28 março, 2019

Quarta Etapa da Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs - Arquidiocese de Maringá

No meio da caminhada da vida e das lutas é preciso revelar o Rosto de nosso Deus ao revelar o Rosto do Povo. Testemunho que nasce da pobreza e do sofrimento sem deixar de ser amoroso, lindo e muita esperança.



Quarta Etapa da Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs

No meio da caminhada da vida e das lutas é preciso revelar o Rosto de nosso Deus ao revelar o Rosto do Povo. Testemunho que nasce da pobreza e do sofrimento sem deixar de ser amoroso, lindo e muita esperança.

Para ser uma autentica Comunidades Eclesiais de Base é preciso à centralidade da vida na Palavra, ser mecanismo de participação de todo o Povo de Deus e haver articulação com a solidariedade política.

A Centralidade da Palavra de Deus, se não haver, não há CEBs. A Palavra de Deus é o centro. Através dela Deus nos fala. Deus revelou-se a si mesmo como Palavra e através da Palavra.

 Jesus precisa estar no centro, tanto nos discursos como na prática. O nosso Deus, através de Sua Palavra nos persuade que Jesus é o Centro de toda a história.  Tornamos pessoas novas quando nos abrimos para que Ele esteja no centro de nossas vidas.

Mecanismo de participação de todo o Povo de Deus, uma paróquia estruturada em redes de Comunidades Eclesiais de Base, essas são estabelecidas como espaço de serviços ad intra e ad extra da ação pastoral evangelizadora, social e missionária da paróquia. Igreja na base no meio do povo e com o povo.

Modo da Igreja ser que envolve o povo que procuram viver relações fraternas de partilha, ajuda, solidariedade e serviço, através de pequenos gestos que reconstrói vidas e anima a caminhada.

Articulação com a solidariedade política, Igreja de modo novo presente no mundo a serviço da vida e ao cuidado da “casa comum”. No dia a dia nas CEBs é preciso o "coração", dar a vida. O sopro. Expressar a fé através do anúncio e da denuncia profética, rompendo com as correntes injustas e assumindo a dimensão libertadora. Ousadia para caminhar o caminho de Jesus do Seu jeito, um movimentar-se. Rebeldia e esperança.

Papa Francisco convida à participação ativa na sociedade como forma de amor ao próximo. À participação de cristãs e cristãos possuem uma importância no momento em que estes “atuam” ou “exercem” algo naquilo que chamamos de sociedade.

A Constituição de 1988 propiciou a ampliação dos espaços de participação popular, permitindo a esse segmento um papel de destaque na gestão das políticas públicas. Participar é se envolver, discutir, propor e compartilhar idéias, para tanto, ocupar os espaços democráticos.

São grandes os desafios, podemos ter medo, alguns momentos até desanimar, más, desistir jamais, na certeza que o nosso Deus, sempre caminha junto.  

Arte por sua natureza é o território exclusivo da relação entre sensibilidade e criatividade, uma riqueza para as CEBs. Fazendo parte do conteúdo do aprendizado da escola a quarta etapa será agraciada com apresentação do projeto “Batucada de Primeira”, projeto social gratuito, que visa promover a inclusão social, o resgate da Cultura Afro-Brasileira, e a elevação da Autoestima, por meio do acesso à cultura. Atualmente o projeto atende cerca de 30 crianças e adolescentes, a partir dos cinco anos.  O projeto já completou três anos e é uma parceria da Pastorar Afro da Paróquia Nossa Senhora das Graças e a Associação de Moradores do Jardim Castelo, cidade de Sarandi - Paraná.

A Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs é coordenada pelo padre Genivaldo Ubinge e por mim Lucimar Moreira Bueno (Lúcia), somos assessores das Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs na Arquidiocese de Maringá. O teólogo Celso Pinto Carias é o assessor convidado para a escola.

A quarta etapa da escola será nos dias 06 e 07 de abril na Rainha da Paz. Mística de abertura às 07h30 do dia 06 e encerrada no dia 07 com a celebração ás 15 horas.

Lucimar Moreira Bueno (LÚCIA)
Coordenadora da escola e assessora leiga das CEBs

27 março, 2019

Relatos históricos apontam que caixa dois já abastecia o golpe militar de 1964

“Cada um trazia duas maletas, uma em cada braço. No total, seis maletas. (...) Mandei abrir. Começou uma briga, mas olhei e vi que era só dólar, dólar, dólar. Todas elas cheias de dólares. Amarradinhos do banco, aqueles pacotes de depósito bancário. Um milhão e 200 mil dólares.”

