29 novembro, 2019

“A morte é o abraço do Senhor a ser vivido com esperança” Papa Francisco




A vulnerabilidade humana

Em sua homilia, o Papa reiterou que "tudo acabará”, mas “Ele ficará”, e estas palavras o inspiraram para convidar cada um a refletir sobre o momento do fim, isto é, da morte. Nenhum de nós sabe exatamente quando acontecerá, ou melhor, com frequência temos a tendência a adiar o pensamento, acreditando-nos eternos, mas não é assim:

Todos nós temos esta fraqueza de vida, esta vulnerabilidade. Ontem eu meditava sobre isto, sobre um belo artigo que saiu agora na (revista, ndr) ‘Civiltà cattolica’, que dizia que o que une todos nós é a vulnerabilidade: somos iguais na vulnerabilidade. Todos somos vulneráveis e a um certo ponto esta vulnerabilidade nos leva à morte. Por isso vamos ao médico para ver como vai a minha vulnerabilidade física, outros vão para curar alguma vulnerabilidade psíquica no psicólogo.

A ilusão de ser eternos e a esperança no Senhor

A vulnerabilidade, portanto, nos une e nenhuma ilusão nos abriga. Na minha terra, recordou o Papa, havia a moda de pagar antecipadamente o funeral com a ilusão de economizar dinheiro para a família. Quando veio à luz o golpe aplicado por essas empresas fúnebres, a moda passou. "Quantas vezes a ilusão nos engana", comentou o Pontífice, como a ilusão de “sermos eternos".

A certeza da morte, ao invés, está escrita na Bíblia e no Evangelho, mas o Senhor nos apresenta como um "encontro com Ele" e está acompanhada pela palavra "esperança":

O Senhor nos fala para estarmos preparados para o encontro, mas a morte é um encontro: é Ele quem vem nos encontrar, é Ele quem vem nos pegar pela mão e nos levar até Ele. Eu não gostaria que essa simples pregação fosse um aviso fúnebre! É simplesmente Evangelho, é simplesmente vida, é simplesmente dizer um ao outro: somos todos vulneráveis e todos temos uma porta à qual o Senhor um dia baterá.

É necessário, portanto, preparar-se bem para o momento em que a campainha tocará, o momento em que o Senhor baterá à nossa porta: rezemos um pelo outro - é o convite do Papa também aos fiéis presentes na Missa - para estar prontos, para abrir a porta com confiança ao Senhor que vem:

Todas as coisas que juntamos, que poupamos, licitamente boas, mas não levaremos nada ... Mas, sim, levaremos o abraço do Senhor. Pensar na própria morte: eu vou morrer, quando? Não está determinado no calendário,  mas o Senhor sabe. E rezar ao Senhor: "Senhor, prepara meu coração para morrer bem, para morrer em paz, para morrer com esperança". É esta a palavra que deve sempre acompanhar a nossa vida, a esperança de viver com o Senhor aqui e depois viver com o Senhor do outro lado. Rezemos uns pelos outros sobre isso.

Fonte do texto Vatican News

25 novembro, 2019

Casa de Nazaré recebe Prêmio Dorcelina Folador




A Casa de Nazaré, que acolhe dependentes de substancias psicoativas do sexo feminino a partir dos 16 anos, inclusive gestantes, recebeu hoje o Prêmio Dorcelina Folador, instituído pela Lei nº 6.203/2003, que reconhece mulheres e/ou entidades com destaque em ações de combate à discriminação social, sexual ou racial no município de Maringá.

A premiação compõe as ações intensificam enfrentamento à violência contra a mulher pela Prefeitura de Maringá. Reforça esse compromisso com a ação ′16 dias de ativismo′. Campanha iniciou hoje, dia 25 de novembro (Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher) e segue até 10 de dezembro, Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com atividades como capacitações, aulas de defesa pessoal, palestras e blitze educativas. Abertura do evento foi às 19h30, no Auditório Hélio Moreira, com a entrega do Prêmio Dorcelina Folador a Casa de Nazaré.

Segue algumas informações sobre a Casa de Nazaré

Atendimento Espiritual
Padre Genivaldo Ubinge

PÚBLICO ALVO
Dependentes de substancias psicoativas do sexo feminino a partir dos 16 anos, inclusive gestantes.

FINALIDADE
Proporcionar um tratamento qualificado para mulheres usuárias de substancias psicoativos do Município de Maringá e Região, garantindo a permanência até o final do tratamento (período de nove meses).

