23 setembro, 2020

"É missão de todos nós!" - Outubro mês dedicado as missões

Canal das CEBs da Arquidiocese de Maringá

No mês de outubro dedicado as missões, com o tema "É missão de todos nós!" uma série de vídeos com temática e testemunho de leigas, leigos, religios@s e padres.
Comecem hoje, a acompanhar, curtir e participar do Canal das CEBs da Arquidiocese de Maringá.

Já temos muitos vídeos em nosso canal. Todos os dias um vídeo novo.







“Onde esta a paróquia? esta em cada rua em nossos bairros, esta presente nas casas, na vida da pessoa”

“Onde esta a paróquia? esta em cada rua em nossos bairros, esta presente nas casas, na vida da pessoa”

A celebração do Padroeiro celebrada na segunda feira, dia 21 na paróquia São Mateus Apóstolo de Maringá, foi expressiva. 

Bonita a unidade das 15 Comunidades Eclesiais de Base que compõe a estrutura paroquial.
Alegria como comunidade oferecer um novo padre para a Arquidiocese de Maringá, o Donizeti Ganzá e a alegria da presença de dom Edmar Peron, Bispo de Paranaguá, como ele mesmo brincou na celebração “padre de Maringá”.


A fala do pároco o padre Genivaldo Ubinge causou um grande sentimento de acolhida e de alegria pela caminhada paroquial, constituída desde sua origem, antes mesmo de ser paróquia formada a partir das Comunidades Eclesiais de Base.

“Onde esta a paróquia esta em cada rua em nossos bairros, esta presente nas casas, na vida da pessoa, assistindo os mais frágeis pela enfermidade ou pela pobreza, estando junto com uma palavra de animo e conforto as pessoas que precisam dessa presença, esta ensinando na catequese, esta exortando e ajudando as pessoas a crescer na fé. Rede de Comunidades Eclesiais de Base, que manifestam a força e a presença de Deus, construindo a Igreja e como Igreja servindo o evangelho, testemunhando o amor a Jesus Cristo e manifestando a presença do Reino dos Céus. São Mateus que deixou exemplo a sermos convidados a nos levantarmos, a seguir Jesus, e deixar que Ele nos sustente. Nas comunidades Eclesiais de Base estão presentes todas as pastorais, todos os movimentos e serviços da nossa igreja.

A homilia de Dom Edmar uma ajuda para encorajar a caminhada pastoral na unidade na certeza que somos um povo chamado por Jesus para segui-lo e segui-lo onde Ele deseja ir e não onde nós desejamos ir. “Descobrir como paróquia onde Jesus quer os membros dessa paróquia, junto com quem, com quais pessoas afastadas Jesus deseja estar, é com essas pessoas que a paróquia São Mateus precisa estar em comunhão e sentar-se a mesa. Mesmo com o risco de não ser uma paróquia compreendida.” 
Dom Edmar iniciou a homilia dizendo que Festa do padroeiro não é a festa da comunidade onde esta situada a matriz a paroquial, é a festa da unidade da paróquia, de todas as suas comunidades conjuntamente e disse: 

“Comunhão, primeira expressão da carta de Paulo aos Efésios, caminhar de acordo com a vocação que recebemos. Enquanto paróquia a vocação é comunhão, unidade aplicar-se a guardar a unidade do Espírito pelo vinculo da paz, porque há um só corpo e um só espírito
A respeito dos serviços o bispo disse que se da em unidade com o cotidiano realizado em cada Comunidade e que Jesus capacita e sobre quem é mais importante, explicou:

“Quem é mais importante em cada trabalho? O mais importante é aquele que reconhece que todos nós recebemos a graça na medida em que cristo nos concedeu. Uns apóstolos, outros profetas, outros ainda evangelistas, outros pastores e mestres. Mas Ele capacitou a todos, para edificar o corpo da igreja, o corpo de Cristo.”

O mundo marcado pelo Covid-19, Dom Edmar diz que esta nos ajudando a rever a caminhada, ações e projetos.

“Nossos planos, agendas projetos precisaram ser revistos, isso é uma benção rever as coisas, poder rever o processo que estamos fazendo, rever o sentido de nossa participação na vida eclesial, rever o porquê a gente de fato participa. Por isso mais importante, é com humildade e mansidão ter paciência uns com os outros no amor.”