Tanques do 2º Exército em 1964; segundo relatos históricos, dinheiro de caixa dois abasteceu o golpe militar de 1964


A frase acima foi dita pelo coronel reformado Elimá Pinheiro Moreira à Comissão de Verdade da Câmara Municipal de São Paulo em 18 de fevereiro de 2014. Segundo ele o dinheiro --uma quantia que ajustada para os valores de hoje estaria em torno de R$ 9,5 milhões-- fora levado em 30 de março de 1964 pelo então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Raphael de Souza Noschese, financiar o apoio do general Amaury Kruel, que havia sido chefe do gabinete militar e ministro da Guerra de João Goulart e comandava o 2º Exército, em São Paulo. Até então, Kruel, que jurava fidelidade ao governo de Jango, seu compadre, aderiu ao movimento que derrubou o governo democrático e instaurou o regime militar. A “colaboração”, feita com caixa dois de empresas coletado pelas federações ... Continue lendo, clique AQUI.

Ministério Público: celebrar ditadura é crime de responsabilidade

‘É incompatível com o Estado Democrático de Direito festejar um golpe de Estado e um regime que adotou políticas de violações’


Jair Bolsonaro, na noite da segunda 25, orientou o Ministério da Defesa para que nas unidades militares realizem comemorações aos 55 anos do golpe que instaurou uma ditadura militar no Brasil, no domingo 31. Nesta terça-feira 26, o Ministério Público Federal reagiu e contestou a recomendação infeliz do presidente.

Em nota emitida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, o MPF diz: “É incompatível com o Estado Democrático de Direito festejar um golpe de Estado e um regime que adotou políticas de violações sistemáticas aos direitos humanos e cometeu crimes internacionais”.

No documento, o órgão relembra que em 1964 vigorava a Constituição de 1946, que previa eleições diretas para a Presidência da República, e que, além do golpe de Estado ter caracterizado “um rompimento violento e antidemocrático da ordem constitucional”, hoje ação similar seria considerada um crime inafiançável e um atentado à Constituição de 1988.

O MPF reitera: o apoio da Presidência da República ou de altas autoridades ao golpe configura crime de responsabilidade, pelo artigo 85 da Constituição e pela Lei n°1.079, de 1950.

O presidente e o regime

O ex-capitão Jair Bolsonaro nunca escondeu simpatia pelo período que a maioria gostaria de apagar da história do Brasil. Neste anos, exaltou militares e ditadores daqui e de nossos vizinhos. Em 2016, durante a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o então deputado federal homenageou o coronel Carlos Brilhante Ustra, torturador maior do regime militar.

A nota do Ministério Público, além de citar que “entre 30 mil e 50 mil pessoas foram presas ilicitamente e torturadas”, enfatiza que o Brasil poderia receber repreensão judicial do Tribunal Penal Internacional por celebrar a data.  

Fonte: Carta Capital

Governo cria grupo de trabalho para avaliar redução de tributação de cigarros

Grupo irá avaliar se a redução da tributação pode 'diminuir o consumo de cigarros estrangeiros de baixa qualidade, o contrabando e os riscos à saúde dele decorrentes'.


O governo federal decidiu criar um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para avaliar "a conveniência e oportunidade da redução da tributação de cigarros fabricados no Brasil".

Segundo a portaria assinada pelo ministro Sérgio Moro, publicada nesta terça-feira (26) no Diário Oficial da União, a redução da tributação pode "diminuir o consumo de cigarros estrangeiros de baixa qualidade, o contrabando e os riscos à saúde dele decorrentes".

O cigarro está entre os produtos com mais imposto no país. A carga tributária atual para cigarros no Brasil é de cerca de 80%.

De acordo com a portaria, o grupo de trabalho terá por objetivo a realização de estudos:

sobre a tributação de cigarros fabricados no Brasil;
para proposição de melhorias à política fiscal e tributária sobre os cigarros fabricados no Brasil;
para proposição de medidas que visem à redução do consumo de cigarros estrangeiros de baixa qualidade e contrabandeados e que já ocupam ilegalmente parte significativa do mercado brasileiro, com danos à arrecadação tributária e à saúde pública;
para verificar se a redução da tributação dos cigarros fabricados no Brasil poderia evitar o consumo de cigarros estrangeiros de baixa qualidade, bem como o contrabando, e se essa medida poderia causar o aumento do consumo do tabaco;
para propor alterações de normas vigentes ou edição de normas complementares que eventualmente se façam necessárias para a efetiva aplicação das medidas propostas.

O grupo será composto por representantes da Polícia Federal, Secretaria Nacional do Consumidor, Assessoria Especial de Assuntos Legislativos, representantes do Ministério da Economia e do Ministério da Saúde, além de pesquisadores e especialistas convidados.

Segundo a portaria, o relatório final de trabalho do grupo deverá ser apresentado para deliberação do Ministro da Justiça e Segurança Pública no prazo de 90 dias.


Fonte: G1

26 março, 2019

David Carbono canta o nosso Hino

É...
 David Carbono canta o nosso Hino.
Que tal enviar ao presidente Bolsonaro, ates que ele proibe de ser cantado.