OBJETIVO GERAL
A Casa de Nazaré tem por objetivo apoiar mulheres que fazem uso indevido de substancias psicoativo, visando à reintegração dos mesmos ao convívio social e familiar.

OBJETIVOS ESPECIFICOS
Elevar a auto-estima e a participação na vida social promovendo, a partir das palestras e oficinas, a autonomia de cada residente;

Proporcionar o desenvolvimento pessoal através da arte, cultura e atividades que possam despertar aptidão empreendedora;

Encaminhar as famílias das residentes para grupos de apoio (AMOR EXIGENTE).

Proporcionar palestras informativas (grupo de convivência) e espirituais, promovendo a prevenção de uso e abuso de substancias psicoativas.

Desenvolver trabalho com equipe interdisciplinar com vistas ao reconhecimento do atendido como um ser integral, estabelecendo espaço de interlocução e de intervenção com profissionais de diferentes áreas.

METODOLOGIA:
A entidade busca uma prática que não produz modelos de Instituições de confinamento, e sim um equipamento social dotado de recursos humanos e materiais que propiciam acolhimento, convivência, atividades pedagógica, ocupacionais, recreativas, atendimento psicológico, odontológicos, médico e espiritual, visando o desenvolvimento humano, integral e social e dos direitos de cidadania das residentes e de suas famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade, exclusão e risco social.

O processo de tratamento é respaldado a partir da terapia, orientado pelo tripé ORAÇÃO-TRABALHO-DISCIPLINA e estudo dos 12 passos. A ORAÇÂO é à base do programa, por meio dela buscam-se levar a presença de Deus a todas as internas, em um ambiente de muita paz, fé e confiança na nova vida que está por vir. O TRABALHO apóia e impulsiona o êxito do processo de recuperação das internas, todos os serviços da Casa de Nazaré são realizados pelas internas e supervisionados pela equipe responsável, consistindo em uma terapia ocupacional. A disciplina norteia todas as atividades, com o intuito de atingir grandes resultados, é necessário seguir normas e princípios que possam sustentar a terapia. Na busca pela paz, as internas também recebem, semanalmente, atendimento psicossocial, evangelização e aprendem a fazer trabalhos manuais.

Uma emoção que paira sobre mim!


24 novembro, 2019

Quem nos separá do amor de Cristo?


O que torna uma pessoa impura?


8º NORDESTAO DAS CEBs - IGUATU 16 a 19 de julho de 2020


8º NORDESTAO DAS CEBs - IGUATU 16 a 19 de julho de 2020

 CEBs do Nordeste: uma igreja em saída na busca do bem viver

Juazeiro do Norte – 22 de novembro de 2019.


COMUNICADO – Comissão de Comunicação.


Em preparação ao VIII NORDESTÃO DE CEBs foi construído diversas equipes de trabalhos para o bom êxito do encontro entre elas a Comissão/equipe de Comunicação.

Para coletivamente formular e promover a execução do plano ampliado de comunicação para o VIII NORDESTÃO DE CEBs 2020, convocamos para nos dias 29 e 30 de novembro um ENCONTRO DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO - CEBs DO NORDESTE,  em Fortaleza / Regional Nordeste I – CE. 

Terá início às 8hs do dia 29, encerrando às 12hs do dia 30 com almoço. Local: Rua Ubajara n 2222, próximo a subestação em CAUCAIA – Grande Fortaleza, próximo da Rodoviária Antônio Bezerra.

Sendo acolhida feita pela família Redentorista na pessoa de Pe. Júlio Ferreira – o qual será assessor/moderador. 

Participam do Encontro os comunicadores indicados pela Coordenação de CEBs de cada Regional do Nordeste e os membros da Equipe de Comunicadores Populares das CEBs – Nordeste, membros da Coordenação Executiva para o VIII Nordestão (comunicação - indicados) Diocese de Iguatu e o coordenador da PASCOM Regional Nordeste – I / CNBB – CE.

Para os membros dos Regionais de CEBs que pela distância e custo de viagem, será facultativa a participação presencial, porém solicita-se que esteja na  sintonia em tempo real via on-line através das mídias sociais.  Como também a participação efetiva por teleconferência a partir das 15hs do dia 29, pelos canais/aplicativos: WhatsApp e ou Skype.  

Desde já um agradecimento geral a todos pela contribuição, participa e Ação. 

José Batista da Silva – Articulação de Comunicação / CEBs Nordeste.

INFORMAÇÕES ADICICONAIS COM: 
José BATISTA: 88 -  9 99269330 – J. do Norte
Aurélio: 85 8404-9225 – Fortaleza
Felix Sousa - 88 8116-4943 – Iguatu
Pe. Júlia Ferreira - 85 9906-7039 – Caucaia / Fortaleza


LEMA: Vejam! Eu vou criar um novo céu e uma nova terra.
OBJETIVO GERAL: Contribuir para o fortalecimento das CEBs no compromisso do Bem Viver


OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Celebrar a memória da caminhada trazendo presente nossos mártires e profetas
- Construir pistas de ação das CEBs do Nordeste na busca da vida plena;
- Qualificar a atuação das lideranças através de estudos temáticos
- Favorecer trocas de experiências do Bem Viver das comunidades da grande região Nordeste;
- Fortalecer a caminhada ecumênica/interreligiosa a partir do cuidado com a casa comum;

COMVOCAÇÃO: 
Regional Nordeste I – Ceará
Aurélio Araújo - Fotografia
Marcos Moreira - Rádio
Félix Souza – Equipe executiva / Iguatu
                      - Equipe executiva / Iguatu
José Batista – Articulação de Comunicação / CEBs Nordeste
Alex Ferreira – PASCOM Regional CNBB
Pe. Júlio Ferreira – Jornalista – assessoria
Rozelia Costa – Fotografia

Regional Nordeste II – RN, PB, PE, AL
Fernanda Melo – Articuladora Regional / Comunicação.
Chico Malta – Jornal das Comunidades.

Regional Nordeste III 
Moura – Articuladora Regional / Comunicação

Regional Nordeste IV – Piauí
Biel / Emanuel Ramos – Jornalista
Eliane Carneiro – comunicadora (a confirmar)
Regional Nordeste V
César Soeiro – Rádio
Neguim / Antônio Alves – Rádio

OBS: a medida que forem confirmado participação de outros colaboradores indicados e/ou convidados, serão acrescentados na lista.

22 novembro, 2019

Dia Nacional dos Cristãos Leigas e Leigos – 24/11/2019



Amados irmãos, amadas irmãs,

Cristãos, leigos e leigas, espalhados Brasil, graça e paz!

No próximo domingo vamos celebrar a solenidade de Cristo Rei do Universo. Neste dia também a Igreja no Brasil celebra o Dia Nacional dos Cristãos Leigas e Leigas. Como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB quero cumprimentar a todos pelo protagonismo na evangelização. Isto acontece por meio do testemunho de fé, no cotidiano da vida. Também na vida profissional, na participação nos espaços eclesiais, como a animação de comunidades eclesiais, nas pastorais sociais, nos movimentos eclesiais e associações laicais, nas comunidades novas e nas ações coletivas organizadas na sociedade.

Neste ano, a Igreja no Brasil refletiu na sua Campanha da Fraternidade o tema das Políticas Públicas. Merece destaque o forte chamado da presença cristã e, de modo especial dos cristãos leigos, nos aerópagos modernos: na família, no mundo do trabalho, na política, na economia, no meio ambiente, na cultura, na educação, na comunicação e em muitos outros lugares desafiadores. Acompanhar esta presença dos cristãos leigos na Igreja e na sociedade, ser presença de comunhão, oferecer formação junto a esses homens e mulheres de fé, em seus espaços de missão, é a missão da Igreja, é a missão da CNBB é a minha missão como presidente da Comissão do Laicato.

Quero agradecer a todos e todas pelo testemunho e pela alegria com que vocês vivem a vocação batismal e o testemunho de serem sujeitos eclesiais na Igreja e também na sociedade. Quero desejar a todos uma frutuosa celebração no Dia Nacional dos Cristãos Leigos.
Um grande abraço e minha bênção a todos!

Dom Giovane Pereira de Melo
Bispo de Tocantinópolis (TO)
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato

21 novembro, 2019

Dom Anuar Battisti - Carta ao Povo de Deus da Arquidiocese de Maringá



Carta ao Povo de Deus da Arquidiocese de Maringá

Maringá, 20 de novembro de 2019

Depois de 15 anos como Arcebispo desta Arquidiocese de Maringá, o Santo Padre, o Papa Francisco, aceitou o meu pedido de renúncia, por motivos de saúde.

Aos 10 anos de idade entrei para o seminário e minha vida sempre foi dedicada à Igreja. Sou muito feliz em ter feito esta escolha. Nunca me queixei do cansaço que as atividades inerentes ao episcopado provocam.