Entrando no Evangelho o chamado do Apóstolo Mateus explicou que Jesus é que toma a iniciativa de ir ao encontro de Mateus que não estava no templo e nem na sinagoga ouvindo a Palavra. Mateus estava sentado em uma banca cobrando impostos:

“Mateus sentado em uma banca cobrando impostos, servindo aos romanos odiados pelo povo de Israel, porque dominavam, roubavam de seu povo, aquelas riquezas tão necessárias para a vida.”

Dom Edmar abriu parêntese e colocou: “Mudamos de situações políticas, mas não dos roubos e corrupções que continuam a deixar o povo em situações sempre mais difíceis.” Fechou o parêntese.

Voltando para o Evangelho relatou que Mateus era homem mal visto pelo seu povo, considerado gente que não prestava e foi para esse homem que Jesus voltou seu olhar e chamou para segui-lo.

Sobre a resposta do apóstolo Mateus, explicou:

“A resposta a esse chamado não pode ser uma resposta bem elaborada em nossa cabeça, não pode ser algo abstrato, mas muito concreto, nós só respondemos a Jesus de verdade pelas nossas ações. Então o Mateus fez isso, diz o texto do evangelho, que tendo ouvido o chamado de Jesus ele se levantou e seguiu Jesus. Isso para nossa vocação comum, a vida cristã, ser cristã, ser cristão, não pode ser uma vida de belos planos e de palavras bonitas, mas nunca concretizados. Os belos planos e as palavras bonitas só tem sentido quando colocadas em prática. É isso que nos ensina São Mateus, ele não disse uma palavra. Diz o texto que ele não disse nada. Ele realizou o principal gesto de discípulos, do cristão, seguir Jesus Cristo.

Seguir Jesus, seguir Jesus a onde e para onde? Pergunta que devemos nos perguntar, segundo o bispo.

“Importante que nós nos perguntemos seguir Jesus a onde, para onde vai Jesus? E aqui nós encontramos que Jesus foi sentar-se a mesa com a patotinha do Mateus os amigos dele, gente de mau fama, condenada pelos fariseus, pecadores e publicano. Jesus e seus discípulos sentaram a mesa com essas pessoas”.

O desafio descobrir, como paróquia, onde Jesus quer os membros da paróquia vá e esteja. Com quais pessoas afastadas mesmo correndo o risco de não ser compreendido.

Disse o bispo “A pandemia não pode nos retirar o ideal de ir ao encontro das pessoas, nós para celebramos e fazermos nossas reuniões presenciais, estamos tendo muitas dificuldades, temos que selecionar que avaliar se a pessoa esta em condições de voltar a participar. Mas isso não pode nos retirar o principal, somos um povo chamado por Jesus para Segui-lo e Segui-lo onde Ele deseja ir e não onde nós desejamos ir. Descobrir como paróquia onde Jesus quer os membros dessa paróquia, junto com quem, com quais pessoas afastadas Jesus deseja estar, é com essas pessoas que a paróquia são Mateus precisa estar em comunhão e sentar-se a mesa. Mesmo com o risco de não ser uma paróquia compreendida. Isso também se manifestou no evangelho, os fariseus eles criticaram a Jesus perguntando aos discípulos, que mestre é esse mestre de vocês, que mestre é esse que come com os cobradores de impostos e pecadores, será mesmo um mestre e o texto disse que Jesus ouvindo a pergunta ele mesmo respondeu, dizendo que o medico não deve ficar esperando que venha o cheio de saúde mas sim o doente para ser curado.”

O grande problema apresentado por dom Edmar são os que hoje criticam as lideranças da igreja quando se colocam ao lado dos que são por muitos considerados piores.

“O problema não foram os fariseus daquele tempo, o problema são os que hoje criticam as lideranças da igreja quando se colocam ao lado das pessoas piores de seu bairro. Pessoas que estão ali prontas para dizer o que esta certo e o que esta errado, e se esquecem da misericórdia, se esquece do mais importante, Jesus não veio chamar quem se considera gente santa, para essa pessoas o seu orgulho não dá espaço a Jesus ao Evangelho, Jesus veio para quem se reconhece pecador.”

Prosseguindo disse: “Fariseus não conseguem trabalhar com as outras pessoas para na diversidade, edificar a Igreja, o corpo de Cristo, até que todos juntos cheguemos à unidade da fé.”

Explicou Dom Edmar que os enviados, no seguimento de Jesus, acolhendo a sua Palavra, indo onde Ele deseja ir, como nos diz São Lucas, os enviados foram à frente, por onde Jesus deveria passar.

“Então a primeira leitura com o salmo nos diz que acima de tudo como Igreja, Igreja aberta, Igreja missionária o nosso papel é proclamar a palavra como testemunhas. Não proclamar a Palavra porque eu aprendi sobre ela nas formações, proclamar a Palavra porque aprendi vivendo-a e por isso posso dar testemunho da palavra.”