CNBB e Cáritas Brasileira lançam SOS África: Moçambique, Zimbabué e Maláui



CNBB e Cáritas Brasileira lançam SOS África: Moçambique, Zimbabué e Maláui

Centenas de milhares de pessoas foram afetadas pela passagem do ciclone Idai que devastou territórios inteiros na África do Sul, no último dia 14 de março. Moçambique, Zimbaué e Maláui foram os países mais atingidos pela catástrofe que já é a pior da história enfrentada pela população destes países. Até o momento, pelo menos 656 perderam a vida, mas estima-se que esse número possa passar de mil. No cenário urgente de ajuda humanitária, cerca de um milhão e meio de pessoas estão desalojadas.

Para organizar a solidariedade brasileira com as populações atingidas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançam a campanha SOS África: Moçambique, Zimbabué e Maláui.

Os recursos arrecadados serão utilizados para ações de socorro imediato, água potável, alimentos, roupas, cobertores, kits de higiene, remédios, primeiros socorros e tendas, que serão coordenadas pela Cáritas Internacional, um organismo da Santa Sé. Com a solidariedade de cada pessoa, a Cáritas Internacional quer ainda ajudar na reconstrução de moradias e meios de vida das populações afetadas nos três países.

O SOS África: Moçambique, Zimbabué e Maláui conclama a sociedade brasileira, as dioceses, paróquias, comunidades, congregações religiosas, colégios e todas as pessoas de boa vontade, para uma grande corrente de oração e solidariedade em favor das pessoas atingidas por esta tragédia.

Três contas bancárias que são geridas pela Cáritas Brasileira estão disponíveis para doações. Favorecido Cáritas Brasileira CNPJ 33.654.419/0001-16

Banco do Brasil
Agência: 0452-9
Conta corrente: 49.667-7

Caixa Econômica Federal
Agência: 1041
Operação 003
Conta corrente: 432203

Banco Santander
Agência: 3100
Conta corrente: 12.061645-0

“Que o Deus da vida e da ternura derrame suas bênçãos sobre cada pessoa e comunidade pela colaboração e gesto amoroso, em favor das famílias de Moçambique, Zimbábue e Maláui”. Diz um trecho da carta assinada pelas presidências da CNBB e da Cáritas Brasileira, enviada para todas as paróquias do Brasil.


Fonte: CNBB

25 março, 2019

São Romero de América Pastor e Mártir



São Romero de América Pastor e Mártir

O anjo do Senhor anunciou na véspera...
O coração de El Salvador marcava
24 de março e de agonia
 
Tu ofertavas o Pão, o Corpo Vivo
o triturado Corpo de teu Povo:
Seu derramado Sangue vitorioso
O sangue "campesino" de teu Povo em massacre
 que há de tingir em vinhos e alegria a Aurora conjurada!

E soubeste beber o duplo cálice
do Altar e do Povo,
com uma só mão consagrada ao Serviço.

O anjo do Senhor anunciou na véspera
e o verbo se fez morte, outra vez, em tua morte.
Como se faz morte, cada dia, na carne desnuda de teu Povo.
 
E se fez vida Nova
Em nossa velha Igreja!
Estamos outra vez em pé de Testemunho,
São Romero de América, pastor e mártir nosso!
Romero de uma Paz quase impossível, nesta Terra em guerra.
Romero em roxa flor morada da Esperança incólume de todo Continente
Romero desta Páscoa latino-americana.
 
Pobre pastor glorioso,
assassinado a soldo, a dólar, a divisa.
Como Jesus, por ordem de Império.
Pobre pastor glorioso, abandonado
por teus próprios irmãos de Báculo e de Mesa.
(As Cúrias não podiam entender-te:
Nenhuma Sinagoga bem montada pode entender a Cristo)


 ( Dom Pedro Casaldágila ) 
 

Santo Oscar Romero



Oscar Arnulfo Romero Y Gadamez nasceu em 15 de agosto de 1917, em Ciudad Barrios, em El Salvador. Sua família era numerosa e pobre. Quando criança, sua saúde inspirava cuidados. Com apenas 13 anos entrou no seminário. Foi para Roma completar o curso de teologia com 20 anos e se ordenou sacerdote, em 1943.  


Retornou a El Salvador, na função de pároco. Era um sacerdote generoso e atuante: visitava os doentes, lecionava religião nas escolas, foi capelão do presídio; os pobres carentes faziam fila na porta de sua casa paroquial, pedindo e recebendo ajuda. Durante 26 anos, na função de vigário, padre Oscar Romero conheceu a miséria profunda que assolava seu pequeno país.

A maioria dos países sul-americana vivia duras experiências de ditaduras militares, na década de 1970. Também para El Salvador era um período de grandes conflitos. Em 1977, padre Oscar Romero foi nomeado Arcebispo de El Salvador, chegando à capital com fama de conservador. No fundo era um homem do povo, simples, de profunda sensibilidade para com os sofrimentos da maioria, de firme perspicácia aliada à coragem de decisão.

