27 abril, 2022

A importância da “Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs”

 



A importância da “Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs”


Cristo chama a todas e a todos a ser “sal da terra e luz do mundo”, levar a luz de Cristo aos ambientes geradores de sofrimento e morte, de trevas e pecados, injustiça e violência, onde há desespero e desesperança.

O Documento 105 da CNBB – Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade, ressalta as Comunidades Eclesiais de Base como instrumento de consciência da identidade e da missão das cristãs leigas e dos cristãos leigos. “As Comunidades Eclesiais de Base (…), “têm oportunizado espaços de participação e de missão evangelizadora e exercício dos mais diversificados ministérios leigos” (27).

CEBs Igreja Povo de Deus, Igreja pobre, com os pobres, para os pobres, missionária e samaritana a serviço da defesa da vida, Igreja da acolhida, da escuta, do diálogo e da interação fé e vida. Sua espiritualidade é o seguimento de Jesus “pelo seguimento de Jesus, pela vida no Espírito, pela comunhão fraterna e pela inserção no mundo” (Doc. 105, no. 184).

As CEBs provocam as leigas e os leigos e os motivam a exercerem o seu protagonismo e a atuarem como sujeitos na igreja, na política e na sociedade, numa diversidade de carismas, serviços e ministérios, por meio dos quais “o Espírito Santo capacita a todos na Igreja para o bem comum, a missão evangelizadora e a transformação social, em vista do Reino de Deus” (Doc. 105, no. 152).

“As Comunidades Eclesiais de Base são uma forma de vivência comunitária da fé, de inserção na sociedade, de exercício do profetismo e de compromisso com a transformação da realidade sob a luz do Evangelho. São presença da Igreja junto aos mais simples, descartados, aos excluídos. São instrumento que permitem ao povo conhecer a Palavra, celebrar a fé e contribuem para o crescimento do Reino de Deus na sociedade. (…) Elas têm contribuído de forma clara para que os leigos e leigas atuem como sujeito eclesial na vida da Igreja e para sua missão no mundo” (Doc. 105, no.146).

As CEBs espaço onde com comunhão, alegria, resistência e ousadia as leigas e os leigos exercem o seu múnus profético, sacerdotal e real que emana do Batismo de Cristo. Como é bonito, nos pequenos gestos e de diferentes jeitos nas CEBs crianças, jovens, idosos, mulheres e homens vivenciam a Palavra, a comunhão eclesial sendo Igreja que assume a opção preferencial pelos pobres, o cuidado nas diversas dimensões da vida humana e da natureza.

A Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs existe pela consciência da importância da formação das leigas e dos leigos para atuarem na diversidade e pluralidade de trabalhos na igreja, na política e na sociedade, frente aos desafios que a cada dia vai surgindo e provocando. O objetivo dá escola oferecer um percurso formativo para lideranças de CEBs, capacitando formadores e articuladores quanto à fundamentação bíblico, histórica, teológica, oferecendo caminho para uma pedagogia e didática popular.

A escola teve início em junho do ano de 2018, tem como coordenadores Padre Genivaldo Ubinge e a leiga Lucimar Moreira Bueno (Lúcia).

Maringá é sede da Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs com 56 integrantes, sendo 36 da Arquidiocese de Maringá, um da diocese de Apucarana e os demais das dioceses que fazem parte da Província Eclesiástica de Maringá: Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama.

Já realizada seis etapas, cincos primeiras o assessor foi Celso Pinto Carias, de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro, doutor em Teologia, assessor das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB (Comissão do Laicato, Setor CEBs), participa do grupo de assessoras e assessores da Ampliada Nacional das CEBs. A sexta etapa a assessoria foi de padre Leomar Antônio Montagna, do clero da Arquidiocese de Maringá.

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Por Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
Coordenadora da Escola

As fotos são da 6ª Etapa, realizada nos dias 23 e 24 de abril deste ano de 2022, com conteúdo “Doutrina Social da Igreja” e contou com a assessoria de padre Leomar Antônio Montagna.