Ressoar pelas palavras e pelas ações “É uma Palavra que nos anima porque Deus vem ao nosso encontro e nos chama, nos sacode para que possamos seguir seus paços nos da o espírito para formemos a unidade, na unidade do amor e da fé e nos tornemos testemunhas de cristo, fazendo com que a Palavra chegue a todo lugar.”

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Efésios 4,1-7.11-13
Salmo 18
Mateus 9,9-13

Francisco denuncia

Francisco denuncia: “Ouvimos mais as empresas multinacionais do que os movimentos sociais. Falando mais claramente, ouvimos mais os poderosos do que os fracos e este não é o caminho”




Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa disse que “para sairmos melhores de uma crise como a atual, que é uma crise de saúde e ao mesmo tempo social, política e econômica, cada um de nós é chamado a assumir a sua parte de responsabilidade".

A reportagem é de Mariangela Jaguraba, publicada por Vatican News, 23-09-2020.

O Papa Francisco prosseguiu com o ciclo de catequeses sobre o tema da pandemia de coronavírus, na Audiência Geral desta quarta-feira (23/09).

“Curar o mundo. Subsidiariedade e virtude da esperança” foi tema deste encontro semanal, realizado no Pátio São Dâmaso, dentro do Vaticano, em que o Pontífice ressaltou que “para sairmos melhores de uma crise como a atual, que é uma crise de saúde e ao mesmo tempo social, política e econômica, cada um de nós é chamado a assumir a sua parte de responsabilidade. Partilhar as responsabilidades”.
Princípio de subsidiariedade para uma verdadeira reconstrução

Segundo Francisco, “devemos responder não só como indivíduos, mas também a partir do próprio grupo de pertença, do papel que desempenhamos na sociedade, dos nossos princípios e, se acreditamos, da nossa fé em Deus”.

Muitas vezes, porém, tantas pessoas não podem participar na reconstrução do bem comum porque são marginalizadas, excluídas ou ignoradas; certos grupos sociais são incapazes de contribuir, porque são econômica ou politicamente asfixiados. Em algumas sociedades, muitas pessoas não são livres de expressar a sua fé e os seus valores, suas ideias: se elas as expressam com liberdade, vão para a cadeia. Noutros lugares, especialmente no mundo ocidental, muitas reprimem as próprias convicções éticas ou religiosas. Mas assim não se pode sair da crise, ou contudo, não podemos sair melhores. Sairemos piores.

“Para que todos possamos participar no cuidado e na regeneração dos nossos povos, é justo que todos tenham os recursos adequados para fazê-lo”, disse ainda o Papa, ressaltando que “após a grande depressão econômica de 1929, o Papa Pio XI explicou a importância do princípio de subsidiariedade para uma verdadeira reconstrução. Este princípio tem um duplo dinamismo: de cima para baixo e de baixo para cima. Talvez não entendemos o que isso significa, mas é um principio social que nos torna mais unidos”. E Francisco explicou:

“Por um lado, e especialmente em tempos de mudança, quando indivíduos, famílias, pequenas associações ou comunidades locais são incapazes de alcançar os objetivos primários, então é justo que os níveis mais elevados do corpo social, como o Estado, intervenham para oferecer os recursos necessários para prosseguir.”

Por exemplo, devido ao lockdown causado pelo coronavírus, muitas pessoas, famílias e atividades econômicas encontraram-se e ainda se encontram em sérias dificuldades, por isso as instituições públicas procuram ajudar com intervenções apropriadas, sociais, econômicas e de saúde. Esta é a função. O que devem fazer.
Não colocar de lado a sabedoria dos grupos mais humildes

“Mas por outro lado”, disse ainda Francisco, “os vértices da sociedade devem respeitar e promover níveis intermédios ou menores. Com efeito, é decisiva a contribuição de indivíduos, famílias, associações, empresas, todos os organismos intermédios e até das Igrejas. Com os próprios recursos culturais, religiosos, econômicos ou de participação cívica, eles revitalizam e reforçam o corpo social. Existe uma colaboração de cima para baixo, do Estado para o povo e de baixo para cima. E este é o exercício do princípio da subsidiariedade. Cada um deve ter a oportunidade de assumir a própria responsabilidade nos processos de cura da sociedade da qual faz parte. Quando se ativa algum projeto que, direta ou indiretamente, diz respeito a determinados grupos sociais, estes não podem ser excluídos da participação; a sabedoria dos grupos mais humildes não pode ser colocada de lado”. A seguir, acrescentou:

“Infelizmente, esta injustiça ocorre muitas vezes onde se concentram grandes interesses econômicos ou geopolíticos, tais como certas atividades de mineração em determinadas partes do planeta. As vozes dos povos indígenas, as suas culturas e visões do mundo não são consideradas. Atualmente, esta falta de respeito pelo princípio da subsidiariedade propagou-se como um vírus.”