Em 1979, o presidente do país foi deposto pelo golpe militar. A ditadura se instalou no país e, pouco a pouco, se acirrou a violência. Reinou o caos político, econômico e institucional no país. De janeiro a março de 1980 foram assassinados 1015 salvadorenhos. Os responsáveis pertenciam às forças de segurança e às organizações conservadoras do regime militar instalado no país.

Nessa ocasião, dois sacerdotes foram assassinados violentamente por defenderem os camponeses, que foram pedir abrigo em suas paróquias. Dom Romero teve que se posicionar e, de pronto, se colocou no meio do conflito. Não para aumentá-lo, mas para ajudar a resolvê-lo. Esta atitude revelou o quando sua espiritualidade foi realista e o seu coração, sereno e obediente ao Evangelho.

No dia 24 de março de 1980, Dom Romero foi fuzilado, em meio aos doentes de câncer e enfermeiros, enquanto celebrava uma missa na capela do Hospital da Divina Providência, na capital de El Salvador.

Sua ação pastoral visava ao entendimento mútuo entre os salvadorenhos. Criticava duramente tanto a inércia do governo, as interferências estrangeiras, como as injustiças praticadas pelos grupos "revolucionários". O Arcebispo Dom Oscar Arnulfo Romero foi fiel a Igreja, e pagou com a vida o preço de ser discípulo de Cristo. O seu nome foi incluído na relação dos 1015 salvadorenhos que foram assassinados, em 1980.  

21 março, 2019

Perdão!


Perdão!

“Se eu pergunto: ‘Vocês são todos pecadores?’ – ‘Sim, padre, todos’ – ‘E para receber o perdão dos pecados?’- ‘Nos confessamos’ – ‘E como você se confessa?’- ‘Vou, digo meus pecados, o padre me perdoa, me dá três Ave Marias para rezar e vou embora em paz’.

“Você não entendeu! Fazendo assim, você foi ao confessionário fazer uma operação bancária ou um processo burocrático. Não foi lá envergonhado pelo que fez. Viu algumas manchas em sua consciência e errou, porque pensou que o confessionário fosse uma lavanderia para limpar as manchas. Você foi incapaz de envergonhar-se por seus pecados”.

“Se você não tem consciência de ser perdoado, nunca poderá perdoar, nunca. Sempre existe aquele comportamento de querer acertar as contas com os outros. O perdão é total. Mas somente se pode dar quando eu sinto o meu pecado, me envergonho, tenho vergonha e peço o perdão a Deus e me sinto perdoado pelo Pai e assim posso perdoar. Caso contrário, não se pode perdoar, somos incapazes disto. Por esta razão o perdão é um mistério”.

"Peçamos hoje ao Senhor a graça de entender este “setenta vezes sete”. Peçamos a graça da vergonha diante de Deus. E’ uma grande graça! Envergonhar-se dos próprios pecados e assim receber o perdão e a graça da generosidade de dá-lo aos outros, porque se o Senhor me perdoou tanto, quem sou eu para não perdoar?”.

(Papa Francisco)

bope: Rejeição a Bolsonaro explode em periferias e grandes cidades

A região Nordeste dá ao governo a maior rejeição: 49%, um aumento de 19 pontos percentuais em relação a janeiro.


A queda na popularidade de Jair Bolsonaro, aferida pela pesquisa do Ibope divulgada nesta quarta 20, foi mais vertiginosa nos centros urbanos do Brasil. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes, o percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo cresceu 18 pontos percentuais — de 14% em janeiro para 32% em março.

O tombo foi ainda maior nas cidades da periferia, onde Bolsonaro desagrada 3 em cada 10 eleitores. No primeiro mês de governo, os que desaprovavam eram 8%. Esse número subiu para 19% em fevereiro e chega agora a 29%. Um aumento de 22 pontos percentuais.

A rejeição ao governo também cresceu significativamente entre os brasileiros que têm entre 45 e 54 anos. Em janeiro, apenas 9% consideravam ruim ou péssima a gestão do militar. Agora, são 26%.

Desde a posse, a aprovação a Bolsonaro caiu mais de 20 pontos percentuais entre os seguintes grupos: população de 45 a 54 anos (de 70% para 45%), moradores de cidades periféricas (de 63% para 42%) e entre os que só completaram o ensino fundamental (de 69% a 49%).

Já a região Nordeste dá ao governo a maior rejeição: 49%, um aumento de 19 pontos percentuais em relação a janeiro.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 16 e 19 de março, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Ricos e evangélicos sustentam aprovação

Os mais ricos ainda são os que melhor avaliam Bolsonaro (49%), mas esse número também caiu: era de 57% em janeiro. Entre os homens e moradores de cidades pequenas (com até 50 mil habitantes) a aprovação atinge 57%. O apoio também é alto entre os que se autodeclaram brancos (42%).

Entre os evangélicos, outra base importante do presidente, a avaliação positiva é de 61%. O segmento também é o que mais confia no presidente (56%).

As regiões Norte e Centro-Oeste foram as únicas onde o apoio a Bolsonaro cresceu em relação a fevereiro: 42% consideram o governo bom ou ótimo.