Sempre procurei fazer o melhor, mesmo em meio às adversidades. Além de pastorear por seis anos a Igreja de Toledo e 15 em Maringá, servi por oito anos a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil na Comissão de Ministérios Ordenados e Vida Consagrada, como também por oito anos, não consecutivos, servi a Igreja na América latina, através do Departamento de Ministérios e Vocações do Conselho Episcopal latino-americano, com sede em Bogotá.

Como Arcebispo de Maringá tive a graça de ordenar 45 diáconos permanentes, 37 padres e três bispos do clero de Maringá. Tudo isso fruto de uma Igreja organizada que herdei dos meus antecessores, Dom Jaime Luiz Coelho, Dom Murilo Krieger e Dom João Braz de Aviz.

Pela primeira vez na história desta Igreja, neste ano e no próximo serão ordenados oito novos padres. Um número expressivo que mostra a força da oração pelas vocações na nossa Igreja.

Esta Igreja particular tem características especiais. O Censo de 2010, divulgado em 2011, nos revelou que Maringá teve um aumento de 14% no número de católicos.

Tenho inúmeros motivos para dizer que a Arquidiocese de Maringá é especial. As nossas pastorais, movimentos e organismos são de uma organização exemplar.

Trabalhamos muito.

Nestes 15 anos crismei mais de cinquenta e duas mil pessoas. Criamos sete paróquias:

Paróquia Nossa Senhora do Rosário; paróquia Santo Expedito; paróquia Imaculada Conceição em Uniflor; paróquia Santa Paulina; paróquia Santa Teresa de Jesus, em Marialva; paróquia Santa Clara e paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Mandaguaçu.

Diversas obras foram feitas, como a reforma do centro de Formação Bom Pastor; reforma do auditório São João Paulo II; reforma da capela do Seminário Arquidiocesano; criação da casa do padre idoso, que tem acolhido os nossos queridos sacerdotes. Retomamos a administração do Albergue Santa Luiza de Marillac. Enfim, muitas obras físicas e espirituais, todas feitas sob a ação e força do Espírito de Deus.

Chiara Lubich disse certa vez que “a caneta não sabe o que deverá escrever, o pincel não sabe o que deverá pintar e o cinzel não sabe o que deverá esculpir. Quando Deus toma em suas mãos uma criatura, para fazer surgir uma obra Sua na Igreja, a pessoa escolhida não sabe o que deverá fazer. É um instrumento”.

Foi isso que Deus fez comigo. Eu não tinha capacidade nenhuma de ser padre, bispo. Mas Deus quis. Foi Ele que me fez o que eu sou. Só tenho gratidão por tanta coisa realizada.

Olhando para o passado, pergunto: Como fiz tudo isso? Só tenho resposta se eu projetar o meu olhar para Jesus.

Diante desta bela história, reconheço que chegou o momento de deixar o governo da Arquidiocese de Maringá. Nos últimos meses meu corpo físico já tem dado sinais de esgotamento, e a orientação médica é para diminuir o ritmo de vida, por isso pedi ao Santo Padre a renúncia ao governo da Arquidiocese, passando a ser Arcebispo Emérito. Deixo o lugar para outro com mais disposição, capaz de governar esta Igreja particular com o vigor necessário.

Talvez poucas pessoas saibam, mas antes de eu vir para Maringá, ainda em Toledo, em 2002, sofri um derrame cerebral. As sequelas foram quase que imperceptíveis. Consegui me recuperar do processo cirúrgico, mas a recomendação médica era que eu deveria evitar sobrecarga de trabalho e estresse. O que não aconteceu, porque em 2004 fui nomeado Arcebispo nessa bela e querida Maringá.

No ano passado, fui submetido a uma angioplastia e também à retirada da vesícula. Nas últimas semanas, comecei a ter vários apagões, momentos em que chego a perder a consciência em alguns compromissos, inclusive nas celebrações.

Não foi fácil tomar essa decisão, mas é o melhor para mim e para a Igreja.
Lembro aqui o Papa Bento XVI que, ao renunciar o ministério de Bispo de Roma, disse: “verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos”.

A partir de hoje, não respondo mais pelo governo desta Arquidiocese. Tudo agora passa a ser de responsabilidade do Administrador Apostólico, meu irmão no episcopado, Dom João Mamede, Bispo de Umuarama, pertencente a nossa Província Eclesiástica. De agora em diante Maringá é “sede vacante”, até que o Santo Padre nomeie o novo Arcebispo de Maringá.

Estarei sempre em oração para que este período de transição seja iluminado pela força renovadora do Espírito Santo de Deus.
Nesta vida ninguém perde nada. Ou se ganha ou aprende. Aprendi que o poder e o governo da Igreja não é tudo, pois a essência do episcopado é amar e servir. Isso vai continuar sendo o meu único programa de vida.

