20 novembro, 2019

Dia da Consciência Negra 20 de novembro


Homem mata a tiros moradora de rua após ela pedir esmola!

"Talvez um cachorro produzisse mais indignação. APOROFOBIA (ódio ao pobre cresce). Este sujeito representa milhões que gostariam de fazer a mesma coisa. Ele serve aos bilionários que não querem dividir sua riqueza (1% da população planetária). É um mundo que faz o ser humano se tornar escravo de si mesmo."
(esse comentário feito pelo Celso Pinto Carias, em seu perfil no Facebook, ao publicar a matéria)



Veja a íntegra da matéria e o vídeo AQUI

Homem mata a tiros moradora de rua após ela pedir esmola no Centro de Niterói

Vítima tinha 31 anos e era conhecida como Néia. Homem identificado pela polícia como autor dos disparos está preso e disse para sua advogada que reagiu a um assalto.

Por Carlos Brito, Felipe Freire e Fernanda Rouvenat, G1 Rio e Bom Dia Rio
20/11/2019


Um homem matou a tiros uma moradora de rua depois que ela pediu R$ 1 a ele no Centro de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, no fim da madrugada de sábado (16). Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, conhecida como Néia, foi baleada.

Nas imagens, ela aparece falando e gesticulando, até que vai em direção a um homem que passa pelo local. Ele tenta desviar, mas Néia o acompanha.

Em seguida, o homem saca a arma e dispara, pelo menos, duas vezes em direção à mulher. Depois disso, ele sai andando com a arma na mão enquanto a vítima fica caída no meio da rua.

O homem foi identificado como Aderbal Ramos de Castro e está preso na Delegacia de Homicídios de Niterói. Ele disse para a sua advogada de defesa que reagiu a uma tentativa de assalto.

“Ele é dono de uma lanchonete que fica ali perto e estava a caminho do trabalho quando o fato aconteceu.Já foi assaltado outras vezes naquela região e por isso reagiu”, explicou a advogada Daniela Lopes, responsável pela defesa do preso. Segundo ela, Aderbal tem porte de arma e essa documentação já estaria em posse da polícia.

Uma testemunha que viu o crime tenta socorrer a vítima e acena para um carro que passa, mas ninguém para. O crime aconteceu na Rua Barão de Amazonas, no Centro do município.

Segundo a Polícia Militar, a vítima era conhecida como Néia e estava pedindo R$ 1 ao homem que atirou contra ela. Depois de ser baleada, ela ainda chegou a ser socorrida pelos bombeiros para o Hospital Estadual Azevedo Lima, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Arquidiocese de Maringá papa nomeia como Administrador Apostólico Dom João Mamede Filho

Nossa...

A Vatican News publicou que o papa com a renúncia de Dom Anuar Battisti, nomeou como Administrador Apostólico Dom João Mamede Filho, O.F.M.Conv., Bispo de Umuarama.


Administrador Apostólico


É um Bispo que administra interinamente uma Arqui/Diocese. Toma a designação de Administrador Apostólico sede vacante. Permanece como Administrador Apostólico até que o Papa nomeia o novo Bispo e ou Arcebispo.

Papa Francisco aceita renúncia de dom Anuar Battisti


O Papa Francisco acolheu, nesta quarta-feira, 20 de novembro, o pedido de renúncia apresentado por dom Anuar Battisti ao governo pastoral da arquidiocese de Maringá (PR). Dom Anuar está na arquidiocese desde novembro de 2004. A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou agradecimento a dom Anuar.

Biografia

Nascido em Lajeado (RS), em 19 de fevereiro de 1953, dom Anuar Battisti ingressou no seminário em 1963, em Toledo (PR), onde cursou o ensino fundamental. Concluiu o ensino básico nos seminários de Cascavel (PR) e de Curitiba (PR). Na Pontifícia Universidade Católica da capital paranaense, cursou Filosofia. Estudou Teologia em Roma, no então Studium Theologicum, agora Universidade Lateranense, e na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo.


A ordenação sacerdotal de dom Anuar foi em 8 de dezembro de 1980, na diocese de Toledo. De 1986 a 1989, presidiu a Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (Osib) e, de 1987 a 1990, a Organização dos Seminários Latino-Americanos (Oslam). O agora arcebispo emérito de Maringá participou, no ano de 1990, do Sínodo dos Bispos sobre a formação presbiteral. De 1991 a 1995, foi secretário executivo do Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam).

Em 1996, após a transferência do então bispo de Toledo, dom Lúcio Baumgartner, foi eleito pelo Colégio de Consultores administrador diocesano. Após mais de dois anos no cargo, foi nomeado bispo diocesano pelo Papa João Paulo II. A posse na diocese de Toledo foi em 20 de junho daquele ano.

