20 julho, 2018

Dia Internacional da Amizade

20 de julho é o 201.º dia do ano no calendário gregoriano (202.º em anos bissextos). Faltam 164 para acabar o ano.

O Dia do Amigo é uma data proposta para celebrar a amizade entre as pessoas. No Brasil, Uruguai ,Argentina e Moçambique a data mais difundida para esta celebração é 20 de julho, aniversário da chegada do homem a lua. Em 27 de abril de 2011, a Assembleia Geral das Nações Unidas resolveu convidar todos os países membros a celebrarem o Dia Internacional da Amizade em 30 de julho.



Vacinação é responsabilidade de todos, artigo de Ivana Maria Saes Busato



Vacinação é responsabilidade de todos, artigo de Ivana Maria Saes Busato

Algumas doenças já erradicadas estão com grande risco de voltar ao Brasil, como a poliomielite e o sarampo. Embora essas doenças, que podem ser evitadas por vacinação, tenham se tornado raras em muitos países, seus agentes infecciosos continuam a circular em algumas partes do mundo. Com a globalização, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a vacinação infantil se tornou obrigatória no Brasil desde os anos 1970. No entanto, dados do Ministério da Saúde divulgados no segundo semestre de 2017 mostram que a taxa de imunização foi a pior dos últimos 12 anos: 84%, ante a meta de 95%, recomendada pela OMS.

O site do Ministério da Saúde tem alertado sobre as baixas coberturas vacinais, principalmente em crianças menores de cinco anos – o que acendeu uma luz vermelha no país. Em reunião com representantes de estados e municípios, o Ministério da Saúde alertou que 312 municípios brasileiros estão com cobertura vacinal abaixo de 50% para a poliomielite.

Devemos lembrar que as vacinas estão entre as principais conquistas da humanidade, pois protegem de muitas doenças causadas por vírus e bactérias e são consideradas recursos indispensáveis para saúde individual e coletiva. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 2 e 3 milhões de mortes sejam evitadas a cada ano pela vacinação.

Para continuar essa discussão, é importante entender como as vacinas funcionam. Bactérias e vírus, quando invadem nosso organismo, atacam as células e se multiplicam, provocando o que chamamos de infecção. As vacinas estimulam o sistema imunológico do nosso organismo a produzir anticorpos, que são proteínas específicas para cada tipo de doença. Consideradas a maneira mais eficaz de controlar e até erradicar doenças, as vacinas protegem a população durante toda a vida.

Mas por que uma parte da população está deixando de vacinar os seus filhos? Dados do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontam que a parcela da população contrária à vacina faz parte, curiosamente, de classes sociais mais altas. Na maioria dos casos, essas pessoas defendem a causa por questões religiosas, modismo ou naturalismo. Mas não são apenas crenças. O receio que as vacinas provoquem reações adversas é o principal motivo.

Para quem ainda tem dúvidas sobre a eficácia das vacinas, reforçamos que elas são seguras. Suas reações geralmente são pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados.

Os programas de vacinação nacionais estão entre os mais bem-sucedidos do mundo, contudo, seu sucesso depende da cooperação de cada indivíduo para assegurar o bem comum. Não devemos apenas confiar nas pessoas ao nosso redor para impedir a propagação da doença. Nós também temos o dever de assumir essa responsabilidade e convocar toda a sociedade.

Devemos lembrar também que cuidados com a higiene, lavagem frequente das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas, mas não garantem que elas não se espalhem. Portanto, a melhor opção sempre será vacinação para garantir a saúde de todos.

A responsabilidade de vacinar é de todos. Uma decisão que envolve pais ou responsáveis pelas crianças, sociedade e governo. Caso os programas de imunização sejam interrompidos, ou a cobertura vacinal não alcance as metas de erradicação, as doenças até hoje controladas por vacina podem retornar, com potencial de epidemia.

*Profª Drª Ivana Maria Saes Busato é coordenadora do Curso Superior Tecnológico em Gestão de Saúde Pública do Centro Universitário Internacional – UNINTER.

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Fonte: EcoDebate

Maria Madalena e o discipulado das mulheres



Maria Madalena e o discipulado das mulheres


Nos Evangelhos, muitas vezes, Maria Madalena é citada nominalmente: como discípula de Jesus (Lc 8,1-2); como testemunha da sua crucifixão (Mc 15,40-41; Mt 27,55-56; Jo 19,25); como testemunha do seu sepultamento (Mc 15,47; Mt 27,61); como testemunha da sua ressurreição (Mc 16,1-8; Mt 28,1-10; Lc 24,1-10; Jo 20,1.11-18); como enviada aos Onze com uma mensagem de Jesus (Mt 28,10; Jo 20,17-18). Nenhum texto do Evangelho diz que Maria Madalena foi uma pecadora.

Teriam interpretado mal a expressão “Maria Madalena da qual haviam saído sete demônios” (Lc 8,2)? Esta expressão, que aparece somente em Lucas e no apêndice de Marcos (Lc 8,2; Mc 16,9), criou uma série de preconceitos contra Maria Madalena. Mas, para o Evangelho de Lucas, a possessão não significa pecado, e sim doença.

O número 7, sempre simbólico, parece indicar a gravidade da situação. No contexto de Lucas, podemos interpretar que Maria Madalena padecia de uma grave doença nervosa ou psicossomática. No encontro com Jesus, ela recupera a harmonia interior e entra em um processo de crescimento e amadurecimento pessoal até atingir a plenitude do seu ser na experiência pascal.

Encontramos, nos quatro evangelhos, várias listas com os nomes dos 12 discípulos que seguiam Jesus. Havia também mulheres que o seguiam desde a Galileia até Jerusalém. O Evangelho de Marcos define a atitude delas com três palavras: seguir, servir, subir até Jerusalém (Mc 15,41). Os primeiros cristãos não chegaram a elaborar uma lista destas discípulas que seguiam Jesus como o fizeram com os homens (Para as comunidades das origens, o recurso aos Doze é uma forma de entender o movimento cristão como o novo Israel, tal como no passado os Doze pais das doze tribos simbolizam o antigo Israel).

Os nomes de seis destas mulheres estão espalhados pelas páginas dos evangelhos: Maria Madalena (Lc 8,3), Joana, mulher de Cuza (Lc 8,3), Suzana (Lc 8,3), Salomé (Mc 15,40), Maria, mãe de Tiago e José (Mc 15,40), e a mãe dos filhos de Zebedeu (Mt 27,56). Em todos estes textos, exceto João 19,25, Maria Madalena é citada em primeiro lugar, indicando sua liderança no grupo de discípulas de Jesus. Em João, o protagonismo de Madalena é destacado em sua ida ao túmulo e encontro com o seu Mestre. Ali, está sozinha. Não está acompanhada por outras mulheres (Jo 20,1-18).

Há muitas outras mulheres, amigas de Jesus, que são nomeadas nos evangelhos, por exemplo, as duas irmãs Marta e Maria, mas só destas seis se diz que “seguiam a Jesus desde a Galileia” (Mt 27,55-56; Mc 15,41) ou que “o acompanhavam junto aos Doze” (Lc 8,1-3).

O texto pertence a Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino.