sozinho se assemelha mais a um grito de socorro para que existam relações frutíferas para cada sujeito, relações verdadeiramente humanas que tenham como pano de fundo o compromisso de que fazer o outro feliz é que trará a tão sonhada felicidade, que é mais um processo do que um produto.”

A alegria pede compartilhamento, e ao mesmo tempo é compartilhar que traz alegria, nesta contradição constante entre solidão e partilha que caminha o sujeito atualmente, que a solidão seja apenas um momento de refletir e amadurecer, que seja um instante ímpar de um encontro consigo mesmo e com um Outro maior que produz e dá sentido à vida humana e a partir disso se voltar para o outro alguém melhor

Igreja, uma vida de comunidade

Fica evidente que todos precisam de amigos, vida social e partilha, a Igreja centrada em uma vida de comunidade pode ser esse espaço de encontro e de compartilhar as alegrias e dores da vida.

“Dividir o tempo, a atenção, o cuidado, faz diferença em tempos individualistas de busca constante de uma felicidade particular que nunca chega, isso porque é sempre idealizada e como a maioria das idealizações, também não está de acordo com a realidade.”
Que possamos colocar em prática isso no cotidiano, para que as relações sejam verdadeiras e humanas, que promovam a alegria que somente a cultura do encontro propicia.

Fonte: Vatian News

"Formação Campanha da Fraternidade 2020 na Arquidiocese de Maringá"


O tema da Campanha da Fraternidade 2020 será “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34). A CF é realizada anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no período da Quaresma.

Com a temática, a Igreja Católica convida a sociedade a refletir sobre o significado mais profundo da vida em suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social e ecológica.


Na Arquidiocese de Maringá haverá, primeiramente, três encontros de formação da campanha, com lideranças paroquiais. Após essa primeira etapa, haverá também formações nas paróquias.

Em Maringá, a formação será realizada dia 03 de fevereiro, das 19h30 às 22h no Centro de Formação Bom Pastor. Nesta data, estão convidadas as paróquias das Regiões Pastorais Sarandi, São José Operário, Nossa Senhora Aparecida, Catedral e Santa Cruz.

Dia 04 de fevereiro, a formação será no salão paroquial em Jandaia do Sul, das 19h30 às 22h, para a Região Pastoral Jandaia.

E dia 05 de fevereiro será a vez da cidade de Nova Esperança receber a formação, no salão paroquial da igreja matriz, das 19h30 às 22h. Estão convidadas as Regiões Pastorais Castelo Branco e Paranacity.

A assessoria das formações será feita pelo padre Valdecir Badzinski, Secretário Executivo do Regional Sul 2 da CNBB.

Também no dia 05 de fevereiro, às 8h30, haverá formação da temática da CF para os padres da Arquidiocese de Maringá, na paróquia Santa Maria Goretti.

Formações nas paróquias

As paróquias que desejarem receber a formação da Campanha da Fraternidade, devem solicitar com a coordenadora arquidiocesana do Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) Edilene Fantin: telefone 43 99685 00 11 ou e-mail: edilene@escritorio14dezembro.com.br

Fonte: Site da Arquidiocese de Maringá

Clipe Oficial do Hino da Campanha da Fraternidade 2020

O tema da Campanha da Fraternidade 2020 será “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34).

 A CF é realizada anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no período da Quaresma.

Com a temática, a Igreja Católica convida a sociedade a refletir sobre o significado mais profundo da vida em suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social e ecológica.