Dom Anuar presidiu, na CNBB, entre 2003 e 2007, a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. Neste período, em setembro de 2004, foi nomeado arcebispo de Maringá. A posse foi em 24 de novembro de 2004.

Mais recentemente, dom Anuar colaborou na articulação da Pastoral do Turismo no Brasil. Em 2015, foi escolhido para integrar o Conselho Administrativo da Pastoral da Criança Internacional e eleito presidente Nacional do Conselho Diretor da Pastoral da Criança para um mandato de quatro anos. No mesmo ano, foi designado suplente de delegado da CNBB junto ao Celam, conselho que o elegeu presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do conselho para a gestão 2015 a 2019.

Agradecimento da CNBB a Dom Anuar Battisti

Estimado irmão, Dom Anuar Battisti,


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta agradecimento à dedicação de dom Anuar Battisti durante sua trajetória episcopal na diocese de Toledo e na arquidiocese de Maringá.

Devemos igualmente recordar e salientar sua caminhada na dimensão vocacional e dos ministérios, por onde transita desde os tempos de presbítero. A Igreja no Brasil e em toda a América Latina e Caribe foram mais enriquecidas com suas contribuições, respectivamente, na Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada desta Conferência e no Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino Americano, o CELAM.

Nosso agradecimento está unido também aos agentes das Pastorais da Criança e do Turismo, as quais contaram com seu zelo e dedicação sempre amorosos.

Neste novo tempo de seu ministério, desejamos que continue firme na missão, como nos ensina o Papa Francisco: “Vai com amor ao encontro de todos, porque a tua vida é uma missão preciosa: não é um peso a suportar, mas um dom a oferecer. Coragem! Sem medo, vamos ao encontro de todos!” (Homilia do Papa Francisco na Santa Missa no Dia Missionário Mundial).

Confiantes à intercessão de Nossa Senhora da Glória, rogamos saúde e proteção ao nosso irmão e uma fecunda perseverança na fé aos fiéis de Maringá, que aguardam, a partir deste momento, o novo pastor.

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB


Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB


Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB


Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

255 mil pessoas negras foram mortas em seis anos, revela estudo.



255 mil pessoas negras foram mortas em seis anos, revela estudo.

Negros têm 2,7 mais chances de serem mortos do que brancos, diz IBGE

A população negra tem 2,7 mais chances de ser vítima de assassinato do que os brancos. É o que revela o informativo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgado nesta quarta-feira 13 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a analista de indicadores sociais do IBGE Luanda Botelho, enquanto a violência contra pessoas brancas se mantém estável, a taxa de homicídio de pretos e pardos aumentou em todas as faixas etárias.
“Na série de 2012 a 2017, que foi o período que a gente analisou neste estudo, houve aumento da taxa de homicídios por 100 mil habitantes da população preta e parda, passando de 37,2 para 43,4. Enquanto para a população branca esse indicador se manteve constante no tempo, em torno de 16”, disse ela.
Para os jovens, a situação é mais crítica. Ainda na comparação por 100 mil habitantes, a chances de morte beiram o triplo do que pessoas brancas entre 15 e 29 anos.
De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, foram registradas 255 mil mortes de pessoas negras por assassinato nos seis anos analisados.
Estudantes
Segundo o levantamento, a violência vivenciada na escola também atinge mais a população preta e parda do que a branca. O IBGE analisou dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2015 com alunos do nono ano, e concluiu que 15,4% dos pretos ou pardos e 13,1% dos brancos deixaram de ir à aula em algum dia por falta de segurança no trajeto entre a casa e a escola.
Do total de estudantes, 53,9% dos pretos e pardos estudavam em escolas localizadas em áreas de risco, enquanto entre os brancos a proporção cai para 45,7%. A diferença cresce na comparação apenas entre escolas privadas, com 40,7% dos pretos ou pardos e 29,5% dos brancos.
Segundo o IBGE, jovens expostos à violência têm mais propensão a sofrer de doenças como depressão, vício de substâncias químicas e problemas de aprendizagem, além de suicídio.

Fonte: Agência Brasil. A reportagem publicada em 13-11-2019.

União e resistência negra. Marcelo Barros.




União e resistência negra. Marcelo Barros.

No Brasil, essa semana é marcada pela memória do martírio do Zumbi dos Palmares no 20 de novembro de 1697 e pela comemoração dessa data que, em todo o país, se tornou “Dia da união e consciência negra”. A comemoração anual da memória do Zumbi é importante em um Brasil que ainda mantém a herança de forte desigualdade social.

Atualmente, o Brasil é o país com a segunda maior população negra do mundo (Só perde para a Nigéria). No entanto, essa população continua a ser majoritariamente pobre e explorada. No seu livro Escravidão, Laurentino Gomes afirma: “Negros e pardos representam 54% da população brasileira, mas sua participação entre os 10% mais pobres é muito maior de 78%.

