07 setembro, 2008

Dom Erwin Kräutler recebe Prêmio Verde das Américas

O bispo do XIngu é indicado por lideranças indígenas do Brasil e do exterior para receber o prêmio Verde das Américas.
No dia 9 de setembro, o bispo do Xingu (PA) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler, será homenageado com o prêmio Verde das Américas 2008.
O prêmio é concedido a pessoas e instituições que contribuem para o desenvolvimento e a preservação ambiental do planeta. Em 2006, ele foi concedido a dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana (MG), na categoria de Direitos Humanos.
A entrega do prêmio a dom Erwin ocorrerá na abertura do VIII Encontro Verde das Américas, que será realizado de 9 a 11 de setembro, no Museu Nacional da República, em Brasília. Participarão do encontro, que conta com o apoio Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), lideranças nacionais e internacionais envolvidas com o meio ambiente.

Movimento da Cidadania Brasil Sem Aborto realiza 2ª edição da Marcha Nacional pela Vida


Na próxima quarta-feira (10) acontecerá a 2ª edição da Marcha Nacional da Cidadania pela Vida e Família, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Promovida pelo Movimento da Cidadania Brasil Sem Aborto, os organizadores esperam superar a 1ª edição que reuniu 20 mil pessoas. A meta é dobrar este número.

Este ano, a grande novidade será a abertura da Marcha por quatro alas de pessoas vestidas nas cores da bandeira do Brasil, que apresentarão temas relativos em defesa da vida: Deixe-me Nascer; Sou Ser Humano desde a Concepção; Mulheres pela Vida; A Maternidade exige respeito e Dignidade; Família pela Vida; Família, lugar de Acolhimento da Vida, e o último, O Maior Destruidor da Paz é o Aborto.

"Não basta estar contra o aborto, é preciso manifestar a nossa posição nas ruas, praças e avenidas do país; pois solo assim os políticos do Congresso Nacional escutarão a nossa voz. Por isso, a palavra de ordem é: mobilização permanente", expressou a organização em um comunicado.
O evento conta com o apoio de entidades nacionais, entre elas, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Rede Brasileira do Terceiro Setor (Rebrates), a Federação Espírita Brasileira (FEB) e o Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP).

Tributo a um imprescindível: D. Paulo Evaristo Arns

Para não nos esquecermos da atuação de Deus em nossa história recente !

A grande imprensa só destaca os personagens quando eles estão realizando coisas, completando décadas disso e daquilo ou morrendo. Vai daí que um homem como D. Paulo Evaristo Arns está há 10 anos longe dos holofotes e é quase desconhecido das novas gerações.
Pior: alguns jovens formam seu conceito sobre ele a partir do que lêem nos textos repulsivos da propaganda neo-integralista, apontando-o como principal inspirador da política de direitos humanos “que só protege os bandidos”...
Então, em vez de esperar que surja o que os jornalistas chamamos de gancho, uma justificativa qualquer para falar de D. Paulo, vou fazê-lo unicamente porque se trata de um daqueles imprescindíveis a que se referiu Brecht. Neste Brasil da ganância e da competição que o capitalismo globalizado está engendrando, é fundamental evocarmos exemplos como este, até como antídoto. Leia AQUI

Artigo de Dom Anuar Battisti

Brasil de Amor e Esperança

Ao aproximar-se o dia da Pátria, nos recordamos do grito da Independência, nas margens do Rio Ipiranga. Penso que mais que um grito de independência, hoje se faz necessário ouvir um grito de esperança dos excluídos e excluídas.

Não basta cantar:
“ Gigante pela própria natureza,
és belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandezaTerra adorada ,entre outra milÉs tu, Brasil. Ó Patria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada, Brasil!”

Um gigante precisa abaixar a cabeça e olhar a realidade onde pisa, e se dar conta que todos são filhos e filhas da mesma mãe Pátria, amada e idolatrada.. Gigante sim, potente e promissor; Pátria de todos; amada por todos; idolatrada por aqueles que descobriram a forma de tirar da mãe, o leite destinado a todos os filhos. Pátria que seria de todos, mas que a maioria levanta a voz, canta e grita: por dignidade, moradia, educação, segurança, saúde, justiça, pão e paz. Que pena ser tão grande e abundante, mas ter em seu seio, tantos excluídos e descartados do processo de construção de um Brasil de amor e esperança.

Como é fácil cantar, fazer desfiles e ostentar a bandeira, enquanto milhões de filhos choram e suam por um pedaço de pão ou um viaduto para morar. Ó Brasil de amor e esperança, que seu hino não seja apenas uma fórmula poética.

O amor à Pátria não se define por promessas em tempo de campanha política. O amor não é apenas programas assistenciais de curto e longo prazos. Não é apenas atenção emergencial, em situações de risco. Quem ama, vê e assume sem medir as conseqüências. Quem ama, sabe partilhar e promover a dignidade. Quem ama, suja a mão na realidade nua e crua dos irmãos excluídos.

Quem ama, sabe chorar e se alegra na dor e na festa dos filhos e irmãos da terra de Santa Cruz. Quem ama, sabe levar a esperança a quem sonha, e faz. O Brasil precisa de homens e mulheres que saibam devolver ao coração de todos, a certeza de que é possível esperar e construir juntos um Brasil de todos e para todos.

Que o dia 7 de setembro seja, para todos, um renovado amor e esperança, pela nossa Pátria amada. Que o amor seja a bandeira número 1 de todos os candidatos a serem eleitos para governar os municípios brasileiros, neste pleito eleitoral, que traz em si o desejo de um processo político, forjado por caras limpas.

Que o amor e a esperança sejam o programa dos programas de todos os partidos políticos, a fim de fazer da “arte política”, uma ação em virtude do bem comum, e não em benefício próprio.
Que o amor e a esperança sejam o emblema a ostentar nos corações de todos os brasileiros e brasileiras, no dia do grito dos excluídos .

Que ao cantar o hino nacional ressoe em nossos corações a fé e a força por um Brasil mais justo e fraterno, onde “um filho teu não foge à luta, nem teme quem te adora, a própria morte, Terra adorada, entre outras mil, és tu Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil. Pátria amada, Brasil!”

Dom Anuar BattistiArcebispo de Maringá