Fonte:    CartaCapital

20 março, 2019

Celebração dos Mártires venham participar - Arquidiocese de Maringá

Celebrar o martírio de Oscar Romero

Celebração dos mártires
Celebrar o martírio de Oscar Romero
Sábado, dia 23. Às 19h30
Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus em Sarandi

Celebração dos Mártires venham participar

O nosso Deus manifesta a nós com um convite profético “Não tenham medo”. E todas as vezes em que Jesus Ressuscitado aparece a Suas discípulas e aos Seus discípulos repete a frase. Isso é lindo e provocador.

“Eu peço vocês que não esqueçam do sangue dos mártires. Tem gente, na própria Igreja, que acha que chega de falar de mártires. O dia que chegar de falar de mártires deveríamos apagar o Novo Testamento, fechar o rosto de Jesus”. (Dom Pedro Casaldáliga)

Profetismo que ajuda a enfrentar momentos sombrios, difíceis, de perseguição, na certeza que o nosso Deus está sempre ao lado, e quer que não nos esqueçamos dos pobres; não nos esqueçamos á opção pelos pobres, essencial ao Evangelho, à Igreja de Jesus.

Vamos nesse dia celebrar a memória de Dom Oscar Romero, dos mártires da caminhada, assumindo um compromisso atualizado com as causas pelas quais elas e eles deram a vida, para fortalecer nossa consciência crítica, nossa união ecumênica e nossa esperança pascal.

Construída pelas Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs, a Celebração dos Mártires faz parte da programação anual da Arquidiocese de Maringá, celebrada no mês de março de cada ano, mês do martírio de Dom Oscar Romero. O local será itinerante, conforme manifestação em acolher pelas regiões Pastoral.
.
Tem por objetivo fazer memória aquelas e aqueles que deram a vida pela causa do Reino, que morreram lutando com fé e esperança no Deus da vida. Foram profetas, santas e santos e mártires que profetizaram sem medo, lutaram pela justiça do povo oprimido e marginalizado, pela igualdade e liberdade, pela inclusão social, pelo direito a terra, cuidado com a casa comum, moradia, pão, partilha da Palavra de Deus e a Eucaristia.

Esse ano a celebração dos mártires será, sábado, dia 23. Às 19h30, Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus em Sarandi, Região Pastoral Sarandi Nossa Senhora das Graças.

Eu, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
Assessora Leiga das CEBs na Arquidiocese de Maringá

Oração


Maringá contra a reforma da previdência


19 março, 2019

Dom Pedro Casaldáliga. Quase uma despedida e um testamento

Transcrição livre da mensagem de dom Pedro Casaldáliga ao final da celebração de 17 de julho de 2011, na Romaria dos Mártires da Caminhada, cidade de Ribeirão Cascalheira, MT, Prelazia de São Félix do Araguaia.

"Possivelmente seja essa, para mim, a última romaria pé no chão. A outra já seria contando estrelas no seio do Pai. De todo modo, seja a última seja a penúltima, eu quero dar uns conselhos. Velho caduco tem direito de dar conselhos...

E a memória dos mártires, o sangue dos mártires, mais do que um conselho, [é] compromisso que conjuntamente assumimos, ou reassumimos. São Paulo, depois de tantos dogmas que anuncia, tantas brigas teológicas, tantas intrigas por cultura, dá um conselho único: 'o que eu peço de vocês [é] que não esqueçam dos pobres; o que eu peço de vocês [é] que não esqueçam a opção pelos pobres, essencial ao Evangelho, à Igreja de Jesus'. A opção pelos pobres. E esses pobres se concretizam nos povos indígenas, no povo negro, na mulher marginalizada, nos sem-terra, nos prisioneiros..., nos muitos filhos e filhas de Deus proibidos de viver com dignidade e com liberdade.

Eu peço também para vocês que não esqueçam do sangue dos mártires. Tem gente, na própria Igreja, que acha que chega de falar de mártires. O dia que chegar de falar de mártires deveríamos apagar o Novo Testamento, fechar o rosto de Jesus.

Assumam a Romaria dos Mártires, multipliquem a Romaria dos Mártires, sempre, recordemos bem, assumindo as causas dos mártires. Pelas causas pelas quais morreram, nós vamos dedicar, vamos doar, e se for preciso morrer, a nossa própria vida também...

E ainda uma palavra: há muita amargura, há muita decepção, há muito cansaço... Isso é heresia! Isso é pecado! Nós somos o povo da esperança, o povo da Páscoa. O outro mundo possível somos nós! A outra Igreja possível somos nós! Devemos fazer questão de vivermos todos cutucando, agitando, comprometendo. Como se cada um de nós fosse uma célula-mãe espalhando vida, provocando vida.

A Igreja da libertação está viva ressuscitada porque é a Igreja de Jesus. A teologia da libertação, a espiritualidade da libertação, a liturgia da libertação, a vida eclesial da libertação não é nada de fora, é algo mui de dentro, do próprio mistério pascal, que é o mistério da vida de Jesus, que é o mistério das nossas vidas.