Na educação, enquanto 22% da população branca tem 12 anos de estudo ou mais, a taxa é de 9, 4% para a população negra. Em 2016, o índice de analfabetismo entre os negros era de 9, 9%, mais que o dobro do índice entre os brancos” . Isso mostra que, na realidade brasileira, ser negro é quase sinônimo de ser pobre e ter menos acesso à escolaridade e ás condições sociais de outros brasileiros.

O Brasil foi o último país da América Latina a abolir oficialmente a escravidão. No entanto, organismos da ONU reconhecem que, atualmente, existem no mundo milhões de pessoas em situação de escravidão. Em nosso país, há latifúndios no campo e fábricas nas periferias urbanas que exploram pessoas como se fossem escravas.

Para que, no decorrer da história, uma tragédia como a escravidão tenha se mantido durante tanto tempo, não bastaria a força de armas. A escravidão não se sustentaria se, além da estrutura econômica e da força das armas que a impunham, não houvesse uma cultura racista e discriminatória que a legitima. Infelizmente, até hoje, essa cultura ainda persiste em certos ambientes. Por isso, é importante lutarmos pela igualdade social e dignidade de todas as pessoas.

A unidade das raças e a igualdade entre os seres humanos supõe que cada cultura e cada povo tenha consciência de sua dignidade. Chama-se “consciência negra” o fato das pessoas afro-descendentes assumirem sua identidade cultural, conscientes do imenso valor de sua cultura, para contribuir com as outras na riqueza intercultural do Brasil.

Por isso, é preciso lutarmos para que, no Brasil, se mantenham ou sejam retomados os programas que fomentam a igualdade de condições e a integração social de negros e brancos.

Conforme a Constituição Brasileira, devem ser respeitadas e valorizadas as comunidades remanescentes de Quilombos. São grupos que, desde os tempos da escravidão, reúnem negros, seus aliados e descendentes, em uma comunidade com cultura e valores próprios. Eles devem ter direito à terra coletiva e merecem das autoridades públicas a proteção e o apoio necessários. Estas comunidades estão organizadas em quase todos os estados e somam mais de dois mil grupos e comunidades. Algumas delas mantêm elementos de idioma, de danças e costumes ancestrais que são de uma riqueza incalculável para todo o Brasil.

Uma das mais profundas riquezas das culturas afro-descendentes é a espiritualidade viva e bela das comunidades negras. A Mãe África permanece viva e atuante na memória religiosa dos seus filhos e filhas. Para ser escravas nos diversos países da América, foram seqüestradas pessoas de diferentes áreas do continente africano. Apesar de todas as dificuldades e repressões, os afrodescendentes conseguiram manter as suas línguas, contar a seus filhos as histórias dos seus antepassados, guardar as canções da Mãe-África e reconstituir muitas expressões culturais e religiosas. Só podiam cultuar à noite, enquanto os brancos dormiam.

Como objetos de culto, só possuíam seus corpos, suas vozes e os terreiros das senzalas, seus templos. Foram obrigados a adaptar antigos costumes da África às novas condições de clima, ao pouco tempo livre de que dispunham e à sua extrema pobreza. Fundiram costumes religiosos, adaptaram mitos e elaboraram oralmente uma explicação religiosa do mundo e da sua história. Esta teologia narrativa deu origem a religiões novas como o Candomblé, o Batuque, o Tambor de Minas, a Santeria cubana e o Vodu haitiano. Durante séculos, de geração em geração, se transmitiram ritos, cânticos e histórias ancestrais.

Infelizmente, por todo o Brasil, se espalham fenômenos de ataques e violências contra templos e cultos das religiões afrodescendentes. E o mais chocante é que essas expressões de ódio e intolerância são cometidas por cristãos que afirmam agir em nome de Jesus Cristo. É preciso deixar claro: Uma fé cristã e uma Igreja, testemunha de que Deus é amor e inclusão, não pode deixar de respeitar e valorizar as outras religiões e tradições espirituais. Na história, as religiões afrodescendentes foram responsáveis pela resistência dos nossos irmãos e irmãs negras em meio a um sofrimento intenso e continuado. Por isso, apoiá-las e se solidarizar com elas é questão de justiça.

A base da fé cristã é que a Palavra divina se fez carne e se revelou no meio de nós através da pessoa de Jesus de Nazaré que assumiu toda a condição humana e todas as culturas com seus valores para revelar em tudo o que é humano a presença divina. Nós somos chamados a continuar este caminho de reverência amorosa e delicadeza no diálogo e na colaboração com as outras religiões e culturas.