Continuarei servindo a Igreja, ministrando os sacramentos, sendo presença de pai que ama, vive, sente e caminha com o Povo de Deus. Ninguém pode impedir de amar.

Fica aqui meu carinho, amor, respeito, gratidão a todos vocês.

Lembrem-se: Deus é misericórdia, Deus é amor. Somos chamados a celebrar a misericórdia. Sem misericórdia não se constrói nada.

Como diz o Papa Francisco “não podemos esquecer que cada um traz consigo a riqueza e o peso da sua própria história, que nos distingue de qualquer outra pessoa. A nossa vida, com as suas alegrias e os seus sofrimentos, é algo único e irrepetível que se desenrola sob o olhar misericordioso de Deus” (Misericórdia et misera, 14).

Rezem por mim. Eu sempre rezarei por vocês.
Por intercessão de Nossa Senhora da Glória, padroeira da Arquidiocese de Maringá, Deus Pai vos abençoe sempre!

Dom Anuar Battisti
Arcebispo Emérito de Maringá.

20 novembro, 2019

Dia da Consciência Negra 20 de novembro


Homem mata a tiros moradora de rua após ela pedir esmola!

"Talvez um cachorro produzisse mais indignação. APOROFOBIA (ódio ao pobre cresce). Este sujeito representa milhões que gostariam de fazer a mesma coisa. Ele serve aos bilionários que não querem dividir sua riqueza (1% da população planetária). É um mundo que faz o ser humano se tornar escravo de si mesmo."
(esse comentário feito pelo Celso Pinto Carias, em seu perfil no Facebook, ao publicar a matéria)



Veja a íntegra da matéria e o vídeo AQUI

Homem mata a tiros moradora de rua após ela pedir esmola no Centro de Niterói

Vítima tinha 31 anos e era conhecida como Néia. Homem identificado pela polícia como autor dos disparos está preso e disse para sua advogada que reagiu a um assalto.

Por Carlos Brito, Felipe Freire e Fernanda Rouvenat, G1 Rio e Bom Dia Rio
20/11/2019


Um homem matou a tiros uma moradora de rua depois que ela pediu R$ 1 a ele no Centro de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, no fim da madrugada de sábado (16). Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, conhecida como Néia, foi baleada.

Nas imagens, ela aparece falando e gesticulando, até que vai em direção a um homem que passa pelo local. Ele tenta desviar, mas Néia o acompanha.

Em seguida, o homem saca a arma e dispara, pelo menos, duas vezes em direção à mulher. Depois disso, ele sai andando com a arma na mão enquanto a vítima fica caída no meio da rua.

O homem foi identificado como Aderbal Ramos de Castro e está preso na Delegacia de Homicídios de Niterói. Ele disse para a sua advogada de defesa que reagiu a uma tentativa de assalto.

“Ele é dono de uma lanchonete que fica ali perto e estava a caminho do trabalho quando o fato aconteceu.Já foi assaltado outras vezes naquela região e por isso reagiu”, explicou a advogada Daniela Lopes, responsável pela defesa do preso. Segundo ela, Aderbal tem porte de arma e essa documentação já estaria em posse da polícia.

Uma testemunha que viu o crime tenta socorrer a vítima e acena para um carro que passa, mas ninguém para. O crime aconteceu na Rua Barão de Amazonas, no Centro do município.

Segundo a Polícia Militar, a vítima era conhecida como Néia e estava pedindo R$ 1 ao homem que atirou contra ela. Depois de ser baleada, ela ainda chegou a ser socorrida pelos bombeiros para o Hospital Estadual Azevedo Lima, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Arquidiocese de Maringá papa nomeia como Administrador Apostólico Dom João Mamede Filho

Nossa...

A Vatican News publicou que o papa com a renúncia de Dom Anuar Battisti, nomeou como Administrador Apostólico Dom João Mamede Filho, O.F.M.Conv., Bispo de Umuarama.


Administrador Apostólico


É um Bispo que administra interinamente uma Arqui/Diocese. Toma a designação de Administrador Apostólico sede vacante. Permanece como Administrador Apostólico até que o Papa nomeia o novo Bispo e ou Arcebispo.

Papa Francisco aceita renúncia de dom Anuar Battisti


O Papa Francisco acolheu, nesta quarta-feira, 20 de novembro, o pedido de renúncia apresentado por dom Anuar Battisti ao governo pastoral da arquidiocese de Maringá (PR). Dom Anuar está na arquidiocese desde novembro de 2004. A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou agradecimento a dom Anuar.