Pensemos nas grandes medidas de ajuda financeira implementadas pelos Estados. Ouvimos mais as grandes empresas financeiras do que as pessoas ou aqueles que movem a economia real. Ouvimos mais as empresas multinacionais do que os movimentos sociais. Falando em dialeto cotidiano, ouvimos mais os poderosos do que os fracos e este não é o caminho. Não é o caminho humano, não é o caminho que Jesus nos ensinou, não é implementar o princípio e subsidiariedade. Assim, não permitimos que as pessoas sejam “protagonistas do próprio resgate”. No subconsciente coletivo de alguns políticos ou alguns trabalhadores sociais há este lema: tudo para o povo, nada com o povo. De cima para baixo, mas sem ouvir a sabedoria do povo, sem implementar essa sabedoria na solução de problemas, neste caso, para sair da crise. Ou pensemos também na forma de curar o vírus: ouvimos mais as grandes empresas farmacêuticas do que os profissionais da saúde, que estão na linha da frente nos hospitais ou nos campos de refugiados. Este não é o caminho certo! Todos devem ser ouvidos. Os que estão no alto e os que estão embaixo.
Implementar o princípio de subsidiariedade

Segundo o Papa, “para sairmos melhores de uma crise, o princípio da subsidiariedade deve ser implementado, respeitando a autonomia e a capacidade de iniciativa de todos, especialmente dos últimos.

“Todas as partes de um corpo são necessárias e, como diz São Paulo, as partes que podem parecer mais frágeis e menos importantes são na realidade as mais necessárias. À luz desta imagem, podemos dizer que o princípio da subsidiariedade permite a cada um assumir o seu próprio papel no cuidado e destino da sociedade.”

A sua implementação dá esperança num futuro mais saudável e justo; e construímos este futuro juntos, aspirando a realidades maiores, alargando os nossos horizontes. Sair da crise não significa passar um verniz na situação atual. Sair da crise significa mudar e a verdadeira mudança é feita por todos, todas as pessoas que constituem o povo. Todos juntos em comunidade.”
A esperança é audaz

O Papa recordou que “numa catequese anterior vimos que a solidariedade é a saída para a crise: ela nos une e nos permite encontrar propostas sólidas para um mundo mais saudável. Mas este caminho de solidariedade precisa da subsidiariedade. Com efeito, não há verdadeira solidariedade sem participação social, sem a contribuição de organismos intermédios: famílias, associações, cooperativas, pequenas empresas, expressões da sociedade civil. Tal participação ajuda a prevenir e corrigir certos aspectos negativos da globalização e da ação dos Estados, assim como acontece no cuidado das pessoas atingidas pela pandemia. Estas contribuições “a partir de baixo” devem ser encorajadas. Como é bonito ver o trabalho dos voluntários nessa crise, voluntários provenientes de várias partes sociais, que vêm de famílias abastadas e mais pobres. Todos juntos. Isso é solidariedade e princípio da subsidiariedade”.

Durante o lockdown, o gesto de aplaudir médicos, enfermeiros e enfermeiras nasceu espontaneamente como sinal de encorajamento e esperança. Muitos arriscaram a sua vida e perderam suas vidas! Estendamos este aplauso a todos os membros do corpo social, pela sua valiosa contribuição, por menor que seja. Dar espaço para trabalhar. Aplaudamos os "descartados", classificados por essa cultura como "descartados", ou seja, os idosos, as crianças, as pessoas com deficiência, os trabalhadores, todos aqueles que se põem a serviço. Mas não nos limitemos apenas aos aplausos! A esperança é audaz, por isso encorajemo-nos a sonhar alto, procurando os ideais de justiça e amor social que provêm da esperança.

O Papa concluiu a sua catequese, convidando a “não reconstruir o passado, especialmente o que era iníquo e já doente. Construamos um futuro onde a dimensão local e global se enriqueçam mutuamente, onde a beleza e a riqueza dos grupos menores possam florescer e onde aqueles que têm mais se comprometam a servir e a dar mais a quem tem menos”.

Fonte: IHU