07 setembro, 2012

Ver - Avaliar - Agir - Minha orientação ao coordenador da CEBs

Coordenador de uma CEB de uma paróquia da Arquidiocese de Maringá, via e-mail, solicitou sugestões/orientações para que possa desenolver um bom trabalho.

Sugue a baixo o pedido de orientação e para evitar possíveis constrangimento ocultei o nome do coordenador, da paróquia e da CEB para preservar a identidade.
“ Estou como coordenador da comunidade (...), na paróquia (...) em Maringá, rescem implantada, gostaria de algumas sugestões/orientações, para desemvolver um trabalho, primeiro de como descobrir as nescessidades das pessoas da comunidade, depois da promoção das mesmas, quanto a saúde, catequese, participação da vida eclesial, em fim como e o que fazer pelas CEB's, dentro do "VER AVALIAR AGIR.
Aguardo atenciosamente,
(...)
CEB (...)”

Receber um pedido desse é desafiador e também muito delicado e ao mesmo tempo gratificante. Conversei muito com Deus a respeito de que resposta dar. Abaixo a resposta encaminhada ao coordenador.


Olá (...)

Você pede orientações para desenvolver um bom tralho, para descobrir as necessidades das pesseas e de realizar o “ver – avaliar e agir”. Acredite, a sua vontade de ser esse coordenador e a humildade em buscar ajuda é a principal resposta para suas perguntas.

São grandes os desafios, somos atropelados pela correria do tempo, por tantas imposições e frustações que a sociedade capitalista impõe a todos nós povo de Deus. Internet e televisão que embora sejam meios de informações são também geradoras da destruição do relacionamento familiar e comunitário. Distorce os valores cristãos e nos impõe valores que leva ao individualismo, ao comodismo e até a falta de respeito para com o outro e para consigo mesma.

Hoje um dos grandes desafios esta em motivar a criançada, adolescentes, jovens, adultos e o/as nossos/as queridos/as da terceira idade. O que fazer para levá-los a deixar o seu “mundo” e começar a participar da vida e dos acontecimentos da CEB, como catequese, grupo de jovens, grupo de reflexão, celebrações e etc.

Muito de nosso povo hoje estão carentes de afeto. Carentes de receber um bom dia, um sorrizo. Carente de alguém para ouvi-los. Estão precisando de uma mão amiga, de um olhar amigo. Aí esta o caminho, a CEBs precisam ser essa mão amiga. A CEBs precisam ser o olhar amigo.

AS CEBs precisam ser como uma Samaritana a serviço da vida . “Viu, aproximou-se, sentiu compaixão e corou-lhes as feridas” (Lc 10,33-34).

Mas como você (...) pode fazer com que a CEB (...) que você coordena seja uma Samaritana a serviço da vida?

Não tenho uma resposta pronta para você, mas o instrumento são as lideranças da CEB. É o Conselho de Pastoral da CEB (CPC).

Quando ouvimos relatos sobre Atos dos Apóstolos aparece a expressão “como eles se amam”, acredito que aí esta o segredo. A equipe de liderança da CEB precisam ser próxima umas das outras, amigas, precisam amar-se.

O povo da CEB quando ver as lideranças precisam sentir “como elas se amam”, como é bonito o relacionamento entre elas, de tal maneira que desperte em seus corações a vontade de fazer parte do grupo.

O coordenador da CEB é quem deve proporcionar meios para que haja essa união entre as lideranças. É preciso criar momento “íntimo”, bate papo gostoso, momento celebrativo só entre esse grupo e também momento mais ampliado envolvendo os familiares das lideranças.

Estando as lideranças próximas umas das outras, o grupo vai estar fortalecido e não será qualquer obstáculo que levará alguém a desanimar, porque sabe que tem onde recorrer diante das necessidades e não tem nada mais gostoso que ter amigos.

Esse relacionamento fortalecido pela oração, pela Palavra de Deus, pela presença amiga do padre será com certeza notado pelo povo da CEB e eles vão sentir “como eles se amam” e aí como sementeiras vão surgindo novas lideranças, pessoas novas para compor o grupo de lideranças na CEB, porque vão sentindo o gostinho bom de dizer sim ao chamado de Deus para servir ao seu povo. E quando surgir pessoas querendo fazer parte tem que ser acolhida, mesmo que todas as pastorais, movimentos e serviços da CEB já estajam com suas coordenações completas é preciso acolher os que vão dispertando, envolva-os de algum jeito.

Simultâneamente e/ou como um outro passo, é preciso conhecer a CEB. Conhecer o povo da CEB. Conhecer a realidade da CEB. Como em nossa Arquidiocese de Maringá o critério de organização das paróquias em redes de CEBs tem sido de aproximidade (geográfico) é preciso conhecer a extensão da CEB. A ferramenta é o CPC (as lideranças) e outras pessoas que podem estar ajundando. Importante não esquecer que os/as paroquianos/as precisam estar sabendo da organização da paróquia em redes de CEBs e se ainda não estão é preciso fazer com que saibam. O povo precisa saber a qual CEB pertence.

Para esse conhecer à CEB tem diversos caminhos e seja qual for precisa ser feito com muito acolhimento ao povo. Acolhimento alegre, fraterno e carinhoso é o caminho. ...Clique aqui e continue lendo.

7 de Setembro dia da Independência

Para refletir