Biografia

Nascido em Lajeado (RS), em 19 de fevereiro de 1953, dom Anuar Battisti ingressou no seminário em 1963, em Toledo (PR), onde cursou o ensino fundamental. Concluiu o ensino básico nos seminários de Cascavel (PR) e de Curitiba (PR). Na Pontifícia Universidade Católica da capital paranaense, cursou Filosofia. Estudou Teologia em Roma, no então Studium Theologicum, agora Universidade Lateranense, e na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo.


A ordenação sacerdotal de dom Anuar foi em 8 de dezembro de 1980, na diocese de Toledo. De 1986 a 1989, presidiu a Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (Osib) e, de 1987 a 1990, a Organização dos Seminários Latino-Americanos (Oslam). O agora arcebispo emérito de Maringá participou, no ano de 1990, do Sínodo dos Bispos sobre a formação presbiteral. De 1991 a 1995, foi secretário executivo do Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam).

Em 1996, após a transferência do então bispo de Toledo, dom Lúcio Baumgartner, foi eleito pelo Colégio de Consultores administrador diocesano. Após mais de dois anos no cargo, foi nomeado bispo diocesano pelo Papa João Paulo II. A posse na diocese de Toledo foi em 20 de junho daquele ano.

Dom Anuar presidiu, na CNBB, entre 2003 e 2007, a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. Neste período, em setembro de 2004, foi nomeado arcebispo de Maringá. A posse foi em 24 de novembro de 2004.

Mais recentemente, dom Anuar colaborou na articulação da Pastoral do Turismo no Brasil. Em 2015, foi escolhido para integrar o Conselho Administrativo da Pastoral da Criança Internacional e eleito presidente Nacional do Conselho Diretor da Pastoral da Criança para um mandato de quatro anos. No mesmo ano, foi designado suplente de delegado da CNBB junto ao Celam, conselho que o elegeu presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do conselho para a gestão 2015 a 2019.

Agradecimento da CNBB a Dom Anuar Battisti

Estimado irmão, Dom Anuar Battisti,


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta agradecimento à dedicação de dom Anuar Battisti durante sua trajetória episcopal na diocese de Toledo e na arquidiocese de Maringá.

Devemos igualmente recordar e salientar sua caminhada na dimensão vocacional e dos ministérios, por onde transita desde os tempos de presbítero. A Igreja no Brasil e em toda a América Latina e Caribe foram mais enriquecidas com suas contribuições, respectivamente, na Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada desta Conferência e no Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino Americano, o CELAM.

Nosso agradecimento está unido também aos agentes das Pastorais da Criança e do Turismo, as quais contaram com seu zelo e dedicação sempre amorosos.

Neste novo tempo de seu ministério, desejamos que continue firme na missão, como nos ensina o Papa Francisco: “Vai com amor ao encontro de todos, porque a tua vida é uma missão preciosa: não é um peso a suportar, mas um dom a oferecer. Coragem! Sem medo, vamos ao encontro de todos!” (Homilia do Papa Francisco na Santa Missa no Dia Missionário Mundial).

Confiantes à intercessão de Nossa Senhora da Glória, rogamos saúde e proteção ao nosso irmão e uma fecunda perseverança na fé aos fiéis de Maringá, que aguardam, a partir deste momento, o novo pastor.

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB


Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB


Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB


Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

255 mil pessoas negras foram mortas em seis anos, revela estudo.



255 mil pessoas negras foram mortas em seis anos, revela estudo.