Para todos vocês, todas vocês, um abraço imenso, de muito carinho, de muita ternura, de um grito de esperança, esse cantar viva a esperança que seja uma razão... Podem nos tirar tudo, menos a via da esperança. Vamos repetir: 'Podem nos tirar tudo, menos a via da esperança!'.

Um grande abraço para vocês, para as suas comunidades, e a caminhada continua! Amém, Axé, Awere, Saúde, Aleluia!"

VIII Ciclo de Palestras Cérebro e Mente

Aberto á quem quiser participar
Valor da inscrição é de R$ 60,00 
Data: nas noites de 2, 3 e 4 de abril de 2019
Horário: Das 19h às 21h
Promovido pelo MUDI (Museu Dinâmico Interdisciplinar da UEM, parceria com a PEC e apoio da Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Cultura.   
Local: Teatro Calil Haddad em Maringá. 




Não fique tentando agradar quem não gosta de você



Não fique tentando agradar quem não gosta de você

Se pudéssemos nos olhar de fora, certamente nos sentiríamos envergonhados por alguns comportamentos nossos no dia a dia, sendo um deles a insistência que teimamos em nutrir em relação às pessoas erradas. Perdemos muito tempo esperando acontecer o que nunca ocorrerá e aguardando o retorno de quem nem se lembra de nossa existência.

Criar expectativas é bom, até certo ponto, uma vez que elas alimentam nossas esperanças, nossos sonhos de vida, impelindo-nos a continuar, a não desistir. Esperar o melhor do que vem e das pessoas enche-nos de energia positiva que nos protege nas reviravoltas dolorosamente bruscas que a vida dá. É preciso esperançar, positivar, otimizar, ter fé, porém, um tanto de razão deverá sempre estar permeando isso tudo.

Tudo o que exacerba os limites da razoabilidade acaba por ser infrutífero, em todos os setores da vida. Nesse sentido, um dos maiores favores que faremos a nós mesmos vem a ser a conscientização de que é inútil querer ser querido por todo mundo. Ninguém agrada de forma unânime, simplesmente porque cada pessoa possui as próprias expectativas, ou seja, muito daquilo que oferecemos não corresponde às expectativas de várias pessoas.

Liberte-se da necessidade de ser querido por todos, isso é utopia. Para tentar conseguir isso, você terá que vestir várias máscaras por dia, de acordo com o ambiente em que estiver. Será preciso uma encenação teatral constante, enquanto se afasta mais e mais da sua essência, das suas verdades, daquilo que alimenta o seu coração. Aprenda a lidar com suas imperfeições, com suas limitações, com sua humanidade. É assim que a gente se basta.

O que é falso não convence, o que é forçado não agrada, o que é mentira não se sustenta. Fingir e dissimular só fará com que você deixe de manter junto aqueles que gostam de quem você era de verdade e deixou de ser para agradar todo mundo. Mas, caso queira acabar sozinho e frustrado, continue tentando agradar quem não gosta de você. Nunca falha.

________________________________

Por Marcel Camargo – Graduado em Letras e Mestre em “História, Filosofia e Educação” pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

Nota sobre proposta da Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro



Nota sobre proposta da Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro
19 de março de 2019

O Governo Bolsonaro encaminhou proposta de reforma da previdência ao Congresso Nacional no segundo mês de seu governo, como prometeu. Muitas análises e uma disputa para legitimar a proposta estão em curso. Alguns dos argumentos centrais apontados pelo governo e pelos analistas e economistas aliados aos interesses do mercado são de que o Brasil precisa fazer a reforma da previdência para (1) contribuir no ajuste fiscal e controle das contas públicas, sem o qual não se retoma o crescimento da economia no país, (2) fazer justiça social, corrigindo as distorções existentes no sistema previdenciário e (3) garantir a seguridade da previdência para as gerações futuras. Apresentamos alguns comentários ainda iniciais de posicionamento.

(1) O argumento do ajuste fiscal e da retomada do crescimento da economia, entre outras questões, destaca o chamado déficit orçamentário da previdência ou “rombo da previdência”. Para os economistas comprometidos com os senhores do mercado este é o grande atravancador do avanço da economia no país. A economista e professora da UFRJ, Denise Lobato Gentil, defende que este argumento não se sustenta, quando confrontado à Constituição Federal de 1988. Para ela “o governo faz um cálculo sem considerar o que prevê a Constituição Federal nos artigos 194 e 195. Nesses dois artigos verifica-se que os recursos que pertencem à seguridade social, que financiarão os gastos com saúde, assistência social e previdência, são provenientes de várias fontes de receita”. Segundo ela, “quem defende a seguridade social, no entanto, sabe que toda essa retórica é forjada para privatizar a oferta de serviços públicos”. Com isto “empurra-se a população para fazer planos de previdência em fundos privados de capitalização e desloca essas pessoas de um serviço que deveria ser público para o sistema financeiro. Trata-se de um processo de financeirização do orçamento público. Reduzir benefícios significa empurrar as pessoas para os planos privados de previdência” (a). Para a economista, em acordo com o que aponta a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), “baseado nos preceitos constitucionais, não há déficit da previdência”. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizada pelo Senado Federal e concluída no final de 2017, em seu relatório final (b), aprovado por unanimidade, observou que “falar simplesmente de déficit da Previdência, a partir do comportamento das receitas e despesas atuais da seguridade social como um todo, é mitigar a realidade” (2017, p. 34). Por outro lado, é importante frisar que o crescimento da economia é resultado de vários fatores e atrelar a crise econômica ao sistema previdenciário é jogar com o interesse dos mercados sobre os direitos dos/as trabalhadores/as.

