17 novembro, 2019

Dia Mundial dos Pobres


A menina ainda tão pequena, tem a frente um grande desafio, ser alguém!

Olhem a foto abaixo, uma senhora, talvez com seus 70 anos ou mais, e uma criança com 8 anos ou mais.

Tirei essa foto hoje, mas pode ser que já passei por essa senhora e essa criança por uma, duas ou mais vezes.

Acredito que o lugar de invisibilidade e indiferença que o morador de rua ocupa socialmente seja sua maior solidão. Diante de uma violência real ou não, estamos sendo educados para termos medo, e justificado pelo medo e perigo, somos omissos, frios, ficamos a distância.

Essa senhora, quanta história e um presente com dificuldade. Futuro, que futuro?

A menina, a criança, um presente com esperança? O futuro? Essa menina, ainda tão pequena tem a frente um grande desafio, ser alguém.


As fotos, são de uma atividade com os moradores de rua e albergados de Maringá, organizado pelas diversas pastorais sociais, entidades, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e pela Aras/Cáritas - entidade articuladora das ações sociais na Arquidiocese de Maringá.

A concentração da terra, da riqueza e da renda nas mãos de poucos. Poucos tem demais, e muitos sem nada ter. Por existir essa desigualdade, Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres. Por convocação do Papa, a Igreja Católica celebra no dia 17 de novembro de 2019, o III Dia Mundial dos Pobres.

São muitos os que não tem acesso ao Direitos e Garantias Fundamentais pela Constituição Federal de 1988. Esses direitos são referentes à educação, saúde, trabalho, previdência social, lazer, segurança, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados.

O que vemos, crescimento da população em situação de rua, albergados, sem teto, sem terra, sem atendimento médico, sem o direito a aposentadoria, sem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), sem trabalho, sem acesso à educação. Aumento dos descartados da sociedade.

O dia do pobre é um chamado para que a sociedade enxergue essa realidade, e tomar iniciativas.

É preciso criar mecanismo, meios e discussão sobre a realidade da pobreza, porque se não, vamos ter uma sociedade onde haverá os herdeiros dos poucos que tem demais. Esses herdeiros não precisaram trabalhar para conquistar nada. Já serão os possuidores da riqueza. E para os herdeiros do muitos que nada tem?