Negros têm 2,7 mais chances de serem mortos do que brancos, diz IBGE

A população negra tem 2,7 mais chances de ser vítima de assassinato do que os brancos. É o que revela o informativo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgado nesta quarta-feira 13 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a analista de indicadores sociais do IBGE Luanda Botelho, enquanto a violência contra pessoas brancas se mantém estável, a taxa de homicídio de pretos e pardos aumentou em todas as faixas etárias.
“Na série de 2012 a 2017, que foi o período que a gente analisou neste estudo, houve aumento da taxa de homicídios por 100 mil habitantes da população preta e parda, passando de 37,2 para 43,4. Enquanto para a população branca esse indicador se manteve constante no tempo, em torno de 16”, disse ela.
Para os jovens, a situação é mais crítica. Ainda na comparação por 100 mil habitantes, a chances de morte beiram o triplo do que pessoas brancas entre 15 e 29 anos.
De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, foram registradas 255 mil mortes de pessoas negras por assassinato nos seis anos analisados.
Estudantes
Segundo o levantamento, a violência vivenciada na escola também atinge mais a população preta e parda do que a branca. O IBGE analisou dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2015 com alunos do nono ano, e concluiu que 15,4% dos pretos ou pardos e 13,1% dos brancos deixaram de ir à aula em algum dia por falta de segurança no trajeto entre a casa e a escola.
Do total de estudantes, 53,9% dos pretos e pardos estudavam em escolas localizadas em áreas de risco, enquanto entre os brancos a proporção cai para 45,7%. A diferença cresce na comparação apenas entre escolas privadas, com 40,7% dos pretos ou pardos e 29,5% dos brancos.
Segundo o IBGE, jovens expostos à violência têm mais propensão a sofrer de doenças como depressão, vício de substâncias químicas e problemas de aprendizagem, além de suicídio.

Fonte: Agência Brasil. A reportagem publicada em 13-11-2019.

União e resistência negra. Marcelo Barros.




União e resistência negra. Marcelo Barros.

No Brasil, essa semana é marcada pela memória do martírio do Zumbi dos Palmares no 20 de novembro de 1697 e pela comemoração dessa data que, em todo o país, se tornou “Dia da união e consciência negra”. A comemoração anual da memória do Zumbi é importante em um Brasil que ainda mantém a herança de forte desigualdade social.

Atualmente, o Brasil é o país com a segunda maior população negra do mundo (Só perde para a Nigéria). No entanto, essa população continua a ser majoritariamente pobre e explorada. No seu livro Escravidão, Laurentino Gomes afirma: “Negros e pardos representam 54% da população brasileira, mas sua participação entre os 10% mais pobres é muito maior de 78%.

Na educação, enquanto 22% da população branca tem 12 anos de estudo ou mais, a taxa é de 9, 4% para a população negra. Em 2016, o índice de analfabetismo entre os negros era de 9, 9%, mais que o dobro do índice entre os brancos” . Isso mostra que, na realidade brasileira, ser negro é quase sinônimo de ser pobre e ter menos acesso à escolaridade e ás condições sociais de outros brasileiros.

O Brasil foi o último país da América Latina a abolir oficialmente a escravidão. No entanto, organismos da ONU reconhecem que, atualmente, existem no mundo milhões de pessoas em situação de escravidão. Em nosso país, há latifúndios no campo e fábricas nas periferias urbanas que exploram pessoas como se fossem escravas.

Para que, no decorrer da história, uma tragédia como a escravidão tenha se mantido durante tanto tempo, não bastaria a força de armas. A escravidão não se sustentaria se, além da estrutura econômica e da força das armas que a impunham, não houvesse uma cultura racista e discriminatória que a legitima. Infelizmente, até hoje, essa cultura ainda persiste em certos ambientes. Por isso, é importante lutarmos pela igualdade social e dignidade de todas as pessoas.

A unidade das raças e a igualdade entre os seres humanos supõe que cada cultura e cada povo tenha consciência de sua dignidade. Chama-se “consciência negra” o fato das pessoas afro-descendentes assumirem sua identidade cultural, conscientes do imenso valor de sua cultura, para contribuir com as outras na riqueza intercultural do Brasil.

Por isso, é preciso lutarmos para que, no Brasil, se mantenham ou sejam retomados os programas que fomentam a igualdade de condições e a integração social de negros e brancos.

Conforme a Constituição Brasileira, devem ser respeitadas e valorizadas as comunidades remanescentes de Quilombos. São grupos que, desde os tempos da escravidão, reúnem negros, seus aliados e descendentes, em uma comunidade com cultura e valores próprios. Eles devem ter direito à terra coletiva e merecem das autoridades públicas a proteção e o apoio necessários. Estas comunidades estão organizadas em quase todos os estados e somam mais de dois mil grupos e comunidades. Algumas delas mantêm elementos de idioma, de danças e costumes ancestrais que são de uma riqueza incalculável para todo o Brasil.

Uma das mais profundas riquezas das culturas afro-descendentes é a espiritualidade viva e bela das comunidades negras. A Mãe África permanece viva e atuante na memória religiosa dos seus filhos e filhas. Para ser escravas nos diversos países da América, foram seqüestradas pessoas de diferentes áreas do continente africano. Apesar de todas as dificuldades e repressões, os afrodescendentes conseguiram manter as suas línguas, contar a seus filhos as histórias dos seus antepassados, guardar as canções da Mãe-África e reconstituir muitas expressões culturais e religiosas. Só podiam cultuar à noite, enquanto os brancos dormiam.