(2) O argumento de que a proposta de reforma apresentada pelo governo vai definitivamente promover a justiça social não passa de armadilha retórica ou mera ficção. Isso porque, nivelar os já historicamente prejudicados e alijados dos direitos constitucionais, do acesso aos serviços públicos básicos com aqueles que sempre gozaram de benefícios ou privilégios no sistema previdenciário não tem o menor senso de justiça social. Isto é, na contramão deste discurso, num rápido olhar sobre a proposta apresentada pelo governo, é possível detectar que ela é muito dura e injusta com os mais pobres, sobretudo em razão da diminuição dos ganhos, do aumento da idade e do tempo de contribuição e as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo. A previsão de que a população que tem direito ao BPC somente passará a receber o salário mínimo integral a partir dos 70 anos significa, para o economista e professor da Unicamp, Eduardo Fagnani, que “esta população terá uma sobrevida muito curta, uma vez que é difícil que cheguem aos 70 anos de idade” (c). A proposta previdenciária também atinge de forma negativa as mulheres, elevando e equiparando a idade e o tempo de contribuição com os homens, num universo adverso do mundo do trabalho, onde as mulheres além de exercerem a maternidade, na sua grande maioria cumprem com carga horária de trabalho dobrada e com ganhos inferiores aos dos homens. A classe trabalhadora que, em média vive de salário mínimo ou pouco mais, e que, em geral, ocupa os trabalhos mais onerosos à saúde, terá a idade mínima para garantia de aposentadoria aos 65 anos de idade para os homens e 62 para as mulheres, além da exigência de 40 anos de contribuição para a recepção do valor integral, gerando potencial altíssimo de ganho menor do que o salário mínimo ao se aposentar. Na contramão destas injustiças e sacrifício dos mais pobres e frágeis no sistema, o governo continua fazendo a opção em não discutir o gasto público no que se refere aos custos com pagamento de juros da dívida pública e com renúncias tributárias e fiscais dos mais ricos, além da inadimplência e das dívidas não cobradas, que transferem polpudos valores ou então deixam de arrecadar sobre lucros e dividendos, sustentando assim o avanço da concentração de renda e da desigualdade social no país.

(3) No que se refere ao terceiro argumento, defender a previdência para as gerações futuras não significa penalizar quem entrou recentemente ou está entrando agora no mercado de trabalho. Há análises que dizem que a proposta de reforma da previdência apresentada pelo governo vai incentivar a contratação de aposentados, uma vez que propõe desoneração com relação ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e multa rescisória. Logo, além de promover a perda de direitos para os/as trabalhadores/as mais velhos e/ou aposentados, estimula o mercado a não contratação de trabalhadores e profissionais mais jovens. Isto é defender as gerações futuras? Ainda, ao manter na ativa por mais tempo profissionais mais velhos, promove incentivo para que os mais jovens, especialmente os menos qualificados, se disponham a trabalhar com menos direitos, aderindo a já anunciada “carteira de trabalho verde e amarela”, que flexibilizará ainda mais os direitos trabalhistas (d). Por outro lado, fazer a reforma de previdência de costas para a realidade do mundo do trabalho e do trabalhador no Brasil, é um erro. No Brasil, mais ou menos 50% do trabalho se dá na informalidade, sem contribuição à previdência. Nesta perspectiva, segundo Eduardo Fagnani, “com essas regras propostas, que são duríssimas, mais uns 20% não irão conseguir contribuir e serão lançados à assistência ganhando 400 ou 500 reais.” Logo, ao invés de proteger as gerações futuras, o que teremos daqui a 20 ou 30 anos, no dizer de Fagnani, é “um país indigente” ou “um capitalismo sem consumidor”.

