31 janeiro, 2011

Não ao aumento dos salários dos deputados

O PSTU do Paraná estará protocolando uma Ação Popular contra o aumento dos deputados estaduais!
Neste dia 1º de fevereiro, dia da posse dos deputados, o PSTU estará realizando uma manifestação na frente da Assembléia Legislativa do Paraná a partir das 13h. A manifestação contará com a presença do ex-candidato ao governo pelo PSTU, Avanilson Araújo que estará protocolando uma Ação Popular contra o aumento. Também estarão ocorrendo atos organizados pelo PSTU na maiorias das capitais brasileiras e em Brasília.
Para quem não puder estar presente, pode fazer um protesto virtual participando de um Twitaço às 13h, tag #naoaoaumentodosdeputados
No dia 15 de dezembro, os deputados e senadores aumentaram seus próprios salários em 62%. Eles também reajustaram 134% o salário da presidente Dilma Rousseff e em 149% o dos ministros. Todos agora vão receber R$ 26.723,13. Enquanto isso, o salário mínimo deve atingir apenas R$545.
No Paraná o aumento refletirá na Assembleia Legislativa pois segundo a lei nº 15433/2007 os deputados estaduais são autorizados a receber 75% do salário dos federais, passando de R$ 12.384 para R$ 20,00 mil. O aumento também ocorrerá nas Câmaras Municipais em que vereadores recebem 75% do salário dos deputados estaduais.
O efeito cascata gera um déficit de bilhões aos cofres públicos enquanto que, os mesmos que tiveram o aumento alegam ser impossível um aumento maior para o salário mínimo. O reajuste automático só não existe para a classe trabalhadora!
Além deste aumento absurdo, ex-governadores recebem aposentadorias vitalícias nenhum pouco nenos gordas que seus salários, com poucos anos de “trabalho”, ou mesmos dias, o que se configura como inconstitucional. Na lista Orlando Pessuti, que governou o estado alguns meses após saída de Requião para se candidatar ao senado e Álvaro Dias , que diz ter doado a super aposentadoria para instituições beneficentes, o problema é que o recibo apresentado por ele, da suposta doação, é datado em 30 de novembro de 2011, ou seja, daqui a 10 meses!

PSTU Maringá

CEBs - Comunidades Eclesiais de Base – Sexta Parte

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Mensagem ao Povo de Deus sobre as Comunidades Eclesiais de Base
Documento da CNBB nº 92

Espiritualidade e Vivência Eucarística

“O Concílio Vaticano II, eminentemente pastoral, provocou um grande impacto na Igreja. Suas grandes idéias-chaves trouxeram a fundamentação teológica para a intuição, já sentida na prática, de que a renovação pastoral deve se fazer a partir da renovação da vida comunitária e de que a comunidade deve se tornar instrumento de evangelização” (CNBB, doc. 25, n. 11).

A exigência do Vaticano II é de razão estritamente teológica, de ordem trinitária. A essência íntima de Deus não é a solidão, mas a comunhão de três divinas Pessoas. A comunhão – koinonia, communio – constitui a realidade e a categoria fundamental que permeiam todos os seres e que melhor traduz a presença do Deus – Trindade no mundo. É a comunhão que faz a Igreja ser “comunidade de fiéis”. Por isso, o Vaticano II faz derivar a união do Povo de Deus da unidade que vigora entre as três divinas Pessoas (cf. LG, n. 4).

A Trindade nos coloca, desde o início, no coração do mistério de comunhão. O Papa João Paulo II, falando aos bispos em Puebla, em 28 de janeiro de 1979, proclamou: “Nosso Deus em seu mistério mais íntimo não é uma solidão, mas uma família [...], e a essência da família é o amor”. A comunhão e a comunidade devem estar presentes em todas as manifestações humanas e em todas as concretizações eclesiais.

Por isso mesmo, a Eucaristia está no centro da vida de nossas comunidades de base. É o sacramento que expressa comunhão e participação de todos e todas, como uma grande família, ao redor da Mesa do Pai. Há comunidades que recebem a comunhão eucarística graças à presença do Santíssimo no local ou pelo serviço de um ministro extraordinário da sagrada comunhão. Como nossas CEBs, em sua maioria, “não têm oportunidade de participar da Eucaristia dominical”, por falta de ministros ordenados, “elas podem alimentar seu já admirável espírito missionário participando da ‘celebração dominical da Palavra’, que faz presente o mistério pascal no amor que congrega (cf. 1 Jo 3,14), na Palavra acolhida (cf. Jô 5,24-25) e na oração comunitária (cf Mt 18,20)” (DAp, n. 253).

A realidade das CEBs se expressa na liturgia e também na diaconia e na profecia. A diaconia educa, cura as feridas, multiplica e distribui o pão e chama para a solidariedade e a comunhão. A profecia anuncia o desígnio de Deus e denuncia os abusos, a mentira, a injustiça, a exploração e exige a conversão. Por isso, sofre perseguição, difamação, morte.

Temos duas testemunhas recentes desse duplo ministério dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo: Dra. Zilda Arns e Irmã Dorothy Stang. Há muito conhecidas por nossas comunidades pobres pelo Brasil afora, elas inspiraram a ação das CEBs. Elas entregaram a vida e nos deixaram seu testemunho de fé e amor aos pobres, fracos, desamparados e discriminados.

Essa espiritualidade também possibilitou a produção de uma rica manifestação artística em nossas comunidades – músicas, poesias, pinturas, símbolos, típicos da prática religiosa e cultural de nosso povo, e que também são instrumentos de evangelização e de missão.

Para Refletir

"Até quando vamos ter que agüentar a apropriação da idéia de “liberdade de imprensa”, de “liberdade de expressão”, pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?" (Emir Sader)