Como objetos de culto, só possuíam seus corpos, suas vozes e os terreiros das senzalas, seus templos. Foram obrigados a adaptar antigos costumes da África às novas condições de clima, ao pouco tempo livre de que dispunham e à sua extrema pobreza. Fundiram costumes religiosos, adaptaram mitos e elaboraram oralmente uma explicação religiosa do mundo e da sua história. Esta teologia narrativa deu origem a religiões novas como o Candomblé, o Batuque, o Tambor de Minas, a Santeria cubana e o Vodu haitiano. Durante séculos, de geração em geração, se transmitiram ritos, cânticos e histórias ancestrais.

Infelizmente, por todo o Brasil, se espalham fenômenos de ataques e violências contra templos e cultos das religiões afrodescendentes. E o mais chocante é que essas expressões de ódio e intolerância são cometidas por cristãos que afirmam agir em nome de Jesus Cristo. É preciso deixar claro: Uma fé cristã e uma Igreja, testemunha de que Deus é amor e inclusão, não pode deixar de respeitar e valorizar as outras religiões e tradições espirituais. Na história, as religiões afrodescendentes foram responsáveis pela resistência dos nossos irmãos e irmãs negras em meio a um sofrimento intenso e continuado. Por isso, apoiá-las e se solidarizar com elas é questão de justiça.

A base da fé cristã é que a Palavra divina se fez carne e se revelou no meio de nós através da pessoa de Jesus de Nazaré que assumiu toda a condição humana e todas as culturas com seus valores para revelar em tudo o que é humano a presença divina. Nós somos chamados a continuar este caminho de reverência amorosa e delicadeza no diálogo e na colaboração com as outras religiões e culturas.

18 novembro, 2019

Eu sinto um vazio no peito, Berimbau vem me ajudar, Vem, vem, vem, Berimbau vem me ajudar?


Depois de algum tempo parada, foi muito bom voltar estar com esse povo querido.

“Eu sinto um vazio no peito, Berimbau vem me ajudar, Vem, vem, vem, Berimbau vem me ajudar. 

Pensamento invade o passado, Me deixa acordado para sempre lembrar, Do jogo da capoeira, Que acalma o meu corpo e me faz respirar.”






17 novembro, 2019

Dia Mundial dos Pobres


A menina ainda tão pequena, tem a frente um grande desafio, ser alguém!

Olhem a foto abaixo, uma senhora, talvez com seus 70 anos ou mais, e uma criança com 8 anos ou mais.

Tirei essa foto hoje, mas pode ser que já passei por essa senhora e essa criança por uma, duas ou mais vezes.

Acredito que o lugar de invisibilidade e indiferença que o morador de rua ocupa socialmente seja sua maior solidão. Diante de uma violência real ou não, estamos sendo educados para termos medo, e justificado pelo medo e perigo, somos omissos, frios, ficamos a distância.

Essa senhora, quanta história e um presente com dificuldade. Futuro, que futuro?

A menina, a criança, um presente com esperança? O futuro? Essa menina, ainda tão pequena tem a frente um grande desafio, ser alguém.


As fotos, são de uma atividade com os moradores de rua e albergados de Maringá, organizado pelas diversas pastorais sociais, entidades, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e pela Aras/Cáritas - entidade articuladora das ações sociais na Arquidiocese de Maringá.

A concentração da terra, da riqueza e da renda nas mãos de poucos. Poucos tem demais, e muitos sem nada ter. Por existir essa desigualdade, Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres. Por convocação do Papa, a Igreja Católica celebra no dia 17 de novembro de 2019, o III Dia Mundial dos Pobres.

São muitos os que não tem acesso ao Direitos e Garantias Fundamentais pela Constituição Federal de 1988. Esses direitos são referentes à educação, saúde, trabalho, previdência social, lazer, segurança, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados.

O que vemos, crescimento da população em situação de rua, albergados, sem teto, sem terra, sem atendimento médico, sem o direito a aposentadoria, sem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), sem trabalho, sem acesso à educação. Aumento dos descartados da sociedade.

O dia do pobre é um chamado para que a sociedade enxergue essa realidade, e tomar iniciativas.

É preciso criar mecanismo, meios e discussão sobre a realidade da pobreza, porque se não, vamos ter uma sociedade onde haverá os herdeiros dos poucos que tem demais. Esses herdeiros não precisaram trabalhar para conquistar nada. Já serão os possuidores da riqueza. E para os herdeiros do muitos que nada tem?