Enfim, centralmente o principal retrocesso na proposta do governo é que ela destrói um dos conceitos mais bem construídos e de amplo alcance na garantia de direitos sociais, formulado na Constituição Federal de 1988, a seguridade social. Na previsão atual, articula previdência, saúde e assistência social. A proposta de reforma do governo inaugura uma nova forma de previdência que não é de seguridade, mas de seguro social, numa perspectiva de capitalização e não de direitos. Esta proposta ataca profundamente os mais pobres pois se soma à reforma trabalhista já aprovada que flexibiliza e precariza de modo profundo as relações de trabalho. Ao promover esta mudança profunda, o País deixa de oferecer a garantia de realização dos direitos previstos no Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (arts. 9º e 11, especialmente), promovendo um retrocesso imensurável e que viola este tratado internacional ratificado pelo Brasil (§ 1º do art. 2º e §§ 1º e 2º do art. 5º) e também o artigo 29 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), à qual o Brasil aderiu em 1992.

Fazer correções no sistema previdenciário é coisa que todos os países sérios fazem, mas não é justo fazer isto às custas da destruição do sistema de proteção social e que os maiores prejudicados sejam os/as cidadãos/ãs e trabalhadores/as que historicamente já pagam esta conta no país.

Brasília, 11 de março de 2019.

Assinam:

Articulação Estadual MNDH RS

Centro de Direitos Humanos de Cristalândia – Dom Heriberto Hermes

Centro de Direitos Humanos de Sapopemba – CDHS

Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos

Coletivo Jovem de Minas Gerais

Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo – CDHPF

Comissão Pastoral da Terra

Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB

FIAN Brasil

Fórum de Direitos Humanos e da Terra

Fórum Ecumênico ACT Brasil

Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte – GPEA-UFMT

Instituto Caracol – ICA

Instituto de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais – IDHESCA

Koinonia Presença Ecumênica e Serviço

Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB

Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH

Movimento REBELIÃO

Observatório da Educação Ambiental – OBSERVARE

Parceiros de Misereor no Brasil

Processo de Articulação e Diálogo Internacional – PAD

Rede Internacional de Pesquisadores em Educação Ambiental e Justiça Climática – REAJA

Rede Mato-grossense de Educação Ambiental – REMTEA

Sociedade Maranhense de Direitos

Quaresma e Campanha da Fraternidade: orientações aos fiéis da Arquidiocese de Maringá

"Reiteramos, portanto, que todo cristão católico que, de forma individual ou coletiva, organiza, promove ou se manifesta de forma contrária à Campanha da Fraternidade e aos seus objetivos, bem como à CNBB ou às ações e orientações do Papa Francisco, perturba a consciência e a unidade do povo católico e, portanto, não está em comunhão com a Arquidiocese de Maringá e não tem o nosso apoio e respaldo."

Leia na íntegra

Neste tempo quaresmal, em que a Igreja nos convida a vivenciarmos um processo de conversão através da oração, jejum e caridade para bem vivermos a Páscoa, somos igualmente convidados a refletirmos e promovermos ações concretas por meio da Campanha da Fraternidade.

A Campanha da Fraternidade (CF) é uma iniciativa da Igreja do Brasil iniciada em 1962, oficializada no âmbito nacional em 1964, e constitui-se como um tempo de reflexão e aprofundamento sobre uma temática específica a respeito do contexto socioeclesial brasileiro e tem como objetivo auxiliar os cristãos e cristãs a vivenciarem a sua fé com ações concretas, a partir do tema proposto para cada ano. Neste ano, a temática apresentada é Fraternidade e Políticas Públicas, com o lema “Serás liberto pelo direito e pela justiça” (Is 1,27), e tem o objetivo de estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade. Uma das iniciativas sólidas da CF se refere à Coleta Nacional da Solidariedade, que ocorre no Domingo de Ramos e financia projetos locais e nacionais, em consenso com a temática desta Campanha.

Assim, reafirmamos a opção da Igreja de Maringá de caminhar em unidade com a CNBB e com Magistério Pontifício. Nestes mais de 50 anos de Campanha da Fraternidade os Bispos do Brasil sempre contaram com a aprovação e incentivo dos Papas. Nesse sentido, as reflexões e ações relacionadas à CF são amplamente incentivadas em nossa Arquidiocese como meio de nós cristãos vivenciarmos o nosso comprometimento com o discipulado a Jesus Cristo e a construção do Reino por Ele implantado. Assim, todos nós somos chamados, neste tempo quaresmal, a uma conversão integral ao projeto de Deus, que passa, obrigatoriamente, pela opção fundamental pelos pobres.

Reiteramos, portanto, que todo cristão católico que, de forma individual ou coletiva, organiza, promove ou se manifesta de forma contrária à Campanha da Fraternidade e aos seus objetivos, bem como à CNBB ou às ações e orientações do Papa Francisco, perturba a consciência e a unidade do povo católico e, portanto, não está em comunhão com a Arquidiocese de Maringá e não tem o nosso apoio e respaldo.

Deste modo, estas orientações tem a intenção de favorecer a vivência do tempo quaresmal em fraternidade e unidade com toda a Igreja.

Maringá, 19 de março de 2019

Conselho Arquidiocesano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Maringá

Dom Anuar Battisti
Arcebispo Metropolitano de Maringá          

Fonte: Site da Arquidiocese de Maringá