Partilhando
um pensamento
Famílias
em nossas paróquias sofrendo com dependentes químicos, sofrendo por ter um
filho preso porque roubou para saciar o vício.
O
desafio de uma igreja missionária, que deve ir ao encontro do outro, de quem
sofre, de quem precisa. De quem não se sente mais inserido.
Em
nossas paróquias, pelas ruas de nossas CEBs começam ficar visível o sofrimento
e a dor de famílias com dependentes químicos, famílias que tem um filho preso
porque roubou. Roubou para poder saciar o vício.
Entre
essas famílias, aquelas participativa, e por talvez “vergonha” começam a
afastar-se.
Uma vez
li um relato de uma mãe onde dizia:
"Meu filho trocou até as bonecas
das filhas por crack"
"É muito triste para uma mãe ter de recolher o corpo de um filho, mas, apesar da dor, sinto alívio."
"É muito triste para uma mãe ter de recolher o corpo de um filho, mas, apesar da dor, sinto alívio."
Isso é muito triste.
Eu vejo que, como o vício se
instala rápido, as famílias não têm tempo nem forças para digerir o problema e
passam a agir por impulso.
Especialistas acreditam que,
para vencer a dependência, não apenas o usuário, mas a família precisa de
recuperação.
Para a sociedade não existe
“ex-bandido”, dessa forma a isolação de familiares de presos é muito comum,
como se a pena se estendesse a eles.
A vergonha pelo crime de alguém
de sua família ou o medo do preconceito faz com que se isolam.
Esses dias conversando com o
Pe. Dirceu Alves do Nascimento, comentei que na CEB que coordeno tem duas famílias vivendo essa
situação e que as pessoas da comunidade tem procurado e perguntado:
“Lucia o que vamos fazer para ajudar, as
famílias estão sofrendo, doe ver o sofrimento...”
Acredito ser importante “um grupo
na paróquia” para “VER – DESCOBRIR” o rosto e o grito de quem pede compaixão -
de quem precisa da presença amiga e missionária da paróquia.
E aí convocar CPPs
extraordinários para uma partilha. Ver – Julgar - Agir – Rever – Celebrar.
Após essa partilha, as/os
coordenadores de CEBs com ajuda das/os coord. das pastorais e movimentos
paroquial, que moram em determinada CEB levar para CPCs extraordinários aberto
a mais pessoas.
Assim penso,
Precisamos de momentos assim.